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O Pequeno Príncipe
O Pequeno Príncipe
O Pequeno Príncipe
E-book109 páginas55 minutos

O Pequeno Príncipe

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Sobre este e-book

Publicado em 1943, "O Pequeno Príncipe" é um conto do escritor e aviador francês Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944).
Idealizado como um conto de fadas para crianças e adolescentes, o livro foi e continua sendo um verdadeiro sucesso editorial. Logo, um dos mais vendidos e traduzidos no mundo.
Estruturada em vinte e sete capítulos, a obra apresenta, em cada um deles, uma nova vivência do protagonista em sua jornada pelo espaço. Suas surpreendentes experiências reproduzem os estereótipos comportamentais e as alegorias próprias da sociedade.
Escrita durante a Segunda Guerra Mundial, a história pode ser lida como uma mensagem de tolerância e amor pelo fato de possibilitar a redescoberta do valor dos sentimentos e do olhar ingênuo e sincero da criança sobre as coisas.
Para Saint-Exupéry, aqueles que crescem cometem o erro de esquecer que, um dia, foram crianças. Assim sendo, a obra "O Pequeno Príncipe" é tão somente uma metáfora do olhar infantil para o mundo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de jun. de 2022
ISBN9786589711469
Autor

Antoine de Saint-Exupéry

Antoine De Saint Exupéry, born in Lyon 29 June 1900, was a French writer and aviator. He is best remembered for his novella The Little Prince, and for his books about aviation adventures, including Night Flight (1931) and Wind, Sand and Stars (1939). In 1921 he began his military service and trained as a pilot. He became one of the pioneers of international postal flight. At the outbreak of the Second World War he joined the French Air Force flying reconnaissance missions until the armistice with Germany. Following a spell writing in the United States, he joined the Free French Forces. He went on a mission to collect information on German troop movements in the Rhone valley on 31 July 1944 and was never seen again. His plane disappeared. It was assumed that he was shot down over the Mediterranean. An unidentifiable body wearing French colours was found several days later and buried in Carqueiranne that September.

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    O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry

    Para Léon Werth.

    Peço desculpa às crianças por dedicar este livro a uma pessoa adulta. Tenho uma boa justificativa para isso: esse adulto é o melhor amigo que tenho no mundo. E uma segunda justificativa: esse adulto consegue compreender todas as coisas, inclusive livros infantis. E ainda uma terceira justificativa: ele mora na França, onde está passando fome e frio. Precisa de alguma alegria. E se todas essas justificativas não forem suficientes, dedico este livro à criança que ele já foi. Todos os adultos já foram crianças um dia (mas poucos se lembram disso). Portanto, vou corrigir a minha dedicatória:

    Para Léon Werth,

    quando ainda era criança.

    Capítulo 1

    Naquela época eu deveria ter uns seis anos. Avistei uma belíssima imagem em um livro sobre uma antiga floresta chamado Histórias reais. Ilustrava um gato selvagem sendo engolido por uma jiboia. Aqui mostro a cópia do desenho.

    Dizia-se no livro: Existem serpentes, como as jiboias, que engolem suas presas por completo, sem mastigá-las. Por causa disso, elas não conseguem mais se locomover, então, dormem durante seis meses enquanto realizam a digestão.

    A partir daí, comecei a pensar muito sobre as aventuras da vida na selva e consegui, com um lápis de cor, esboçar o meu primeiro desenho. Meu desenho número 1. Ele ficou assim:

    Eu mostrei a minha obra-prima aos adultos e lhes perguntei se ficaram com medo da imagem.

    Eles responderam: Medo? Ninguém tem medo de um chapéu.

    Não havia nenhum chapéu no meu desenho. Na verdade, era uma cobra jiboia digerindo um elefante que havia devorado. Então, eu decidi desenhar o interior da barriga da jiboia para ajudar os adultos a entenderem o meu desenho. Eles sempre necessitam de explicações detalhadas. Meu desenho número 2 ficou assim:

    Os adultos me aconselharam a desistir dos desenhos de serpentes jiboias, vistas por fora ou por dentro, e a me dedicar aos estudos de geografia, história, matemática e gramática. E foi assim que, aos seis anos de idade, abandonei a minha promissora carreira de pintor. Eu fiquei desapontado com o fracasso dos meus primeiros dois desenhos. Os adultos nunca conseguem entender nada sozinhos e é exaustivo para as crianças ter que explicar tudo o tempo todo.

    Por isso, precisei escolher outra profissão e resolvi ser piloto de avião. Já voei por quase todas as partes do mundo e, nisso, os estudos sobre geografia me ajudaram muito. Eu até sabia distinguir se estava sobrevoando a China ou o Arizona só de olhar para baixo. E isso é muito útil quando se fica perdido à noite.

    Dessa forma, tive inúmeros contatos com muitas pessoas sérias ao longo da minha vida. Convivi muito tempo com pessoas adultas. Pude conhecê-las bem de perto, mas isso não melhorou a opinião que tenho delas.

    Quando eu me encontrava com algum adulto que parecia um pouco mais esperto, eu lhe mostrava o meu desenho número 1 que sempre guardei comigo como uma experiência. Era o meu jeito de saber se ele era inteligente e estava me compreendendo. Mas eu sempre escutava a mesma resposta: Isso é um chapéu.

    Então, eu silenciava e não falava sobre serpentes jiboias, florestas ou estrelas. Eu me colocava no seu nível e conversava sobre jogos de cartas, golfe, política e gravatas. E o adulto com quem conversava se sentia contente por conhecer um homem tão sério.

    Capítulo 2

    Assim, eu vivia sozinho, sem ter ninguém que pudesse conversar de verdade comigo, até o dia em que houve um imprevisto e eu tive que pousar de emergência no deserto do Saara há seis anos. Algo tinha quebrado no motor do meu avião. E já que não havia nenhum maquinista ou passageiro no avião, eu tive que me preparar para consertar o motor sozinho, o que era um grande desafio. De fato, era uma situação de vida ou morte para mim. A minha reserva de água para beber só dava para uns oito dias.

    Durante a primeira noite, eu dormi sobre a areia a milhares de quilômetros de qualquer região habitada. Eu estava mais isolado que um náufrago num pequeno barco, perdido bem no meio do oceano. Imaginem a minha surpresa ao ouvir uma vozinha engraçada de criança ao acordar logo ao amanhecer. Ela dizia assim:

    — Por favor... desenhe um carneiro para mim!

    — Hein?

    — Sim, desenhe um carneiro para mim...

    Eu me levantei tão depressa que pareceu que um raio tinha me atingido. Esfreguei os meus olhos com força e olhei atentamente ao meu redor. Avistei um menino extraordinário que me observava com seriedade. Aqui

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