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Despertos: Série Academia dos Caídos
Despertos: Série Academia dos Caídos
Despertos: Série Academia dos Caídos
E-book192 páginas3 horas

Despertos: Série Academia dos Caídos

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Sobre este e-book

Kayla é uma garota de 16 anos que foi adotada quando era pequena. Ela vive uma vida normal, com ótimos amigos, pais adotivos amorosos, e bem… um namorado não tão bom. Mas a razão pela qual ela foi dada para adoção estava longe de qualquer razão usual. Ela deveria ser mantida longe da Academia e de qualquer outra coisa relacionada aos seres sobrenaturais que poderiam machucá-la. Infelizmente para Kayla, era apenas uma questão de tempo até que ela encontrasse as criaturas do Além-mundo, e não há como fugir dos seres que ela pode ver agora. Ao tentar proteger Kayla mantendo-a longe da Academia, ela pode ter sido colocada em um perigo ainda maior.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento28 de out. de 2020
ISBN9781071572351
Despertos: Série Academia dos Caídos

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    Despertos - Daniele Lanzarotta

    DESPERTOS

    ACADEMIA DOS CAÍDOS

    por

    Daniele Lanzarotta

    Créditos

    Escrito por Daniele Lanzarotta

    Tradução Elaine Lima

    Direção de arte Krys Janae

    © Direitos Autorais 2011 Daniele Lanzarotta

    Todos os direitos reservados.

    DEDICATÓRIA

    Para Richard.

    (Maridão e leitor beta recém-adicionado!)

    UM

    Minha vida tinha sido bastante normal até aquele ponto. Estudava em uma escola particular em Los Angeles, onde morava com meus pais adotivos. Eu me saía até muito bem na escola, especialmente para alguém que não se esforçava muito. Tinha amigos incríveis e um namorado legal, quero dizer, eu o achava ótimo na época, mas muitas pessoas achavam que ele era um babaca, mas tanto faz... Cara...  Me enganei?

    Naquele dia, acordei e provavelmente passei a meia hora seguinte escaneando o meu armário. Normalmente usamos o uniforme da escola, mas o diretor deu um passe livre naquele dia, já que faríamos uma excursão. Desde que todos se vestissem com o que ele considerava decente, que é uma outra maneira de dizer sem graça, não tínhamos que usar o uniforme.

    Desci as escadas, peguei algo para comer e saí pela porta, entrando no meu Audi R8, que tinha acabado de ganhar de aniversário. Levei uma eternidade para convencer Kelly e Andrew, meus pais adotivos, a me darem este carro. Eles tinham a ilusão de que eu deveria dirigir algum tipo de SUV!

    Andrew e Kelly eram incríveis. Me adotaram quando eu estava prestes a completar quatro anos, então eram como se fossem meus pais verdadeiros, os únicos pais que eu conhecia, mas quando se tratava de segurança, eles eram um pouco superprotetores.

    Então... passeio escolar! Quem diria que isso estragaria a minha tão chamada vida normal?

    ***

    Estávamos naquele museu chato há apenas algumas horas, quando Justin, meu namorado, me afasta da turma porque queria conversar. Como se ele não pudesse falar em nenhuma outra hora do dia, né?

    Então, o segui até uma das salas ao longo do corredor e assim que me toquei que ele estava tentando terminar comigo, eu inverti o jogo.

    — Sim, também queria falar com você. — eu disse.

    Então fui direto ao assunto antes que ele pudesse terminar comigo.

    — Isso não está dando certo, Justin.

    Ele pareceu surpreso a princípio e então foi ficando muito irritado.

    — Bem, que bom que você concorda, porque eu meio que estou saindo com a sua amiga Ashley.

    Ok, menos uma na minha lista de amigos incríveis. Sorte minha! Eu poderia fazer um drama, mas não demonstrando nenhuma reação, olhei nos olhos dele e disse: — Que bom! Vocês dois são perfeitos um pro outro.

    Justin se virou e saiu furioso pela porta. O que ele esperava que eu fizesse? Chorasse e implorasse para não terminar?

    Precisando de um momento para me recompor, fechei os olhos e respirei fundo. Eu era boa em fingir, mas isso não significa que não tinha sido doloroso. Tá, só estava namorando Justin por cerca de um mês, mas Ashley era minha amiga há muito tempo.

    O ponto era... me fingir de forte, era apenas isso, fingimento. Sim, eu tinha apenas 16 anos, mas já tinha aprendido como machucar pessoas antes que elas pudessem me machucar. Era o meu próprio mecanismo de defesa. Eu terminava com namorados, — não que eu tive muitos até agora, digo, tenho apenas 16 anos — assim que achava que eles estavam prestes a terminar comigo. Acabava uma amizade assim que visse esse amigo ficar mais próximo de outra pessoa. Isso fazia com que as coisas fossem mais fáceis.

    Porém, Ashley meio que me pegou desprevenida. Aff... Odeio quando isso acontece. Eu estava furiosa e realmente esperava que minhas duas outras amigas, Jess e Emily não soubessem que isso estava acontecendo.

    Primeiramente, sabia que teria que chegar até elas antes da Ashley. Ashley poderia ter Justin só para ela, mas eu não ia sentar e vê-la levar minhas duas melhores amigas também.

    Infelizmente, a noção que precisava encontrar Emily e Jess o mais rápido possível, não foi suficiente para me fazer sair correndo de lá. Acabei ficando naquela sala por um tempo. Não porque encontrei algo interessante ali, pelo contrário, era tudo um monte de bugigangas... mas usei meu tempo sozinha para checar minhas mensagens de texto e perdi totalmente a noção do tempo.

    Respirei fundo e quando estava me preparando para sair daquela sala e tentar encontrar o resto da turma, ouvi um barulho que vinha da sala ao lado. Temia que quem quer que fosse tivesse ouvido minha conversa com Justin mais cedo e espalharia os rumores pelo colégio. Nessa hora pensei que boatos eram a última coisa que eu precisava no momento, embora fosse inevitável. Ainda assim, não pude evitar de entrar naquela sala para descobrir quem era e o quanto ele ou ela tinha ouvido.

    Entrei lá e a princípio não vi ninguém. Ouvi alguém chorando, mas era isso. Olhei ao redor e bem nos fundos da sala, atrás de uma mesa que parecia terrivelmente velha, havia uma garota se escondendo.

    — Hum... ei. Você está bem?

    A garota se virou e era óbvio que estava assustada. Presumi que ela provavelmente estava perdida. Ela parecia mais jovem que eu... talvez cerca de doze anos e senti pena da garota, porque quem quer que tenha comprado suas roupas estava precisando desesperadamente de uma visita ao shopping, ou talvez de algumas revistas de moda. A garota não disse nada.

    — Me chamo Kayla. Qual o seu nome?

    — Carolyn — disse ela, ainda chorando.

    Tinha que me apressar, realmente precisava alcançar o resto da minha classe...

    — Você está perdida, Carolyn? — Perguntei.

    Ela assentiu.

    Olhei para fora e no corredor vi um guia turístico.

    Dei a volta para olhar para a garota e avisar que alguém que poderia ajudá-la estava a caminho, mas ela tinha sumido.

    — Ok, então...

    O guia se aproximou de mim.

    — Você precisa de ajuda? — ele perguntou.

    Eu contei a ele sobre a garota e ele disse que checaria o redor. Havia outras escolas lá naquele dia. Então ele usou seu walkie-talkie para descobrir onde estava minha turma.

    No fim das contas, havia perdido toda a excursão. Não que eu realmente me importasse... 

    Lá fora, todo mundo já estava entrando no ônibus escolar. Avistei Justin e Ashley se agarrando, mas o que me deixou realmente feliz foi ver Jess e Emily o mais longe possível deles, as duas pareciam enojadas.

    Percebi que algumas pessoas pararam o que estavam fazendo quando me viram saindo do museu. Foi um daqueles momentos em que você sente como se todo mundo estivesse observando todos os seus movimentos. Provavelmente estavam tentando ver qual seria a minha reação ao dar de cara com Justin e Ashley juntos, mas eu apenas levantei minha cabeça, sorri e caminhei em direção a Jess e Emily.

    As duas esperaram até eu me aproximar e, em seguida, Jess sussurrou: — Mas que...

    Eu rapidamente a interrompi.  — Terminei com ele. Ele deve ter previsto que isso aconteceria, porque aparentemente ele estava saindo com a Ashley há alguns dias.

    — Mas... não fazíamos ideia que você estava pensando em terminar com ele — disse Emily, parecendo decepcionada.

    — Desculpa. Eu meio que não tinha certeza disso antes. Queria ter certeza de que era definitivo antes de contar.

    Emily parecia mais alegre agora.  — Faz sentido... Bem, parece que você fez a escolha certa. Só não acredito que aquela piranha iria atrás dele assim.

    — Eh... eu acho que eles são meio que perfeitos um para o outro de uma maneira meio piranha de ser — eu ri.

    Jess, Emily e eu entramos no ônibus para voltar à escola e encarar um dia que estava prestes a ficar cada vez mais estranho.

    DOIS

    No caminho de volta à escola, eu conversei com minhas duas melhores amigas até cansar. Essa era a minha maneira de mostrar a elas o quanto eu não me importava com Justin e Ashley.

    Justin e Ashley sentaram a alguns lugares na nossa frente e de vez em quando, especialmente quando ríamos alto, Justin tentava olhar discretamente para trás.

    Pelo visto, o jeito que eu mudei as coisas, terminando com ele antes que ele pudesse fazer isso comigo, realmente o atingiu porque ele não parecia muito feliz.

    Jess e Emily já estavam espalhando a notícia de que eu tinha terminado com Justin, e óbvio que uma vez que chegasse até ele que todos sabiam o que havia acontecido, bem, o que eu manipulei para acontecer, Justin ficaria ainda mais furioso.

    Finalmente chegamos à escola e Jess, Emily e eu estávamos caminhando em direção ao estacionamento quando ouvimos Ashley nos chamando.

    — Ei, galera. Espere! Preciso de uma carona.

    Me virei para Jess e Emily: — Ela deve estar de brincadeira, né?

    As duas olharam para Ashley e lançaram um olhar tão maligno, que eu fiquei feliz por não ser o alvo. Ashley não disse nada. Ela apenas se virou e foi para o outro lado. Jess e Emily disseram que estavam indo fazer compras e me pediram para acompanhar, mas por mais que eu odiasse dizer não, tinha que fazer as minhas tarefas antes que Kelly começasse a tirar meus privilégios.

    No mês passado, eu havia contratado um serviço de limpeza para realizar minhas tarefas. Este mês, aquelas botas de quatrocentos dólares fizeram um rombo no orçamento... mas valeu cada centavo.

    Cheguei em casa e fiz minhas obrigações, que levaram muito mais tempo do que eu esperava. Então, fiz meu terrível dever de casa enquanto assistia a um reality show besta. Era um daqueles que de tão idiota você sabia que nunca mais ia recuperar esse tempo de vida, no entanto, não conseguia me afastar do drama.

    Kelly e Andrew dividiram o carro naquele dia, então voltaram do trabalho ao mesmo tempo.

    Andrew disse que sairia com Kelly para algum evento de caridade do seu trabalho e perguntou se eu me importava de pedir um delivery, o que foi bom para mim.

    Depois de comer uma pizza que eu teria que exercitar triplamente na academia para me livrar de todas as calorias, peguei o laptop da Kelly (não tinha permissão para ter um computador no meu quarto)... e fui para o meu quarto.

    Meu quarto era, na verdade, maravilhoso. Não tinha do que reclamar. Era enorme e bem mobiliado, mesmo que não tivesse um maldito computador.

    Entrei e acendi as luzes. Coloquei o laptop na minha cama, tirei os sapatos e subi, me preparando para checar o Facebook de Ashley e ver que tipo de mentira ela já estava inventando.

    Eu tinha acabado de entrar no site quando meu celular começou a tocar, me matando de susto. Na verdade, eu havia mudado meu toque naquela manhã e esqueci completamente. Eu olhei para o identificador de chamadas e vi que era Justin.

    Estava meio curiosa para saber o que ele queria... Então, finalmente atendi o telefone, provavelmente segundos antes de ir parar no correio de voz.

    — O quê?  — Eu disse enquanto atendia.

    — Kayla, não desligue!

    — Certo! O que você quer, Justin?

    — Kay, eu cometi um erro. Me desculpa. Nós dois que somos perfeitos um pro outro. Não podemos voltar a ficar juntos?

    Ok, eu não tinha previsto isso. Fiquei tentada a dizer que sim, só para dar o troco na Ashley. Poderia terminar com ele novamente em um ou dois dias.

    Eu estava prestes a concordar quando ouvi o som de alguém chorando vindo de fora do meu quarto.

    — Kelly? — Às vezes, ela não respondia de primeira, só pra me fazer chamá-la de mãe... — Mãe?

    Nada.

    — Está tudo bem Kay? Seria sim ou não, para a minha pergunta? — ele perguntou antes mesmo de eu responder se estava tudo bem. Idiota!

    — Justin, não tenho tempo para isso, tenho que ir — e desliguei.

    Caminhei até a porta e os soluços pareciam mais distantes do que antes.

    — Andrew? Tem alguém

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