Dos rostos da casa: Atravessando desertos

De Carlos Aquino

Pela poesia, qual ofício de assombro, convida-se o leitor a contemplar e a revisitar a casa, esse espaço luminoso onde germinámos para a existência, onde edificamos a vida e dela cuidamos. No silêncio. Na intimidade. Feridos e alegres. Vigilantes e decididos. Como quem caminha e cultiva um jardim. Porque é urgente resgatarmos o nosso habitar diante a desertificação da vida interior, familiar e social disfarçada de eficácia e de progresso. Porque nos realizamos à medida que habitamos e porque habitar é proteger, cultivar, cuidar. Convida-se o leitor a um exercício de reaprender a olhar e a estar em casa, consumando sem consumir, sentindo que depende também de cada um a casa onde se sobrevive.
 

• Idioma: Português
• Editora: CORDEL D' PRATA
• Data de lançamento: 14 de dez. de 2021
• ISBN: 9789899085343

Pré-visualização do livro

Agradecimentos

À minha família, a quem devo tudo quanto sou

A todos os que guardo e me guardam em seu coração

Aos leitores que visitarem a minha casa

Prefácio

A profundidade das palavras que nascem de um silêncio que é Escuta!

"O silêncio é a partilha

do furtivo

lume"

José Tolentino de Mendonça

Dos rostos da Casa. Atravessando desertos reúne um conjunto de poemas que nos dão a ver várias formas da casa - a casa mãe, a casa espaço de refúgio, a casa terra, a casa religião… – nesta casa metamorfoseada somos conduzidos, de forma indelével, à luz, à esperança, às raízes, ao amor!

Este é um livro de um homem inquieto no pensamento, mas profundamente crente na Humanidade, no Caminho e na Fé, através dos vários poemas percebemos uma procura constante do bem, do belo, da profundidade que se alcança no silêncio e na escuta permanente do outro e de Deus.

Este silêncio, também como forma de resistência e de recomeço, de escuta que permite ao autor convocar outros escritores como António Lobo Antunes percorrias tuas, António Lobo Antunes / Saboreei-as junto ao alto da vigia, a quem escuta a Palavra. Podendo, talvez, o leitor vislumbrar diálogos ocultos nos versos de Carlos Aquino, com este e outros autores como Sophia de Mello Breyner Andresen, Tolentino de Mendonça ou Manuel António Pina.

Poemas depurados que convidam o leitor a (re)pensar a Vida e o que fazemos dela, a sua transitoriedade, a necessidade de vários