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A adaga mágica
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A adaga mágica
E-book52 páginas38 minutos

A adaga mágica

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Sobre este e-book

Depois de passar seis anos trancafiado no mundo dos elfos, Razeel ganha o melhor presente de aniversário de Lyriel: a liberdade, mesmo que temporária. Porém, sua aventura se torna bem mais complexa e reveladora do que ele podia imaginar. Ele é levado ao passado para salvar a vida de Drake, mas acaba diante de uma antiga paixão que poderá tirá-lo novamente dos eixos.
A adaga mágica, sequência de O primeiro guerreiro, é uma história da série A Caverna de Cristais, uma das sagas de fantasia/ficção científica pioneiras dentro da promissora literatura fantástica brasileira. Helena Gomes já tem mais de trinta obras publicadas, algumas delas selecionadas para programas de leitura como o PNBE, e recebeu distinções importantes, como o selo Altamente Recomendável da FNLIJ.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento19 de mar. de 2015
ISBN9788581225265
A adaga mágica

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    A adaga mágica - Helena Gomes

    Autora

    Ano 806 da Era Arthur

    — Erec, não te afastes demais! — pediu Hannah a seu único filho.

    Claro que o menino de nove anos, teimoso e travesso como ele só, ignorou a ordem. Primeiro porque, se obedecesse, sua vida jamais teria gosto de aventura. Segundo porque a mãe não entendia que, em outra vida, o nome dele fora Drake. Erec, então, jamais seria Erec. Era Drake e pronto. Na verdade, sempre seria Drake, não importava que nome recebesse em seus renascimentos.

    Drake olhou para Hannah, fez que sim com a cabeça, virou-se e pôs-se a correr em direção à floresta.

    — Erec, volta aqui!

    Há muito não se sentia tão livre. Deixava para trás a praia, onde passara a tarde brincando – observado pela mãe que, muito brava, agora o perseguia. Há dois dias não nevava, o que permitira aquele passeio.

    Erec!

    Ágil, ele se enfiou numa brecha entre arbustos que ela, como adulta, não conseguiria transpor. Teria de contorná-los, dando-lhe minutos de vantagem. Drake sorriu, feliz, seu corpo ganhando mais rapidez ao sair do atalho e alcançar o terreno de vegetação mais espessa. A voz de Hannah, chamando-o novamente, pareceu de repente distante e muito preocupada.

    Ora, não havia motivos para preocupação. Seria só uma aventura curta, não muito longe do castelo de Sutter. Vivia lá desde bebê, para onde a mãe se mudara após se separar do marido e pai do menino, Kirian. Ele permanecera na corte, em seu papel de melhor cavaleiro no reino de Britanya, até desaparecer numa batalha contra os bárbaros nas Terras Ermas.

    Do pai, Drake não se lembrava. Da mãe, precisava se afastar um pouco, pois seu excesso de proteção sufocava-o. Ela o vigiava o tempo todo, como se temesse perdê-lo a qualquer momento, e era isso que impulsionava um menino tão ansioso por independência quanto ele a seguir em frente naquela fuga. Agira sem planejar nada, atraído apenas pela vontade de ser dono do próprio nariz.

    Quando, enfim, percebeu que a mãe não estava por perto, Drake interrompeu a corrida e, eufórico, começou a pular, comemorando aquela pequena vitória tão grande para ele.

    Deu-se por satisfeito. Agora era voltar para casa, enfrentar alguma bronca e...

    Ia retomar o caminho, mas alguém o impediu ao surgir do nada e lhe bloquear a passagem: uma mulher de olhos esbugalhados, tão transparente quanto vidro, que flutuava a poucos palmos do chão. Tentando parecer simpática, sorria para ele, exibindo dentes que se amontoavam em sua gengiva.

    — Uau... — murmurou Drake impressionado.

    Ao confirmar que não o assustava com sua aparência, ela lhe estendeu a mão.

    — Você será o dono da adaga — disse numa língua que Drake curiosamente compreendeu, embora não fosse a britã.

    — Que adaga?

    — Venha comigo e descobrirá...

    A verdadeira aventura estava ali, e não numa corrida divertida para fugir da vigilância materna.

    Quando o eco da voz de Hannah, ainda chamando pelo filho, alcançou aquele ponto da floresta, não havia mais ninguém.

    Drake sumira sem deixar vestígios.

    ...

    Seis anos.

    Razeel arremessou uma azeitona nas chamas que ardiam na lareira, à sua frente.

    Seis anos desde que Kirian foi transformado em um hospedeiro nergal.

    Uma segunda azeitona

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