Caroço de acerola
De Cris Landa
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Sobre este e-book
Escrevo pra falar que eu não tenho ideia do seu nome, da cor dos seus olhos, do que te deixa feliz, do que é que te faz chorar, mas que talvez eu gostasse de saber. Por curiosidade, por loucura, por fútil imaginação enquanto adio aqui as minhas responsabilidades."
Caroço de acerola é uma coleção de ideias em verso e prosa sobre tudo o que há de mais comum entre os nossos corações. Saudade, medo, dúvida, alegria, amor, raiva, tristeza e mais uma porção de coisas que a gente sequer sabe dar nome. Você vai achar até que toda página é sobre a sua vida - e talvez até seja.
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Caroço de acerola - Cris Landa
Acerola nº 01
Melhor avisar de uma vez
Peço licença, estimada desconhecida, para dividir contigo o risco incontornável do delírio que guarda este livro. As palavras enfileiradas a seguir não escondem qualquer segredo, lamento, mas teimaram inventar, em conjunto, uma coleção de ideias que podem soar absurdas de tão ingênuas ou ridículas de tão pacatas. E não farei o esforço tolo de contestá-las — há de ser de minha inteira responsabilidade. Meu carinho é historicamente maior pelas coisas que não existem, e creio que há alguma lucidez em funcionar assim. Diária e voluntariamente, estendo sobre o planeta um lençol com mais flor, mais colo e mais riso que de costume, e vivo os momentos como se fosse este o desenho original do universo. Mais gentil, mais corajoso e incrivelmente mais verdadeiro. Com sorte, portanto, estas ideias agora compartilhadas talvez tornem mais doce até uma acerola — ou mais precioso um simples caroço.
Acerola nº 02
viver é pura arte
estar vivo é pura sorte
todo mundo um dia descobre
se é artista ou só sortudo.
Acerola nº 03
a cabeça não para. ela devia parar?
_
nunca estive em outra cabeça pra saber como é lá.
_
mas não importa, acho que a cabeça devia parar sim.
triste que não deve existir sindicato pra essas coisas.
Acerola nº 04
só vejo os porquês se os invento.
que a fundo, a gente é só inventar:
seria a melhor opção ao desespero,
ou é mesmo só ela que há?
Acerola nº 05
vi uma janela acesa no outro prédio e rezei pra que alguém ali estivesse escrevendo um livro que mudasse o mundo. ou lendo um que mudasse o seu. ou que pelo menos o domingo tivesse valido a pena. não deu tempo de descobrir – dormi antes da janela.
Acerola nº 06
reparava no céu às sete, onze e às duas, se desse,
convicto de que de uma hora pra outra os conselhos que eu queria (todos eles) surgiriam anotados lá no alto azul – legíveis e didáticos, confiáveis e simpáticos, possíveis e automáticos, passo a passo, numerados em tópicos e subtópicos e subsubtópicos. sonho!
mas que bobagem!
nããão, bobagem, nããão! olha aquele rastro horizontal dos aviões no céu – idêntico a uma pauta. havia de ser sobrescrito.
concluiu que não tinha, pois, nada de louco. mais provável é que fosse sanidade demais.
Acerola nº 07
Todas as vezes que o céu era frio, e eu me encolhia imaginosamente buscando ir sumindo os supérfluos – deixar só o necessário pra sobreviver, sobrepensar ou sobressentir.
Todas as vezes que não entendo o quanto de vida nos cabe ou o quanto de nós cabe à vida.
Todas as vezes que acho que o desenho sempre esteve pronto ou que sou eu que desenho ou que não tem desenho nenhum.
Todas as vezes que compartilhar pensamentos com alguém me parece ser muito lógico – ou muito burro.
Todas as vezes que eu parava pra pensar em como sempre fomos mestres em inventar palavras para sentimentos pensamentos não-tão-legais-assim, sem lembrar que teria sido melhor ter