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Tudo Sobre Lobisomens: Volume I
Tudo Sobre Lobisomens: Volume I
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E-book111 páginas1 hora

Tudo Sobre Lobisomens: Volume I

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Sobre este e-book

O tema desperta a curiosidade, o medo e a descrença. Impossível admitir, em nossos dias, a existência de tão abominável figura, capaz dos atos mais sangrentos e horrendos. Em toda parte, no entanto, encontraremos relatos de sua aparição, mas sabe-se que desde a antiguidade mais remota menções sobre um ser, mescla de fera e homem, são encontrados. Eu mesmo tive uma experiência quanto a isso, em minha infância, que narrarei no capítulo seguinte. Até hoje ainda me arrepia a lembrança do medo que passamos naquela noite terrível.Vamos encontrar relatos sobre as origens dessa fera em diversos pontos do planeta, principalmente na Europa, embora o fenômeno tenha se disseminado possivelmente com as migrações que ocorreram ao longo do tempo na história da Humanidade.Busquei esses relatos, em sua maioria em outras línguas: inglês, francês e alemão, principalmente. Vou traduzi-los buscando expor um painel diversificado sobre a existência mítica ou real do lobisomem, origens, explicações científicas, contos fantásticos ou narrativas testemunhadas colhidas por autores de diversas partes do mundo.Acreditar em lobisomens, ao final, ficará por conta de cada um.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento12 de mar. de 2022
ISBN9781526055859
Tudo Sobre Lobisomens: Volume I

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    Tudo Sobre Lobisomens - L P Baçan

    Apresentação

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    O tema desperta a curiosidade, o medo e a descrença. Impossível admitir, em nossos dias, a existência de tão abominável figura, capaz dos atos mais sangrentos e horrendos. Em toda parte, no entanto, encontraremos relatos de sua aparição, mas sabe-se que desde a antiguidade mais remota menções sobre um ser, mescla de fera e homem, são encontrados. Eu mesmo tive uma experiência quanto a isso, em minha infância, que narrarei no capítulo seguinte. Até hoje ainda me arrepia a lembrança do medo que passamos naquela noite terrível.

    Vamos encontrar relatos sobre as origens dessa fera em diversos pontos do planeta, principalmente na Europa, embora o fenômeno tenha se disseminado possivelmente com as migrações que ocorreram ao longo do tempo na história da Humanidade.

    Busquei esses relatos, em sua maioria em outras línguas: inglês, francês e alemão, principalmente. Vou traduzi-los buscando expor um painel diversificado sobre a existência mítica ou real do lobisomem, origens, explicações científicas, contos fantásticos ou narrativas testemunhadas colhidas por autores de diversas partes do mundo.

    Acreditar em lobisomens, ao final, ficará por conta de cada um.

    L P Baçan

    O Lobisomem de Sarandi

    Na década de 60, no século passado, quando o meio de transporte disponível no norte do Paraná era a Estrada de Ferro, fomos, meu irmão e eu, convidados por uma amiga da família, Cleide, que era filha do chefe da Estação Ferroviária de Uraí, para ir a um batizado na cidade de Sarandi, vizinha de Maringá, naquela época, uma estação de parada e reabastecimento das locomotivas.

    Era não mais do que um vilarejo ainda, concentrado em torno da Estação Ferroviária. Para nós foi uma aventura, pois nos afastávamos do ninho pela primeira vez. Tudo transcorreu normalmente na viagem e durante o restante do dia. À noite, no entanto, as coisas se tornaram um tanto estranhas.

    À hora de dormir, fomos alertados que possivelmente um lobisomem viria rondar a casa, pois havia um pagão nela e isso o atraía. Ficamos amedrontados, mas acabamos adormecendo. Na madrugada, porém, fomos acordados por barulhos do lado de fora da casa e alguma coisa lascando a madeira da casa pelo lado de fora.

    Algumas pessoas se levantaram, ouvimos sussurros do que pareciam ser orações. Ficamos imóveis enquanto durou esse estranho barulho, até que ele cessou e pudemos dormir de novo.

    Na manhã seguinte, ninguém comentou sobre o que havia acontecido durante a madrugada. Meu irmão e eu fomos verificar. Na parede, do lado de fora do quarto onde dormia o bebê que seria batizado naquele dia, havia marcas que interpretamos como riscos profundos traçados por garras.

    Após o batizado e durante o almoço, depois que o pessoal havia bebido boas doses de vinho, perguntamos sobre o tal lobisomem. Alguém nos contou uma história.

    Houve, na cidade, narrativas de que um lobisomem rondava a região, mas ninguém tinha mais detalhes. Criações de pequeno porte eram encontradas estraçalhadas nos pastos, chiqueiros, galinheiros e criadouros. Uma mulher, já passado dos seus quarenta anos, muito conhecida na cidade, havia se casado recentemente. Contam que, certa noite, o marido acordou com barulho no quintal e não viu a mulher a seu lado na cama. Assustado, pegou uma sorocabana que tinha e saiu pela janela para contornar a casa e verificar a origem do barulho. Segundo ele contou depois, um bicho enorme, como um cachorro grande, avançou sobre ele, riscando sua pele com as garras e mordendo seus ombros. Com a faca sorocabana, conseguiu apunhalar a fera no coração diversas vezes. Extenuado, encostou-se a uma laranjeira que havia no quintal e ficou olhando o bicho caído, tentando entender de que se tratava. Enquanto isso, uma lua cheia enorme e brilhante começou a sair por entre as nuvens. O corpo caído da fera foi se metamorfoseando e do animal horrendo foi surgindo o corpo da esposa dele. Dizem que ficou louco na primeira lua cheia seguinte e fugiu para as matas ao redor, onde, nas noites de lua cheia, transformava-se em lobisomem e saía para caçar bebês pagãos ou pequenos animais para se alimentar.

    Sobre esse fato, mais tarde, fiz um poema que foi musicado por um amigo compositor. Se o leitor tiver curiosidade de ouvi-la, vai encontrá-la no Youtube, digitando O Lobisomem L P Bacan.

    O Que É um Lobisomem?

    Elliott O’Donnell

    Elliott O'Donnell (27 de fevereiro de 1872 - 8 de maio de 1965) foi um autor conhecido principalmente por seus livros sobre fantasmas. Ele nasceu na Inglaterra em Clifton (perto de Bristol), e morreu aos 93 anos no asilo de Grosvenor em Clevedon, no norte de Somerset, em 8 de maio de 1965. Escreveu vários romances populares, incluindo uma fantasia ocultista, The Sorcery Club (1912), mas se especializou naquilo que foi considerado como verdadeiras histórias de fantasmas e assombrações,  imensamente populares. Seu estilo extravagante e histórias incríveis sugerem que ele combinava fatos e ficção. O'Donnell escreveu para várias revistas, incluindo Hutchinson Story Magazine, The Novel Magazine, The Idler, Weekly Tale-Teller, Hutchinson's Mystery-Story Magazine, Pearson's Magazine, Pearson's Magazine, Lilliput e Weird Tales (a última em 1930).

    O que apresento em seguida é o capítulo inicial de seu livro Lobisomens, uma obra repleta de informações sobre o assunto.

    * * *

    O que é um lobisomem? Para isso não há uma resposta muito satisfatória. Há, de fato, tantas visões diversas defendidas em relação à natureza e classificação dos lobisomens, sua existência é tão profundamente disputada, e o assunto é capaz de ser visto de tantos pontos de vista, que qualquer tentativa de definição em um sentido restrito seja quase impossível.

    A palavra lobisomem (werewolf) é derivada do homem anglo-saxão wer (homem) e wulf (lobo), e tem seus equivalentes no alemão Währwolf e no francês loup-garou, enquanto também pode ser encontrada nos idiomas, respectivamente, da Escandinávia, Rússia, Áustria-Hungria, Península dos Bálcãs e de alguns países da Ásia e África. Conclui-se daí que seu alcance é bastante universal. De fato, dificilmente existe um país no mundo em que a crença em um lobisomem, ou em alguma outra forma de licantropia, não tenha existido uma vez, embora possa ter deixado de existir agora. Mas, enquanto em alguns países o lobisomem é considerado totalmente físico, em outros é encarado como parcialmente, se não inteiramente, superfísico. E enquanto em alguns países é restrito ao sexo masculino, em outros é confinado à fêmea e, novamente, em outros, ele é encontrado em ambos os sexos.

    Assim, quando solicitado a descrever um lobisomem, ou o que geralmente se acredita ser um lobisomem, só se pode dizer que um lobisomem é uma anomalia,

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