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O PERÍODO DE ADAPTAÇÃO E OS OBJETOS TRANSICIONAIS NO PROCESSO: PESQUISA-INTERVENÇÃO EM UM CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE SÃO PAULO
O PERÍODO DE ADAPTAÇÃO E OS OBJETOS TRANSICIONAIS NO PROCESSO: PESQUISA-INTERVENÇÃO EM UM CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE SÃO PAULO
O PERÍODO DE ADAPTAÇÃO E OS OBJETOS TRANSICIONAIS NO PROCESSO: PESQUISA-INTERVENÇÃO EM UM CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE SÃO PAULO
E-book166 páginas1 hora

O PERÍODO DE ADAPTAÇÃO E OS OBJETOS TRANSICIONAIS NO PROCESSO: PESQUISA-INTERVENÇÃO EM UM CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE SÃO PAULO

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Sobre este e-book

Este livro é fruto da dissertação de mestrado de Tatiane Peres Alves Negrão, orientada pela Professora Doutora Ligia de Carvalho Abões Vercelli, defendida no mês de dezembro do ano de 2018, no Programa de Mestrado Profissional em Gestão e Práticas Educacionais da Universidade Nove de Julho (Progepe/Uninove).

A inquietação para realizar o estudo sobre o período de adaptação e os objetos transicionais no processo surgiu a partir de nossas observações no cotidiano de um Centro de Educação Infantil (CEI), ao percebermos que muitas professoras impediam os bebês[1] e as crianças pequenas de utilizarem esses objetos no dia a dia escolar, justamente à época do ingresso na instituição, momento no qual os pequenos se separam de suas figuras de afeto.
Para Winnicott (1998), desde os primeiros meses de gestação a mãe e o bebê estabelecem uma ligação de afeto e carinho entre si, através de um sentimento que é nutrido entre ambos no decorrer da gestação. Após o parto, essa relação de afetividade continua a ser fortalecida pelos momentos de cuidados que a mãe realiza com seu bebê e pelo contato físico existente entre eles.
Após o nascimento, o bebê até os seis meses de idade é muito dependente da mãe, e esta se torna sua figura de referência, aquela essencial à sua sobrevivência. Aos poucos, conforme o desenvolvimento do bebê, essa relação de referência e dependência dele pela mãe, vai se tornando mais distante, ele adquire maior independência e começa a explorar novos espaços e possibilidades. (Winnicott, 1998).
Nesse processo de desenvolvimento e maturação do bebê, de acordo com o autor, existe o desafio de se ver separado da mãe, pois o sentimento de afetividade que une mãe e filho é muito forte. Assim sendo, para amenizar o sofrimento pelo distanciamento da mãe, o bebê começa a se interessar por objetos que fazem parte do seu cotidiano, sendo esses nomeados como "objetos transicionais" ou "objetos de apego".
IdiomaPortuguês
Data de lançamento23 de mar. de 2021
ISBN9786586882292
O PERÍODO DE ADAPTAÇÃO E OS OBJETOS TRANSICIONAIS NO PROCESSO: PESQUISA-INTERVENÇÃO EM UM CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE SÃO PAULO

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    O PERÍODO DE ADAPTAÇÃO E OS OBJETOS TRANSICIONAIS NO PROCESSO - Tatiane Peres Alves Negrão

    capa do livro

    Sumário

    Capa

    CONSELHO EDITORIAL BIG TIME EDITORA/BT ACADÊMICA

    Ficha Catalográfica

    Ficha Técnica

    INTRODUÇÃO

    CAPÍTULO 1

    O PERÍODO DE ADAPTAÇÃO DE BEBÊS E CRIANÇAS BEM PEQUENAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL, A TEORIA DO APEGO E OS OBJETOS TRANSICIONAIS

    CAPÍTULO 2

    O USO DOS OBJETOS TRANSICIONAIS DURANTE O PERÍODO DE ADAPTAÇÃO NO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    REFERÊNCIAS

    Tatiane Peres Alves Negrão

    Ligia de Carvalho Abões Vercelli

    O PERÍODO DE ADAPTAÇÃO E OS OBJETOS TRANSICIONAIS NO PROCESSO:

    PESQUISA-INTERVENÇÃO EM UM CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE SÃO PAULO

    São Paulo | Brasil | Março 2021

    1ª Edição Epub

    Big Time Editora Ltda.

    Rua Planta da Sorte, 68 – Itaquera

    São Paulo – SP – CEP 08235-010

    Fones: (11) 2079-3460 | (11) 96573-6476

    Email: editorial@bigtimeeditora.com.br

    Site: bigtimeeditora.com.br

    Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas gráficos, microfílmicos, fotográficos, reprográficos, fonográficos, videográficos. Vedada a memorização e/ou a recuperação total ou parcial, bem como a inclusão de qualquer parte desta obra em qualquer sistema de processamento de dados. Essas proibições aplicam-se também às características gráficas da obra e à sua editoração. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos do Código Penal), com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei 9.610, de 19.02.1998, Lei dos Direitos Autorais).

    CONSELHO EDITORIAL BIG TIME EDITORA/BT ACADÊMICA

    PROF. ANTONIO MARCOS CAVALHEIRO – (Editor)

    Graduado em Letras pela Universidade Nove de Julho – Uninove. Editor de livros Acadêmicos e Literários. Escritor.

    PRESIDENTE

    PROF. DR. JOSÉ EUSTÁQUIO ROMÃO Graduado em História, pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em 1970 e Doutor em Educação, pela Universidade de São Paulo (USP), em 1996. Diretor Fundador do Instituto Paulo Freire do Brasil. Secretário Geral do Conselho Mundial dos Institutos Paulo Freire.

    MEMBROS

    PROF. DR. AFONSO CELSO SCOCUGLIA – Professor Titular da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Pós-Doutorado em Ciências da Educação (Université de Lyon, França, 2009) e Pós-Doutorado em História e Filosofia da Educação (Unicamp, 2010).

    PROF. DR. CASEMIRO MEDEIROS DE CAMPOS Graduado em Pedagogia pela Universidade Federal do Ceará (1989), mestrado em Educação pela Universidade Federal do Ceará (1996) e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Ceará (2013).

    PROF. DR. CÉLIO DA CUNHA – Doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1987). Pós-doutoramento na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia(Lisboa).

    PROF. DR. DANTE CASTILLO – Chileno, sociólogo. Académico de la Facultad de humanidades de la Univesidad de Santiago de Chile. Investigador de la Unidad de Recherche de I’École Doctorale (ICAR-UMR5191) de la Université Lumière II, Francia.

    PROF. DR. JASON FERREIRA MAFRA – Doutor (2007) e mestre (2001) em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Graduado e licenciado em História pela Unisal.

    PROFA. DRA. MARTHA APARECIDA SANTANA MARCONDES – Doutora em Educação pela Universidade do Minho/Portugal (2004), validado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

    PROF. DR. MAURÍCIO PEDRO DA SILVA – Doutor em Letras Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (2001). Pós-Doutorado em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (2005).

    PROF. DR. REMI CASTIONI – Graduado (Bacharelado) em Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul (1991) e doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2002).

    MAGALI SERAVALLI ROMBOLI – ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – Graduação em Comunicação Social, com Habilitação em Jornalismo, pela Faculdade Cásper Líbero (1986).

    Ficha Catalográfica

    Ficha Técnica

    Projeto gráfico: Big Time Editora | Diagramação: Marcello Mendonça Cavalheiro | Ilustração para Capa: Gabriel Benatti | Revisão: Autores

    Introdução

    Eu não preciso de ti. Tu não precisas de mim. Mas, se tu me cativares, e se eu te cativar. Ambos precisaremos, um do outro. A gente só conhece bem as coisas que cativou. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. (Antoine de Saint-Exupéry, 2015, p. 57).

    Este livro é fruto da dissertação de mestrado de Tatiane Peres Alves Negrão, orientada pela Professora Doutora Ligia de Carvalho Abões Vercelli, defendida no mês de dezembro do ano de 2018, no Programa de Mestrado Profissional em Gestão e Práticas Educacionais da Universidade Nove de Julho (Progepe/Uninove).

    A inquietação para realizar o estudo sobre o período de adaptação e os objetos transicionais no processo surgiu a partir de nossas observações no cotidiano de um Centro de Educação Infantil (CEI), ao percebermos que muitas professoras impediam os bebês[1] e as crianças pequenas de utilizarem esses objetos no dia a dia escolar, justamente à época do ingresso na instituição, momento no qual os pequenos se separam de suas figuras de afeto.

    Para Winnicott (1998), desde os primeiros meses de gestação a mãe e o bebê estabelecem uma ligação de afeto e carinho entre si, através de um sentimento que é nutrido entre ambos no decorrer da gestação. Após o parto, essa relação de afetividade continua a ser fortalecida pelos momentos de cuidados que a mãe realiza com seu bebê e pelo contato físico existente entre eles.

    Após o nascimento, o bebê até os seis meses de idade é muito dependente da mãe, e esta se torna sua figura de referência, aquela essencial à sua sobrevivência. Aos poucos, conforme o desenvolvimento do bebê, essa relação de referência e dependência dele pela mãe, vai se tornando mais distante, ele adquire maior independência e começa a explorar novos espaços e possibilidades. (Winnicott, 1998).

    Nesse processo de desenvolvimento e maturação do bebê, de acordo com o autor, existe o desafio de se ver separado da mãe, pois o sentimento de afetividade que une mãe e filho é muito forte. Assim sendo, para amenizar o sofrimento pelo distanciamento da mãe, o bebê começa a se interessar por objetos que fazem parte do seu cotidiano, sendo esses nomeados como objetos transicionais ou objetos de apego.

    O objeto transicional pode ser elencado pelo bebê e pela criança bem pequena de forma autônoma ou ser apresentado a ela por intermédio dos pais, existindo muitas variáveis quanto ao tipo, formato e escolha do objeto, como: chupetas, paninhos, ursinhos, fraldinhas, bonecas e bonecos, carrinhos, cobertores, pedaços de tecidos e travesseiros. Eles podem ou não possuir textura macia, agradável e quando se trata de ursinhos de pelúcia ou bonecos, normalmente têm uma expressão facial tranquila e serena. A criança que faz uso de um objeto transicional costuma nomeá-lo para facilitar a comunicação com o adulto. (Winnicott, 1998; Ortiz e Carvalho, 2012).

    Ao se interessar pelo objeto, normalmente a criança busca conforto, sensação de segurança e bem-estar, principalmente nos momentos em que está separada ou distante da mãe. Do mesmo modo, o objeto pode proporcionar a ela mais calma e confiança frente a situações novas, conflitantes ou angustiantes, como a título de exemplo, a inserção desta no ambiente escolar. (Winnicott, 1998; Ortiz e Carvalho, 2012).

    Um momento desafiador para o bebê e a criança bem pequena, é o período que começa a frequentar o ambiente escolar, visto que estarão distantes dos familiares, enquanto estiverem na escola, deste modo, buscarão no objeto transicional recursos para se sentirem menos assustadas e fragilizadas, procurando os sentimentos de conforto e segurança para estarem amparadas na ausência dos pais. Essa experiência de estar entre adultos e crianças desconhecidas em um ambiente novo pode ser bastante enriquecedora do ponto de vista educacional, contudo, muito angustiante para os envolvidos nesse processo, como a própria criança e a família. (Pantalena, 2010).

    Experimentando sentimentos diversos a partir dessa entrada da criança no CEI, os pais, poderão sentir insegurança e ansiedade, que tornam essa separação mais dolorosa, tanto para o bebê quanto para os familiares. Com o distanciamento destes Pantalena (2010) destaca que deve haver um período de adaptação e de tempo para que um e outro acomodem os sentimentos e assimilem a nova rotina gradativamente.

    Diante do exposto, nosso objeto de estudo é o período de adaptação de bebês e crianças bem pequenas, com foco no uso de objetos transicionais. Como objetivo geral, buscamos analisar como ocorre o período de adaptação de bebês e crianças bem pequenas e o uso dos objetos transicionais durante a fase de inserção da criança em um Centro de Educação Infantil (CEI) localizado na cidade de São Paulo. Elencamos como objetivos específicos: identificar os objetos que os bebês e crianças bem pequenas fazem uso; verificar como acontece o período de adaptação no CEI; observar se as professoras de educação infantil permitem o uso dos objetos transicionais; constatar possíveis mudanças de comportamento e reações daqueles que utilizarem esses objetos.

    Buscamos responder as seguintes perguntas: Como acontece o processo de adaptação dos bebês e crianças bem pequenas no CEI? Quais são os objetos transicionais utilizados pelas crianças? As professoras de educação infantil permitem que as crianças façam uso dos objetos transicionais no período de adaptação? Como as crianças se sentem utilizando esses objetos?

    Os sujeitos da pesquisa são quatro professoras que trabalham com bebês e crianças bem pequenas em duas turmas de berçários nesse CEI, no período da manhã. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa do tipo intervenção, pautada na pesquisa-ação e os instrumentos de coleta de dados são: observação e registro, entrevista semiestruturada e duas rodas de conversas com quatro professoras de duas turmas de berçários, sobre o uso dos objetos transicionais durante o período de adaptação no CEI.

    O presente livro está organizado em dois capítulos, a saber: O capítulo 1 denominado O período de adaptação de bebês e crianças bem pequenas na educação infantil, a teoria do apego e os objetos transicionais, temos como objetivo, conceituar adaptação, a Teoria do Apego de John Bowlby e os objetos transicionais, à luz das ideias de Winnicott.

    No capítulo 2, denominado O uso dos objetos transicionais durante o período de adaptação no Centro de Educação Infantil (CEI), apresentamos a metodologia utilizada, o percurso das observações e das entrevistas semiestruturadas realizadas com as docentes, e suas respectivas análises, além das rodas de conversas

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