Monster

De Vários Autores, Donnefar Skedar, Condessa da Escuridão e Márcia Arantes

O que seria do mundo sem os monstros? Internos e externos.
Com essa antologia apresentaremos diversos deles, em forma humana e em forma espiritual.
Desde a época antiga somos assombrados por monstros invisíveis, às vezes estão dentro de nossa própria mente, mas em outras eles nos sequestram e nos matam friamente.
Há monstros em todos os lugares do mundo, em todos os continentes.
Inclusive agora, você caro leitor que está lendo essa antologia monstruosa, será que não esconde um monstro ou até mesmo vários deles?
Qual deles mais te assusta, o que está embaixo da cama ou o que está dentro de você?
Sejam bem-vindos a mais uma antologia de terror escrita com maestria por nossos autores monstruosos.
Façam uma boa leitura e libertem vossos monstros.

• Idioma: Português
• Editora: Obook
• Data de lançamento: 23 de jun. de 2022

Pré-visualização do livro

Ficha do Livro

Título: Monster

Organizadores: Condessa da Escuridão, Donnefar Skedar e Márcia Arantes

Selo: Come In Handy

Revisão de Texto: Autores

Capa: Fernando Lima

Diagramação e Finalização: Obook

Horror, Terror, Antologia, Micro Contos

comehandy.weebly.com

Índice

Ficha do Livro

Introdução

Apresentação

Come in Handy

A Casa Viva e o calango das sombras

A Crisálida

Cerveja, bife e batatas fritas

Dia da caça

Eu creio!

Jamais brinque com o oculto

Jolly Roger

No casebre das montanhas

O cão negro

O estranho

O monstro do beco velho

Voz na escuridão

Introdução

Monstro: segundo o dicionário é um substantivo masculino. Ser disforme, fantástico e ameaçador, descomunal, que pode ter várias formas e cujas origens remontam à mitologia ou qualquer ser ou coisa contrária à natureza; anomalia, deformidade, monstruosidade.

Os contos falarão sobre monstros de todos os tipos, não só aqueles que se escondem embaixo da cama, mas também que se escondem dentro de seres humanos.

Nesta antologia reunimos autores mais do que especiais, para que os nossos e os vossos monstros sejam libertos.

Esperamos que gostem de nossa antologia e lembre-se: Olhe embaixo da cama antes de dormir, ou então no espelho. De qualquer maneira ele estará esperando para ser libertado.

Boa Leitura!

Apresentação

O que seria do mundo sem os monstros? Internos e externos.

Com essa antologia apresentaremos diversos deles, em forma humana e em forma espiritual.

Desde a época antiga somos assombrados por monstros invisíveis, às vezes estão dentro de nossa própria mente, mas em outras eles nos sequestram e nos matam friamente.

Há monstros em todos os lugares do mundo, em todos os continentes.

Inclusive agora, você caro leitor que está lendo essa antologia monstruosa, será que não esconde um monstro ou até mesmo vários deles?

Qual deles mais te assusta, o que está embaixo da cama ou o que está dentro de você?

Sejam bem-vindos a mais uma antologia de terror escrita com maestria por nossos autores monstruosos.

Façam uma boa leitura e libertem vossos monstros.

Come In Handy

Come in Handy: expressão em inglês para "uma mão na roda" é um selo voltado para a praticidade em publicação de minicontos independentes no qual o escritor terá facilidade em publicar seu texto, e também em conquistar novos leitores, com o baixo custo do livro final.

Criado para ser simples e ao mesmo tempo chamativo, o projeto foca na literatura dos gêneros, Terror/Horror, Fantasia e Mistério. Tendo títulos em inglês, mas sendo totalmente em português, o que sempre gera interesse no leitor destes gêneros, o projeto "C.H." visa uma publicação simples e direta, mas com conteúdo e projetos bem próximos dos profissionais encontrados em grandes editoras.

Os valores são simbólicos, mas necessários para a produção e finalização de cada projeto. O valor de venda do livro também se dá ao objetivo de ser um projeto acessível a qualquer leitor.

Então, damos início ao selo Come in Handy de um modo simples, mas único.

Se perguntar nosso lema, podemos dizer: Não queremos seu sangue, mas sim seu talento.

Se arrisque a conquistar o meio literário conosco, use este selo que é Uma mão na Roda.

A casa viva e o calango das sombras

Rafael Luiz Santos

Um quarto para meia-noite. Os moveis da casa parecem mudar de lugar.   Cinco minutos depois, o chão estremece; as paredes da sala começam a pulsar, como se fossem músculos e órgãos humanos. Ouço barulhos de entranhas se contraindo. Do chão até o teto do meu quarto, coisas estranhas feitas de sombras se contorcem e se distorcem ao redor da minha cama. Fico assustado e paralisado entre as cobertas. Em seguida, roncos e grunhidos ecoam pelos azulejos do banheiro — como se lá habitasse uma fera enjaulada.     

Suando frio, deitado em minha cama, começo a rezar todo encolhido nas cobertas, tentando ignorar e dar um fim a este tormento assombroso. No entanto, para cada frase de reza que pronuncio, acontecem novos eventos: ouço risos, gargalhadas, burburinho de pessoas conversando; as janelas começam a bater sem parar; depois, sinto dedos gélidos me cutucarem o corpo inteiro, até alguém segurar meus pés fortemente.

Então, dou um pulo da cama e saio correndo, gritando:

— BASTA, BASTA!

Desesperado, vou para a sala com o intento de fugir. Enquanto os móveis voam, girando em forma de rodamoinho no ar, eu, com bastante dificuldade, chego até a porta. Mas, de repente, noto que esta está sem a maçaneta e a fechadura. Elas sumiram!

Daí tudo para. E, no meio dessa pausa, escuto uma risada se aproximando. Um riso maléfico, agudo, daqueles que doem os tímpanos e gelam a espinha dorsal de baixo pra cima. Logo após isso, acompanhando a risada, que ecoa pelas paredes, vinha da escuridão da cozinha uma sombra. Sim, uma criatura feita de sombra, que não sei se andava ou se rastejava; apenas sei que vinha na minha direção, vagarosamente, gargalhando, debochando de mim.

— Aonde você pensa que vai, Raulzinho? A festa nem começou... Disse a criatura, rindo, que ao olhar mais de perto, parecia um lagarto bípede, só que sem o rabo.

— Meia-noite, Padre Raul. Hora de rezar minha missa... O mestre te espera no banheiro, falou-me com uma voz grave que ressoava dupla, com um tom demoníaco, no qual fez subir no ar um cheiro de enxofre.

— Não rezo pra você, criatura. Nem pro seu mestre... falei com a pouca coragem que eu tinha, pois não consigo me mexer de tanto medo, porém minha boca conseguiu.

— Eu só rezo pra Deus! indaguei estas palavras no ápice de minha pequena valentia.

Rindo, o calango das sombras disse:

— Reza para Ele na frente dos fiéis, mas, no quartinho da igreja, se