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A História à luz do espiritismo - V III: Contemporânea
A História à luz do espiritismo - V III: Contemporânea
A História à luz do espiritismo - V III: Contemporânea
E-book347 páginas3 horas

A História à luz do espiritismo - V III: Contemporânea

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Sobre este e-book

Tem o Espiritismo um olhar para a história e pode nos ajudar a compreender os passos dados pela humanidade até aqui? Este trabalho Reforça os ensinamentos da doutrina espírita, no sentido de que o acaso não existe e os acontecimentos históricos, antes de se concretizarem, são plasmados no plano superior. A Revolução Francesa e a caminhada atual do homem em busca da superação dos vícios e da aquisição das virtudes são apresentados sob uma nova perspectiva, possibilitando compreender o processo histórico em diferentes épocas, lugares e desempenhando diferentes papéis, através de múltiplas reencarnações, pois todos fazem parte do grande concerto universal, regido pela lei do progresso e sob a orientação de Jesus. Integra a Coleção A História à Luz do Espiritismo, composta pelos volumes História à Luz do Espiritismo, A – Idade Moderna, História à Luz do Espiritismo, A – Antiga e Medieval e História à Luz do Espiritismo, A – Contemporânea.
IdiomaPortuguês
EditoraCELD
Data de lançamento10 de mar. de 2023
ISBN9788572976176
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    Pré-visualização do livro

    A História à luz do espiritismo - V III - Graça Palha

    Com este volume encerra-se a trilogia A História à Luz do Espiritismo , que procurou analisar os acontecimentos históricos sob o enfoque da Doutrina Espírita. O primeiro foi referente às Idades Antiga e Medieval, enquanto o segundo foi dedicado à Idade Moderna, com a inserção da América, especialmente do Brasil Colonial, no contexto mundial. Seguindo a mesma linha dos anteriores, neste livro é analisada agora a Idade Contemporânea (de 1789 aos dias atuais).

    O espírito reencarnado hoje e que assiste pela TV, no conforto de sua poltrona, a exploração dos confins do Cosmos pelo telescópio Hubble, pode ter sido aquele mesmo que olhava as estrelas com perplexidade, em tempos remotos. Algumas dúvidas já foram elucidadas, mas outras ainda continuam a ser motivo de inquietação.

    A pergunta Quem somos?, que angustiava o homem desde os primórdios do pensamento filosófico, já foi respondida pelos espíritos superiores: somos espíritos encarnados no corpo físico, lutando para superar as provas e expiações pelas quais temos que passar, no planeta que nos foi destinado.

    De onde viemos? Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. É o Criador do Universo e de todos os seres materiais e imateriais. Portanto, somos suas criaturas e nossa origem é divina.

    Resta-nos refletir: Para onde vamos?. Para onde nossas escolhas nos têm conduzido ao longo dos milênios da História? Seguindo a visão materialista, podemos pensar que a violência é regra e a paz é exceção na saga da humanidade. Entretanto, ao nos entendermos como espíritos em processo de aprendizagem, chegaremos à conclusão que a lei do progresso vem sendo cumprida através dos tempos, numa longa, contínua e, por vezes, dolorosa realização, aumentando a percepção do Bem e o número daqueles que se empenham em fazê-lo triunfar.

    Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão. Paulo (I Coríntios, 15:58)

    "O Espiritismo será o que dele

    fizerem os homens".

    Léon Denis

    No estudo da literatura espírita, nos deparamos com relatos da interferência do plano espiritual em uma série de acontecimentos de nossa história.

    Seja a frustrada tarefa de Napoleão Bonaparte, o qual seria o responsável por preparar a Cidade Luz para a vinda do consolador, seja a de Tiradentes, colocando as bases para o futuro papel de Dom Pedro na Independência do Brasil, vemos exemplos de homens inspirados pelo plano espiritual para estabelecerem os fundamentos do desenvolvimento moral da humanidade dentro do magnífico plano de Deus.

    Nessa obra que fui convidada a prefaciar, Sônia Campos e Graça Palha aceitaram o desafio e realizaram o trabalho desbravador de contextualizar algumas dessas intervenções no processo histórico.

    Este livro vem esclarecer pontos da nossa história dentro do plano perfeito de Deus que, por meio dos grupos de espíritos do bem, cada qual encarregado da evolução de diferentes áreas do planeta, inspira os personagens da história para a concretização de seus objetivos.

    A despeito dos grandes personagens, todos os homens, em sua breve passagem pelo planeta Terra, possuem seu papel nesse plano de evolução, por menor que possa parecer.

    Parabenizo, assim, essas duas amigas, pioneiras pela dedicação e amor à causa espírita, que por meio dessa obra oferecem uma importante contribuição ao projeto do entendimento dessa doutrina tão importante à evolução do nosso mundo.

    Vera de Marsillac

    Presidente do Centro Espírita

    Maria Angélica

    "Antes exortai-vos uns aos outros todos

    os dias, durante o tempo que se chama Hoje".

    Paulo (Hebreus, 3:13)

    Adivisão didática tradicional coloca a Idade Contemporânea entre 1789 e os dias atuais. Há um ditado entre os historiadores que diz: A túnica de Clio (musa da História) é um tecido sem costuras, significando que o processo histórico é um encadeamento de fatos interdependentes. Sob esse ponto de vista, o século XXI em que vivemos tem suas raízes nas transformações econômicas, sociais e políticas que ocorreram desde o século XVIII. Essas transformações significaram a vitória do liberalismo e o fortalecimento do capitalismo, com a burguesia na liderança.

    Na transição do século XVIII para o XIX, as mudanças sobrevieram, via de regra, de forma violenta e o período ficou conhecido como Era das Revoluções. A nova sociedade derrubou o chamado Antigo Regime e nasceu forjada pela Revolução Industrial, a Revolução Americana e a Revolução Francesa.

    A Revolução Industrial ocorreu a partir do momento em que a classe burguesa ascendente, que havia enriquecido com a Revolução Comercial do século XVI, pôde aplicar seu capital em novos empreendimentos.

    A Revolução Americana, que possibilitou a independência das Treze Colônias Inglesas da América do Norte, constituiu uma experiência bem-sucedida e deu origem a um novo país: os Estados Unidos da América.

    A Revolução Francesa foi de tal maneira importante, consagrando os princípios liberais, que o ano em que ocorreu (1789) passou a ser o marco divisório entre a Idade Moderna e a Idade Contemporânea.

    Durante o século XIX, as chamadas Revoluções Liberais eclodiram na Europa e na América Latina. Foi ainda nesse século que uma nova luz passou a oferecer outra possibilidade para que o homem compreendesse o seu destino, superando a postura meramente material ou a visão religiosa tradicional: Allan Kardec, em 1857, publicava O Livro dos Espíritos.

    Adentrando o século XX, além de duas guerras mundiais, novos movimentos revolucionários tiveram lugar. A Revolução Russa de 1917, por exemplo, representou um rompimento com a ideologia liberal e com o predomínio burguês, levando ao poder o proletariado, nova classe social surgida com a industrialização.

    O ano 2000 inaugurou um novo século e um novo milênio. As transformações técnicas continuam a ocorrer com velocidade vertiginosa, de tal maneira que já se poderia pensar em uma nomenclatura mais atualizada para caracterizar os nossos dias: Era Atômica? Era Espacial? Era da Informática?

    Tendo em vista que o Progresso é uma lei de Deus, temos a certeza de que a fraternidade preconizada pelo Cristo prevalecerá e que, finalmente, a humanidade vivenciará em futuro breve uma Nova Era: a Era do Amor, pois os tempos são chegados como nos disse o evangelista João no Apocalipse.

    "Meu Pai trabalha até agora, e eu

    trabalho também".

    Jesus (João, 5:17)

    ARevolução Industrial foi o conjunto de transformações das manufaturas domésticas para a indústria fabril, passando por mudanças na agricultura, nos transportes, no comércio, nas comunicações e na sociedade.

    Não existe uma data determinada para marcar o início da Revolução Industrial, nem tampouco para o seu fim. Didaticamente, costuma-se considerar de 1760 até 1830, aproximadamente, a época em que ocorreram descobertas que trouxeram mudanças significativas no modo de produção. Antes do período citado, já eram utilizadas a energia do vento e da água para auxiliar o trabalho, baseado principalmente na força humana e animal. O grande diferencial que surgiu na segunda metade do século XVIII foi a utilização do vapor para mover as máquinas, aumentando a capacidade produtiva.

    Os fatores que propiciaram o advento da Revolução Industrial ocorreram primeiro na Inglaterra. Em razão disso, podemos dizer que as causas da Revolução Industrial se confundem com o fato de ter sido a Inglaterra a primeira nação a se industrializar.

    Por que na Inglaterra?

    A burguesia inglesa havia acumulado capitais desde a Revolução Comercial do século XVI, o que permitiu a aplicação desses capitais para financiar o desenvolvimento do processo industrial.

    Era a maior potência colonial, dispunha de abundante matéria prima (lã, advinda da criação de carneiros e algodão, trazido das colônias) e os mercados mundiais absorviam toda a sua produção artesanal.

    Tinha grandes reservas de carvão, fundamental para o funcionamento das máquinas a vapor.

    Sua poderosa frota mercante facilitava a importação de matérias primas e exportação de produtos industrializados.

    Outro elemento que concorreu para o sucesso britânico foi a drenagem do ouro brasileiro para o Tesouro da Inglaterra, por intermédio de Portugal, conforme esclarece o historiador R. Haddock Lobo:

    O ouro do Brasil, que afluía abundantemente à metrópole graças ao monopólio colonial e à cobrança de quintos, serviu para cobrir os constantes e avultados deficits da balança comercial portuguesa com a Inglaterra. E assim para lá se encaminhou a maior parte do metal obtido através dos esforços e riscos de bandeirantes e donos de minas e do estafante trabalho de muitos milhares de escravos em nossas terras. (LOBO, 1969, p. 165).

    DO CAMPO PARA A CIDADE

    O século XVIII assistiu a um significativo aumento da população inglesa, gerado não só pelo aumento da natalidade, mas, sobretudo, pela queda da mortalidade, proporcionados pelos avanços nos conhecimentos na Medicina e pela diminuição das crises de fome.

    Uma verdadeira revolução na agricultura precedeu a revolução na indústria. Pântanos foram drenados e florestas derrubadas, aumentando as áreas cultiváveis. A introdução do cultivo de nabo e trevo (que não esgotam o solo) permitiu o aproveitamento de todos os campos, pois não havia mais necessidade de deixar sempre um campo em repouso entre o plantio de cereais, para que o solo não se esgotasse. Nabo e trevo passaram a alimentar o gado, que não precisava mais ser abatido e salgado no inverno. Portanto, mais alimentos estiveram disponíveis e as grandes fomes foram controladas.

    Também ocorreram mudanças em relação à terra, que passou a ser considerada um bem de produção, dentro da mentalidade capitalista. Desde a Idade Média prevalecia o sistema de campos comuns, isto é, terrenos próximos às aldeias que podiam ser utilizados por todos, indistintamente, como pastagem ou para obter lenha e turfa para manter o fogo. Depois de 1760, foram votadas as leis de Cercamentos (enclosure acts), por meio das quais os campos foram cercados e tornaram-se propriedade de alguns senhores, excluindo os camponeses. O resultado foi o desemprego no setor rural, levando grande parte do campesinato a migrar para as cidades, em busca de trabalho. Essa mão de obra disponível iria constituir os primeiros operários das fábricas, que, para sobreviver, aceitavam trabalhar em péssimas condições e por baixos salários.

    O trabalho é uma lei de Deus e o homem está sujeito a tirar seu sustento por meio dele, conforme nos esclarece a espiritualidade, na questão 676 de O Livro dos Espíritos:

    Por que o trabalho é imposto ao homem?

    É uma Por ser consequência de sua natureza corporal; uma expiação e, ao mesmo tempo, um meio de aperfeiçoar sua inteligência. Sem o trabalho, o homem permaneceria sempre na infância da inteligência; é por isso que deve seu alimento, sua segurança e seu bem-estar apenas ao seu trabalho e à sua atividade. [...] (KARDEC, 2011b).

    Curiosamente, o termo trabalho deriva de tripalium, que era um instrumento de tortura usado pelos antigos romanos. Porém, para aqueles que estão sem possibilidade de sustentar a si e à sua família, qualquer possibilidade de ter uma ocupação é bem-vinda, tornando-se uma bênção e não uma punição.

    NOVAS TÉCNICAS PARA NOVAS NECESSIDADES

    A produção de algodão foi a primeira que experimentou as mudanças revolucionárias na tecnologia e na organização econômica, fazendo com que a Inglaterra se tornasse o centro fabril do mundo.

    A manufatura de lã sustentava numerosas famílias, mas as conquistas ultramarinas abarrotaram os mercados ingleses com tecidos provenientes da Índia, que passaram a concorrer com os tecidos de lã. Eram os panos de algodão, leves, cômodos e vendidos por preço mais baixo. Os produtores de lã, em crise, chegaram a promover manifestações em que atacavam as pessoas vestidas de algodão e as despiam em plena rua. (LOBO, 1969, p. 171.)

    Tentando resolver o impasse, a Inglaterra passou a importar a matéria-prima bruta para ser fiada por trabalhadores ingleses. Não deu certo, porque a produção inglesa mostrou-se vagarosa e pouco eficiente, em contraste com a excelente qualidade indiana, cujos artesãos tinham experiência secular no assunto.

    Conforme já observara o filósofo grego Platão, a necessidade é a mãe da invenção. Desse modo, artesãos engenhosos (e não inventores sábios) criaram as primeiras máquinas para aumentar a produção e reduzir seus custos: John Kay (1704–1779) inventou a lançadeira volante, James Hargreaves (1720–1778) melhorou a produção de fios com a spinning jenny e Edmund Cartwright (1743–1823) inventou o tear mecânico.

    Alguns precursores foram mal compreendidos e perseguidos pelos tecelões, que tinham medo de perder seus empregos. John Kay, por exemplo, teve que fugir para a França, onde desencarnou na miséria, enquanto sua lançadeira passou a ser empregada em toda a Inglaterra. Na questão 779 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec questiona e é esclarecido pelos espíritos da seguinte forma:

    O homem haure, em si mesmo, a força progressiva ou o progresso é apenas o produto de um ensinamento?

    O homem se desenvolve por si mesmo, naturalmente; nem todos, porém, progridem ao mesmo tempo e da mesma maneira; é, então, que os mais adiantados auxiliam o progresso dos outros, através do contato social. (KARDEC, 2011b).

    As invenções aumentaram a produção, que passou a precisar de novas invenções. O desenvolvimento da máquina a vapor por James Watt (1736–1819) superou o obstáculo da força motriz, até então limitada às energias humana, animal, eólica e hidráulica. O vapor passou a ser usado nas fábricas e estas não dependeram mais do vento ou do fluxo da água.

    Todas as invenções auxiliavam-se mutuamente. As máquinas primitivas, de madeira, não possibilitavam o uso do vapor e foram substituídas pelas de ferro, mais resistentes. O uso do ferro em larga escala provocou a pesquisa para aumentar a sua produção. Com o uso do carvão mineral em vez do carvão vegetal para fundir o ferro, houve o desenvolvimento das siderúrgicas. Na segunda metade do século XVIII, o ferro fundido passou a ser usado amplamente na construção de edifícios e pontes.

    SURGEM AS FÁBRICAS

    As máquinas eram grandes e pesadas, não cabendo, portanto, na casa dos trabalhadores. Além disso, eram caras e eles não tinham recursos para adquiri-las. Dessa forma, os trabalhadores passaram a ser reunidos em construções de tijolos onde estavam as máquinas: surgiram as fábricas.

    Por sua vez, as primeiras máquinas eram movidas pela força hidráulica e as fábricas concentraram-se em regiões de rios e quedas d’água, como Manchester, Derby, Yorkshire etc. A proximidade de minas de carvão também foi um foco de atração para o crescimento de cidades.

    Em torno das fábricas foram se desenvolvendo cidades industriais, nas quais os operários viviam em cortiços e porões, em péssimas condições de higiene e saúde. Em 1793, um médico relatou o seguinte:

    Alguns porões são tão úmidos que não se prestam à habitação [...]. Os pobres padecem principalmente com a falta de ventilação e conheço muitos casos de tuberculose que se explicam dessa forma [...]. É indescritível o horror dessas casas; um inquilino recém-vindo do campo dorme, ali, numa cama contaminada por aquele que antes dormiu nela, ou mesmo numa de que algumas horas antes se tenha retirado o cadáver de um tuberculoso. (WEISS, 1969, p. 1.028).

    Os centros urbanos, constituídos de estabelecimentos de preparação de minérios, fábricas e moradias de operários, estavam sempre sujos de fuligem e cobertos de fumaça, passando a ser conhecidos como cidades negras.

    MULHERES E CRIANÇAS OPERÁRIAS

    A Grã-Bretanha teve uma posição ambígua em relação aos princípios de liberdade. De traficante de escravos africanos desde o século XVI, passou a defender a Abolição da Escravatura em seu território (Abolition of Act, 1807), pressionando os demais países a fazer o mesmo. Essa mudança de atitude está relacionada com a Revolução Industrial, pois se aprendera que o trabalhador assalariado é mais produtivo do que o escravo, não havia investimento de capital inicial para adquiri-lo, o patrão não tinha obrigação de alimentá-lo, podia ser dispensado e, pelo fato de receber salário, tornava-se consumidor dos produtos industrializados.

    Ao lado dos fatores de ordem econômica, que respondiam às necessidades do novo estágio do capitalismo, ocorreram fatores de ordem humanitária. A espiritualidade inspirou homens de bem a fundarem sociedades filantrópicas que defendiam a libertação dos cativos, seguindo o princípio apontado em O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XVII, item 3:

    O homem de bem é, humano, é bom e benevolente para todo mundo, sem distinção de raças nem de crenças, porque vê irmãos em todos os homens. (KARDEC, 2010a).

    As condições de trabalho nas primeiras fábricas faziam com que os operários ingleses vivessem e trabalhassem de maneira que pouco diferia da dos escravos, com uma jornada de trabalho que podia chegar a dezesseis horas.

    O historiador Edward McNall Burns em História da Civilização Ocidental declara que:

    [...] Muitas fábricas, especialmente as de tecidos eram piores do que prisões [...]. A atmosfera viciada, o calor sufocante, a falta de higiene, e com horários intoleráveis, reduziam inúmeros operários a pobres criaturas macilentas e

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