Raios de Luz Vol. eu

De Antônio de Aquino (Espirito)

Selecionando e revendo o conteúdo das mensagens do mestre Antônio de Aquino, compreendemos melhor as razões e a orientação recebidas da Espiritualidade Superior para que esta obra fosse composta.Que esses mesmos frutos possam constituir “RAIOS DE LUZ” a iluminar e orientar cada leitor na estrada infinita de sua evolução espiritual.'Que essas estradas que vos oferecemos possam ser palmilhadas, não com a preocupação de conceituá-las, mas sim de vencê-las, experimentando, lutando e tendo dentro da alma a fé inabalável de que o objetivo distante do espírito é a luz de Deus, sempre conduzido por Jesus'Antonio de Aquino

• Idioma: Português
• Editora: CELD
• Data de lançamento: 10 de mar. de 2023
• ISBN: 9788572976169

Pré-visualização do livro

CIP – BRASIL – CATALOGAÇÃO NA FONTE

SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ.

A669r

v.1

Aquino, Antonio de (Espírito)

Raios de Luz / pelo Espírito Antonio de Aquino; psicografado por Luadyr João Junqueira de Mattos. — 1. ed. — Rio de Janeiro: CELD, 2017.

236p.: 19 cm.

ISBN: 978-85-7297-616-9

1. Literatura Espírita 2. Obras psicografadas

I. Mattos, Luadyr João Junqueira II. Título

15-25780

CDD: 133.93

CDU: 133.7

RAIOS DE LUZ — Volume I

Luadyr João Junqueira de Mattos

1ª Edição: outubro de 2017;

1ª tiragem, do 1º ao 3º milheiro.

Revisão:

Teresa Cunha

Capa e arte-final:

Roberto Ratti

Diagramação:

Márcio Almeida

Composição:

Luiz Filipe Souza da Silva

Produção de ebook:

S2 Books

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"(...) muitos não podem ainda caminhar nem ver porque lhes falta um guia, e esse só poderá ser o Evangelho do Cristo.

Deem ao homem esse livro dos livros, façam-no compreender o espírito que vivifica, sem se ater à letra que mata, e o mundo se redimirá, porque, conhecendo-se a si mesmo, seus erros e seus acertos, o homem será prudente e fraternal, cuidará do seu corpo e muito mais do seu espírito, que, um dia, dentro das idades, em seu progresso, chegará a Deus."

Antonio de Aquino

[1]

A Diretoria da Cabana de Antonio de Aquino tem o prazer de publicar, neste volume, algumas comunicações do seu grande mestre Antonio de Aquino.

O título do livro — Raios de Luz — foi escolhido pela Diretoria, inspirada no que nele contém: palavras de amor, de tolerância e de perdão; lições de coragem, de perseverança e, sobretudo, de fé.

Destina-se a obra a todos os que vivem, portanto, a todos os que sofrem. Que possam todos, nestes Raios de Luz, encontrar orientação na estrada infinita do Progresso, em busca de Jesus, que bem representa o Caminho, a Verdade e a Vida.

Rio, 1958.

1 – O Núcleo Neo-Pitagórico e a Cabana de Lysis

A Cabana de Antonio de Aquino originou-se da Cabana de Lysis, que, por sua vez, originou-se do Núcleo Espírita Neo-Pitagórico.

Pitágoras foi um dos grandes iniciados: filósofo grego, fundador da Escola Itálica, no Instituto de Crótona, fez vários discípulos. Sua obra foi também quase totalmente destruída, salvando-se apenas Os números sagrados e a Harmonia da Metempsicose. Dentre os discípulos que escaparam e conseguiram levar a sua obra até a Helade (união das cidades gregas) encontravam-se Diógenes Laercio e Lysis de Crótona.

E assim, neste Núcleo Espírita, foi Lysis de Crótona que veio a manifestar-se pela primeira vez em 25 de novembro de 1926, através do médium Gustavo de Medeiros Ponte, informando da sua dificuldade, pois há séculos não estava em contato com a matéria humana e o médium, que era um positivista e até o momento ignorava que fosse médium, recebendo este espírito pela primeira vez, também encontrou dificuldades.

Lysis de Crótona foi filósofo da antiguidade grega, discípulo de confiança de Pitágoras.

O Núcleo Espírita Neo-Pitagórico encontrava dificuldades, por parte da maioria dos fundadores, para prosseguir suas atividades quando os quatro fundadores, que ainda permaneciam em atividade, optaram pela fundação da Cabana de Lysis, grupo espírita sob a proteção de Lysis de Crótona e que começou a funcionar em uma dependência da casa do próprio diretor-fundador, Coronel Luiz Mariano de Barros Fournier, na Rua Licínio Cardoso, 269, e a fundação data de 3 de maio de 1928.

2 – Fundação da Cabana de Antonio de Aquino

Foi na Cabana de Lysis que Pedrita Lameira Ramos Valente, vindo de Belém do Pará, conseguiu o restabelecimento de sua saúde e completou o seu desenvolvimento mediúnico. Passado algum tempo, começou ela a receber orientações da Espiritualidade sobre a incumbência de fundação de uma nova seara de trabalhos espirituais.

E assim, a partir de outubro de 1933, com o apoio de Barros Fournier, iniciaram-se as sessões preparatórias para a instalação da Cabana, na própria residência de Pedrita Valente, no Largo do Benfica, 4.

Em 25 de dezembro de 1934, às 8h30min, teve início o ato inaugural da Cabana de Antonio de Aquino.

Parte do discurso pronunciado pela Sra. Pedrita Valente:

(...) Devo, pois a vida à Cabana de Lysis; e não só por gratidão permaneci naquele ambiente confortador, mais ainda e talvez mais profundamente, pelo esplendor de luzes que se irradiam daquele escrínio de verdades puras que ouvimos dos grandes espíritos que formam a falange de Antonio de Aquino (...)

Cachoeira de Pirilampos

Em 1933, foi editado pela Cabana de Lysis o livro de Antonio de Aquino, recebido através do médium Gustavo de Medeiros Pontes, intitulado Cachoeira de Pirilampos.

Trata-se de um trabalho sobre a filosofia espírita. Nele Antonio de Aquino traça um paralelo entre o filósofo Augusto Comte e Jesus.

Antonio de Aquino explica que Comte foi afastado da cogitação dos espiritualistas porque eles não conhecem a estrutura da sua obra, a onipotência do seu gênio e que Jesus, apesar de amado e venerado por todos os cristãos, é somente conhecido pelo seu lado religioso, como mártir do Calvário e até mesmo confundido com o Deus Pai, e não como Filho; Verbo encarnado que veio mostrar à Humanidade o caminho para a sua perfeição; a evolução.

Explica ainda, nesta obra, que o Cristo e Comte estão unidos para a marcha da luz; são duas correntes contrárias no meio científico-religioso que se revelam e se unem: o físico e o metafísico.

A leitura desta obra imuniza o homem do erro material de somente crer na vida da matéria; mostra o que é a vida e o porquê da morte. É um livro para ser lido pelos estudiosos dos problemas da vida.

A capa deste livro apresenta mais um desenho mediúnico da Profa. Dinorah de Simas Enéas, recebido especialmente para este fim.

A Biblioteca da Cabana de Antonio de Aquino possui um exemplar desta obra.

Reflexão de Antonio de Aquino

O QUE PEDIR SE DARÁ

"Quem pede o absurdo terá o absurdo da dádiva, que é a negação desta dádiva.

Sem merecer nada se recebe: merecendo-se, não se precisa pedir.

Quem quiser, portanto, para amanhã alguma coisa em seu benefício, faça hoje, em benefício de outrem."

* * *

Soneto de Vicente

ANTONIO DE AQUINO

Ó tu excelso mestre da Verdade,

Discípulo querido de Jesus!

Igualar-te em saber, mestre, quem há de,

Se tu és do saber a própria luz!

Tu que personificas a Bondade,

Pois tua obra em bondade se traduz,

Que ensinaste, também, que a Caridade,

Ela própria, e só ela a Deus conduz!

Ó tu que és um perfume que extasia,

E de perfume é feito o próprio Deus,

Que em espirais de angélica magia,

Que de harmonia encerras todo um hino

Eleva-se, sutil, até aos céus,

Louvado sejas tu — Farol Divino!

Soneto recebido mediunicamente do Espírito Vicente, filho mais velho de Pedrita Valente, desencarnado em 1941, através do médium Luadyr Mattos.

* * *

Texto de Murillo Fraenkel, filho de Chiquita Fraenkel, um dos médiuns fundadores da Cabana de Antonio de Aquino e que mais tarde afastou-se da Cabana (1949) e veio a fundar a Casa do Coração (1950), em Ipanema, de cujo histórico obtivemos este relato.

Corria o ano de 1933, e o dia 2 do mês de junho era duplamente festivo para o casal que, pela primeira vez, assomava à Cabana de Lysis. Haviam saído das comemorações de um aniversário — da mãe dela, e assistiam aos festejos de reabertura dos trabalhos espirituais da Cabana — para ela, católica fervorosa: um antro demoníaco de que nem desconfiava a existência. De longe, misturados à multidão, observavam um senhor já idoso, cabelos alvos, jovial, voz forte e perfeita dicção, com nítido sotaque nortista que, pausadamente, se dirigia à assistência. De repente seus olhos divisaram aquela senhora baixinha, de óculos, corpo robusto, que irradiava simpatia, apesar da violenta enxaqueca que marcava, por vezes, sua face com sinais indisfarçáveis de sofrimento.

Ele, o Coronel Fournier, com indizível alegria, apontou para a senhora com a mão e disse:

— Bem-vinda, minha Senhora, sua presença já me tinha sido alertada lá em Goiás.

E ela, surpresa, por se ver alvo da atenção geral, procurava se esconder por trás do marido.

— É a Senhora mesmo que está se esquivando — retorna o Cel. Fournier. A Senhora não é professora? Não pertence à família Benjamin Constant?

— Sim, Senhor! Meu marido é neto de Benjamin Constant e eu sou professora — respondeu ela.

— Estou satisfeito, minha Senhora, por vê-la nesta Casa, pois Antonio de Aquino me avisara, às vésperas de retorno de minha viagem ao Brasil Central, que seu aparelho já estava selecionado e aqui viria, muito em breve, tendo mesmo descrito seu tipo físico. A Casa é sua. Venha cá para eu cumprimentá-la..."

* * *

Sobre o médium Luadyr Mattos

Seu primeiro contato com Antonio de Aquino deu-se de uma forma inesperada e ímpar. Após o almoço, estava repousando quando ouviu o telefone tocar. Tentou levantar, porém teve dificuldades porque não estava enxergando nada: estava sentindo-se cego. Arrastou-se até o telefone e quando lá chegou o mesmo parou de tocar e então percebeu que sua visão havia sido restaurada. Poucos dias depois, numa reunião de desenvolvimento mediúnico às 5ªs-feiras, Pedrita, a seu lado, colocou o microfone na sua frente e disse: Receba o mestre Antonio de Aquino.

Médiuns de Antonio de Aquino

Cabana de Lysis:

Gustavo de Medeiros Ponte — desencarnou em 1939

Cabana de Antonio de Aquino:

Francisca Fraenckel — 1934-1949

Maria Aparecida Saldanha Gauz — 1950-1973

Luadyr João Junqueira de Mattos — 1952-2010

Ida de Carvalho Monteiro — década de 80

Médium atual de Antonio de Aquino:

Cesar Augusto de Gusmão Lima — a partir de 2004

Capa

Ficha catalográfica

Folha de rosto

Créditos

1. O livro da Cabana

2. Perdoar é sentir a Deus

3. O sofrimento é um dos caminhos

4. Ciência e Religião

5. As árvores e a Humanidade

6. O palácio da espiritualidade

7. O coração e a fé

8. Da concentração

9. O hábito não faz o monge

10. Duas virtudes

11. O belo espiritual é imperecível

12. O rio da vida

13. O símbolo da fortuna

14. O efêmero e o eterno

15. Cristo e Dionísio

16. O pensamento é força

17. O crivo de luz

18. O perfume e a sombra

19. O amor, a única moeda

20. Santos Dumont

21. Deus e Pátria

22. Quem com ferro fere...

23. O grão e o semeador

24. A tempestade passará!

25. Da encarnação

26. A voz do Mestre

27. Ontem e hoje

28. Finados

29. Evolução

30. Mediunidade

31. Na senda da evolução

32. A porta do silêncio

33. A coragem

34. Lenda sobre a gratidão

35. Oficina de lapidação

36. Em princípio era o Verbo

37. Dia das Mães

38. Vai e não peques mais

39. A hora da partida

40. Fé e meditação

41. Estrada da vida

42. O mal e o bem

43. Morte, pórtico da vida infinita

44. Cristo e a ciência humana

45. A folha seca

46. Barco sem rumo

47. Amai a vossa cruz

48. O capítulo felicidade

49. A transplantação da Cabana

Graças a Deus!

A paz de Jesus em vossos corações!

A vida é uma página que cada um de vós escreve com lágrimas e com sorrisos. E no grande livro da existência, as páginas das vidas sucessivas vão-se enchendo de colorido, de travos amargos; vão-se enchendo de sensações diversas, deixadas aí pela alma que, através da sua trajetória em busca do Infinito, vai sofrendo, vai compreendendo, vai alcançando a luz da Verdade, vai subindo até chegar à meta desejada.

Todos vós escreveis agora uma página no livro de vossa existência. A muitos importa que as vidas sejam apenas vividas para os outros, isto é, aparentemente todos podem ler páginas floridas, mas, se fordes ler nas entrelinhas, quanta dor, quanta decepção, quanta amargura! Outros há que gravam nas