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E-book219 páginas3 horas

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Sobre este e-book

Katlyn tinha sua vida encaminhada era bem sucedida, tinha um longo namoro, que apesar de julgar depreciativo de alguma forma fazia funcionar. Mas tudo muda com a chegada de Joseph, ela vê sua vida profissional alavancar e a pessoal em uma rede de mentiras, seria seu encontro com Joseph escrito pelo destino, ou foi só o acaso?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de ago. de 2021
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    Pré-visualização do livro

    Destinados - Larissa Amanda Rodrigues Fogassa De Souza

    DEDICATÓRIA

    Dedico esse livro ao meu querido e amoroso marido, que me faz viver um romance literário todos os dias com sua presença, que me deu um final digno de um livro com meus dois lindos filhos.

    Obrigada por acreditar em meus sonhos e viver eles comigo todos os dias.

    Prologo

    Ainda bem que escolhi ficar longe de todos, longe dos julgamentos que minha família impunha sobre mim. Era nítido e minha mãe apenas vivia falando sobre como eu a decepcionava por não escolher ser médica e que meu namorado era o genro de seus sonhos. Eu tinha quase 30 anos e não sentia dona de mim mesma, não conseguia me sentir feliz com o que conquistava, não conseguia fazer com que eles me olhassem com amor. Era horrível as expectativas que eu mesmo colocava sobre mim, era horrível ver como eu era depreciativa com as melhores conquistas. Eu tinha desenvolvido complexo de inferioridade, dependência afetiva e necessidade de aprovação. Precisava cuidar mais de mim sem se importar com o que eles pensassem, após anos de relacionamento estava na hora de seguir minha própria viva, seguir sem Zachery, estava decidido, vou terminar esse relacionamento.

    DESTINADOS

    CAPITULO 1

    O frio cortava minha pele, não conseguia respirar ao certo porque o ar gelado que entrava queimava toda minha narina, quando entrei no restaurante me senti abraçada com o quente do ambiente, olhei em volta o espaço à procura de Zachery meu namorado nada discreto, meu coração pulsou com sua aproximação, eu jurei que hoje seria a noite que terminaria com ele. Zachery era meu namorado de ensino médio, namorar com ele foi o triunfo para meus pais, que o via como meu futuro marido e se não tinham escolhido até os nomes dos nossos filhos, Zachery estava terminando sua especialização em neurologia para trabalhar no hospital junto de meu pai e fazer isso era como um soco no meu estomago e uma forma de destruir minha família, primeira decepção foi quando contei que iria para Harvard mas cursar direito, segunda quando me afastei e decidi que não voltaria para casa, ficaria aqui em New York e agora romper após quase 10 anos juntos seria o pingo para transbordar o copo e arruinar o pouco que a minha família me apoiava. Eu analisava a camisa branca marcando seu corpo, seus músculos bem desenhados e as tatuagens sobre a palma de sua mão, como ele era confiante em falar de si mesmo, pois só falava disso, seu cabelo estupidamente bem penteado, mais hidratado que o meu, analisei forma como ele passou o polegar pelos lábios molhados pelo vinho, e coçou sua barba rala, engoli seco, bebi rapidamente a água fingindo interesse no seu assunto que na verdade não escutava o que ele falava.

    — Então vou com sua irmã ficar 6 meses nessa especialização, em Los Angeles. – Ele falava em êxtase bebendo seu vinho.

    — Nossa será incrível e uma grande oportunidade, aposto que a Ash está radiante. – Comentei sorrindo forçadamente, não tinha a melhor relação com minha irmã, já que ela era o orgulho da família e eu a decepção sempre sendo comparada com a perfeição que Ashley era como filha, a única coisa que mantinha ainda parte da família era meu relacionamento.

    — Mas me diz, como está o trabalho? E sua mudança? – Ele falava e suspirei pigarreando e tirando forças para encerrar a noite logo.

    — Me mudo semana que vem, estou terminando de acertar as documentações do apartamento. – Comentei pressionando os lábios. – Zach precisamos conversar. – O celular dele tocou, obvio que tocou agora, respirei fundo e sorri o vendo atender e se levantar afastando-se da mesa. Peguei meu celular digitando uma mensagem para meus dois melhores amigos, pedindo socorro, mas sem resposta alguma, devem ter saído e me abandonado nesse barco furado. Quando Zachery se sentou sorri e respirei fundo. – Preciso ir ao banheiro, depois podemos ir para casa? – Ele apenas consentiu e levantei e sumi

    pelo corredor escuro que dava para os banheiros, peguei meu celular e digitei o número de Margot, mas caiu na caixa postal, resolvi deixar um recado.

    Sério Margot você garantiu que ficaria comigo nisso e não atende quando preciso de você? Se estiver com Christian vocês dois são péssimos melhores amigos, eu não consigo encerrar essa noite e preciso de um choque de realidade, o Zachery está me deixando maluca falando apenas sobre ele e Ashley, me ajuda, retorna assim que escutar esse recado e ler as mil mensagens que deixei.

    Eu andava de um lado para o outro furiosa como se afundar o corredor com meus passos fossem resolver minha falta de coragem, minha mão estava suada e gelada, meu corpo tremia e queria mais que tudo terminar essa noite com minha vida resolvida, porque Zachery me intimidava tanto?

    — Seja sincera com o cara. – Uma voz grave falou saindo das sombras o banheiro masculino me fazendo pular, um homem de quase dois metros de altura, ombros largos, cabelos escuros bem arrumados, de terno, olhos azuis que me lembrava o mar me encarava e eu franzi a testa, era notável a forma que era atraente, qualquer mulher admitiria isso, mas também tinha uma postura rude.

    — E você pensa que é quem para ficar escutando a conversa das outras pessoas? – Eu disse guardando o celular na bolsa. – Tomei postura tentando parecer mais alta, mas qualquer pessoa perto desse cara se sentiria uma anã e comigo mesmo tendo 1,75 metros não foi diferente,

    — Um cara com pena do outro cara, apenas seja sincera com ele. E se quiser mais privacidade em telefonemas, não ligue para ninguém do corredor. –

    Ele passou por mim com um cheiro amadeirado e com uma postura de querer ser superior, revirei os olhos com a forma rude que me tratará, apertei o passo e passando por ele dando um breve esbarrão, jurando ver um sorriso debochado em seu rosto ao me ver retornar para Zachery que me esperava pronto para irmos, coloquei o casaco e aquela montanha me encarava ao longe como se me julgasse por não conversar com Zachery e simplesmente partir dali com ele. Uma hora esse termino iria acontecer, mas não essa noite.

    No amanhã seguinte quando vi Christian meu melhor amigo da faculdade ele era lindo, com seus cachos, olhos tão grandes que me lembrava jabuticabas, seu sorriso branco e corpo mais malhado que o meu e Margot minha amiga de dormitório que me viu evoluir na faculdade, sempre achava que ela andava comigo para expor ainda mais sua beleza, cabelos loiros que viviam arrumados em ondas, olhos verdes e sardas perfeitamente distribuídas pelo rosto, sua cintura era delicada, já tinha falado para ela tentar ser modelo, mas ela alegava ser inteligente demais para isso, ambos vinha em minha direção eu quis matar os dois, ela se sentou na minha mesa e tomou um gole do meu café, enquanto ele debruçou sobre a repartição que separava as mesas dos associados, das salas da empresa.

    — Sério, se eu estivesse morrendo ontem e dependesse de vocês, eu estaria em decomposição – Eu disse baixo batucando a caneta sobre a mesa nervosa lembrando da noite de ontem. Olhei os dois com sorrisos curiosos me olhando e joguei o peso para trás sentindo a cadeira ir e voltar.

    — Como foi sentar o pé na bunda daquele gostoso do Zachery? – Christian perguntava em um suspiro. – Já posso consolar ele?

    — Primeiramente não consegui terminar com ele, entrei em colapso.

    Segundo. – Suspirei profundamente. – Ele e a Ashley vão para Los Angeles me dará tempo para planejar esse termino, estou focada na minha mudança agora. –

    Falei com pesar pelo não termino, mas animada com a mudança.

    — Tudo bem, tenho fofocas. – Margot falou se inclinando em minha direção, fofoca do escritório era especialidade dela. – Teremos um novo sócio majoritário, no nível da Bonnie, na verdade ele comprou até a parte dela para salvar esse escritório. – Ela disse se tremendo e mostrando excitação em sua voz. – Sabe do gostoso do Joseph Abraham? – Eu apenas neguei nunca li notícias de fofocas, vi Margot abrir a boca em indignação, mas sabendo que ela já esperava por isso. –

    Ele é filho único de um cara ricaço tipo, bilionário de Chicago. Ele vai se associar aqui, querem alguém para ser associado executivo dele, já mandei meu currículo para eles tipo mil vezes. – Ela dizia tomando o resto do meu café.

    — E eu mandei mil e uma. – Christian dizia e os dois ria me fazendo revirar os olhos. – Ele é muito gostoso Katlyn, você vai entender se vir o cara, mas dizem ser mulherengo, nunca está com a mesma nas baladas, nunca assume alguém mais do que duas semanas. O cara veio para New York e já é um dos mais cobiçados, pela beleza e pelo dinheiro obviamente. – Ele falava soltando suspiros em cada frase.

    — Duvido muito que eu vá me interessar por alguém tão concorrido, eu prefiro os que passam quietos, despercebidos e que não tenha concorrência. –

    Falei voltando para o computador. – Mas espero que vocês consigam a promoção ficarei muito feliz, agora preciso revisar dois processos enormes se me dão licença, se vocês não trabalharem o máximo que conseguiram é uma ordem de despejo e não chegaram nem perto do José. – Eu disse sorrindo em deboche.

    — É Joseph. – Margot me corrigiu descendo da minha mesa e ambos saindo.

    Tinha acabado a mudança, finalmente meu próprio apartamento em Manhattan poupei tudo que podia para esse feito sem o dinheiro dos meus pais, trabalhei duro e tinha que continuar trabalhando para terminar as parcelas, mas era meu. Me afundei no sofá suspirando aliviada olhando tudo a volta a maioria já arrumado, peguei minha taça de vinho começada e o celular, nenhuma mensagem de Zachery desde nosso jantar, tornei a ligar para ele e caiu na caixa postal, eu

    precisava terminar esse relacionamento depreciativo, ele não acrescentava nada em minha vida a não ser um pouco da afeição dos meus pais, fora isso era depreciativo estar com alguém que nunca me escuta, não entende minhas motivações e respeitas minhas vontades. Meu coração se apertava e uma vontade esmagadora me fazia querer gritar. Quando abri a porta que dava para a varanda compartilhada com meu vizinho que ainda não conheci, senti a brisa gelada me arrepiar e a lagrima escorrer pelo meu rosto. Meu celular tocou e pulei o vendo, achando ser Zachery, mas era apenas minha mãe e pensei muito em não atender, mas cedi.

    — Oi mãe. – Tentei controlar a voz de choro.

    — Katlyn como estão as coisas? – Sua voz era tão gelada quanto o vento que cortava meu rosto. – Já terminou a mudança?

    — Sim, estou já no novo apartamento e feliz por isso. – Eu disse tentando ser durona, mas sentindo o peso de decepção no suspirar do outro lado da linha.

    — Achei precipitado essa mudança para esse prédio caro, espero que consiga pagar, porque eu e seu pai não podemos te ajudar. Estamos envolvidos no ensino da sua irmã em Los Angeles. Estamos tão orgulhosos dela e do Zachery nessa especialização. – Claro tudo sobre a Ashley e o Zachery. – Ashley nos enche de orgulho, será uma excelente profissional.

    — Tenho certeza disso mãe. – Minha voz era fria e sarcástica. – Mãe, tenho que terminar de arrumar o armário, nos falamos mais tarde. – Desliguei o telefone procurando forças para não jogar ele do 9º andar, debrucei sobre a grade da sacada e chorei culposamente pela minha vida pessoal ser um verdadeiro fracasso, quando escutei um pigarrear que fez minha taça escapar e espatifar na rua à baixo.

    — Não deveria chorar, sério. – A voz grave me assustou e encarei olhando para o lado, o mesmo homem do restaurante, nos encaramos por instantes ambos embasbacado com a coincidência pisquei pensando não estar vendo uma miragem, só podia ser brincadeira, ele estava parado na minha frente sem camisa, apenas com uma calça fina de malha pisquei algumas vezes e encarei cada músculo bem desenhado dele, passando a língua automaticamente pelos lábios. –

    Se quiser pegar, é só pedir. – Tinha um tom de deboche na sua voz que me fez revirar os olhos.

    — Não seja ridículo e vá cuidar da sua vida – Falei rispidamente entrando e trancando a porta, passei a mão pelo rosto e engoli seco indo para a cama e tentando esquecer todo esse pesadelo, tudo que não precisava era compartilhar a sacada com alguém tão enxerido e que se achasse tanto.

    Tinha se passado quase uma semana da minha mudança, já tinha contado do meu vizinho intrometido para Margot e Christian, mas eles estavam tão absolvidos em serem promovidos que nem entenderam ou não deram a devida atenção, apenas queriam que acabasse essa sexta-feira para irmos beber e comemorar a promoção de um deles, estava ansiosa por eles, quando uma certa agitação tomou conta de todos, os acionistas estavam passando para irem a sala de reunião e mostrando o prédio para o novo dono, eu apertei a pasta do processo contra meu corpo e escorei na divisória da mesa de Margot quando ele abriu um sorriso para mim, revirei os olhos incrédula, o que ele estava fazendo ali?

    Cruzamos o olhar por instantes que pareciam horas, ele franziu a testa tentando entender a situação tanto quanto eu, engoli seco sendo puxada para a realidade por Margot.

    — Mudou de opinião ao ver Joseph? – Ela perguntou e sorria maliciosamente e revirei os olhos. – Fala verdade Kat ele é tudo que falamos e muito mais, fico imaginando como um homem daquele tamanho pode ser gostoso, pensa na cama, ele poderia me fazer de boneca.

    — Acho que temos trabalho a fazer até o dia acabar. – Eu disse desconcertada e desacreditada que ele seria meu chefe, a pessoa que mais intrometida, que acha que tem o poder de saber da vida das pessoas seria meu chefe, era como se previsse o caos que isso se tornaria com ele no comando, meu coração sofria uma descarga elétrica só de pensar. Quando a reunião acabou pude ouvir a uns metros de distância Christian comemorar e logo Margot gritou animada, um deles realmente tinha conseguido a proeza de ser assistente dele, fiquei aliviada em não me candidatar, odiaria trabalhar para alguém tão presunçoso quanto esse tal Joseph. Eles vieram correndo em minha direção. – Então?

    — Consegui vadia. – Christian disse animado, temos que comemorar. Será uma noite por minha conta, podemos depois dormir na sua casa Kat e aproveitar o amanhecer de Manhattan. – Ele disse como se tudo estivesse planejado em sua mente.

    — Claro, eu tenho que terminar uns relatórios para audiência da Bonnie Segunda-Feira de manhã, se quiserem indo encontro vocês na boate as 22h00min? – Falei pegando vários papeis em cima da mesa.

    — Tudo bem, não trabalhe demais. E não seja de novo a última a sair daqui.

    – Margot disse beijando meu rosto e pegando sua bolsa e saindo com Christian do escritório. Nem notei que tinha escurecido quando terminei de digitar e encaminhei o e-mail a Bonnie a sênior a qual eu auxiliava no escritório, suspirei aliviada de cumprir o prazo e quando estava terminando de pegar minhas coisas um barulho e uma luz me chamou atenção. Notei que tinha alguém na nova sala que seria de Joseph então peguei minhas coisas e fui saindo.

    — Porque não se candidatou a vaga? Ouvi coisas incríveis ao seu respeito. –

    A voz dele grave cortava o ambiente vazio, pressionei os lábios não querendo virar

    para olhar ele, mas fiz mesmo assim sorrindo tentando mostrar meu melhor sorriso.

    — Porque não acho que seria apta no momento ao cargo, gosto de trabalhar para Bonnie. – Sorri torto e vi um riso presunçoso brotar em seu lábio.

    — Achei que tinha ficado intimidada comigo, por sempre conseguir te pegar em momentos vulneráveis e por sermos vizinhos. – Não tinha notado que aos poucos ele foi se aproximando e a ponto de me ver revirar os olhos. – Deixa eu me apresentar oficialmente Joseph.

    — Oi Joseph, sou Katlyn sua vizinha que está de saída. – Eu disse apontando para o elevador e ele sorriu torto.

    — Também estou indo naquela direção e até a mesma que a sua casa, então posso te acompanhar? – Ele disse apontando para o elevador e apenas balancei a cabeça concordando enquanto entramos no elevador. – Mas então Katlyn...

    — Preciso dizer que não sou uma de suas fãs, então só vamos descer e ir embora tenho um compromisso e já estou atrasada. – Eu disse enquanto descíamos e ele apenas me olhava rindo o que me fazia sentir ainda mais raiva o vendo sorrir daquele jeito para mim, como se me conhecesse ou coisa do tipo, quando as portas se abriram, automaticamente uma de suas mãos se dirigiu para o meio das minhas costas, pegando quase ela toda e engoli seco congelando, ele franziu a testa e logo arqueou uma de suas sobrancelhas, seu toque parecia ter descido uma descarga elétrica em mim fazendo todo meu corpo arrepiar. – Pode ir, acho que esqueci algo no escritório. – Eu disse o vendo me olhar curioso e saindo o elevador, nos encaramos e a porta se fechou.

    Meu coração parecia ter sido eletrocutado, gotas de suor se formou em meu rosto, fiquei mais 10 minutos no elevador evitando toda minha fobia de espaços pequenos para não cruzar com aquele cara novamente, não entendia porque senti isso, parecia que até meu estomago tinha sido revidado, quando a porta tornou se abrir, o saguão estava vazio, então segui para casa atrasada para me encontrar com Margot e Christian. Tomei um breve banho enquanto as mensagens não paravam de chegar colocando o primeiro vestido que tinha na frente e um salto, não era ligada a detalhes, mas pelo menos tinha sido abençoada com um cabelo bom que não ocupava tanto meu tempo, após conferir se estava tudo no lugar sai correndo em direção a 1 OAK acabando encontrando eles ainda na fila.

    — Achei que ia dar os

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