Megafone
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Megafone - Saulo Ribeiro Torquato
HABITAÇÃO
BALBUCIAR
MEGAFONE
Antes, pouca coisa me movia,
nada era meu.
Sempre com os burros n’água fria,
uma escuridão feito breu.
A ver se desatolava, viajei.
Julgava ir de vez,
mesmo achando ser estupidez.
O dia já clareava quando retornei.
Trouxe um megafone para o ato,
numa chance de falar,
falei [mas sem nada explicar!].
Hoje, a água está menos fria.
Aos burros dei carta de alforria.
Ganhei um nome: Torquato!
O GURI
No centro da cidade a tarde mansa caía.
No horizonte o âmbar do sol sumia.
Mergulhando na turbidez do mar,
cerimônia de pássaros a revoar
buscava já os fios de alta tensão.
Fosse encanto ou fascinação,
doeu-me o semblante desolado do guri
fixo na vitrine de trajes infantis,
cuja expressão conhecia sem precisar ver.
Ali, senti toda aflição da minh’alma gemer
naquele entardecer que de maduro caía,
onde a maré alta furiosa no cais batia.
Minha mente gravando toda beleza
do instante, fundia-se à tristeza,
revelando o mesmo retrato antigo,
que desde criança trago comigo.
ODE À BRINCADEIRA
Mãe, na velha máquina Singer [eterna],
roupas usadas costurava, cerzia, o corte
mudava e na finalidade fazia ajustes.
Lembro dos shorts feitos de pernas
de calça jeans, o cós em confiança.
Só hoje, do ridículo deles, lembro.
Ali não. Acho que naquele tempo
vaidade não pegava em criança.
Tudo víamos, mas não havia recalque.
Lata de óleo virava caminhão tanque;
de sardinha, jipe; pedaço de linha na mão
e um caco de telha [e o fanchião de bode
virava disputa!]. Compulsão de ter? Não!
Poetas, fazíamos da brincadeira uma