Análise do Comportamento dos Bancos Digitais versus Bancos Tradicionais quanto ao Gerenciamento dos Riscos Corporativos
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Análise do Comportamento dos Bancos Digitais versus Bancos Tradicionais quanto ao Gerenciamento dos Riscos Corporativos - Ana Paula Alves Freire de Carvalho
1 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, a tecnologia tem avançado a passos largos. A disponibilidade da informação exigiu que o mundo se adaptasse na mesma velocidade que a novidade se apresentava. Atualmente, as pessoas estão conectadas por uma grande rede e quem não utiliza um meio digital está fora dessa conexão. As relações comerciais também se adaptaram às novas formas de consumo: os negócios digitais, o e-commerce, as moedas virtuais e as solicitações em tempo real, por exemplo, trouxeram oportunidades de desenvolvimento econômico.
Neste cenário de competição acirrada, o grande diferencial das empresas passou a ser a oferta daquilo que ainda não foi desejado, mas que será essencial em pouquíssimo tempo. Inovar tornou-se o diferencial competitivo entre as empresas e, assim, surgiu a startup que, segundo Ries (2012, p.24) ... é uma instituição humana projetizada para criar novos produtos e serviços sob condições de extrema incerteza
.
Mas a inovação tem seu preço: as ideias propostas pelas startups, também conhecidas como empresas nascentes, precisam ser materializadas na vida real e isso significa dizer que essas organizações necessitam de estrutura formal de uma empresa, ter capital de giro e arcar com o prejuízo do investimento, caso a ideia formulada não seja bem-sucedida. Machado (2015, p.35) afirma que a falta de recursos financeiros para investir no próprio negócio é um dos três fatores que mais contribuem para a descontinuidade de uma startup.
Vislumbrando uma oportunidade de alavancagem dos negócios, empresários privados saíram na frente e passaram a investir capital próprio em troca do registro das ideias das startups e de participação acionária nessas organizações. Esses investidores são conhecidos no mercado como Investidores Anjo que, conforme conceitua Machado (2015, p.46), são indivíduos que investem seu próprio dinheiro em novos e crescentes negócios, normalmente com potencial inovativo ligado à tecnologia e com os quais não há conexão familiar
. Assim, acreditando que a ideia bem-sucedida apresenta vantagens sobre o risco do capital investido, idealizadores e investidores transformam as ideias em diferenciais competitivos com grandes destaques nos mercados em que atuam. De acordo com um estudo do SEBRAE, reportado no artigo publicado pela Revista Brasil Econômico (2016), o setor de serviços é o que mais recebe investimentos financeiros para inovação tecnológica sendo que, neste segmento, 17% destinam-se a serviços voltados para o ramo financeiro.
Estudos da FEBRABAN (2018, p.50) – Federação Brasileira de Bancos – demonstram que as fintechs são as principais responsáveis por esses números, por oferecerem aos bancos a disponibilização dos seus negócios em plataformas digitais, principalmente em aplicativos móveis utilizados em smartphones. Segundo a Instituição, os bancos investiram, nos últimos seis anos, algo em torno de R$ 20 bilhões anuais em TI ...recursos que em 2017 corresponderam a mais de 26% dos seus lucros e a 15% de todo o dispêndio em tecnologia da informação no Brasil
. (FEBRABAN, 2018, p.79).
Araujo (2018, p.11) conceitua fintechs como "empresas inovadoras em tecnologia financeira [...] que possuem características de uma startup, termo usado para empresas recentes e inovadoras" e explica que a busca desse segmento de empresas pelos bancos, é justificada pelos serviços e pelas tecnologias que elas oferecem.
Estas empresas inovadoras e novas tecnologias movimentam o mercado financeiro, facilitando a vida dos clientes, disponibilizando soluções financeiras fora do mercado regulado, permitindo aos usuários tomar empréstimos, operar no mercado de capitais, obter um seguro e outros serviços da área financeira com mais facilidade e praticamente sem restrições. (ARAUJO, 2018, p.11).
O setor bancário é um segmento que procura se manter na vanguarda no uso de tecnologias (FEBRABAN, 2018, p.4). De acordo com Araujo, (2018, p.75), dois dos quatro maiores bancos do Brasil destacam-se com relação à adoção de iniciativas propostas por fintechs. Em estudos realizados pela empresa Gartner, como consta na última pesquisa publicada pela FEBRABAN (2018, p.13), "Até o ano de 2015, a indústria bancária no Brasil e no mundo ocupava a segunda posição nos rankings de setores que mais direcionavam recursos para a tecnologia..." A partir de 2016, os bancos chegaram ao topo do ranking, dividindo a liderança com o governo brasileiro. A pesquisa realizada pela Deloitte para a FEBRABAN em maio de 2018, aponta um crescimento de 5% entre os anos de 2017 e 2018, nos investimentos realizados em tecnologia pelos bancos no Brasil.
Figura 1 – Composição dos Dispêndios em Tecnologia por Setores, no Brasil e no Mundo – 2017 (%)
Fonte: Deloitte (2018, p.14. Dados Gartner)
Neste setor, mais de 5 bilhões de transações foram realizadas em 2017 utilizando aplicativos móveis disponíveis para smartphones e por internet banking. (DELOITTE, 2018, p. 26). Segundo a pesquisa da Deloitte (2018, p.16), a ampla utilização dos smartphones pelos brasileiros para resolver questões cotidianas, foi o grande responsável pelos estímulos financeiros destinados ao desenvolvimento de tecnologias bancárias.
Araujo (2018, p.36) afirma que as parcerias firmadas entre os bancos e as fintechs também entre 2016 e 2017: 32% em 2016 e 45% em 2017. Segundo o autor, A expectativa média de parcerias para os próximos 3 a 5 anos é de 82%...
Caso essa estimativa se concretize, os investimentos realizados pelo setor financeiro às fintechs tendem a aumentar. Ademais, considerando que uma das principais características das fintechs refere-se a incerteza, esse é o principal aspecto no qual a gestão de riscos tem obrigação de atuar. Portanto, os estudos destinados ao segmento financeiro podem contribuir significativamente com o desenvolvimento crescente previsto neste cenário.
Vale ressaltar que o investimento em tecnologias inovadoras como vantagem competitiva não é um privilégio somente de empresas privadas. Como afirma Cavalcante (2017, p.6), a Administração Pública precisou repensar a forma de atender às demandas sociais, políticas, econômicas e tecnológicas promovidas pela globalização. A evolução no comportamento da sociedade estimulada pelo amplo acesso à internet mudou a percepção das necessidades que os cidadãos possuem e, consequentemente, a oferta de produtos e serviços. (BARCAUI, 2012, p.105).
Com essas exigências mercadológicas, o Estado foi obrigado a ampliar seu escopo de atuação, agindo também como formador de mercados e principal investidor onde, antes, só atuava como solucionador nas falhas deixadas pelas relações de consumo (MAZZUCATO, 2014, I.793). Segundo Cavalcante e Camões (2017, p.251), essa nova visão permitiu ao Estado aderir a outros formatos funcionais como: investimento público em ciência, tecnologia e inovação; compras públicas; inovações institucionais e econômicas; inovações políticas; serviços públicos e organizacional. No livro O Estado Empreendedor, Mariana Mazzucato descreve como o governo norte-americano atua no fomento às práticas inovadoras:
O governo não se limitou a criar as condições para a inovação
, mas financiou ativamente as pesquisas iniciais radicais e criou as redes necessárias entre as agências estatais e o setor privado para facilitar o desenvolvimento comercial. (MAZZUCATO, 2014, I.2080).
Cavalcante e Camões (2017, p.259) afirmam que ... a inovação na administração pública é uma trajetória irreversível diante das pressões da sociedade contemporânea por mais e melhores serviços públicos.
Neste cenário, cada vez mais complexo pela globalização imparável, aliada ao combate à desigualdade e ao respeito à diversidade e ao multiculturismo impõem-se à administração pública a necessidade de ser mais criativa e inovadora nas suas respostas, em termos de políticas públicas. (CAVALCANTE E CUNHA, 2017, p.24)
Entretanto, a adoção de práticas inovadoras deve ser feita com cautela. Roncaratti (2015, p. 63-64) alerta que não há como afastar a característica de incerteza de sucesso que é intrínseca aos processos inovativos e que, em se tratando de governo, as políticas de inovação devem ser construídas observando as peculiaridades de cada segmento de atuação.
Oliveira e Santos Junior (2017) corroboram com esse entendimento e apresentam, em seu artigo, os impactos que a inovação pode trazer ao setor público. Já na primeira frase, os autores afirmam que as consequências das decisões tomadas nesta direção, comumente, são deixadas para segundo plano nos estudos relacionados ao tema (OLIVEIRA E SANTOS JUNIOR, 2017, p.33). No decorrer do texto, são demonstradas teorias que comprovam essa afirmação, defendidas, principalmente, por Everett M. Rogers, no livro Diffusion of innovations. (ISBN-10: 0743222091).
Desse modo, entendendo que a observação do fenômeno das consequências da adoção de inovações representa passo significativo para a compreensão do desenvolvimento da administração pública [...], torna-se imperativo buscar formas de compreender os impactos das inovações no setor público. (OLIVEIRA E SANTOS JUNIOR, 2017, p.40)
Reportando novamente ao segmento financeiro brasileiro, as pesquisas têm demonstrado uma crescente evolução nos investimentos em novas tecnologias e a queda no número de agências físicas em 2017 contribuiu, sem desconsiderar outros fatores, pelo incremento de recursos financeiros com essa finalidade (DELOITTE, 2018). Entretanto, empreender merece especial atenção,