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Máquirra
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E-book63 páginas52 minutos

Máquirra

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Sobre este e-book

Depois de descobrir que é a reencarnação de um antigo rei, Abraham deve viajar a bordo do barco de pesca Zebedeo para enfrentar um mal antigo que planeja escravizar a humanidade e refazer o planeta de qualquer maneira. Abraham não estará sozinho em sua jornada já que as pessoas, lugares e coisas não são o que parecem ser.

IdiomaPortuguês
EditoraArticle94
Data de lançamento22 de jun. de 2022
ISBN9781547542871
Máquirra

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    Máquirra - M. A. Gardner

    Máquerra

    Todos os direitos reservados

    A Tempestade

    Não ouço o ruído acima do vento uivando entre os aparelhamentos como uma mulher chorona, mas sinto, justamente quando Zebedeo alcança a crista de uma onda mais de vinte metros conduzida pela tempestade do furação furioso. O bater das ondas respingam minhas bochechas e molham meu cabelo loiro. Faz tempo que perdi meu chapéu impermeável de cor amarela. Como pescador, tenho muito respeito pelo mar, mas essa é a primeira vez que ele me fez temer.

    Minha cabeça pende na borda olhando o caminho da escura e revolta por nós na nossa descida até o canal. Uma posição nada digna para o grande Rei Abraham, ou melhor, a reencarnação daquele grande líder. Ao menos, isso é o que ele me diz. Não sei se acredito nele, mas ele disse que as moedas não mentem quando fazem suas escolhas.

    O Rei Abraham originalmente morreu na batalha de Sidim, traído por alguém de sua confiança, mas suas memórias seguem sendo suas. Eu tateei na escuridão. Sua missão recaiu sobre mim; com a ajuda dos Sete Reis da Humanidade. Devo derrotar a Amo para evitar a destruição de toda a humanidade. Até agora, segui o exemplo do Rei Ezequiel; o capitão deste barco.

    Meu estômago dói e tenho enjoos, seu conteúdo se une ao pântano irritado. Supunha que Caelusia, a parte mais difícil das terras Fae, havia terminado desde que me tornei cônjuge de Luna e ganhei sua Máxima Imunidade; a proteção que me será necessária para enfrentar a Amo. Tomara que funcione contra todos os perigos, como o de se afogar.

    Quem poderia imaginar que ir seria fatal? A água estava calma, minutos antes. Caio no convés e giro, olhando para cima a chuva torrencial, sinto a força dela em meu rosto. A fúria da tempestade me impede de ver a meu amor, Luna. Sinto falta do seu abraço celestial. Só de pensar nela o coração transborda de amor e alegria. Como desejaria ter seus lábios nos meus. No lugar disso eu só vejo os brilhos dos relâmpagos.

    Abraham, onde você está, rapaz?, a voz de Ezequiel soa como se a água estivesse tranquila. Vai até a popa e corta as redes antes que a gente perca elas.

    Sim, meu capitão! Faço uso de toda minha experiência marítima para não vomitar. Quatro anos no mar jamais me prepararam para isso.

    A força das ondas nos lança para trás, e então caminho pelo convés até conseguir subir. Agarrado no corrimão do pequeno pesqueiro, me concentro em minha descida até as duas grandes redes que pendem em suas gruas. Desço até a popa do barco e me arrasto até a grua, bato na alavanca para soltar o carretel da rede e cair no convés. A medida que o carretel desce, o vento arrasa com força, destruindo a rede em várias partes e deixando ela toda torcida. Cada rasgo eu sinto como uma facada na minha pele. Levarei dias para ajeitar todos esses buracos.

    Quando o carretel chega até a mim, ele explode em uma chuva de fragmentos. Os deuses da fortuna só perdoam os meus olhos. As batidas no convés parecem fortes golpes de martelo. Olho ao redor, mas tudo o que consigo ver são os grandes picos de onda.

    Ezequiel, me grita do leme: O Jezabel, do lado de estibordo, rapaz.

    Através das cortinas de chuva, apenas vejo seu braço sinalizando ao lado de uma onda. Não vejo o barco, mas vejo clarões. Só a subida repentina de Zebedeo através da inclinação de uma outra onda nos salva dos canhões do navio pirata.

    Minhas mãos começam a tremer, um novo temor se apodera de mim. O Jezabel é um barco fantasma. Quando passamos por baixo da Ponte das Almas, o imenso navio de três mastros de madeiras seguiu e foi partido em dois. Eu vi com os meus próprios olhos.

    Uma chuva de faísca me faz mergulhar no convés quando um novo buraco se faz no corrimão do barco.  Ponho as mãos na cabeça e a projeto enquanto o mastro da grua vem ao chão. O barco se estremece novamente ao lado de estibordo. O impacto deve ter danificado o casco do barco.

    Tenho alarmes, Abraham!, grita Ezequiel. Desce pra ver qual é o problema!

    Olho pra cima, para a porta do castelo da proa que leva até

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