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A Fonte da Juventude
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E-book176 páginas2 horas

A Fonte da Juventude

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Sobre este e-book

Essa história é, simplesmente, uma dessas aventuras, da qual ela participou ativamente e também como observadora. Maria Madalena não é uma pessoa que procura coisas arriscadas para fazer. Trabalhando na biblioteca municipal, ela teria pouquíssimas oportunidades de cometer estripulias, no entanto as coisas vão acontecendo, e ela não pode dizer que tem uma vida muito monótona.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de mai. de 2019
ISBN9788578015022
A Fonte da Juventude
Autor

Maria Madalena Riot

Maria Madalena Riot, Mada, é descendente de portugueses que se estabeleceram no Rio de Janeiro. De uma família de classe média, é a mais velha de seis irmãos. Desde de pequena, revelou uma certa tendência a não gostar de envelhecer. Ela gosta de ocultismo e aprendeu várias artes, como tirar cartas, ler mãos, fisionomia, runas e todas as possíveis modalidades de astrologia e signos chineses. Seu pai comprou um piano e, desde de muito cedo, ela aprendeu a tocar e a receber aplausos com seus pequenos concertos aos cinco anos de idade.Com o passar do tempo, teve muitas experiências de trabalho, indo finalmente se refugiar em uma floresta chamada Yellowwood, no estado de Indiana, nos Estados Unidos. Para passar o tempo mais rápido, ela trabalha como bibliotecária, em Bloomington, uma cidade de estudantes, em Indiana. Mada é muito dedicada ao serviço e às colegas, mas seus amigos são poucos.

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    Pré-visualização do livro

    A Fonte da Juventude - Maria Madalena Riot

    Capitulo 1

    Um estranho encontro

    Mada está sentada na Biblioteca Municipal, calculando e tarjando novos livros que devem ser colocados nas prateleiras. O segundo andar foi todo reformado, as prateleiras têm cheiro de novas e estão todas vazias, até que Mada e as colegas consigam classificar e arrumar todos esses livros.

    Os leitores costumeiros estão confusos com tantas mudanças e são constantes as perguntas. Vêm até a mesa dela e das colegas assoberbadas de trabalho até muito depois das horas normais.

    – Onde posso achar livros policiais?

    Poucos minutos depois, uma senhora quer saber onde encontrar receitas exóticas da Ilha do Taiti. Quando Mada olha espantada, ela diz:

    – Quero fazer um jantar especial, para o meu marido.

    Tantas são as perguntas entre normais e estranhas que as bibliotecárias estão colapsando entre si. Talvez devessem fechar o balcão e deixar os leitores confusos até terminarem a classificação complicada dos livros, e a confecção dos ficheiros, e registros no computador. Nada estava diferente do normal, quando um rapaz de uns quinze anos, entrou pela porta e se dirigiu rápido à mesa de Mada. O rapaz estava pálido e suava, parecia que tinha vindo correndo por algumas das vielas que davam na biblioteca. Era extremamente magro, olhos escuros, cabelos castanhos, de altura acima da média. E tão desinibido, que foi logo sentando, entre confortável e abusado, próximo à mesa de Mada. A cadeira onde ele tinha sentado era realmente excelente, era a do chefe das secretárias que tinha saído para um lanche, com uma funcionária nova. Mada, tentou parecer descontraída e deu um meio sorriso para o folgado sem esclarecer que a cadeira era do chefe. Ele abriu uma pasta cheia de papeis, cadernos, canetas, lápis, mapas e cuidadosamente tirou um caderno em branco e uma caneta para anotações.

    – Senhora, eu preciso fazer uma pesquisa entre os seus livros. Eu tenho exatamente uma semana para desenvolver esse projeto antes que meu avô viaje novamente. Ele e eu estamos de passagem pela cidade e viajando para Iucatã onde nós vivemos com a minha mãe. Será que a senhora poderia nos ajudar? Quer dizer eu vejo que está muito atarefada, mas, se me der uma ou duas informações posso me guiar sozinho.

    Decididamente, era um rapaz muito gentil, e Mada disse que procuraria ajudar o melhor possível, mas gostaria de saber o nome dele.

    – Ah, desculpe meu nome é João Arnaldo da Silva III, e meu avô seria apenas o João Pedro da Silva. Ele veio a cidade para uma conferência. Naquela torre no centro da cidade, próxima do metro. Ele decidiu que eu poderia acompanhá-lo, mesmo que a mãe não pudesse nos acompanhar já que ela tinha negócios a resolver no México.

    – Está ótimo João, o que você quer na nossa biblioteca? Mada estava se dirigindo para a seção de livros de jovens adultos que também incluía alguns dos melhores quadrinhos já publicados no mundo. Mas, o rapaz olhou para ela, com um sorriso um pouco largo para um adolescente, que mais parecia que estava se divertindo, e falou:

    – Senhora Mada, eu desejo livros sobre a Fonte da Juventude. Eu estou fazendo um trabalho para a minha família e minha mãe. Há uns anos atrás meu pai desapareceu viajando para a América do Sul e passando pela América Central por um local chamado Rimini. Aparentemente, ele estava procurando rastros de seus parentes e tinha havido uma informação que eles tinham ido para a América do Sul, após passar um tempo nesse local, para procurar a fonte da Juventude.

    – Bem, João, eu não acredito que hoje em dia tenha muitas pessoas interessadas em fonte da Juventude. Naturalmente, não é sem sentido, mas, já existem outros métodos mais modernos de manter a juventude.

    Novamente, Mada teve a impressão que o rapaz se divertia, e que os olhos dele subitamente pareciam muito mais velhos do que diziam ser, para um menino de uns quinze anos.

    O rapaz deu de ombros e um pequeno muxoxo. Seria desdém? E perguntou como acessar tais livros. Como Mada não lembrava de nenhum, ele pediu acesso ao computador e começou a procurar com extrema rapidez e profissionalismo. Eventualmente, Mada deixava o próprio trabalho e ia ver o que o rapaz estava fazendo. Estranhos nomes pulavam na tela em espanhol e inglês. Ele nem mesmo percebeu que Mada estava parecendo preocupada quando viu o que ele procurava e como os interesses dele não combinavam com a idade. Porque o jovem, não se interessava, a exemplo de tantos outros, nos impressionantes jogos que existem na internet? João, ia armazenando todos os files abertos num bastão de memória escrevendo muito rápido. Tão rápido, que ela não conseguia acompanhar facilmente. João, gastou toda a semana e a tarde de sexta-feira nessa busca, e voltou no sábado pela manhã, trazendo um copo grande de café para Mada, e outro para ele. Mada, gostava muito de café caramelado e ficou pensando, como ele teria adivinhado isso. Nesse sábado em especial, a cidade estava muito quieta e silenciosa, ia haver a apresentação de um novo teatro na cidade e os habituais leitores, escaparam para arrumar entradas na matine.

    Mada sempre ganhava um dinheiro extra aos sábados e tirava o tempo calmo para ler alguns artigos novos da bibliotecária moderna, um catálogo que ajudava a modernizar o trabalho enfadonho e em geral acontecia com o correr dos anos. Praticamente Mada e o rapaz trabalharam a maior parte do tempo sozinhos, até que, ligeiramente antes das cinco, entrou um homem aparentando cinquenta e poucos anos que dirigiu-se à mesa dela e agradeceu a atenção dada ao neto. Espantada, Mada olhou para ele e perguntou a qual neto ele se referia e ele apontou para João, de cabeça baixa, lendo atentamente algumas folhas e trabalhando no computador.

    Sem dizer nada, interiormente, ela achou que esse rapaz era desenvolvido demais para ser neto do tal senhor, mas, não iria falar isso grosseiramente para pessoas tão atenciosas e não tinha nada a ver com isso, praticamente falando. Por uma razão desconhecida dela, o homem parecia irritadíssimo com o neto, falando em voz baixa e ríspida que eles deveriam sair imediatamente. Enquanto João, tentava guardar os inúmeros, papéis, máquina de calcular, computador, canetas, telefone celular, e mais uma porção de papéis e livros, o homem parecia dobrar o agastamento. Assim que eles se retiraram Mada percebeu que poderia fechar a biblioteca, pois não havia mais ninguém por lá, a não ser uma outra senhora que acostomada a dormir trancada numa salinha até que chegasse a hora de ir embora. Mada, notou que os dois misteriosos visitantes tinham esquecido o tal cartão de memória no computador.

    Ela, pegou a cópia do cartão de entrada com as informações sobre o visitante e ligou para o número lá escrito. Uma voz suave perguntou:

    – Sim? Hotel Real, posso ajudar em quê?

    – Senhor, gostaria de falar com o Sr. Silva, ou melhor com o neto dele, João. Ele está?

    A voz do outro lado se tornou desagradável:

    – Minha senhora, não existe ninguém com esse nome por aqui. Nem tampouco, um rapaz com seu avô. Talvez, eles estejam em outro hotel, mas, nós aqui não podemos ajudar.

    O porteiro do hotel bateu-lhe com o telefone na cara. Mais uma dessas velhas chatas tentando dar o golpe em algum hóspede.

    Mada, ficou preocupada, esse rapaz tivera pelo menos dois dias inteiros de trabalho, e copiado dezenas de artigos, e arquivos no cartão de memória. Ela ia sentir falta do rapaz tão agradável, que só parava de trabalhar, para comer um sanduiche e beber água no bebedouro.

    Quem sabe ele voltaria, para buscar o cartão de memória ou telefonaria para ela lhe enviar? Meio preocupada, jogou o bastãozinho na gaveta, e chamou a senhora na salinha para irem embora.

    Alguns dias mais tarde, uma colega achou o endereço de um outro hotel com nome semelhante numa cidade próxima da floresta de Yellowwood. Mada tinha uma folga durante a semana e foi até o hotel, perguntou a atendente, se um senhor e um rapaz em torno de quinze anos, fazendo uma descrição do rapaz e o que lembrava do homem, tinham se hospedado no local. Uma velha senhora lembrou de ter visto o senhor que nem parecia avô de um rapaz tão desenvolvido e forte. Animada, Mada perguntou se haviam deixado o endereço no México e a funcionária disse que iria olhar. As folhas de registro que ela trouxe eram incrivelmente mais confusas do que o resto da história.

    Eles deixaram no registro do hotel não o endereço de uma casa, mas de outro hotel da mesma empresa hoteleira, só que no México. Quando a funcionária ligou, a pessoa informou que os dois não tinham deixado informação além de outro hotel na América Central, fora da cidade de México. Esse último havia sido demolido há muitos anos, pois quase ninguém ia visitar um local onde os passeios se resumiam em uma ilha, cheia de fontes, pântanos, precipícios, altíssimas quedas d’agua, muita vegetação tropical, cobras gigantescas e outros animais semelhantes. Caso fechado, pensou Mada. Provavelmente, o jovem encontraria uma maneira de comunicar a biblioteca e pedir o cartão de memória que ele tinha esquecido.

    – Vários meses depois, quando Mada já estava descuidando do caso, ela recebeu um e-mail do rapaz, dizendo que sentia muito ter saído sem se conhecerem melhor, mas que o cartão de memória lhe daria informações sobre um assunto que ela dizia ser obsoleto e que, no entanto, era atual e moderno como ela poderia se confirmar com o bastão de memória.

    Imagine que você pode viver o dobro ou o triplo com a saúde perfeita? Que as mortes só aconteçam em casos de acidente ou falência de órgãos? Que sua aparência nunca mude? Que você nunca fique velho(a)? O que aconteceria com as empresas de cosméticos? Com os médicos? Com a indústria de bilhões gastos em remédios e vitaminas? Isso tudo acabaria. As mulheres iriam ao hospital para verem seus bebes nascerem e, talvez por causa de alguns acidentes. Mas, a própria existência não precisaria mais de tantos cuidados. Você me desculpe, Mada, meu nome não é João Arnaldo, e não tenho quinze anos. Quem sabe se nos encontrarmos de novo eu lhe, contarei?

    P.S: Pode ler o cartão de memória que esqueci, se lhe interessar, mas por favor seja cuidadosa, existem pessoas que não querem que a Fonte da Juventude seja conhecida, esse conhecimento roubaria o emprego de milhares de médicos e os hospitais e as indústrias farmacêuticas faliriam.

    Na mensagem o jovem pede que Mada leia os documentos cuidadosamente.

    Mada ficou curiosa, parecia tudo tão confuso e misterioso ao mesmo tempo, porque o rapaz desejava que ela lesse as tais explicações? Ela tentava lembrar onde tinha deixado o bastão de memória.

    Mada entra feito um raio na biblioteca, mal cumprimenta as colegas surpresas, dia de folga de Mada. A sua gaveta está aberta. Mas, como? Ela sempre tem o cuidado de fechar a gaveta antes de sair.

    O cartão de memória deve estar lá, mas tem pelo menos uma dezena deles e ela não lembra qual era o do João. Nervosamente, começa a experimentar um por um, mas já percebe que pela lei que rege as coisas complicadas, deve ser um dos últimos e é quando faltam quatro que ela encontra o certo.

    Infelizmente, exige uma senha que ela não conhece e o rapaz não escreveu mais nada. Por que não mandou a senha? Bizarro um simples cartão de memória ter senha, garoto aborrecido, pernóstico, enrolado.

    É um cartão de memória normal, nada de esquisito, apenas a senha não tem o menor sentido. Bom, ela vai ter que mandar uma mensagem para pedir a senha. Escreve uma pequena mensagem para ele, perguntando se está bem, e se pode mandar a senha.

    Imediatamente bate e volta, ela tenta de novo, volta. E agora? – Vai plantar batata, rapaz abestalhado. Que cara mais completamente chato que fica mandando adivinhações no computador sobre alguma coisa estúpida. Que rapaz horroroso! Que coisa inconcebível... Que quebra-cabeça idiota! – pensa com muita raiva desse enigma todo.

    No dia seguinte, Mada não dormiu uma hora seguida durante a noite e continua pensando no problema. Ela começa a fazer café e esquece de colocar água na cafeteira, ela queima a torrada. Ela derruba o açúcar, o marido pergunta o que está acontecendo. Mada fala sobre o rapaz misterioso e o cartão de memória, o marido pergunta: – Em que ele estava trabalhando?

    – Num projeto sobre a fonte da juventude

    – Querida Mada, obviamente, a senha usa essas palavras, pode ter um ou outro sinal, mas, deve incluir essas palavras. Ele na verdade acha que ia ser fácil de você adivinhar e foi a única pessoa com quem ele falou. Deve ter um sinal de ‘@’ no meio. Com certeza.

    Finalmente, Mada pode ler o que o jovem tinha escrito. E isso era mais ou menos como o marido tinha dito, a senha era fonte@juventude

    Logo, as primeiras linhas ela ficou interessada na estória.

    Eu sou da cidade da península de Iucatã, nasci convivendo entre aqueles prédios maravilhosos e centenários, e percebi que tinha sorte por viver ali. Quando eu era mais jovem,

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