Licença poética: Poesias e hipóteses
De Rodrigo Nuno
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Licença poética - Rodrigo Nuno
Escrita
Talvez minha visão sobre literatura pareça-lhe um pouco radical, mas acredite, é no mínimo coerente. Vejo a literatura como um ciclo vicioso. Também contemplo-a como um escudo. Quando estou a escrever, o vício compulsivo pelas palavras impulsiona-me para pescá-las no mais profundo oceano dos meus pensamentos. Quase que imperceptível, subitamente um mecanismo de defesa é acionado em mim na tentativa de santificação, assim como uma ostra no fundo mar que trabalha anos a fio para que aos poucos vá solidificando-se.
É desta solidificação que nascem as pérolas!
Sim, as pérolas são assim! Elas surgem como resultado da não contaminação.
A arte por vezes também. Quase sempre a arte é a metamorfose da dor.
Escrever, por exemplo. Fico lembrando-me de quando comecei. Eu estava com quase 30 anos e, de repente, alguma coisa dentro de mim clamou por ser escrita, mas clamou como se estivesse ferida. Clamou como se estivesse presa. Clamou-me em busca da liberdade. E eu cedi.
Certa vez, um amigo perguntou-me se não era preciso coragem para começar a escrever tão tarde, respondi que não foi por coragem que comecei, foi por covardia. Tinha medo de morrer. Ou melhor, tinha certeza de que morreria se não escrevesse! Hoje, alguns anos mais tarde, ainda pego-me pensando no fascínio da escrita. Enquanto estou escrevendo, entrego-me completamente por horas, semanas, meses, anos, tendo a impressão de estar atravessando um deserto.
Arde em meus ossos o medo de chegar ao outro lado, no fim, na última frase.
É aí que me vem aquela sensação de vazio, como alguém que, quase a morrer de sede, atravessa o deserto apenas para descobrir que no horizonte o que está à sua espera é o mar. Ah, o mar, a água salgada que não se pode beber.
Por fim, não escrevo por coragem, escrevo por covardia!
Não escrevo para ser reconhecido como possível escritor, escrevo porque respeito profundamente a licença poética que corre nas minhas veias.
Também não escrevo para publicar livros, publico-os para continuar escrevendo.
Apresentação
Adoro poesia.
Amo a desenvoltura poética.
Fascinado sou pela formação e o encaixe das palavras, não necessariamente em rimas ou em versos combinados. Gosto mesmo é da composição rítmica e harmônica que a junção da poesia produz, só a poesia produz.
As letras formam mundos. O mundo imaginário, o mundo real, o mundo dos pseudônimos e o mundo dos homens. São as criaturas a quem escrevo, são os humanos quem me descreve. Leio a respiração e a aspiração da poesia, mas a vida é quem me aspira, lendo-me. Atravesso almas a cada texto. Descubro sempre novos horizontes em cada frase, esperando que todos os humanos também respirem, inspirem, e em si mesmos(as) – alcancem horizontes distintos e distantes.
A literatura nos iguala. A poesia nos abraça. Tudo é texto!
Unidos somos, pelo menos, na arte da