Balbúrdia no Olimpo

De Paula Antunes

O Olimpo está em crise e Zeus é alvo de uma conspiração! Quem estará por detrás do plano maquiavélico que provocará a extinção dos seres humanos? E serão estes dignos de piedade? Ria ao ler esta divina comédia, estreada no teatro em 2016 e que agora se materializa em livro. 

• Idioma: Português
• Editora: CORDEL D' PRATA
• Data de lançamento: 14 de dez. de 2021
• ISBN: 9789899052994

Pré-visualização do livro

Agradecimentos

Agradeço à minha família, que para mim é a melhor do mundo e me enche o coração todos os dias. Aos meus pais, que merecem toda a minha dedicação e admiração, que fizeram parte deste processo de criação e que sempre, mas sempre me apoiaram. Ao meu sobrinho que me ajudou a escolher o título e traz alegria e esperança à minha vida. À minha irmã, a minha companheira de sempre e que continua a viver em mim. Ao meu namorado, que me incita a ir mais longe e com quem partilho sonhos e projetos de vida.

Agradeço a todos os que acreditaram no projeto e se envolveram de corpo e alma a transformar este texto num espetáculo de teatro.

Por fim, agradeço a si, leitor e leitora, que ao ler estas palavras embarca comigo nesta aventura.

Gratidão.

BALBÚRDIA NO OLIMPO

COMÉDIA

Representada, a primeira vez, em Odivelas, no Centro Cultural da Malaposta,

pelo grupo Língua de Trapo, em 14 de abril de 2016.

PERSONAGENS

ZEUS

AFRODITE

APOLO

ARES

HADES

DIONÍSIO

ORÁCULO

HOMEM

LOCAL

MENSAGEIRO

MULHER

INTRO

Entra Faixa 1. – Introdução de Espetáculo

Música: Língua de Trapo, o pano vai abrir, a balbúrdia começar, num Olimpo qualquer…

Voz-off Zeus: Caríssimos mortais, daqui fala Zeus, Deus dos Deuses. A balbúrdia vai começar. Ordeno-vos que desliguem os vossos telemóveis. Qualquer registo de imagem, fotografia ou vídeo, será severamente punido com um raio. Tenham um bom espetáculo.

Som de trovoada.

• ATO I •

Oráculo de Delfos

Cena I

Estando Atenas imersa no caos, vai um local pedir ajuda ao Oráculo de Delfos de forma a encontrar algumas respostas à sua ânsia e desespero.

Ambiente sombrio e misterioso.

O local procura a campainha. Toca. Quem abre é um homem.

HOMEM

– Sim? Quem é?

LOCAL

– Um necessitado…

HOMEM

– Lamento, mas não temos nada para lhe oferecer.

LOCAL

– Desculpe, mas eu preciso de falar com o Oráculo.

HOMEM

– Já podia ter dito. Entre, entre. Ponha-se à vontade.

LOCAL

– O Oráculo está?

HOMEM

– Sim, sim, sim… Nome?

LOCAL

– Gilberto Pereira.

HOMEM

– Idade?

LOCAL

– 33.

HOMEM

– Morada?

LOCAL

– Atenas. Vim de tão longe.

HOMEM

– Número de contribuinte?

LOCAL

– 123456789. Sabe, é que eu estou com problemas.

HOMEM

– Não se preocupe que o Oráculo trata já de si.

LOCAL

– Mas eu não tenho muito