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LUNAR WARDEN: SINAIS
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E-book357 páginas4 horas

LUNAR WARDEN: SINAIS

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Sobre este e-book

SINÓPSELunar Warden - Sinais Esta obra discorre sobre eventos misteriosos ocorridos em um período aproximado de 60 anos, iniciando com buscas incessantes dos arqueólogos nazistas no ano de 1939, passando por estranhas descobertas lunares e finalizando sua primeira parte, no ano de 2001, durante os ataques terroristas de 11 de setembro, com revelações únicas que assombrariam a humanidadePermeado com importantes e empolgantes eventos históricos do século 20, pesquisados em detalhes pelo autor e baseado em documentos secretos e reveladores, o livro leva o leitor a uma delirante viagem de descobertas arrebatadoras, costuradas e entrelaçadas por espionagem, crimes e paixões loucas, que fazem parte da história deste século.O que se encontra é um detalhado relato, no mínimo chocante e revelador, da realidade existente por trás da cortina política e militar dos fatos ocorridos e somente por este livro revelados daqueles dias. Verdade ou ilusão?Sonho ou realidade?Apenas o futuro dirá!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de jul. de 2022
ISBN9781526004673
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    LUNAR WARDEN - Renato Barioni

    LUNAR WARDEN - SINAIS

    O LIVRO DA MORTE A BIBLIOTECA DE METAL

    Era 01 de setembro de 1939, o sol emitia os primeiros raios da manhã por sobre o desolado e silencioso deserto do Sinai, tingindo toda a curva do horizonte de dourado. Simultaneamente, como que comandada por mãos invisíveis, suave vento vindo do noroeste levantava delicadas camadas de areia fina, criando desenhos mágicos, como ondas vivas, que dançavam por sobre as incontáveis e gigantescas dunas, que por sua vez refletiam a inebriante luminosidade do céu, anunciando a chegada de mais uma clara, calma e quente manha. Em contraponto a esta beleza indescritível, neste mesmo instante em Berlin, nuvens negras cobriam o céu e raios portentosos cruzavam pra todos os lados, anunciando com retumbantes trovões, o mau agouro que se aproximava, pois ordens expressas eram emitidas pelo alto comando Nazista, das mãos do próprio chanceler e comandante em chefe, Adolf Hitler, ordenando que as tropas armadas alemãs, estacionadas a dias na fronteira da Polônia, dessem início a temida operação militar denominada Fall Weiss, que fatalmente exporia o mundo a uma guerra de maldades inimagináveis.

    A força militar alemã que estava estacionada na fronteira com a Polônia, era formada em sua base, por hum milhão e meio de soldados bem treinados e muito motivados pelo entusiasmo de seu líder e pela bem arquitetada propaganda oficial, que elevava o povo alemão a categoria de raça superior. Igualmente bem organizados, sua força armada era dividida em exercito (Herr), marinha (Kriegsmarine), aeronáutica (Luftwaffe) e tropas Waffen-SS, somando juntas variados recursos militares e os mais sofisticados armamentos da época, distribuindo tudo em quatro infantarias motorizadas, quarenta divisões de infantaria a pé, quatro divisões de tanques Panzer, dezenas de divisões de cavalaria, unidades paramilitares e toda sorte de veículos militares motorizados. Logo nas primeiras horas da madrugada deste primeiro dia de setembro de 1939, então sob as ordens de seu comandante maior emitidas diretamente de Berlin, as tropas germânicas iniciam a operação Fall Weiss, atacando e abrindo fogo contra as pobres e despreparadas defesas polonesas, massacrando a tudo e a todos que vissem pela frente, desrespeitando qualquer código de honra, conduta e mesmo humanidade, sendo imediatamente seguidas pelo grosso do exercito, que invadiram inteiramente a Polônia, entrando pela fronteira norte e pela fronteira sul.

    Nas semanas seguintes ao covarde ataque, a mídia nazista divulgava insistentemente por toda a Europa, falsa noticia, dizendo como pretexto, que a invasão alemã havia sido realizada como represaria a um suposto ataque polonês, acontecido dias antes a uma estação de radio a serviço do heich, dando assim, uma desculpa bem esfarrapada. Diante da gigantesca agressão e da absurda mentira, em menos de dois dias França, Reino Unido, Canadá, Nova Zelândia e Austrália, declaram guerra aos nazistas, sem no entanto sequer imaginar que a União Soviética, igualmente invadiria a Polônia pelo leste, aliado-se assim a Hitler. Desta forma, covarde e sem aviso, tem inicio a Segunda Guerra Mundial, pois os soviéticos disponibilizando aproximadamente 800 mil soldados, que se somando aos alemães, velozmente cercam e deixam sem qualquer chance de resposta as defesas polonesas, que subjulgada, caem sob domínio estrangeiro. Para a Alemanha nazista, a operação não passou de um simples treinamento onde poderiam corrigir erros e aprimorar estratégias, visando a guerra maior que pretendiam.  Com isto, o exército alemão foi reformulado e as técnicas da Guerra Relâmpago se aprimoraram.

    Para saber mais sobre a invasão à Polonia:

    http://www.bbc.co.uk/history/worldwars/wwtwo/invasion_poland_01.shtml

    Enquanto o ataque cruento e absurdo, denominado Fall Weiss estava em curso na Europa, muito longe do teatro da guerra, de volta ao deserto do Sinai, encontramos a paz e a harmonia igualmente perturbadas pelos passos rudes, agitados e rápidos dos soldados alemães em sua faina atarefada e alucinada, sobre gritos raivosos e ordens emitidas aos berros pelas mais diversas patentes, com o objetivo de partirem o mais breve possível carregando sua preciosa carga. Desmontavam apressadamente o acampamento da expedição arqueológica autorizada pelo próprio Führer, e comandada pelo tenente coronel Von Kluge (que se tornaria conhecido general nazista), e que se encontrava nesta missão, sob ordens secretas e diretas de seu superior, o então desconhecido general Erwin Johannes Eugen Rommel, que passaria à posteridade conhecido como a Raposa do deserto. A expedição tivera inicio em meados de 1935, e durante quatro longos anos, sob a supervisão técnica do consagrado arqueólogo alemão Herman Wirth, também conhecido como o chicote por sua explicita brutalidade, esmiuçaram detalhadamente uma área quadrada de 66.500 mt2, lugar o qual localizavam-se as antigas ruínas sumérias da cidade de Uruk, mais precisamente as ruínas de um Zigurate, uma espécie de templo, escola, fortificação, criada pelos sumérios e comum para os babilônios e assírios, pertinente à época do antigo vale da Mesopotâmia e construído na forma de pirâmides terraplanadas com mais de 12 mil anos de idade, muito anteriores às grandes pirâmides de Gizé.

    As ruínas ancestrais, abandonadas desde tempos imemoriais e totalmente recoberta pelas dunas moveis do deserto, haviam sido casualmente descobertas em antigas rotas comerciais, cruzadas por diversas caravanas de beduínos, que desde há pelo menos 300 anos já a utilizavam como apoio entre seus diversos pontos comerciais. Muito uteis, pois nas mesmas rotas os caravaneiros encontravam também Oasis e preciosos poços de água com acesso a caudalosos rios subterrâneos. Herman Wirth meticuloso, dedicou-se com sua equipe, a escavar de forma métrica e com demarcações precisas uma área aproximada de 66.500 mts quadrados, sendo que alem do próprio Zigurate, descobriram e escavaram dependências externas, tais como os muros que cercavam e defendiam o local, alojamentos, armazéns de utensílios gerais, bem como o acesso para dentro do templo, situado no topo do zigurate, que se subia por uma rampa espiralada externa, estendendo-se desde a base do edifício até o cume, obtendo assim, um meticuloso mapa de toda fortificação.

    O interior do edifício era inteiramente construído de tijolos queimados, muito resistentes, enquanto o exterior da construção mostrava contornos de tijolos cozidos ao Sol, mais fáceis de serem produzidos, porém menos resistentes decorados com adornos diversos em alto relevo, contendo significação mística e cosmológica. Entrando pela porta principal, passa-se por largo corredor que leva à sala principal do edifício, com aproximadamente 250 MT/2 e 6 mts de altura, cujas paredes eram igualmente decoradas com esculturas em alto relevo e motivos que lembravam a Ball, perigoso e mal humorado Deus sumério meio homem e meio touro, realizando diversas tarefas relativas à sua condição divina, sempre cercado por extensa comitiva de deuses menores e servos, auxiliares que detinham para si responsabilidades especificas, como gerentes e administradores com funções definidas. No lado oposto à entrada principal, eleva-se uma espécie de palco, com 4 mts de largura e 2 de altura, com três portas incrustadas nas paredes traseiras, todas elas com inscrições cuneiformes em toda a volta dos batentes, indicando a função e as pessoas autorizadas a ultrapassarem cada uma delas, bem como os castigos e as maldições que receberiam os desobedientes. Atrás de cada porta, encontrava-se conjuntos de salas e corredores, utilizados para os mais diversos fins, como escola de magia e escrita, seleiros de sementes e cozinhas, dormitórios para os iniciados, salas de descanso e banho, etc.

    No centro do palco havia uma ampla estrutura de pedra polida, parecendo uma grande caixa retangular e cuja tampa, igualmente de pedra polida, era grande o suficiente para se deitar um homem. Usada para sacrifícios oferecidos ao deus Ball e seus subdeuses, a tampa era igualmente decorada com inscrições cuneiformes, glorificando aos deuses pagãos e contando seus diversos feitos imaginários, alem de especificar como deveriam ser os procedimentos relativos à adoração deles.  Duas canaletas, margeando à direita e à esquerda incrustadas na tampa da mesa, canalizavam o sangue das vítimas imoladas diretamente para três recipientes colocados na sua base (três jarros) de forma automática, por declive através da força da gravidade.

    Retirando cuidadosamente a referida pedra de sacrifício de sobre a base da mesa, surpreenderam-se os trabalhadores com uma escada secreta que levava à uma sala no piso inferior da pirâmide, onde foram encontradas centenas de ossadas humanas e de animais diversos, bem como utensílios para coleta de sangue, incensos e objetos cortantes de diversas formas e tamanhos. Havia também, incrustadas nas paredes, alem de inscrições cuneiformes diversas e símbolos místicos, mecanismos estranhos supostamente para torturas e correntes para aprisionar homens e animais. Porem o mais impressionante achado foi a entrada totalmente obstruída de um túnel secreto, escavado na rocha, a qual os pesquisadores encontraram, após meses de trabalho de retirada de entulhos, uma outra dependência secreta, a quase 24 mts de profundidade, cujas paredes recortadas em rocha vulcânica, indicava que muitas vidas haviam sido necessárias para escavar este local com aproximadamente 120 mts/2.

    Ao conseguir acessar o recinto secreto a 24 mts de profundidade, bem no fundo desta nova e inusitada sala, os pesquisadores estupefatos, encontraram uma grandiosa estante, feita inteiramente de cobre, cuja espessura de prateleiras e estrutura, ultrapassava de 10 cm de largura, cobrindo toda extensão da parede do fundo, contendo três prateleiras distintas, com apoio central e com as mesmas especificações. Alem disto, suas prateleiras, sustentavam uma rica e fabulosa coleção contendo 180 placas de ouro, medindo 52 x 14 x 4 cm e pesando aproximadamente 2,5 kg cada.

    Todas as placas se encontravam em perfeito estado de conservação e continham inscrições em alto relevo com figuras e símbolos inteligíveis naquele momento. Estavam apoiadas umas às outras recostadas em um angulo de 45 graus e reluziram ao brilho das lanternas dos descobridores como se tivessem sido polidas no dia anterior.

    Mal dando tempo para que os pesquisadores recuperassem o fôlego, outros tesouros Igualmente inusitados e incalculavelmente preciosos, estavam ali depositados aleatoriamente..., Recostado à parede esquerda, abaixo de inscrições misteriosas, encontraram um sarcófago translucido com uma enorme suástica, exatamente igual a que os nazistas usavam, feita de lápis-lazúli incrustada na tampa, sendo que dentro, podia-se ver a silueta de um estranho esqueleto humanoide de elevadas proporções, medindo aproximadamente 2,8 mts de altura. Para o espanto de todos, assim que os pesquisadores abriram o sarcófago, verificaram que o esqueleto estava folhado com uma fina camada de ouro.

    Ao lado do inusitado objeto, ainda espalhado pelo piso, havia uma rica coleção de estatuetas de marfim, de diversas formas, sendo que algumas delas representavam humanoides trajando macacões e capacetes com viseiras, tais quais estatuetas de pedra astecas descobertas anos mais tarde no Peru, e que na década de 30, poderia no máximo ser interpretada como escafandristas em operação náutica, pois astronautas ainda não faziam parte da cultura humana em 1939. Ainda fazia parte do maravilhoso acervo, diversos objetos rituais e artefatos de pedra que aparentemente não pertenciam à cultura suméria.

    No piso de rocha bruta, escondido embaixo de tapetes de corda a muito apodrecidos, bem no centro geométrico da sala, encontraram uma tampa também de pedra criteriosamente ajustada, que ao ser penosamente removida revelou, aos já pasmos pesquisadores, uma pequena cova da mesma medida quadrada da tampa retirada, contendo um único baú de cobre ricamente trabalhado com símbolos e inscrições misteriosas contendo em seu interior um fabuloso tesouro em joias de ouro ricamente ornadas com safiras, lápis-lazúlis, esmeraldas e diamantes, compostas por braçadeiras, anéis, colares, brincos e enfeites diversos para cabeça e pescoço. Inexplicavelmente, todas as joias eram muito grandes, pesadas e largas para serem usadas por pessoas normais, supondo imediatamente os pesquisadores, pertencerem ao gigante.

    No dia da partida, enquanto os soldados carregavam a maioria dos pesados caminhões GMP com armamentos, barracas de campanha, utensílios e toda a sorte de objetos de uso militar, um veiculo foi separado e carregado cuidadosamente com os tesouros encontrados e tendo o corre-corre atarefado da retirada das tropas como primeiro plano, houve-se ao fundo Von Kluge gritando a seus subordinados:

    - Beseitigung aller ... wir können sie nicht Zeugen!... Verbrennen die Leichen!

    Ordens foram dadas para que os 130 trabalhadores locais fossem eliminados e seus corpos cremados para que não houvesse testemunhas vivas da expedição. Sob ordens de seus comandantes, dezenas de soldados empurravam para dentro do zigurate, na mesma sala secreta subterrânea agora vazia de objetos inanimados, homens apavorados que à mira de pesadas armas, amontoavam-se uns atrás dos outros, como que a querer evitar o inevitável. De repente, sob forte tensão dos próprios soldados alemães forçados a tão terrível crime, houve-se as primeiras rajadas de metralhadoras e em poucos segundos, gritos de desespero e terror são absolutamente silenciados.

    Enquanto um dos primeiros dramas humanos patrocinados pela intolerância e brutalidade nazistas, as quais se imortalizariam na história se desenrolavam, do lado de fora do zigurate, os primeiros caminhões iniciavam um roncar ensurdecedor, esquentando seus motores para a eminente partida, produzindo pesada fumaça de seus escapamentos a cada acelerar, que ao subir na atmosfera se juntavam com espessa parede de fumaça de querosene e carne queimada que saia por todas as fendas, portas e janelas da ruína agora enegrecida. O coronel Von Kluge e seu arqueólogo Herman Wirth, sem mais demoras, sobem em um automóvel Mercedes 380 preto, quatro portas, capota retrátil, que se tornaria o veiculo oficial e marca registrada do staff nazista e autoridades da SS durante os próximos anos de guerra.

    Seu destino a cidade de Alexandria no Egito, onde o submarino alemão U-23 comandado pelo então desconhecido capitão Otto Kretschmer, que se consagraria e se tornaria famoso alguns meses depois, no comando do U-Boot U-99 em 1940, aguardava para realizar o embarque e o transporte dos tesouros encontrados com máxima urgência a seu destino pré determinado, o ancoradouro secreto e fortificado na cidade de Hamburgo às margens do rio Elba. Após o desembarque em Hamburgo, todo o tesouro seria transladado para local classificado e ignorado com prioridade Altamente Secreta, saindo da responsabilidade e das vistas de Von Kluge, Otto Kretschmer e Herman Wirth, que por sua própria conta e brutalidades excessivas nunca mais seriam esquecidos pela história.

    No inicio de 1944, Hitler desesperado e mais insano do que nunca, ciente que seus alucinantes objetivos militares não seriam mais alcançados, concorda contra sua vontade, no recuo imediato das tropas que estavam sendo massacradas no front, exigindo aos gritos e imprecações, a cabeça de alguém em uma bandeja. Desta forma em 16 de agosto de 1944, o general Walter Model é enviado para substituir o então comandante das tropas, general Von Kluge, que perdendo seu posto e sendo responsabilizado por todo o fracasso, é convocado imediatamente de volta a Berlin. Acostumado com este tipo de situação, Von Kluge pressentiu que seria punido com a morte pelo líder nazista, e covardemente decidindo de dar fim à própria vida, redigiu a seguinte carta destinada ao Führer:

    "Quando receberdes estas linhas não existirei mais... A vida nada mais significa para mim... Rommel e eu... previmos o presente desenrolar dos acontecimentos. Não nos deram ouvidos. Não sei se o marechal de campo Model, que se distinguiu em todas as esferas, dominará a situação... Caso isso não se dê e vossas armas, às quais dispensais tão grande carinho, não forem coroadas de êxito, tomai então, meu Führer, a decisão de por paradeiro a esta guerra. O povo alemão tem suportado tão incomensurável sofrimento, que é tempo de por um ponto final a esse horror. Sempre admirei vossa nobreza… Se o destino é mais forte que vossa vontade e vosso gênio, assim também é a Providência... Mostrai-vos agora, também, bastante magnânimo para terminar uma luta sem esperanças, quando necessário."

    Após ler a carta em silêncio, Hitler segundo testemunhou Jodl em Nuremberg, depositou-a em suas mãos brutalmente e sem fazer qualquer comentário, como era de sua psicologia. Passados alguns dias, em plena conferência militar, Hitler faz o seguinte comentário sobre Von Kluge: Eu, pessoalmente, o promovi duas vezes, dei-lhe as mais altas condecorações, uma grande propriedade e uma grande quantia suplementar ao seu soldo de marechal de campo… A história registra que em 19 de agosto deste mesmo ano, Von Kluge comete suicídio nas proximidades de Metz por ingestão de cianureto, terminando desta maneira covarde e deprimente, sua assombrosa carreira.

    Otto Kretschmer, capitão do U-23, logo no final da guerra, capturado vivo pelos aliados, é enviado para a prisão de Bowmanville no Canadá onde permanece em cativeiro por quase sete anos, retornando para a Alemanha apenas no final de 1947, onde assumindo variados cargos públicos, vem a falecer aos 86 anos de idade de acidente em plenas férias.

    O arqueólogo Herman Wirth, o chicote, desaparece após a guerra e seu destino final a história não registrou.

    Para saber mais sobre arqueologia nazista na Mesopotâmia:

    https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/00438240500509744?src=recsys&journalCode=rwar20

    Para saber mais sobre o General Von Kluge:

    https://www.britannica.com/biography/Gunther-von-Kluge

    Para saber mais sobre o Capitão Otto Kretschmer:

    https://uboat.net/men/kretschmer.htm

    Para saber mais sobre o Arqueólogo Herman Wirth o chicote

    https://heatherpringle.com/2010/02/23/herman-wirth-and-the-origins-of-writing/

    A FESTA DO DESESPERO

    Em uma linda tarde ensolarada de um final de semana que prometia ser muito especial, Gandhik-Kal-Ash viajava em luxuoso trem, próprio para passageiros, proveniente da capital da republica para sua cidade natal distante 600 km sentido interior. A linha férrea contornava uma rede de altas e belas montanhas verdes, que já faziam fronteira com a vasta propriedade onde se comemoraria em grande estilo, o aniversario de sua mãe, esposa de um dos mais poderosos e ricos latifundiários do sul da Ásia, que alem de abastado criador de gado de corte, mantinha inúmeros investimentos financeiros por todo o planeta, e que desde a morte de seu amado marido, vivia isolada, passando para seu único filho, todo o controle do império financeiro da família.

    Gandhik era um jovem na faixa de 25 anos e muito bem preparado, estudou nas mais conceituadas escolas e universidades que o dinheiro pode pagar, tendo concluído sua primeira formação universitária em economia internacional e administração de empresas. Com memória privilegiada, determinação e raciocínio lógico acima da média, concentrou-se, para contrariedade de seu falecido pai, mas com apoio da mãe, na pesquisa científica, formando-se e especializando-se também em biologia, química e matemática, encabeçando a equipe internacional de pesquisa de ciências biomecânicas avançadas da APDA (agencia de pesquisa e desenvolvimento aeroespacial), que mantinha cinco laboratórios distintos, com equipes independentes. Mesmo com todas as obrigações e pesquisas científicas que coordenava, as quais já o haviam consagrado prêmios por reconhecimento, Gandhik dirigia também os negócios da família, o que fazia com rara felicidade e maestria.

    No dia do aniversário de sua mãe, Gandhik, que não costumava dirigir, desembarca após uma confortável viagem de 5 horas, na estação local de trem, admirando tudo a sua volta. O prédio estilo neoclássico, fora construído na época do império, a pelo menos 300 anos, e havia sido totalmente restaurado a pouco tempo, devolvendo suas características originais, e que ele ainda não tinha tido a oportunidade de ver. Mesmo atrasado, sem muita pressa, pois a cultura o fascinava, começa a perambular pela belíssima estação, gravando na memória os detalhes dos pórticos de passagem, dos corrimões das escadas feitos de ferro fundido, das esculturas nos beirais dos telhados, etc. Distraiu-se a ponto de esquecer que sua mãe convidará toda a nata da sociedade local, contando com a presença de personalidades tanto do mundo financeiro quanto do mundo político e que ele próprio, fazia questão de ajudar a receber. Sua linda esposa, Alisha-Kal-Ash, proveniente da casta aristocrática da sociedade, mesmo educada dentro dos rígidos padrões tradicionais da sociedade, dominava com fluência e graciosidade cinco diferentes idiomas e pilotava com muita habilidade a aeronave da família, preferindo sempre se deslocar pelo ar quando precisava vencer longas distancias, o que possibilitou desta forma, já estar participando da festa em companhia de seus dois filhos e de sua sogra.

    Ao acordar e perceber o atraso para seu compromisso, Gandhik procura a portentosa escadaria principal do edifício que leva à saída, e pulando de dois em dois degraus, chega como um corisco ao piso térreo do gigantesco saguão de entrada da estação. Trombando com as pessoas que cruzam seu caminho para todos os lados, consegue com certa rapidez, alcançar a rua. Uma vez do lado de fora, viu o carro do motorista de sua mãe, que deveria conduzi-lo pelos últimos quilômetros até a festa, estacionado do outro lado da via. Sem tomar qualquer cuidado, com extrema afobação, o rapaz distraidamente começa a atravessar a movimentada rua, sem perceber, que um pesado veiculo de transporte vinha, em alta velocidade, diretamente em sua direção... ao ouvir a violenta freada, mesmo sem ter tempo de virar o rosto, com o susto recebido, a hipófise de Gandhik injeta, em fração de segundos, doses maciças de adrenalina, que retesando todo seu corpo, o ajudam a resistir ao momento critico... o impacto é seco e violento... o rapaz é arrastado por alguns metros e quando o veiculo finalmente consegue parar, por inércia, seu corpo é ainda lançado a certa distancia, estatelando por sobre uma das inúmeras bancas de frutas que se enfileiravam na calçada.

    O acidente extremamente grave o deixou desacordado e imobilizado, com uma parte do madeirame da pesada armação da banca tombada a pressionar seu corpo, mais precisamente sua coluna cervical, o que viria a provocar graves sequelas. Após quase vinte minutos nesta posição respirando com dificuldade, desacordado e sentindo dores extremas, é resgatado por paramédicos e imediatamente levado para o hospital publico mais próximo, onde recebe os primeiros socorros, sendo depois transladado com urgência máxima por via aérea, por seus parentes, para o mais conceituado hospital privado da cidade. Mesmo com toda a presteza e atenção recebidas pelos profissionais da medicina, acordando após diversos dias de coma induzido, o moço apresentou sérias dificuldades na fala e grave entorpecimento motor, estando praticamente quadriplégico, necessitando pelos próximos anos, de muita atenção e dedicação dos seres amados, alem de urgente e intensivo tratamento fonoaudiológico e fisioterápico.

    Durante vários meses, levado com dificuldade por seu motorista particular em instituto especializado, frequentou diuturnamente sessões de fisioterapia, submetendo-se com determinação à sua reabilitação motora. Ainda após 12 meses, Gandhik não conseguia falar com eficiência, gaguejava muito, lançava perdigotos para todo lado e babava abundantemente sem qualquer controle da salivação. Mesmo assim, continuava se dedicando com muito animo a sua ciência amada, que garantia para ele um mínimo de controle emocional. Infelizmente, por conta de seu aspecto repugnante, sua dependência para qualquer atividade, inclusive necessidades fisiológicas, sua esposa Alisha, famosa socialite, horrorizada, entra com recurso jurídico e exigindo separação conjugal litigiosa, parte com seus filhos para local bem distante. O divórcio é então concedido por sua mãe que agora, alem de reassumir a direção dos negócios da família, passou a ser sua tutora legal. O choque traumático sofrido por Gandhik com todos estes acontecimentos, e agora o abandono da amada esposa e seus queridos filhos, levou-o a uma profunda depressão emocional, desmotivando-o a sair de casa para realizar suas necessárias sessões de fisioterapia regeneradora. Ele simplesmente não tinha mais vontade de sair da cama. Sem muitas opções e sem conseguir convencer seu filho a retomar o tratamento, sua mãe então resolve contratar uma enfermeira especializada para realizar a fisioterapia em sua própria casa. Após concorrida seleção, finalmente uma enfermeira é contratada. Shalça, apesar de jovem, possuía um bom currículo e vasto conhecimento do assunto, destacando-se apenas por seus conhecimentos fisioterápicos, pois apesar de sua boa aparência e um corpo muito bonito, tinha um gênio de cão.

    A fisioterapeuta Shalça, já contratada, muda-se rapidamente para a mansão da enorme propriedade rural da mãe de Gandhik, logo colocando as manguinhas de fora e as coisas do seu jeito, mostrando desde o inicio seu temperamento forte e controlador, fazendo sempre sua vontade prevalecer sobre o paciente. O ultimo trabalho de Shalça havia sido em um excelente hospital de reabilitação motora, chegando por sua competência ao topo de sua profissão. Porem apesar disto, havia sido dispensada devido ao seu péssimo gênio e comportamento duvidoso. Durante os anos que lá trabalhou, por arrebatamentos de seu temperamento e juventude e por se tratar de pessoa solitária, apaixonou-se e tornou-se amante de um dos cirurgiões do famoso estabelecimento, não se importando que o mesmo fosse casado. Depois de muitos anos como amante da enfermeira, Tapomay-Par-Esh, que já andava cansado do relacionamento extraconjugal, aproveitando que sua esposa ficou grávida e precisava de maiores atenções do marido, deu a Shalça um sentido Pé-na-bunda, alem de conseguir junto a administração do hospital, a demissão dela.

    O médico evidentemente muito mau caráter, possuía um filho adolescente do seu primeiro casamento, de nome Gatgob-Par-Esh

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