Até o próximo tropeço: Crônicas, rodeios e devaneios de uma mãe descabelada
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Sobre este e-book
Vivian Wrona Vainzof nos convida neste livro a uma viagem ao mesmo tempo instigante, agradável e inteligente pelas paisagens do cotidiano familiar, seus desafios, dilemas, alegrias e emoções. Em tempos de falta de tempo, de automatismo e desumanização, Vivian nos propõe, por meio de narrativas curtas, porém assertivas, um mergulho no universo dos valores e do resgate do sentido de ser mãe/pai.
VIVIAN WRONA VAINZOF é paulista, formada pela ESPM. Depois de anos trabalhando com marketing, trocou a vida corporativa pela maternidade intensiva desde a chegada do Beni, seu filho mais velho, e do Yonatan, o caçula.
Com eles nasceu também o interesse pela educação e as relações humanas, temas aos quais vem se dedicando atualmente. Criou a Matutaí, cujo intuito é convidar pais e interessados a pensar a educação de maneiras inusitadas.
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Até o próximo tropeço - Vivian Wrona Vainzof
Primeiras palavras
O que a maternidade faz da gente?
E o que deixamos de fazer quando nos tornamos pais e mães?
Desde que escutei choro de filho pela primeira vez e segurei aquele bebê com embaraço, tão desajeitada, essas e outras perguntas batem à minha porta todos os dias. Às vezes, entram sem bater.
Já ouvi que maternidade é plenitude. Mas nós, mães, conhecemos bem cedo a privação de sono, e logo em seguida vem a falta de tempo. Depois, carecemos de paciência, de tranquilidade, de garantias… Insistimos em acertar sempre, em resolver tudo. Sugerimos respostas para perguntas que nem sequer foram feitas. Mesmo assim, a ideia de suprir todas as faltas é ilusão. Mãe é ser cindido, por definição.
A mãe perfeita mora no quarto ao lado e nos ronda com sua inquestionável sabedoria. Ela faria tudo diferente, tão segura e cheia de si. A mãe perfeita não perde a paciência nem as estribeiras, nunca levanta a voz. Coloca limites sem perder a ternura. Ela cobra e acolhe, planeja e cumpre, ensina e pune.
E então chegam os filhos.
Eles vêm ao encontro das mães verdadeiras, desprovidas da completude com que sonharam. Porque o deleitamento materno também alimenta os nossos fantasmas. A maternidade real atropela as expectativas e escancara nossas fragilidades, expõe nossos medos, revela tantas fraquezas.
Mas o assombro, se não paralisa, excita. A incerteza abre caminhos por dentro da gente, nos faz pensar e repensar. Se é diante das falhas que podemos nos reinventar, por que é tão imperativo o impulso de resolver tudo para os filhos? Não seriam justamente as brechas as maiores possibilidades de descobertas?
Quando a convicção foge do nosso alcance, já não sabemos quais são as respostas que ficaram presas para sempre ou quais foram as perguntas que deixamos do lado de fora. Desconfio que estas sejam boas frestas para arejar as ideias e amadurecer.
Desde que escutei choro de filho pela primeira vez, nunca mais parei de matutar sobre a maternidade, a educação, as relações, as minhas essências.
O exercício constante da reflexão alivia as angústias, pacifica inquietudes, nos livra de cobranças e ansiedades e nos fortalece diante das escolhas diárias. Tira da conta dos filhos tudo o que deixamos de fazer e de ser e bota em nosso próprio colo a responsabilidade de ser feliz.
As crônicas que publico a seguir nasceram junto com a Matutaí, um projeto que começou há três anos, quando eu e minha sócia-sósia-irmã-homônima e companheira inseparável parimos a necessidade de compartilhar com outras mães as vicissitudes da maternidade.
Faço um convite para que a leitura desses textos te leve a matutar sobre as suas próprias relações afetivas, principalmente com os filhos. Esse passeio tortuoso