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Roy - um raio no oeste: Tão rápido quanto um flash
Roy - um raio no oeste: Tão rápido quanto um flash
Roy - um raio no oeste: Tão rápido quanto um flash
E-book110 páginas1 hora

Roy - um raio no oeste: Tão rápido quanto um flash

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Sobre este e-book

Roy Dennery é um jovem filho de um próspero fazendeiro que morre inesperadamente em um acidente. O destino o obriga a assumir as rédeas do negócio da família. E ao se afastar da propriedade, a negócios, o rancho é invadido, sua mãe cruelmente assassinada e a irmã violentada.Agora, ele busca incessantemente a vingança.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de jul. de 2022
ISBN9781526013149
Roy - um raio no oeste: Tão rápido quanto um flash

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    Roy - um raio no oeste - Will Parker

    O cavaleiro colocou a mão na testa, em forma de concha, para proteger o rosto dos raios solares, e olhou para o Céu. Pela posição do sol calculou que deveria ser mais ou menos meio dia. Por sinal, o sol, naquele momento, era infernal. Tão quente que nenhuma cascavel se arriscaria a dar um passeio àquelas horas. Seria assada viva.

    O ginete sofreou com carinho sua montaria. À sua frente, como por encanto, surgiu um leito de riacho de águas claras e transparentes. Um paraíso por aquelas terras selvagens e tão secas. As águas desciam silenciosas, quietas, como se resolvessem não fazer barulho. O cavaleiro passou a manga da camisa na testa para secar o suor que teimava em escorrer no seu rosto, em gotas salgadas que lhes ardiam os olhos. Depois, tirou o chapéu e desceu da montaria. Tirou o cantil quase seco dos arreios e decidiu enche-lo de água fresca. Antes, deu uma palmada amistosa no pescoço do animal, que moveu a cabeça como por agradecimento ao seu dono que o mandava beber à vontade.

    Depois que se refrescou, bebeu e trocou a água do cantil, Roy Dennery preparou-se para partir novamente. Tomou mais um gole d’água com a mão, pegou o cantil e o amarrou novamente nos arreios. Pegou as rédeas do cavalo já saciado e refrescado, deu-lhe outra palmadinha carinhosa no pescoço e o animal entendeu que já era hora de partir. Na verdade, cavalo e cavaleiro se entendiam perfeitamente bem devido ao bom tempo de convívio. O homem ajeitou-se na cela e olhou para o Céu cinzento.

    - Vamos, meu velho. Vamos embora – disse. E o cavalo seguiu adiante.

    Roy Dennery estava com 26 anos de idade. Era alto, magro, porém, bem definido em matéria de músculos. Usava sempre cabelos curtos, aparados, o que lhe dava um certo ar de seriedade, que no seu caso, era visível. Tinha lábios carnudos e apesar da seriedade, tinha sempre um meio sorriso estampado no santo da boca. Não exatamente bonito, mas simpático e atraente. Agradava muito as mulheres.

    Já somavam oito dias que ele cavalgava, desde que deixara a última cidadezinha onde estivera cumprindo a sua rotina, que já durava seis anos, de procurar um homem. Não o encontrou por lá. Agora iria para outro lugar, começar tudo de novo.

    Nesse meio tempo ganhou o apelido de Raio devido à sua enorme facilidade de sacar o colt e atirar com a a velocidade do raio. Para continuar vivendo tinha que se defender, e quase sempre matando. Tinha sempre alguém disposto a manda-lo para o outro mundo, e ganhar a fama de ter liquidado o gatilho mais rápido do todo o oeste: Roy Raio Dennery. E esse era justamente o lado da coisa que ele não gostava. Não lhe agradava matar.

    Ele virou um aventureiro desde quando resolveu pela primeira vez usar sua arma pra fazer o que chamou de justiça. Nunca agiu contra a lei e até pôs seus revolveres a seu serviço algumas vezes. Mas já estava cansado da vida que levava. Queria paz. Pensar num futuro que sempre se recusou a sonhar. Achava que o futuro era sempre o dia seguinte, e so. Agora, devido ao longo tempo de solidão já estava se convencendo que todo homem tem direito a um lar: esposa, filhos e carinho. Mas sua fama de pistoleiro implacável se encarregava de evitar que isso acontecesse. As mulheres tinha medo disso. Onde o Raio chegava, geralmente tinha encrenca.

    Estava tão absorto em seus pensamentos que so percebeu que tinha chegado em algum lugar porque viu vários túmulos alinhados, e concluiu que ali devia ser o cemitério da cidadezinha onde estava adentrando. Continuou sem pressa e agora tinha certeza que chegou em algum lugar. E ficou curioso: uma pequena quantidade de pessoas formavam um círculo e pareciam estarem assistindo a um espetáculo. Não! Pela expressão de preocupação que notou no rosto dos presentes, imaginou que eles não estavam assistindo a um espetáculo. Pelo menos um daqueles onde havia palhaços, alegria...Parou a montaria e desceu. Aproximou-se e olhou entre a multidão. Não gostou do que viu: um jovem caído no chão, de borco e fazia uma enorme força para levantar-se. Quando já estava com os dois joelhos firmes no chão, um tremendo chute no rosto o lançou novamente ao solo. Apesar das agressões sofridas, não parecia sentir medo.

    Roy notou que eram três homens que massacravam divertidamente o pobre coitado. – O que houve? – perguntou a velhinho que assistia a tudo impassível.

    - Menino Randal Balden ousou desafiar Phill Masterson, e agora seus homens estão lhe mostrando quem manda aqui de verdade – respondeu o velho.

    - E quem é Phill Masterson? – quis saber Roy.

    - O dono de tudo aqui meu jovem. Quando ele fala ninguém mais ousa abrir o bico. O que diz é ordem pra ser cumprida. Todo mundo se borra de medo dele... inclusive eu – o velhinho falou com sinceridade e sem cerimônia.

    - Ta certo que ele seja dono de tudo. Mas isso aí é covardia pura – disse Roy com o semblante muito sério e balançando a cabeça negativamente.

    O ancião o olhou com curiosidade e falou: - Eu nunca o vi por aqui, jovem. Mas vou lhe dar um conselho. Não fale muito alto para que os homens de Masterson não o ouça, pois do contrário, sua vida não vale mais nem um dólar furado.

    - O que eu falei, meu velho, direi a eles se perguntarem – falou Roy num tom irônico. – Mas, porque da surra?

    Antes que o homem respondesse alguma coisa, Elmet, um dos que surravam o jovem, falou: - Ouça mais uma vez Randall Balden: O patrão prefere você vivo, contanto que não se meta conosco. Fique na sua, entendeu? Afinal de contas, você é o irmão da noiva dele, e isso tem salvo sua pele até agora... mas você abusou da nossa boa vontade, matou três dos nossos homens e por mim, encheria essa sua boca maldita de chumbo. Agora mesmo. Mas vou lhe dar uma última chance. Uma última. Entendeu? Pegue suas coisas e vá embora de Canion City agora mesmo. Entendeu? – gritou o tal Elmet.

    - Não! De jeito nenhum, seu porco imundo. – falou com firmeza Randall Balden, apesar da dor que sentia.- Eu nasci aqui e vou aqui para sempre. Esta é a minha terra, e se alguém tem que ir embora, é Masterson e vocês, seus malditos lacaios... Se vão me matar, tudo bem. Façam isso. Mas tenho certeza que mais cedo ou mais tarde aparecerá quem irá fazê-los pagarem por todos os seus crimes. Alguém ainda vai pendurá-los em uma árvore com uma corda de cânhamo no pescoço...

    - Conversa, homem. Pura conversa – rosnou Elmet. – Aqui so existe uma lei. A de Phil Masterson. E então... o que decidiu?

    - Podem acabar comigo, porque se me deixarem vivo, eu acabarei com todos você, um por um – disse decidido Randall.

    O tal Elmet olhou com pesar para o jovem à sua frente. Balançou negativamente a cabeça e finalmente falou olhando para o seu comparsa: - Coiote... é todo seu.

    O apelido lhe caía bem, como uma luva, tal eram suas feições animalescas. Parecia ter saído do ventre de uma hiena. Seu olhar de cachorro doido não deixavam dúvidas quanto ao seu instinto assassino. E esse instinto ficou bem claro quando após ser citado por Elmet ele caminhou lentamente com o rifle na mão, em direção a Randal Balden. Parou três passos à sua frente, apontou a arma para o centro da testa do condenado e falou sorrindo um sorriso de coiote: - Sabe, maldito bastardo, filho de uma cadela... eu vivia sonhando com o dia de poder acabar com você. Ver seus miolos saltarem fora – sorriu entredentes, o sorriso da morte, por alguns segundos, esperando que o jovem lhe pedisse clemência. Mas o jovem apenas esboçou um sorriso de desdém. Coiote parou e sorrir, ficou sério e completou: - Boa viagem ao inferno! E dê lembranças minhas a Satanás.

    No exato momento em que seu dedo apertaria o gatilho, uma voz firme, porém suave, pediu: - Um momento, senhores, por favor...

    A multidão ficou em transe. Não acreditava no que seus olhos viam: um forasteiro ousando atrapalhar a festa que os facínoras de Phil Masterson estavam promovendo, tentando evitar que eles acabassem com o jovem Balden, e rezaram em silêncio, talvez por duas almas.

    O homem caminhava lentamente na direção do Coiote, que já

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