A fundação da Vila de São Vicente Contada pelo Pai Anastácio
()
Sobre este e-book
Esta obra é também uma peça didática de teatro, que visa fomentar a reflexão e a importância do negro no período da colonização de São Vicente.
A provocação do autor se estende a todos aqueles que se interessam em entender a identidade dos povos brasileiros e contribuir com a construção de uma sociedade inclusiva com todos e para todos.
Muito embora as encenações sobre a Fundação de São Vicente ignorem a Cultura Africana, na primeira Vila do país, a sua presença é incontestável.
Relacionado a A fundação da Vila de São Vicente Contada pelo Pai Anastácio
Ebooks relacionados
Verde, amarelo, azul e rosa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPernalonga: Uma sinfonia inacabada Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCordel pouso para a educação e pra cultura Nota: 5 de 5 estrelas5/5A gênese de Ita: relatos históricos culturais de Itaituba- Pará Nota: 0 de 5 estrelas0 notasValdeck É Prosa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMovimento Popular Escambo Livre De Rua Nota: 0 de 5 estrelas0 notasReflexos De Universos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasColetanea De Memórias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRevista Continente Multicultural #271: Ave Sangria Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAuto da Lusitânia: Adaptação de Alexandre Azevedo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNão Posso Ficar Nem Mais Um Minuto Com Você Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPássaros do passado Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBrasil De Ontem, Hoje E Sempre Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Diário de Lili Beth: Um amor à moda antiga Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCrônicas Esparsas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Mãe e filha numa pandemia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Saga De Mané Félix E Suas Aventuras Pela Vida Afora Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPessoas e Símbolos de Cachoeira do Sul Nota: 0 de 5 estrelas0 notasJazz band na sala da gente Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCaminho Ku No Djurmenta Nota: 0 de 5 estrelas0 notasQuem tem farelos? Ou Auto do escudeiro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTrinta Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVentos Quentes do Norte Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMário Peixoto antes e depois de Limite Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEscolas de samba do Rio de Janeiro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAuto da Alma: Adaptação de Alexandre Azevedo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDa cor da dor: Um mergulho profundo nas águas do Transtorno Afetivo Bipolar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSecos & Molhados: Som do Vinil, entrevistas a Charles Gavin Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCruz e Sousa: Dante negro do Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Tietê Das Matas E Das Anhumas Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Artes Cênicas para você
O que é o cinema? Nota: 5 de 5 estrelas5/5William Shakespeare - Teatro Completo - Volume I Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Acordo Nota: 3 de 5 estrelas3/5Sexo Com Lúcifer - Volume 2 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasContos Sexuais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDanças de matriz africana: Antropologia do movimento Nota: 3 de 5 estrelas3/5A Proposta Nota: 3 de 5 estrelas3/5Ver, fazer e viver cinema: Experiências envolvendo curso de extensão universitária Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBelo casamento - Belo desastre - vol. 2.5 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCinema e Psicanálise: Filmes que curam Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGlossário de Acordes e Escalas Para Teclado: Vários acordes e escalas para teclado ou piano Nota: 5 de 5 estrelas5/5Da criação ao roteiro: Teoria e prática Nota: 5 de 5 estrelas5/5A arte da técnica vocal: caderno 1 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDesejo Proibido Nota: 0 de 5 estrelas0 notasComo fazer um planejamento pastoral, paroquial e diocesano Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCriação de curta-metragem em vídeo digital: Uma proposta para produções de baixo custo Nota: 5 de 5 estrelas5/5A arte da técnica vocal: caderno 2 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOratório Métodos e exercícios para aprender a arte de falar em público Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Melhor Do Faroeste Clássico Nota: 0 de 5 estrelas0 notasWilliam Shakespeare - Teatro Completo - Volume III Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Cossacos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO abacaxi Nota: 5 de 5 estrelas5/55 Lições de Storyelling: O Best-seller Nota: 5 de 5 estrelas5/5Os Crimes Que Chocaram O Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOrdem Das Virtudes (em Português), Ordo Virtutum (latine) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasComo fazer documentários: Conceito, linguagem e prática de produção Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSexo Com Lúcifer Nota: 5 de 5 estrelas5/5Eros e Psiquê - Apuleio Nota: 5 de 5 estrelas5/5Uma Força: Um Conto Sobre o Lado Obscuro da Vida Nota: 3 de 5 estrelas3/5
Categorias relacionadas
Avaliações de A fundação da Vila de São Vicente Contada pelo Pai Anastácio
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
A fundação da Vila de São Vicente Contada pelo Pai Anastácio - Anguair Gomes
Onde está o povo negro
na história da Fundação
e São Vicente?
São Vicente não pode ter os olhos voltados para o futuro sem resgatar o histórico de sua cultura construída por inúmeros povos. Seu nome já aparecia nos mapas dos navegadores europeus em 1502.
Carrega o título de primeira vila organizada no Brasil dos tempos coloniais, mas está vazia de memória.
Quando a coroa portuguesa repartiu as terras brasileiras em capitanias hereditárias, foi em São Vicente que se deu o início para o ciclo da cana-de-açúcar.
No DNA cultural de São Vicente está a suposta democracia tupiniquim, a escravidão indígena e negra e a cidade de São Paulo.
Somos herdeiros da colonização, pois, aqui, índios, portugueses e negros começaram a tornar-se brasileiros.
Foi na terra Gohayó, batizada de São Vicente, que os portugueses construíram a primeira Câmara dos Deputados das Américas, e, ao lado, fizeram um pelourinho para açoitar índios e negros escravizados.
Brancos e não brancos precisam relembrar, ou saber, que o passado de São Vicente também foi negro.
Atalhos & Retalhos
Precisamos recorrer a atalhos em busca dos retalhos da nossa história coletiva e individual, pois ela é um dos principais fatores da cultura; apesar de Rui Barbosa ter mandado queimar os documentos da escravatura, sob o pretexto de que serviriam para os fazendeiros reclamarem indenizações pela libertação dos escravos.
Minha identidade cultural foi retalhada com o sequestro dos negros africanos que vieram para serem escravos no Brasil, pertencentes a uma grande variedade de etnias; e também com a escravidão e o extermínio indígena.
Nos poucos galhos da minha árvore genealógica, encontram-se registros da minha mãe, Nair de Souza Santos, nascida em Conceição de Macabú, cidade do Rio de Janeiro, e desaparecida na década de 60, depois de confinada no hospital psiquiátrico no bairro de Engenho de Dentro. Até os meus doze anos estive com ela que sempre me dizia que não conhecera seus pais. Analfabeta, mas com uma leitura de mundo de fazer inveja, tornou-se empregada