Bem
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Bem - Divino Francisco de Sousa Soares
Bem
Divino Francisco de Sousa Soares
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Divino Francisco de Sousa Soares
Prefácio
Devido ao grande número de amigos e parentes interessados em saber sobre o quadro clínico em que se encontrava minha esposa Márcia Silva, de vez em quando eu postava despretensiosamente alguns comentários na minha página no Facebook referentes ao tratamento de câncer que ela estava realizando.
Pois bem, às vezes me manifestava a vontade de postar mais algumas coisas, e comecei a escrever, só que devido serem longos os textos, imaginei que seria difícil para as pessoas lerem, daí surgiu a ideia
de fazer um livreto e colocar tudo ali, porém, de forma natural ia lembrando de vários outros acontecimentos e passava a escrevê-los ao mesmo tempo em que verifiquei que alguns conteúdos, eram maiores, daí ponderei que um livreto não seria o suficiente para suportar todos os tópicos, foi então que surgiu a ideia de evoluir para a produção de um livro de mais ou menos 60 páginas. Continuei a escrever o que ia lembrando, no entanto, ao verificar a quantidade de escritos percebi que o livro teria que ter maior quantidade de páginas. Apesar disso, deixei de introduzir vários acontecimentos, muitos dos quais constam na página 141.
Depois de quase pronto, verifiquei que a maioria do conteúdo, estava falando mais de mim, referente às crenças, sensibilidade mediúnica e intuitiva dentre outros fatores, do que da própria Marcinha. Talvez me exaltando, falando de dons e qualidades... Daí eu quis retirar alguns tópicos, mas, percebi que para dar sentido eu não poderia fazer muitas exclusões, e que teria de ter coragem de expor boa parte do que acredito que exista, como também de nossa relação conjugal e familiar. Era o preço, pela decisão de ampliar algumas postagens no Facebook, passando pelo livreto e chegando até o livro. Sim, era realmente o preço, principalmente porque um dos familiares bem próximo me criticou devido ao fato de que eu estava postando tais matérias relacionadas a ela.
Por eu gostar de escrever, tive que me policiar para não sair muito da proposta que era falar da Marcinha, o problema era que nesses mais de trinta e cinco anos casados nossas ações eram sempre muito próximas, e ficaria difícil falar de um sem mencionar o outro.
Ao longo do livro, existem vários momentos em que eu e ela estamos dialogando, e pode-se questionar a precisão dos diálogos, como estão descritos, quanto a isso, informamos que em uma conversa normal é comum várias partes do diálogo ser percebido por gestos, certos olhares, algumas alterações na fisionomia e, relatar todo detalhe aumentaria número de páginas, por isso, algumas formas de expressões foram traduzidas em palavras e, não resta dúvida a inclusão de arranjos para tornar mais apresentável a conversação.
Após o desencarne dela, ao me perguntarem: Como você está passando?
Muitas vezes eu fazia apenas algumas gesticulações e a própria pessoa dizia: Fique tranquilo, já entendi
, e em outros momentos costumava dizer que tive na minha família três casos de óbitos (desencarne) provocados pelo câncer e um por Aids e na família dela mais três relacionados ao câncer, e pelo conhecimento que eu tinha, com dezenas de livros lidos, além de algumas coisas escritas, somada a algumas palestras ministradas, juntando ao hábito de orientar pessoas, por eu ser também, Terapeuta Holístico sem falar nos vários anos frente a presidência do CEVV, me sentia de certa forma equilibrado e experiente em me relacionar com perdas de pessoas próximas. Por isso, não tinha temor relativo ao provável desencarne de minha esposa. Me sentia preparado, principalmente por eu saber antecipadamente de alguns acontecimentos. Me sentia senhor da situação. Isso, até o dia 3 de outubro de 2019, o dia do sepultamento, porque, após retornarmos do cemitério, ao entrar em nosso quarto, olhei para nossa cama e falei em alta voz para comigo mesmo: Uai!..., e agora? Cadê ela?
Neste momento, meu mundo desabou, as teorias caíram por terra, e senti uma profunda fragilidade na alma. Me senti nu, por dentro. Uma solidão que jamais tinha experimentado invadiu meu ser. Parecia que não tinha chão para mim. Me senti verdadeiramente como se uma parte de mim, tivesse sido arrancado. Percebi que eu estava definitivamente sem ela, não sei como explicar que sentimento estranho era aquele, que dor era aquela. Foi quando meus três filhos se aproximaram de mim e me abraçaram, tentando consolar-me.
O orgulho que ainda assolava minha alma relativo ao estar expondo-me daquela forma, me levou a balançar a cabeça criticando a mim mesmo por estar com uma fragilidade daquela forma – logo eu!? Como pode?
-. Eu me criticava porque levei a vida inteira procurando ajudar no equilíbrio das pessoas e agora naquela lastimável condição e, apesar disso, não consegui parar de chorar. Não era de revolta e nem de coisas desse gênero, mas, era realmente me sentindo despedaçado, uma parte de mim, se foi... Meu mundo desabou! A ficha caiu!
Meu filho mais velho, ao me ver naquele debate emocional comigo mesmo, disse:
- "Pai, se solte, o senhor também é de carne e osso!
A minha filha, falou:
- Pai, não sou lá estas coisas, mas, o senhor também tem a mim!
E o mais novo, muito emocionado, mencionou: É!...
Pensei: O que o ele quis dizer com esse – É?
Se eu não estivesse chorando, com certeza eu daria uma gostosa gargalhada desse É
dele.
Quando escrevi este texto, após conseguir conter as lágrimas ao lembrar do ocorrido lá no quarto, sorri do É
do Iury. Para mim foi engraçado, porém, sei exatamente o que ele quis dizer era confirmar o que os irmãos haviam dito, apenas o meu emocional sentiu graça!
Que hora para isso hem!? Com certeza a Marcinha faria essa pergunta.
Ao colocar neste texto esse tópico referente ao E
do Iury, foi apenas para zoar com ele, porque ele sempre fez isso comigo... Fiz, porém, com respeito e gratidão, pelo que ele representou neste processo relacionado a Márcia, pois, com todo o respeito aos demais filhos, a Marcinha podia estar passando por uma indisposição qualquer, que, quando o Iury chegava, ficava bem nítido na fisionomia dela, a mudança em termos de melhora. Na maioria das vezes ela mudava de água para vinho, no ditado popular. Às vezes, poucos momentos depois que ele chagava, ela que estava até mesmo chorando, já se encontrava sorrindo de alguns dos gracejos dele. Apenas aproveitei esta oportunidade para externar a gratidão e ao mesmo tempo, fazer uma chacota com ele. Espero que não apele.
Quanto a Márcia, hoje, me vem a mente lembranças de situações em que não fui fraterno com ela, amigo, compreensivo, e no geral: momentos que verdadeiramente pisei na bola. Não vou nem falar o que sinto, muitas vezes, nem mesmo sei o que sinto. Só sei que é ruim!!! É uma sensação muito desagradável. Um sentimento de culpa, incompetência e até mesmo de covardia me invade o ser. Fico pensando: "Como fui perder tanta oportunidade de fazê-la feliz? Porque não tive a humildade de atender as recomendações dela? Porque deixei tantas oportunidades passarem em branco? Porque não dei o devido valor que ela merecia? Porque não aproveitei mais, nós dois? Porque valorizei demais o que achava que eram defeitos dela? Porque priorizei tantas outras coisas? Porque olhei tanto para meu umbigo e não fiquei mais ao lado dela? Mas, agora é tarde!!! Ela se foi...
Com o passar dos meses, fui me reequilibrando, porém, nos primeiros quatro meses foram tensos, fiquei meio flutuante, mas quando voltavam a me perguntar: Costumava responder: Estou péssimo! Não imaginava nem de longe que sentiria tanto
. Meu orgulho já estava bem menor ao falar dessa forma.
Meu amigo, minha amiga, aproveito para dizer-lhes: Avaliem muito bem como vocês estão se relacionando com os seus cônjuges enquanto ainda é tempo, porque depois, poderá surgir a possibilidade de sentir imensa falta até mesmos dos momentos de contrariedade, poderá sentir falta, até mesmo das brigas e discussões. É incrível, mas, a sensação que se tem é que mesmo os defeitos da pessoa que se foi, vão se apagando, aumentando ao mesmo tempo nosso reconhecimento quanto aos nossos. É estranho, mas, no meu caso esse acontecimento é fato! Pelo menos umas quatro pessoas que conversei me disseram que passaram pela mesma situação. Umas delas foi minha mãe, Adélia Maria que disse:
- Depois de mais de cinco anos viúva, às vezes penso que o Sérgio está lá no quarto fazendo alguma coisa! "
A dona Rita falou:
- Tem hora que não acredito que o Zú (José Novais), morreu, penso que a qualquer hora ele vai chegar e entrar porta a dentro."
O Leidair também fez a consideração:
- Divino, pode passar o tempo que for, que a gente não esquece!
Minha amiga Nair ponderou:
- Me disseram que depois que você perde o parceiro, você sente saudade até da raiva que ele te passou, até dos..."
Quando eu disse que me sentia como se estivesse sido arrancado um pedaço de mim, a minha amiga Nair mencionou a frase bíblica:
- Deus uniu o homem e a mulher e fez uma só carne
. É isso aí Divino.
Na prática senti isso mesmo.
Com o tempo, o Divino Francisco cheio de conhecimento para ensinar aos outros, está voltando, só que um pouco mais consciente e acredito: responsável e compreensivo depois de sentir na pele coisas inusitadas.
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Não tivemos a necessária pretensão de divulgar dotes sensitivos, mediúnicos, doutrinários e nem ufológicos... Acredite quem quiser. Torno a dizer que o livro não foi criado para isso. Estou narrando uma história e decidi não omitir, renegar o que acredito - minhas crenças.
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Nessa obra, não mencionei toda a estória, por exemplo, o que os médicos diziam, como diziam, tempo de atendimento, como era o tratamento lá no Hospital... Quais eram nossas impressões a respeito disso, o que eu vi lá no hospital durante os cinco anos que acompanhei a Márcia, das horas que tínhamos que chegar - bem cedo -, para conseguirmos ser atendidos no dia, sem importar qual seria o momento disso e as vezes nem conseguíamos, como a gente via a relação dos funcionários com os pacientes, a boa ação dos voluntários com aquelas saborosas guloseimas, o que conversávamos sobre aquilo tudo durante o tempo de espera dentre outras coisas. Talvez, no futuro, quem sabe, poderemos escrever algo a respeito.
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Quando eu estava mais ou menos na metade desse livro, comecei a ter dúvidas se continuaria ou não com o propósito de escrevê-lo, foi quando veio, não sei de onde a seguinte frase: Este livro vai servir para essa e para a outra geração.
Agradecimentos
Na trajetória percorrida durante cinco anos de luta contra o câncer, pudemos contar com a colaboração de alguns amigos e parentes