Violencia en las canchas de fútbol en América del Sur: causas y soluciones
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Violencia en las canchas de fútbol en América del Sur - Gustavo Lopes Pires de Souza
Bibliografía
1. INTRODUCCIÓN
Esta memoria de algunas corrientes existentes sobre la violencia en el fútbol es un intento de interpretación a partir de las teorías de Eric Dunning, Norbert Elías, Heloisa Helena Baldy dos Reis y otros para intentar esclarecer ese fenómeno tan complejo como es el de la violencia en los espectáculos deportivos.
Para delimitar el objeto de estudio nos situaremos bajo perspectivas sociológicas, psicológicas y jurídicas. Además, el contexto trabajado será de la violencia surgida alrededor del hecho deportivo y protagonizada por espectadores o aficionados en el que esta obra se sitúa, dejando al margen aquellas conductas violentas de los deportistas, tal como destaca el Profesor Jose Luis Carretero Léston (1989):
Al hablar de violencia en el deporte estimamos deben distinguirse dos categorías: la violencia como consecuencia de la práctica deportiva y la violencia como ocasión de acontecimientos deportivos, siendo esta última, paradójicamente, la más preocupante.
Este análisis multidisciplinar se torna imprescindible, como destaca Ronaldo Batista Pinto:
Parece unânime, contudo, a conclusão de que a violência no esporte não se constitui em um episódio isolado, restrito às praças em que ocorrem as disputas. Antes, é reflexo da violência instalada, de forma generalizada, na sociedade moderna, que se espalha por todos os campos da atividade humana (família, escola, trabalho, Trânsito, etc), e que, por conseqüência, também se manifesta nos estádios. (PINTO, 2010).
Felizmente, la violencia en los estadios de fútbol es un fenómeno que está disminuyendo, gracias al interés y a la buena disposición de las partes envueltas. Mientras, se sigue observando a cada partido, en algún lugar del mundo, especialmente en América del Sur, escenas dantescas de alguna tragedia que podría haber sido evitada.
De hecho, "É mais apropriado pensar na violência também como uma tendência mundial do futebol-espetáculo, mas não entender que todas essas formas sejam hooliganismo do modo inglês." (REIS, 2006).
Estos incidentes llevan a la reflexión cuya conclusión de que las causas de la violencia en los estadios de fútbol no han sido atacadas en su raíz. Es hecho que cada vez hay más prevención y se evitan actos vandálicos de los hinchas mediante excelentes medidas preventivas, dispositivos de seguridad y leyes, se nos hace pensar que sin este control pudiera desaparecer la violencia y el vandalismo de los estadios.
Según Heloisa Helena Baldy dos Reis:
As manifestações violentas envolvendo torcedores de futebol em dias de jogos, dentro ou fora dos estádios, são atualmente um problema de segurança pública e um objeto de pesquisa da sociologia do esporte em vários países, já que o fenômeno reúne as característica de estabilidade e persistência, ocorrendo com regularidade, e tendo como lugar os estádios de futebol e as suas imediações, não sendo raras também as manifestações violentas em outros locais das cidades onde ocorrem jogos. (REIS, 2006).
Todavía, cada vez más, se están reduciendo considerablemente los casos de irracionalidad realizados por algunos aficionados radicales, lo que nos lleva a pensar que entre todos los implicados, en un futuro no muy lejano, se puede acabar con esta lacra social que representa la violencia en los espectáculos deportivos, especialmente en América del Sur, donde el público es apasionado por fútbol.
La América del Sur es el continente que se extiende desde las aguas del mar Caribe al norte hasta las aguas del Cabo Horn, al sur. La cordillera más extensa del mundo, los Andes, se emplaza a lo largo de la costa oeste, mientras la floresta amazónica, la más grande selva del mundo, se esparce a lo largo del norte.
La América del Sur es compuesta por catorce países: Argentina, Antillas Holandesas, Bolivia, Brasil, Chile, Colombia, Ecuador, Guyana Francesa, Guyana, Paraguay, Perú, Uruguay, Surinam y Venezuela.
En este estudio, por cuestiones académicas y pedagógicas los países de América del Sur serán subdivididos en tres regiones, a saber, América Andina; América Platina; y Brasil.
Además, serán considerados sólo los países filiados a la Confederación Suramericana de fútbol, que son diez: Argentina, Bolivia, Brasil, Chile, Colombia, Ecuador, Paraguay, Perú, Uruguay y Venezuela.
La referida división llevó en consideración además de la proximidad geográfica, la relevancia jurídica, social, económica y deportiva de cada país. Brasil será abordado separadamente.
La América Andina reúne Venezuela, Colombia, Ecuador, Perú, Bolivia y Chile, países localizados a lo largo de la Cordillera de los Andes. La América Platina, por su turno, reúne los países bañados por la Bacía del Río de la Plata, o sea, Paraguay, Uruguay y Argentina.
Para situarnos mejor el contexto, en el capítulo II se habla de cada uno de los países de América del Sur presentando sus características geográficas, organización futbolística y legislación en contra a la violencia en espectáculos deportivos.
En el capítulo III hacemos un abordaje histórico de la violencia en las canchas de fútbol de América del Sur.
En la secuencia, en el capítulo IV hablamos sobre las causas de la violencia desmontándose la idea arraigada en América del Sur de que el vandalismo en los espectáculos deportivos es proveniente de las Hinchadas Organizadas y de los Barra Bravas.
Después del análisis de las legislaciones, del histórico y de las causas de la violencia en América del Sur, serán abordadas soluciones para la violencia en las canchas de fútbol, donde se observa que la evolución civilizadora en el deporte nació de Inglaterra, país que, para restringir la violencia, creó reglas sociales que exigen autocontrol de los participantes, se los sean jugadores o hinchas, reglas estas que fueron exportadas para otros países.
Además de Inglaterra hay otras experiencias de éxito que serán analizadas como herramienta para prevenir actos de violencia en las canchas de fútbol de América del Sur.
España firmó un Convenio Europeo de Prevención contra la Violencia en los Estadios y, a partir de esa adhesión, se tuvo como estrategia la elaboración de normas que reglamentasen la acción de la policía y de la justicia.
Fue de este modo que, en 1990, se llevó a cabo la redacción de la Ley del Deporte en España, que reguló la organización de espectáculos deportivos con atención especial al fútbol y asignó responsabilidades a cada una de las instituciones involucradas en la promoción de eventos de esta naturaleza.
Para que el gobierno español pudiese cumplir con éxito el Convenio Europeo, fue preciso declarar el fútbol como ámbito de carácter privado pero, sin embargo, de interés público. Esa medida posibilitó al Estado intervenir sobre la organización del fútbol y sobre la responsabilidad civil y penal de las personas involucradas en supuestos de enfrentamientos violentos relacionados con los espectáculos futbolísticos. En España, la Ley 10/1990, del Deporte, contó en su elaboración con una amplia participación de todos los órganos ligados al fútbol, a la justicia y a la educación. Para su elaboración, se constituyeron comisiones en los Ministerios de Interior y Educación y Cultura, así como en el Senado. Dichas comisiones tuvieron la misión de realizar investigaciones que ayudasen a la creación e implementación de la ley que sería redactada y, posteriormente, votada en el Senado español. (REIS,