13 contos para pensar

De Antonio Peña

Conta esta história que um jovem da cidade foi ao campo, e comprou um burro de um velho caipira por 100 moedas.

O caipira combinou de entregar o animal no dia seguinte, mas no dia seguinte ele disse ao jovem:

—Me desculpe filho, mas tenho más notícias. O burro morreu.

—Bem, então me devolva o meu dinheiro —respondeu o jovem.

—Não posso, já gastei —comentou.

—Bem, me dê outro. Me entregue outro burro.

—E para quê? O que vai fazer com ele?

—Vou fazer uma rifa dele.

—Está louco! Como vai fazer a rifa de um burro morto?

— É que não vou dizer a alguém que está morto, é claro.

Um mês depois desse acontecimento, voltaram a se encontrar o velho vendedor e o jovem comprador.

—O que aconteceu com o burro?

—Rifei. Vendi quinhentas rifas por duas moedas, e ganhei novecentas e noventa e oito moedas.

• Idioma: Português
• Editora: Antonio Peña
• Data de lançamento: 13 de dez. de 2020
• ISBN: 9781071579848

Pré-visualização do livro

13 Contos para Pensar

Vol. 1

por Antonio Peña Peña

Primeira edição – Fevereiro 2019

ISBN: 978-1796905397

Copyright © 2019, Antonio Peña Peña

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Índice

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O Julgamento

O Jovem e o Caipira

O Vaso de Porcelana e a Rosa

A Parábola do Cavalo

A Casa dos Mil Espelhos

Keya e a Águia

O Sultão que Sonhou Perder os Dentes

As Estrelas do Mar

Lençóis Sujos

A Tristeza e a Fúria

O Colecionador de Ofensas

A Paz Perfeita

O Senhor Feudal

O Julgamento

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C

onta uma antiga lenda, que na Idade Média, um homem muito honrado foi injustamente acusado de assassinato.

O culpado era uma pessoa muito influente do reino, e por isso, desde o primeiro momento, procurava encontrar um bode expiatório para acobertá-lo.

O homem foi levado ao julgamento, e compreendeu que teria poucas oportunidades para escapar da forca. O juiz, ainda que também estivesse tramando, fez cuidadosos esforços para que parecesse um julgamento justo.

Por isso, ele disse ao acusado:

— Conhecendo a sua fama de homem justo, vou deixar sua sorte nas mãos de Deus. Escreverei em dois papéis separados as palavras culpado