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A fundação da Vila de São Vicente Contada pelo Pai Anastácio
A fundação da Vila de São Vicente Contada pelo Pai Anastácio
A fundação da Vila de São Vicente Contada pelo Pai Anastácio
E-book50 páginas32 minutos

A fundação da Vila de São Vicente Contada pelo Pai Anastácio

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Sobre este e-book

Um texto teatral para não atores, mas atores da História.

Esta obra é também uma peça didática de teatro, que visa fomentar a reflexão e a importância do negro no período da colonização de São Vicente.
A provocação do autor se estende a todos aqueles que se interessam em entender a identidade dos povos brasileiros e contribuir com a construção de uma sociedade inclusiva com todos e para todos.
Muito embora as encenações sobre a Fundação de São Vicente ignorem a Cultura Africana, na primeira Vila do país, a sua presença é incontestável.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento23 de ago. de 2021
ISBN9786559850594
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    A fundação da Vila de São Vicente Contada pelo Pai Anastácio - Anguair Gomes

    Onde está o povo negro

    na história da Fundação

    e São Vicente?

    São Vicente não pode ter os olhos voltados para o futuro sem resgatar o histórico de sua cultura construída por inúmeros povos. Seu nome já aparecia nos mapas dos navegadores europeus em 1502.

    Carrega o título de primeira vila organizada no Brasil dos tempos coloniais, mas está vazia de memória.

    Quando a coroa portuguesa repartiu as terras brasileiras em capitanias hereditárias, foi em São Vicente que se deu o início para o ciclo da cana-de-açúcar.

    No DNA cultural de São Vicente está a suposta democracia tupiniquim, a escravidão indígena e negra e a cidade de São Paulo.

    Somos herdeiros da colonização, pois, aqui, índios, portugueses e negros começaram a tornar-se brasileiros.

    Foi na terra Gohayó, batizada de São Vicente, que os portugueses construíram a primeira Câmara dos Deputados das Américas, e, ao lado, fizeram um pelourinho para açoitar índios e negros escravizados.

    Brancos e não brancos precisam relembrar, ou saber, que o passado de São Vicente também foi negro.

    Atalhos & Retalhos

    Precisamos recorrer a atalhos em busca dos retalhos da nossa história coletiva e individual, pois ela é um dos principais fatores da cultura; apesar de Rui Barbosa ter mandado queimar os documentos da escravatura, sob o pretexto de que serviriam para os fazendeiros reclamarem indenizações pela libertação dos escravos.

    Minha identidade cultural foi retalhada com o sequestro dos negros africanos que vieram para serem escravos no Brasil, pertencentes a uma grande variedade de etnias; e também com a escravidão e o extermínio indígena.

    Nos poucos galhos da minha árvore genealógica, encontram-se registros da minha mãe, Nair de Souza Santos, nascida em Conceição de Macabú, cidade do Rio de Janeiro, e desaparecida na década de 60, depois de confinada no hospital psiquiátrico no bairro de Engenho de Dentro. Até os meus doze anos estive com ela que sempre me dizia que não conhecera seus pais. Analfabeta, mas com uma leitura de mundo de fazer inveja, tornou-se empregada

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