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Marxismo: Uma ideologia atraente e perigosa
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E-book155 páginas2 horas

Marxismo: Uma ideologia atraente e perigosa

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Sobre este e-book

O que é o marxismo? Por que e como ele surgiu no mundo? Qual a sua influência na educação? Cristianismo e marxismo se coadunam? O que é a teologia da libertação marxista? O marxismo pode ser usado na elaboração da teologia católica? Qual o conceito de verdade no marxismo? O que nos diz o Livro Negro do Comunismo? Quem foi o marxista Che Guevara? O que é a tal "Igreja Popular" de índole marxista? O que a revolução sexual e a ideologia de gênero têm a ver com o marxismo? Quais as perseguições que a Igreja sofreu dos regimes marxistas? O que é a Doutrina Social da Igreja?
Neste livro você encontrará uma resposta sobre todas essas perguntas, além de uma reflexão importante sobre o marxismo e sua influência na sociedade e na Igreja.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de abr. de 2022
ISBN9786587768229
Marxismo: Uma ideologia atraente e perigosa

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Marxismo - Prof. Felipe Aquino

UMA IDEOLOGIA ATRAENTE E PERIGOSA

Com o advento da internet, sobretudo com as redes sociais, veio a tona fortemente a discussão sobre o marxismo e o comunismo, e também a sua influência na Igreja; portanto, é importante que se conheça um pouco melhor do que se trata, já que não é muito simples a sua compreensão, o que leva muitos a serem enganados.

O propósito deste livro é mostrar os erros e perigos que a ideologia marxista causou, especialmente no século XX, e que hoje ainda têm muitos adeptos, inclusive cristãos. Não é minha intenção fomentar a discussão e a divisão entre católicos; e sim, alertar quanto ao perigo desta ideologia para a sociedade e para a Igreja, como sempre mostraram os Papas.

Como tudo começou?

Em fins do século XVIII e no começo do século XIX aconteceu a Revolução industrial na Europa: foram sendo exploradas as riquezas do subsolo e manufaturadas em fábricas e canteiros de obras. Reinava então o liberalismo, que atribuía ao capital todos os direitos em vista da conquista de maiores bens materiais. Em consequência, os operários das fábricas e das minas eram submetidos a duras condições de trabalho; mulheres e menores eram levados à extração de carvão do fundo das minas; os salários eram baixos, a taxa de mortalidade era alta; a moradia era miserável, ficando muitos homens e mulheres aglomerados em subúrbios. Não havia instituições de defesa dos trabalhadores; os sindicatos eram perseguidos, e a assistência médica muito precária. O próprio Estado entrava na disputa do capitalismo competitivo, mostrando-se indiferente à angustiosa sorte dos trabalhadores.

Para enfrentar essa triste situação sugiram duas propostas: o marxismo de Karl Marx e Engels e a Doutrina Social da Igreja, com a encíclica Rerum Novarum (Das coisas novas ), sobre a Condição dos operários, de Leão XIII (1878-1903), em 1881.

O Papa levava em conta a desumana condição dos operários, então explorados por um capitalismo selvagem. Propõe os direitos fundamentais do trabalhador: salário justo, repouso dominical, limitação das horas de trabalho, consideração das mulheres e crianças que trabalham, possibilidade de que o operário vá constituindo o seu patrimônio particular. Uma solução humana e pacífica com base no Evangelho.

Com muita lucidez, Leão XIII antevia as terríveis consequências das propostas do socialismo marxista. Quase cem anos mais tarde, a implosão dos países comunistas e a terrível mortandade causada, confirmava as suas apreensões. Assim, o Papa e a Igreja tomavam posição frente aos sistemas que tentavam os homens da época, incluídos os fiéis católicos, do século XIX: o liberalismo capitalista, que exaltava a liberdade a ponto de explorar os pequeninos indefesos, e o coletivismo marxista-socialista, desumano e violento, que apregoava a igualdade de todos os homens, mas em troca de renúncia à liberdade individual (o Estado seria o grande proprietário e ditador).

Estava assim esboçada a Doutrina Social da Igreja, que evitava extremismos, pregando o respeito à pessoa humana e a seus justos direitos, visando o bem comum da sociedade.

Por outro lado Karl Marx e Engles propunham uma solução violenta, radical, baseada na extinção das classes e na luta entre elas, com o objetivo ilusório de extingui-las, jogando irmãos contra irmãos. O resultado foi catastrófico: cem milhões de mortos nos países que, à força das armas e da revolução, implantaram o comunismo.

Este sistema de governo pretende implantar na terra o paraíso socialista, chegando a uma sociedade justa, sem classes e sem governo, uma utopia. O Papa Bento XVI disse um dia que: Todos que quiseram implantar o paraíso aqui na terra, criaram um inferno. A História comprova isso, basta olhar para as Revoluções: Francesa (1789), Bolchevista russa (1917), Mexicana (1926), Espanhola (1930), Nazista (1939-1945), etc… De modo especial o comunismo no século XX comprovou esta verdade. O marxismo quis gerar o paraíso utópico e gerou o inferno.

Desde que o marxismo surgiu no final do século XIX e implantado, na prática, na Rússia, com a Revolução Bolchevista de 1917, sempre foi condenado por todos os papas até os dias de hoje, por ser uma ideologia ateia, materialista e anticatólica, perseguidora da religião e da Igreja.

Esta ideologia gerou a morte de cerca de cem milhões de pessoas na Rússia, China, Laos, Camboja, Vietnam, Cuba, etc., segundo o Livro Negro Comunismo¹. O organizador do Livro, Stéphane Courtois, foi um marxista, convertido em crítico do marxismo; ele afirma que: o crime é intrínseco ao comunismo é não apenas um instrumento de Estado ou um desvio stalinista de uma ideologia de princípios humanitários. Courtois sugere a equiparação do comunismo ao nazismo, com base na ideia de que ambos partilham a mesma lógica do genocídio. Os mecanismos de segregação e de exclusão do totalitarismo de classe são muito parecidos com os do totalitarismo de raça, segundo ele.

A Revista Veja (04/02/1998) trouxe uma matéria de Izalco Sardenberg, Terror vermelho – Balanço de oitenta anos de regimes comunistas aponta entre 80 e 100 milhões de mortos".

Nesta matéria sobre o Livro Negro do Comunismo este jornalista faz um balanço do amargo fruto que este regime gerou para a humanidade.

Oitenta anos depois da Revolução Bolchevique na Rússia (1917) e sete depois de a União Soviética ter acabado (1997), a trajetória trágica do comunismo pode ser contabilizada, pelo número de vítimas.

É a história da trágica aplicação na vida real de uma ideologia carregada de falsas promessas de igualdade e justiça que custou entre 80 e 100 milhões de vidas, com a esmagadora maioria de vítimas nos dois gigantes do marxismo-leninismo, a União Soviética e a China.

Com o desmoronamento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em 1990, e o fim do comunismo clássico, imposto pelas armas, surgiu, então, um novo tipo de marxismo idealizado por Antônio Gramsci, um marxista italiano: o marxismo cultural. A nova tática de implantar o comunismo no mundo tomou o aspecto cultural; isto é, implantar o marxismo como ideologia política por meio do controle da imprensa, das universidades, dos sindicatos, dos meios de comunicação, da política, e até mesmo da Igreja católica, através da Teologia da Libertação de viés marxista.

Esses dados nos levam à necessidade de entender melhor o que é o marxismo, filosofia subjacente ao socialismo - comunismo. E para os católicos é importante entender porque esta filosofia é totalmente contrária ao Cristianismo. Acontece que o marxismo cativa muitos, sobretudo jovens e muitos professores universitários, normalmente adversos às normas disciplinares e doutrinarias da Igreja, porque o marxismo defende o pobre e o oprimido, mas sem levar em conta seus métodos absurdos e desumanos. Infelizmente, em defesa do pobre, se aceita até mesmo a corrupção e outras prática ilegais. A Igreja ensina que não é lícito fazer o bem por meios maus (São Tomás de Aquino).

O QUE É O MARXISMO?

O marxismo é uma filosofia ou ideologia que deseja estabelecer a justiça social no mundo pela revolução armada ou cultural, de modo que a classe dominadora seja dominada pela classe trabalhadora e oprimida. Para isso deve estabelecer a ditadura do proletariado. Por fim se estabelecerá, então, uma nova e definitiva ordem de coisas, em que cada cidadão estará plenamente cônscio de seus deveres e os cumprirá sem precisar mais das severas leis da ditadura; a produção e a distribuição dos bens materiais satisfarão a todos os membros da sociedade; e se terá, então, a sociedade comunista propriamente dita, sem classes, sem propriedade privada, com o Estado comandando tudo. Na verdade esta utopia socialista nunca se realizou. É uma ideologia enganosa, mas que conquista a muitos, por ser a pretensa libertação dos pobres.

A filosofia marxista professa que esta revolução mundial é algo como uma redenção messiânica; um messianismo ateu e materialista. Sabemos que é impossível o homem redimir-se de seus males sem o auxílio da graça de Deus. Este ódio revolucionário gera mais ódio e guerra. É pela convicção e o amor, não pela violência, que devemos elevar e unir os homens.

O sistema socioeconômico marxista-comunista foi gestado desde a Revolução Francesa, como mostra Daniel Rops (2003, Vol. 8, p. 487), que trouxe no seu bojo, o anticlericalismo e o laicismo radical. Ela foi quem abriu caminho às demais ideologias que defendiam a eliminação da Igreja. Os pensadores do século XIX foram herdeiros dos iluministas, racionalistas, buscando eliminar a religião, especialmente o catolicismo, culminando com Nietzsche, que criou a expressão a morte de Deus.

Sabemos que os racionalistas, como Renan, Harnack, Rousseau, Voltaire, Diderot, etc., tinham como objetivo maior desonrar a Igreja, desacreditá-la perante o povo e a opinião pública, com todo tipo de calúnias e acusações. Tentaram destruir a figura histórica de Jesus e a autenticidade dos Evangelhos, mas, quebraram a cara, como mostra José Antônio de Laburu, no seu livro Jesus Cristo é Deus? (Ed. Cléofas).

O novo marxismo adotou essa mesma tática de desmoralizar a Igreja, com calúnias e mentiras. Assim, foi gerado um anticlericalismo nas universidades, na literatura, na mídia, e uma interpretação tendenciosa da história da Igreja. Voltaire a chamava de a Infame. Era o método de Voltaire, aplicado muito hoje pelos laicistas anticatólicos e feministas radicais: Não basta minar as Escrituras e desacreditar os dogmas: o que se quer é desonrar a Igreja, contando a cerca dela uma multidão de infâmias (Rops, 2003, Vol. 8 p. 513). Não aceitando a teologia católica e a sua moral, os inimigos querem destruí-la, é o que se vê hoje também. Cristo e a Igreja são insuportáveis a esses.

Os principais mentores da ideologia marxista foram dois alemães, Karl Marx (1818-1883), filósofo, sociólogo, historiador, economista, jornalista e revolucionário socialista; e Friedrich Engels (1820-1895), um empresário industrial revolucionário que junto com Karl Marx fundou o chamado socialismo científico ou marxismo. Foi coautor de diversas obras com Marx, sendo que a mais conhecida é o Manifesto Comunista.

Podemos dizer que Marx foi também discípulo de Friedrich Hegel (1831) e Ludwig Feuerbach (1872).

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