O uso da inteligência competitiva no processo de inovação do open banking: um estudo em instituições financeiras brasileiras
De Eduardo Sosa
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Sobre este e-book
Na esteira deste cenário, o setor bancário vive um momento de transformação estimulado pelas novas tecnologias digitais. No intuito de estimular esta concorrência, as autoridades monetárias mundiais iniciaram a implantação do chamado open banking. O open banking parte do princípio de que os dados bancários pertencem aos clientes e não às instituições financeiras e visa facilitar às fintechs e aos próprios bancos a criação de produtos e serviços inovadores, oferecendo aos consumidores mais opções e mais controle sobre seu dinheiro e sobre suas informações financeiras.
A transformação provocada pela entrada do open banking trará mudança para o mercado, rompendo a trajetória existente, inaugurando uma nova rota tecnológica e exigindo adaptabilidade para um mundo digital orientado à inteligência competitiva. O futuro dos bancos depende da capacidade de reação frente à inovação regulatória do open banking.
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O uso da inteligência competitiva no processo de inovação do open banking - Eduardo Sosa
AGRADECIMENTOS
PRISCILA S. SOSA
MARILIA S. SOSA
À minha família, pelo apoio incondicional ao longo de todas as jornadas terrenas, mas, especialmente, pelo incentivo constante, em todas as etapas dos estudos que nortearam este livro.
GILBERTO PEREZ
Ao professor e amigo pela sabedoria e disposição, sempre presente para contribuir para o êxito deste trabalho, e pela confiança depositada em mim.
APRESENTAÇÃO
Todos os livros que utilizamos para nossas pesquisas comumente apresentam um prefácio elaborado por uma pessoa homenageada ou personalidade da área de pesquisa estudada. Para este livro optou-se por contar a história do livro sobre o nosso ponto de vista.
Este livro surge do convite da editora em publicar o conteúdo de nossa pesquisa de dissertação de mestrado, que trata de Inteligência Competitiva (IC), do Processo de Inovação e do Open Banking. O livro contém o resultado da pesquisa desenvolvida nos anos de 2019 e 2020, sem nenhuma atualização, salvo formatação de seu conteúdo. Este é um dos objetivos deste livro: verificar como o ciclo de IC pode ser utilizado com a finalidade de gerar insumos para a gestão da inovação do open banking.
Inicialmente, apresentamos uma breve introdução para contextualizar o leitor sobre o desafio dos bancos em relação a chegada da inovação do open banking e a sua relação com o processo de Inteligência Competitiva.
Na sequência partimos para o Capítulo 2, Referencial Teórico, onde apresenta-se uma revisão da literatura existente, no que concerne não só ao acervo de teorias e a suas críticas, como também a trabalhos realizados temas Inteligência Competitiva, Inovação e Open Banking.
O Capítulo 3, Procedimento Motodológicos se destina a descrever o método adotado, os tipos de pesquisa realizadas, o universo da pesquisa e as formas de coleta de dados e seu respectivo tratamento, no intuito de subsidiar as conclusões da pesquisa.
No Capítulo 4, Análise e Interpretação dos Resultado encontra-se a caracterização dos entrevistados na pesquisa, o detalhamento do processo de análise de conteúdo e interpretação dos resultados, para entender como o ciclo da inteligência competitiva pode ser utilizado na gestão do processo de inovação do open banking.
O Capítulo 5, Considerações Finais, finaliza o livro consolidando as contribuições da pesquisa, seus objetivos, oportunidades, limitações e recomendações de novas pesquisas. O livro é voltado para estudantes, pesquisadores e administradores e qualquer pessoa que pretenda obter informações a respeito da Inteligência Competitiva de como ela pode gerar insumos para a gestão da inovação do open banking.
Eduardo Sosa Filho
LISTA DE ABREVIATURAS
SUMÁRIO
Capa
Folha de Rosto
Créditos
Sumário
1. INTRODUÇÃO
1.1 QUESTÃO DE PESQUISA
1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA
1.2.1 Objetivo Geral
1.2.2 Objetivos Específicos
1.3 CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO
1.3.1 Gestores Públicos
1.3.2 Gestores Privados
1.3.3 Academia
1.4 ESTRUTURA DA PESQUISA
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 INTELIGÊNCIA COMPETITIVA
2.1.1 A Origem da Inteligência Competitiva
2.1.2 Conceitos de Inteligência Competitiva
2.1.3 O Ciclo da Inteligência Competitiva
2.1.4 O Papel da Inteligência Competitiva na Gestão da Inovação
2.2 INOVAÇÃO
2.2.1 O Fundamento Econômico e a Origem da Inovação
2.2.2 Categorização da Inovação
2.2.3 Novos Conceitos da Inovação: o Fenômeno Visto como um Processo
2.2.4 Os Modelos de Inovação nas Organizações
2.2.5 Fontes de Inovação
2.3 OPEN BANKING
2.3.1 A História do Open Banking
2.3.2 A Implantação do Open Banking
2.3.3 O Futuro do Open Banking
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 MÉTODO DE PESQUISA
3.2 TIPO DE PESQUISA
3.3 ESPAÇO AMOSTRAL DA PESQUISA
3.4 COLETA DE DADOS
3.5 TÉCNICA DE ANÁLISE DOS DADOS
4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
4.1 CARACTERIZAÇÃO DOS ENTREVISTADOS
4.2 ANÁLISE DE CONTEÚDO
4.2.1 Pré-Análise e identificação das Unidades de Registro
4.2.2 Formação das Unidades de Significado
4.2.3 Formação das Categorias
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
APÊNDICE A - Matriz de Amarração
APÊNDICE B - Roteiro de Entrevistas
APÊNDICE C – Unidades de Registro X Unidades de Significado
Landmarks
Capa
Folha de Rosto
Página de Créditos.
Agradecimentos
Sumário
Início
Bibliografia
1. INTRODUÇÃO
No contexto econômico e de negócios dos dias atuais, em que a globalização amplia a competitividade entre as empresas em todos os setores, a concorrência está no âmago do sucesso ou do fracasso, determinando a adequação das atividades que podem contribuir para seu desempenho. Assim sendo, como apresentado por Drucker (2019) torna-se necessário uma sociedade empreendedora, na qual a inovação e o empreendedorismo sejam normais, estáveis e contínuos.
Este movimento na economia mundial estimula os governantes, particularmente dos países em desenvolvimento, a pensar em estratégias de fomento à competitividade em diversos de seus setores. Neste contexto, países como Coreia do Sul, Indonésia, Tailândia, Índia e atualmente a China, com seu poder competitivo, forçaram os países da Europa e da América do Norte a realizarem mudanças concorrenciais, estabelecendo um novo padrão que enfatiza não só o preço, a qualidade e a diferenciação de seus produtos e serviços, mas também leva em consideração prioritariamente a visão do cliente (BOTTA et al., 2017).
Na esteira deste movimento global, o setor bancário também vive um momento de transformação. As tecnologias digitais estão transformando cada uma das camadas da sociedade moderna (OLLEROS; ZHEGU, 2016). A digitalização trouxe maior eficiência às práticas existentes, introduzindo novos modelos e formas de criar produtos e serviços (SCARDOVI, 2017), com consequências diretas para o setor.
A recuperação da crise financeira de 2008 está aparentemente completa, sendo que os estoques de capital foram reabastecidos e os bancos se preocuparam em tratar de seus custos (DIETZ et al., 2017). No entanto, os lucros dos bancos permanecem ilusórios, levando em consideração que nos últimos anos o retorno sobre o patrimônio líquido da indústria bancária está oscilando em uma faixa estreita, entre 8% e 10%, muito próximo ao custo do patrimônio para o setor. Em paralelo, as ações dos bancos estão sendo negociadas a múltiplos baixos, sugerindo que os investidores têm preocupações com os resultados futuros das instituições financeiras (IF). Esta situação converge para a dificuldade na ampliação dos resultados por parte dos bancos, motivada por cinco fatores.
Em primeiro lugar porque a recuperação da crise econômica mundial foi parcial para todos os setores produtivos, à qual os bancos estão intimamente ligados. Em segundo lugar vive-se uma nova crise, desta vez sanitária, provocada pelo COVID-19 (Corona Virus Disease 2019), com reflexos em toda a sociedade e em todos os setores da economia, cuja proporção e consequências em sua totalidade são ainda desconhecidas (KAWALL, 2020). O terceiro fator diz respeito ao surgimento das fintechs, termo de origem inglesa criado da junção das palavras finance e technology, respectivamente finanças e tecnologia, que representa, segundo Barros et al., (2019) as startups do setor financeiro. As startups são empresas em fase inicial que desenvolvem produtos e serviços inovadores de rápida escalabilidade (ABStartups, 2020). Ao contrário dos bancos tradicionais, as fintechs oferecem seus produtos e serviços em plataformas totalmente digitais, como os aplicativos disponibilizados para dispositivos móveis. O seu modelo de negócio é flexível e busca chegar o mais próximo possível da necessidade de seus clientes (BARROS; COELHO; PALOMARES, 2019).
Como quarto fator que dificulta o crescimento dos bancos, tem-se o fortalecimento das empresas de varejo digital, que no mesmo modelo das fintechs, oferecem soluções financeiras em suas plataformas. E como último fator, temos o fato que as autoridades monetárias que regulam o mercado bancário mundial fecharam consenso de que o potencial e as oportunidades inovadoras das tecnologias digitais não são capturados a um nível satisfatório e que a concorrência entre os bancos permanece baixa (LARSSON; FRÄNDBERG, 2019).
Neste contexto, as autoridades monetárias mundiais iniciaram a implantação do chamado open banking. Segundo o OBWG (Open Banking Working Group), órgão ligado à Secretaria do Tesouro Britânica, o open banking parte do princípio de que os dados bancários pertencem aos clientes e não às instituições financeiras e visa facilitar às fintechs e aos próprios bancos a criação de produtos e serviços inovadores, oferecendo aos consumidores mais opções e mais controle sobre seu dinheiro e sobre suas informações financeiras. No Brasil, o objetivo do BACEN (Banco Central do Brasil), regulador do setor financeiro, com a implantação do open banking, é o aumento da eficiência no mercado de crédito e de pagamentos, com a promoção de um ambiente de negócios mais inclusivo e competitivo, preservando a segurança