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Manual conexão: Série de palavras dos cultos Conexão
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E-book150 páginas2 horas

Manual conexão: Série de palavras dos cultos Conexão

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Sobre este e-book

Nesse terceiro livro da série você terá acesso às palavras ministradas no Culto Conexão que reforçam a necessidade de mantermos conectados a Deus, conosco mesmo e com as pessoas a nossa volta. Nós sempre teremos algo para dar e receber, e isso só é possível quando nos conectamos. Conecte- se! Comprometa-se! Com você mesmo, com Deus e com o Próximo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de jun. de 2020
ISBN9788584811342
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    Manual conexão - Lia Clerot

    3035-9049

    1

    O BOM E O MAU TESOURO INTERIOR

    Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto. Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca. (Lucas 6:43-45)

    APalavra de Deus se refere a uma verdade que estamos vivenciando hoje como nunca. Existe muita maldade no ser humano, as pessoas comentem violências contra seus próprios irmãos – isso é um claro sinal de que estamos vivendo nos últimos dias. Jesus disse que quando estivesse próxima a sua volta o amor de muitos esfriaria; seriam pais contra filhos e vice-versa. Há muitos sinais que ele profetiza sobre sua volta, mas seu maior foco é a questão do coração humano.

    As pessoas são diferentes das árvores – nós não fomos criados e projetados para produzir somente um fruto e morrer. Fomos criados com a maior característica que Deus poderia nos conceder – o livre arbítrio, ou seja, a capacidade de escolha. Um animal ou um vegetal não pode escolher, mas nós podemos.

    Jesus via o mundo de uma forma diferente de nós. Ele diz que o ser humano tem um depósito de onde retira coisas boas e coisas ruins. Sendo assim, somos muito diferentes dos animais e das plantas, pois se uma árvore precisar de adubo e o agricultor não fornecer, ela morrerá. Se ela precisar de água e não cair chuva dos céus ou não for irrigada, morrerá. Se precisa de terra e as raízes ficam expostas, também morrerá. Mas conosco não é assim – temos como decidir de onde tirar tudo o que precisamos.

    Você já se sentiu perdido, sem orientação, em determinada situação? Você respira fundo e pensa: De onde vou tirar água? Onde buscarei saída? A resposta é: no depósito que você tem, que lhe foi dado pelo Senhor. Então, diferente da natureza e dos animais, nós temos um depósito que nos foi dado pelo Senhor.

    Muitos têm um depósito apenas de gordura, e isso não é bom. Outros têm um depósito de escassez, de fome. Mas Jesus está dizendo que tudo o que necessitamos temos em depósito e podemos dele retirar – a pessoa boa tira o bem do seu depósito de coisas boas, e a pessoa má tira o mal do seu depósito de coisas más. Somos propensos tanto ao bem quanto ao mal, mas tiramos tudo de um único depósito ou fonte, que é o coração. A boca fala do que o coração está cheio, ou seja, nossas palavras surgem do nosso depósito interior que é inesgotável – tudo o que necessitamos para a vida está dentro de nós. Da mesma forma que as árvores produzem frutos, Deus nos criou com um coração capaz de gerar, reproduzir.

    Como esse depósito transforma as nossas vidas, como ele começa a existir? Ele existe em nós a partir das experiências da vida e pela forma como as enfrentamos. Esse depósito não é fabricado de um dia para o outro, não é criado por estudos ou informações, não chega por um e-mail. Ele é formado pelas somas das experiências da vida, pela forma como nos relacionamos com as pessoas e lidamos com as dificuldades que enfrentamos.

    Quando você passa por uma situação de alegria ou tristeza, como reage, o que guarda ou acumula dentro de si? E quando termina, o que sobrou, qual é o saldo? É semelhante ao dinheiro: você recebe, paga e, ao final, resta um saldo que tanto pode ser guardado como investimento ou usado em uma necessidade extra. Tem gente que não guarda nada e a conta está sempre vazia; muitos, também, vivem com um saldo negativo. Com o coração e as emoções é a mesma coisa. O depósito a que Jesus se refere é exatamente esse saldo restante.

    Se as suas experiências geram saldo positivo, seu depósito de coisas boas irá crescer cada vez mais. Mas, se as suas experiências têm produzido um saldo negativo, o seu depósito de coisas ruins crescerá. Conhecemos pessoas cujo bom depósito cabe em uma caixinha de sapatos, mas o depósito mau lota um imóvel. Isso porque, diante dos problemas e dificuldades, as soluções e reações dessas pessoas não são saudáveis, só fazem piorar o contexto.

    Muitos não têm o hábito de resolver as suas dificuldades, vão atropelando os problemas, empurrando as crises com a barriga, procrastinando as soluções. Não têm a capacidade de sentar com quem estão em conflito, abrir o coração e resolver. Não pedem e não aceitam conselhos. Preferem dizer: Estou magoado com você; Estou machucado; Isso me ofende" etc. Preferem, ao invés de buscar soluções, se fechar, se isolar, optar pela indiferença, frieza ou afastamento. Guardam em seu coração a indiferença, a mágoa, a dor, o ressentimento e, assim, seu depósito de coisas ruins vai se ampliando.

    Outras pessoas sofrem grandes perdas na vida – familiares, financeiras, status, trabalho, amizades – e não conseguem lidar com isso. Mas a vida segue, amanhã é outro dia! Entretanto, elas vivem de forma automática, fazem tudo o que precisa ser feito, mas seus corações permanecem presos ao passado, aos traumas e conflitos não resolvidos. Seu depósito está cheio de decepções, cansaços, mágoas, dificuldades. Quantas experiências difíceis você já viveu e foi capaz de olhar para frente, virar a página, seguir a vida? É exatamente essa decisão e atitude que determinará o saldo que permanecerá em seu coração, que irá formar a sua vida.

    As suas experiências têm acumulado alegria ou tristeza? Esperança ou sofrimento? Perdão ou mágoa? Leveza ou dureza? Amor ou ódio? Afetividade ou agressividade? Muitos são duros consigo mesmos e com os outros, exigentes, rígidos, porque viveram situações de muitas cobranças, de muitas exigências, e não trataram os sentimentos decorrentes de forma adequada e, por isso, não conseguem ser e agir de outra forma.

    Como está a sua capacidade de dar e receber amor? Você é uma pessoa espontânea, que chega, abraça, dá um beijo gostoso? Ou simplesmente chega e diz: Oi, tudo bem? Tchau!? Morre de medo de que alguém se aproxime e pergunte algo da sua vida? Muitos têm medo das pessoas, não têm coragem de ser afetivos, não têm liberdade. São tipo robôs – duros, impessoais, indiferentes. Por que? Com certeza ninguém nasceu assim. Nascemos alegres, amorosos; fizemos nossos pais e mães babarem com nossas graças e atitudes, serem muito felizes conosco. Ninguém nasceu frio, rígido, triste, magoado. Mas, por que muitos se tornam assim com o passar do tempo? Porque ao longo de suas vidas passam por situações difíceis sem tratá-las, sem resolver, reagindo sempre de forma negativa.

    Certo jornalista disse uma frase muito interessante à época do falecimento do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos: As experiências da vida merecem uma pausa. No contexto, ele estava fazendo uma crítica, mas essa frase nos faz refletir que na vida vale a pena, sim, fazermos algumas pausas para refletir. Vale a pena olhar as situações de frente, de perto. Vale a pena escutar a mente e o coração, pois, caso contrário, o depósito que acumularmos durante a vida será apenas de coisas más. E não podemos dar aos outros aquilo que nós não temos.

    Alguns se sentem infelizes com as atitudes e as reações que têm. São agressivos com os outros, apesar de declarar que não gostariam de ser assim. Mas, por que o são, então? Porque a agressividade foi acumulando no coração ao longo das experiências da vida, e a boca sempre irá falar do que o coração está cheio. Talvez não quisessem agir de determinadas formas ou falar determinadas palavras, mas o fazem mesmo assim. Se isso está acontecendo com você, preste atenção ao seu depósito, pois é um sinal de que seu coração precisa de uma mudança.

    Os pais, principalmente, têm uma grande responsabilidade para com seus filhos, pois esses não somente escutam o que eles dizem como também aprendem pelo exemplo que dão, pelo o que fazem. Não adianta você pedir ao seu filho para ele não faça algo se ele o vê fazendo o mesmo que foi proibido. A criança é como uma esponja – ela aprende e reproduz os mesmos sentimentos e atitudes de seus pais, mesmo que tenham falado para que agisse de outra forma. Portanto, se você é pai ou mãe, cuide do que está dentro de você, porque no momento em que menos perceber seus filhos estarão fazendo exatamente o que você faz.

    Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.(Provérbios 4:23)

    Se você quiser fazer parte dessa geração que Deus está chamando para mudar o mundo precisa sarar o seu coração, porque você vai fazer e dizer exatamente o que está dentro dele. Não adianta falar uma coisa e o coração estar cheio de outra. Não adianta pregar o perdão se o coração estiver cheio de mágoa com alguém. Não adianta querer ajudar uma família se em sua casa há situações pendentes.

    O que é guardar o coração? É cuidar, investigar, saber escolher o que permanece ou sai. Não somos árvores. Somos pessoas criadas à imagem e semelhança de Deus, com livre-arbítrio, e podemos, sim, cuidar do que entra e sai do nosso depósito. Alguém o feriu, machucou, criticou, ofendeu? Perdoe! Você não precisa viver com o coração ferido, magoado, por causa disso. Você pode escolher o que entra e o que sai do seu interior. Pode olhar para a pessoa e dizer: É seu direito pensar, falar, agir do jeito que você quiser. Mas é meu direito escolher o que vai entrar e permanecer dentro de mim. Ou seja, você pode escolher – isto é, guardar o coração. Cuidar, analisar, investigar o que está acontecendo dentro dele e jogar fora o que não presta. Deixar as coisas ruins saírem.

    Não é só gordura ou uma artéria entupida que não prestam dentro do coração; existem também as mágoas, os ressentimentos, as lembranças, a falta de perdão. Tudo isso não presta e só faz aumentar o depósito de coisas más. Guardar o coração é olhar para dentro de si mesmo e dizer: Isso já passou, já acabou. Não vou continuar com esse sentimento, pensamento ou atitude!.

    Fazendo um comparativo, da mesma forma que uma placa de gordura pode provocar um problema no coração, uma placa de mágoa também pode fazê-lo. Algumas pessoas que sofreram uma tragédia há muitos anos ainda vivem presas, apegadas à uma placa de mágoa. Fizeram dela um monumento – regam, tiram a poeira, passam um lustra-móveis no sentimento, no sofrimento. Sabemos que não é fácil levantar a cabeça depois de um sofrimento. Entretanto, toda dor tem dia para começar e para acabar. Não podemos escolher as situações que vamos passar, mas podemos escolher a forma como reagiremos a elas.

    Em nome de Jesus, não aceite o sofrimento na sua vida. Não fique preso, parado nele – passe por ele! Isso é proteger o coração. Vamos determinar um dia de faxina na alma, no coração! Jesus nos ensinou que todas as vezes em que celebrarmos a Ceia devemos examinar a nós mesmos. Faça isso sempre. Se você tiver pendências com algumas pessoas, vá atrás delas e resolva. O problema não é delas, é seu. Se elas não o perdoarem, não importa. O que interessa é você vai ficar livre. O que interessa é

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