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África. Lições de Classe: Volume 1 – Da ascensão islâmica ao século XIX
África. Lições de Classe: Volume 1 – Da ascensão islâmica ao século XIX
África. Lições de Classe: Volume 1 – Da ascensão islâmica ao século XIX
E-book310 páginas6 horas

África. Lições de Classe: Volume 1 – Da ascensão islâmica ao século XIX

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Sobre este e-book

Fruto de décadas no curso de especialização em história da África, apresentado no Centro Estudos Afro-Asiáticos, o CEAA da Universidade Candido Mendes, no Rio de Janeiro, um conjunto de professores, com vasta experiência no continente, traz África. Lições de classe, editado em três volumes.

São autores: Beluce Bellucci (coord.), Hebe Mattos, Keila Grinberg, Marcelo Bittencourt Ivair Pinto, Marcelo da Costa Nicolau, Maria do Carmo Ibiapina de Menezes, Pablo de Rezende Saturnino Braga, Paulo Afonso Monteiro Velasco Jr e Philippe Joseph Christophe Lamy.
O trabalho servirá como aporte de referência a todos aqueles que desejam um conhecimento inicial em África, especialmente a professores, alunos, militantes do movimento negro e jornalistas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de out. de 2021
ISBN9786525208817
África. Lições de Classe: Volume 1 – Da ascensão islâmica ao século XIX

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    África. Lições de Classe - Beluce Bellucci

    ÁFRICA, UM CONTINENTE. UMA VISÃO GERAL²

    POR MARCELO DA COSTA NICOLAU


    2 O item Religiões, nesta introdução, foi organizado pela profa. Maria Ibiapina de Menezes; o sobre as Macrorregiões basearam-se no texto do professor José Maria Nunes Pereira: Perfil histórico e abordagem geopolítica das macrorregiões, in Bellucci (2003); as atualizações e a organização do conjunto foram da coordenação.

    1. O CONTINENTE AFRICANO

    Apresentação

    As possíveis origens para o nome África derivam da parte Norte do continente, sendo que se encontra primeira possibilidade na palavra Afrig, que designa uma tribo berbere do antigo Império de Cartago. A segunda possibilidade remonta igualmente à antiguidade clássica, nos textos do historiador grego Heródoto³, que nomeou os continentes conhecidos homenageando três guerreiras míticas, a saber: Ásia, Europa e Líbia. O termo Líbia se referia à parte então mais conhecida do continente, que estava compreendida entre a Tripolitânia e a atual Tunísia. Essa denominação predominou até o século XVI, quando passou a prevalecer a denominação árabe Afriquyia, que mais tarde seria latinizada para África.

    Com 30.258.752 km², o continente africano é o terceiro maior em superfície, superado pela Ásia, com 43 milhões e pelas três Américas, com 42 milhões. É três vezes maior que a Europa, com população 70% superior. Em 2019 possuía 1,3 bilhão de habitantes, sendo que 58% vivem em áreas rurais. Embora ocupe 22% das terras emergentes do planeta, representa cerca de 15% da população mundial. É certo que vem modificando esse indicador, pois se em 1950 compunha 9%, nos anos 2000, passou a 13,4%. Mesmo assim, ainda apresenta baixa densidade demográfica de 30 hab/km². A sua taxa de crescimento populacional é a mais alta do planeta, com 2,9% de média.

    Marcadamente maciço e sem falhas geológicas, o que garante ao continente uma grande estabilidade de terreno. Seu litoral não é rico em baías nem apresenta muitos portos naturais ou áreas próprias para tal. A distância de um lugar do interior até o mar pode alcançar perto de 1.500 km, enquanto na Europa o máximo é de cerca de 500 km.

    Predominam os planaltos e a altitude média do continente é de 674 m. Apresenta 27,5 mil km de costas, com planícies litorâneas estreitas, com uma média de 100 km de extensão. As cadeias montanhosas se concentram numa faixa que se estende da África do Sul até o leste, conhecida também como África Alta, onde se encontram as três maiores montanhas do continente, a saber: o Kilimanjaro⁴ (5.892m), o Quênia⁵ (5.199m) e os montes Ruwenzori⁶ (5.110m), apresentando neves eternas na linha do Equador.

    O curso dos rios, pouco navegáveis, é cortado por quedas e cataratas expressando a irregularidade do terreno, o que limita bastante a navegação (consequentemente dificultando a comunicação no interior do continente). No entanto, essa mesma irregularidade, possibilita ao continente ter o maior potencial hidrelétrico do mundo, com destaque para a República Democrática do Congo (ex-Zaire). Potencial que tem sido historicamente negligenciado.

    O rio Nilo (que dependendo da nascente que se considere para o rio Amazonas, pode ser considerado o maior rio em extensão do mundo) é o único que corre para o norte, em direção ao Mar Mediterrâneo, com 6.670 km; nasce do lago Vitória⁷ e atravessa o Sudão e o Egito, antes de desaguar no Mediterrâneo.

    Entre os rios que deságuam no Oceano Atlântico temos o Congo⁸ (4.600 km) e o Níger⁹ (4.160km), rio da integração do oeste africano. Terminam no Oceano Índico os rios Zambeze¹⁰ (2.650 km), o Limpopo¹¹ e o Rovuma¹². A densamente povoada região lacustre – ou região dos lagos – localizada na África Oriental, possui alguns dos maiores lagos do mundo, dentre eles o Vitória¹³, o Tanganica¹⁴ e o Niassa¹⁵.

    Mapa 1 - Os principais rios africanos: Nilo, Níger, Congo, Volta, Zambéze, Limpopo e Orange.

    Clima, Relevo e Vegetação

    A África apresenta temperatura média acima dos 20ºC, estando localizada predominantemente entre os trópicos, com 75% da sua superfície nessa faixa. Somente as suas duas extremidades (toda a África do Norte e uma parte da República da África do Sul), se encontram em regiões temperadas, de clima mediterrânico¹⁶. É o mais quente dos continentes.

    O clima equatorial¹⁷ se estende além da bacia congolesa até a costa do Golfo da Guiné. O clima tropical úmido é parecido com o equatorial pela abundância das chuvas, mas já apresenta uma estação seca. O clima saeliano (próximo da região do Sael¹⁸, nas margens do Saara), marca a transição para o clima desértico¹⁹. É o continente que apresenta ainda a maior concentração de paisagens desérticas (cerca de 30% dos desertos do mundo se encontram na África), sendo o mais árido dos continentes. O Saara é o maior dos desertos; seus cerca de oito milhões de km2 o fazem do tamanho do Brasil. Ele faz vizinhança, a leste, com os desertos da Líbia²⁰ e da Núbia²¹. Ao sul do continente encontram-se os desertos do Namibe²² e do Calaári²³.

    Mapa 2 – Vegetação

    Quase que como um contraponto a essa aridez, tem-se a grande floresta equatorial, que tomando como eixo central o Congo-Zaire, se prolonga pela costa atlântica até Gana, no Golfo da Guiné e a leste, segue até os relevos da África Oriental. A cobertura vegetal desempenhou um papel importante na história africana. Extremamente úmida e de vegetação cerrada, a circulação pela sua área se restringe pelos rios que a cortam, dificultando o deslocamento e a subsistência das populações. A configuração da paisagem acompanha, em grande parte, as zonas climáticas. Estas se distribuem, grosso modo, de maneira simétrica, a partir da zona equatorial, para o norte e para o sul.

    Essa zona de mata apresenta tal quais os desertos, um solo pouco fértil para o cultivo de culturas proteicas, constituindo um outro exemplo de constrangimento geográfico ocorrido na África, que é o fato de, na parte ao sul do equador não ter sido possível converter em cultivo nenhuma das plantas nativas dessa área; nem pelos bantos, nem depois, pelos europeus. Os cultivos provieram do norte do equador, da Ásia ou até das Américas, como foi o caso da mandioca, do milho e da batata. Quase o mesmo se pode dizer dos animais domésticos²⁴.

    Tem-se, então, na área central do continente, a floresta densa, ou virgem, própria da região equatorial; a floresta clara é mais encontrada nas regiões de clima tropical úmido. A formação vegetal mais comum no continente é a savana, com gramíneas e pequenos arbustos e sujeita a longos períodos de seca; é típica dos planaltos.

    O continente africano ainda é riquíssimo em recursos minerais. A região mais rica, também apelidada de escândalo geológico é a África Austral. Esse escândalo se refere ao fato de numa região relativamente pequena haver uma concentração extremamente alta de minérios²⁵.

    Um exemplo de adversidade geográfica na história do desenvolvimento da África é o deserto do Saara. Há pouco mais de 2.500 anos, ele se constituía de uma área verdejante. O seu ressecamento isolou a África sul-saariana da África do Norte e, em consequência das civilizações do Mediterrâneo. A introdução do camelo, também chamada de revolução do camelo, e a invasão árabe no século VII voltaram, de certa forma, a possibilitar a ligação entre essas duas partes do continente, e permitiram que, a partir do século X, o ouro dos impérios negros, situados na curva do rio Níger (Gana, Mali e Songai), chegasse à Europa medieval comerciado pelos mouros através do deserto do Saara.

    Povos e línguas

    Os grupos humanos do continente africano apresentam uma grande diversidade de origem. As populações que habitam o norte e o nordeste do continente, designado por Chifre da África²⁶, falam as línguas do grupo camito-semítico ou afro-asiático. Atualmente, predominam na região o árabe, o berbere e as línguas semíticas, também faladas no Chifre. Os berberes são o povo autóctone da região magrebina, onde ainda hoje constituem quase um quarto da população. Os árabo-berberes ficaram conhecidos como mouros na Península Ibérica, que a invadiram no século VII e a colonizaram por mais de cinco séculos.

    O Saara é uma zona de cruzamento entre populações oriundas do Norte e as vizinhas da África sul-saariana, conhecida no tempo colonial como África Negra. Nesta parte do continente podemos apontar quatro grandes grupos que têm, contudo, dimensões bastante desiguais. O grupo mais antigo, embora o menor, é o dos pigmeus. São cerca de 150 mil habitando a floresta equatorial, dos Camarões ao Congo-Zaire. Os povos coissãs (formados pelos cóis e os sãs) encontram-se na Namíbia, no Botsuana e na África do Sul. Os cóis (khoi-khoi), conhecidos vulgarmente como bosquímanos, habitam, sobretudo, o deserto do Calaári, são nômades caçadores. Os sãs, ou hotentotes, são basicamente pastores. O conjunto não ultrapassa o número de 200 mil pessoas. Não são, assim como os pigmeus, considerados negroides.

    Os negroides constituem cerca de 70% da população do continente. Podem ser divididos, grosso modo, do ponto de vista linguístico, em três grupos: nilóticos, sudaneses e bantos. Estes últimos se caracterizam pelo fato de todos usarem o sufixo ntu para designar o ser humano. O prefixo ba designa o plural. Daí a palavra bantu (pessoas), e ser comum também, encontrar em português, os bantu ou os banto. Ocupam uma vasta área do centro e sul do continente, abaixo de uma linha que ligaria os Camarões à região dos Lagos. Cerca de 70% dos afrodescendentes brasileiros têm ascendência banto, com predominância da região Angola-Congo.

    O quarto grupo é conhecido como sudanês. Ele predomina em todo o oeste africano, chamado pelos árabes de Sudão (terra dos negros). É uma região que se estende do Senegal até o leste do rio Níger, não devendo ser confundida com o país de nome Sudão, situado na região nilótica.

    Equivocadamente chamadas de dialetos, as línguas africanas constituem, junto com o inadequado termo tribo, a diversidade mais conhecida do continente. Cerca de duas mil línguas, e suas variantes dialetais, são faladas no continente. Mais de cinquenta delas são faladas por, pelo menos, um milhão de pessoas; cerca de uma dúzia têm mais de dez milhões de falantes.

    O árabe é a língua oficial de sete dos cinquenta e quatro países do continente; é falada por mais de 200 milhões de africanos. O hauçá, originário do noroeste da Nigéria, é língua veicular²⁷ em sete países, atingindo mais de 70 milhões de falantes (era dotada de escrita em caracteres árabes, antes da chegada dos europeus). Outra importante língua veicular é o suaíli (swahili), falada por cerca de 65 milhões de pessoas, desde a costa do Índico até a metade oriental do Congo-Zaire. Derivada da influência árabe na costa oriental africana, o suaíli é língua nacional do Quênia. Outra importante língua veicular é o lingala, usada por quase metade da população do Congo-Zaire.

    Além do árabe, hauçá e o suaíli, destacam-se mais três línguas da Nigéria faladas por mais de dez milhões de pessoas: o iorubá, o ibo e o fulani; o mandinga, veicular em vasta área da África Ocidental; o quirundi e o quiniaruanda, comum aos povos hutu e tutsi de Ruanda e Burundi e da diáspora desses povos nos países da região. Na África do Sul, três grupos linguísticos abrangem quase 75% de toda a população do país. As línguas mais usadas são o zulu e o xosa (xhossa ou cosa). Terminando pelo norte temos o berbere (Marrocos e Argélia, sobretudo) e o amárico, na Etiópia.

    Os estudiosos localizam todas essas línguas em seis grandes famílias linguísticas na formação dos idiomas do continente. As famílias linguísticas são a afro-asiática (Norte, Nordeste e Noroeste, cobrindo o Saara e regiões da franja do deserto); a nilo-saariana (partes centrais do deserto e arredores da nascente do Nilo); coissã (Namíbia, partes do Sudoeste e regiões pontuais no Centro-Leste); austronésia (ilhas do Oceano Índico, em especial Madagascar); nigero-congolesa (África Ocidental, e parte da África Central) e a banta (África Central, Austral e Oriental). As famílias se dividem em troncos linguísticos e estes, por sua vez, em idiomas.

    Mapa 3 – Troncos linguísticos

    As línguas de origens europeias não têm sua importância reduzida apenas ao fato de serem as línguas oficiais da maioria dos países. Elas são as línguas do saber erudito e da média e alta administração, estando presentes nas escolas e nas universidades. São, sobretudo, as línguas de ligação entre os países africanos entre si, e destes com o mundo. Não obstante, uma estimativa recente informa que não mais que 20% das populações as utilizam no seu cotidiano – tendo a exceção das sociedades crioulas das ilhas e arquipélagos.

    Religiões

    O islamismo está presente no continente desde a invasão árabe no séc. VII. Atualmente é a religião mais difundida na África, com mais de 250 milhões de fiéis, grande parte dos quais encontram-se já na África sul-saariana, com destaque para a Nigéria, onde é majoritária num país de 200 milhões de habitantes.

    O cristianismo, embora implantado desde o século I, no Egito, dando origem à Igreja Copta Ortodoxa de Alexandria, somente com a colonização europeia, se expandiu com as vertentes europeias. Com a descolonização, decresceu relativamente, mas, nas cinco últimas décadas, vem se expandindo – como expressão de um fenômeno religioso recente, em particular na África Austral, conhecido como neopentecostalismo onde, sobretudo nas capitais de Angola e Moçambique se destaca a Igreja Universal do Reino de Deus. O cristianismo teria mais de 200 milhões de praticantes, com quase igual número de protestantes e católicos. Ligadas ao cristianismo, embora sincréticas, as chamadas Igrejas Africanas Independentes que predominam em amplas regiões rurais da África do Sul.

    Quanto às religiões tradicionais africanas, vulgarmente chamadas de animistas, permanecem influentes mesmo entre os fiéis em outras religiões. Ainda predominantes em áreas rurais na parte sul da África, seu número de praticantes é calculado em mais de 160 milhões, embora é sabido que uma boa parte dos cristãos, continuam seguindo as suas tradições religiosas. Na África do Sul e nas ilhas do Índico há uma notável presença do hinduísmo, através da comunidade de origem indiana.

    Em 1935, antes da Segunda Guerra mundial, e em pleno período colonial, cerca de 80% da população total do continente africano se dividia de maneira mais ou menos igual entre muçulmanos e cristãos. Desde então, ambas as religiões declaram haver progredido em detrimento das religiões tradicionais. No entanto, certos países da África central e austral, cujas estatísticas mostravam habitualmente uma adesão quase total ao cristianismo, constatam no final dos anos 1990 uma sobrevivência e uma renovação consideráveis das crenças tradicionais.

    Em relação ao Islame, é preciso lembrar que a sua difusão e enraizamento na África se deram maciçamente na metade norte do continente e numa estreita faixa ao longo de sua fachada sobre o oceano Índico. Dentre os países de maioria muçulmana, alguns proclamaram o Islame religião de estado (Marrocos, Tunísia, Argélia, Líbia, Somália, Mauritânia, Ilhas Comores), mesmo se a xariá²⁸ não seja em todos aplicada.

    O Egito e o Senegal, embora tenham uma população majoritariamente muçulmana, contam com uma importante minoria cristã. Em vários outros países, a repartição entre muçulmanos e cristãos constitui mesmo um problema político relevante, como no Sudão, na Etiópia, no Chade, na Nigéria, nos Camarões e na Tanzânia. O Sudão em particular atravessou duas décadas de conflito entre o norte, majoritariamente muçulmano, e o sul, parcialmente cristão, quando mais de dois milhões de habitantes perderam a vida. O conflito que opôs décadas o norte de maioria muçulmana e o sul do país não era meramente religioso, ele englobava grandes interesses econômicos: cerca de 80% das reservas de petróleo encontram-se na região sul. O Sudão do Sul tornou-se independente em 2011, e continua sacudido por grandes conflitos internos.

    Alguns dos países que não são majoritariamente islâmicos declaram em suas constituições que o Estado é laico ou neutro em matéria de religião. Embora a grande maioria das lideranças africanas tenham sido formadas em escolas ou instituições religiosas, cristãs ou islâmicas, todas se declaram favoráveis à manutenção e expansão dos princípios e valores tradicionais africanos, sempre evitando um choque frontal com as suscetibilidades religiosas de cristãos e muçulmanos.²⁹

    Mapa 4 – Distribuição espacial do islamismo e do cristianismo


    3

    Heródoto foi um historiador grego, V a.C. (485?–420 a.C.) em Halicarnasso (hoje Bodrum, na Turquia). Esta obra foi reconhecida como uma nova forma de literatura pouco depois de ser publicada, diferindo das crônicas e dos épicos, que também preservavam o conhecimento do passado. Heródoto foi o primeiro não só a gravar o passado, mas também a considerá-lo um problema filosófico ou um projeto de pesquisa, que podia revelar conhecimento do comportamento humano. A sua criação deu-lhe o título de pai da história.

    4 O Kilimanjaro é o maior monte da África e está localizado na Tanzânia. Veja mais em http://pt.wikipedia.org/wiki/Kilimanjaro.

    5 O Monte Quênia ou Kenya está localizado no país de mesmo nome.

    6 Pequena cordilheira, localizada entre Uganda e a República Democrática do Congo, com montes de grande porte como o Stanley, 5.110m, o Baker, 4.843m, o Emin, 4.789m.

    7 Banha a Tanzânia, Uganda e o Quênia, e está localizado num planalto elevado na parte ocidental do Grande Vale do Rifte, na África oriental.

    8 O rio Congo é o segundo maior rio da África – o primeiro em extensão é o rio Nilo – e nono do mundo, com uma extensão total de 4.700 km. A nascente do Congo situa-se nas montanhas do Rifte. A principal extensão do rio atravessa a República Democrática do Congo e, perto da sua foz, estabelece a fronteira com Angola. Forma ainda as famosas Cataratas de Levingstone, com 32 quedas d’água. É o único rio da Terra que atravessa duas vezes a linha do Equador. O Congo é o 2º rio do mundo em fluxo hídrico, sendo ultrapassado pelo rio Amazonas, e é também o 2º em área da bacia hidrográfica, ultrapassado também pelo Amazonas.

    9 O rio Níger é o terceiro rio mais longo da África, e o principal da África Ocidental, com cerca de 4180 km de comprimento e uma bacia hidrográfica de 2,2 milhões de km2. Nasce nas montanhas na fronteira entre a Guiné e a Serra Leoa, dirige-se para norte e depois para nordeste, passando por Guiné, Mali, Níger, Benim e e desagua no Golfo da Guiné, num

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