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Sertão-Mar
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E-book181 páginas46 minutos

Sertão-Mar

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Sobre este e-book

Do árido às correntes que brotam vida, do sertão ao mar, assim se estrutura a obra de Caio Miranda, autor paulista cujas palavras brincam de autopontuar-se – por vezes, atiradas na página, evocando silêncios, impossibilidades de coesão; por vezes, pulando linhas, tecendo caminhos que nem sempre seguem a lógica clássica do enjambement. Sertão-Mar faz mosaico, grito e doçura de temas difíceis e atuais como a política estatal genocida e a necessidade de atendermos ao social.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de jun. de 2021
ISBN9786586353143
Sertão-Mar

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    Sertão-Mar - Caio Miranda

    Sertão-mar, de Caio MirandaSertão-mar, de Caio Miranda. Rio de Janeiro, março de 2021

    FICHA TÉCNICA

    Editora Responsável: Sabine Mendes Moura

    Produção Editorial: Amanda Bougleux

    Revisão textual: Laura Spíndola

    Capa, projeto gráfico, ilustrações das aberturas: Cecilia Leal

    Fotografia da capa: Raquel Soares Queiroz

    Produção do e-book: André Caniato

    Logo da editora: Natasha Mendes Cartes

    Contatos

    e-mail: sabine@editoranua.com.br

    Instagram: @editora_nua

    Facebook: @EditoraNua

    Twitter: @EditoraNua

    1a EDIÇÃO: Rio de Janeiro, março 2021

    ISBN: 978-65-86353-13-6

    ISBN versão digital 978-65-86353-14-3

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Miranda, Caio

    Sertão-mar / Caio Miranda. -- 1. ed. -- Rio de Janeiro : Editora Nua, 2021.

    ISBN 978-65-86353-00-6

    ISBN versão digital 978-65-86353-14-3

    1. Poesia brasileira I. Título.

    21-60188

    CDD B869.1

    prefácio

    Sabe quando a poesia te invade e te faz transbordar sentimentos e sensações as quais você não entende, mas seu peito também não desconhece? Seu peito estremece e sua alma apenas transborda como bravos novos gritos para um ar poluído, esse também poderia ser o título, como já disse o autor. Aqui, no Sertão-mar, palavras que, por vezes, se apresentam desconexas, mas, ao mesmo tempo, te fazem enxergar um rumo e mostrar que está tudo conectado. Uma palavra diz muito e pode até nada dizer. Nadar. Esse rumo te leva a navegar em águas profundas. Uma jornada é iniciada em águas passadas, insalubres, ressignificando a procura por águas transparentes no presente e construindo a chuva que lava a alma no futuro. É certo que a chuva há de vir e correr com os rios, e até invadir o ser tão. Imagine uma enxurrada de amor, de auto-amor que vai de desencontro às opressões que levam a poeira pro olhos e secam gargantas. Essas tais opressões não foram esquecidas. Pelo contrário, são constantemente combatidas. E, nessas linhas que você esta prestes a pisar, digo que o combate-embate se apresenta até com certa dose de afeto, esperança e aborto da mesma. É permitido apelar para todo o céu que seja seu e o deus, seja qual for, o importante é navegar e não deixar o barco virar, mesmo nas horas das exacerbações e manifestos que cortam e desnudam os modos operantes de nossa sociedade pensar. Sobretudo, quando, no centro da cena, da alma, do ser, do a-mar está um gênero fora do padrão simétrico do mundo. É aí que se encontram algumas questões, mas o que é padrão e todo esse processo de engessamento e aceitação de erros acometidos cotidianamente desde a colonização? Padrão, pra mim, deveria vir atrelado à felicidade. Esse trabalho nos lança alguns tapas na cara, falando: – Acorda, olha a onça, o mundo está mudando e você também deveria. E fique sabendo que o amor também dói e não é sempre que rima com alegria. Mas deveria… Mas dói. Mas continuamos de pé. Corpos historicamente negados, periféricos, cicatrizados à margem de tudo, porém sempre com a cabeça pra fora do mar furioso social, que respira e volta a ter oxigênio para continuar e desbravar as profundezas. A vida de ‘’Amara’’, o texto xodó do autor Caio Miranda, deve ter sido dura. Assim como a dele, que se perguntou se escrevia ou comia. Que bom que você está saciando a sua fome de escrita, Caio. No embalo das palavras e de suas metáforas, fui boiando nesse trajeto de braços abertos, confesso que engoli água algumas vezes, mas segui, pois me fez recordar que chorar no mar pode ser bom para as lágrimas salgadas. É proibido chorar, mas, se quiser, pode! Capítulos, títulos e textos muitos bem pensados contribuem com a estética com a qual o autor muito se preocupa. Não é só escrever: é entender como as palavras navegam no mar e sentem o sertão. Os loucos, os que desviam dos caminhos impostos, os fora dos padrões sempre foram a salvação da nossa sociedade. O

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