Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Nosso Ômega
Nosso Ômega
Nosso Ômega
E-book257 páginas3 horas

Nosso Ômega

Nota: 5 de 5 estrelas

5/5

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Eu te odeio muito, sabia, lobo indeciso de merda?! - gritou para o espelho com raiva. Tirando que aquilo não era raiva coisa nenhuma. Jaemin só estava com muito medo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento8 de jun. de 2022
Nosso Ômega

Leia mais títulos de Paburidoki

Autores relacionados

Relacionado a Nosso Ômega

Ebooks relacionados

Religião e Espiritualidade para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Nosso Ômega

Nota: 5 de 5 estrelas
5/5

1 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Nosso Ômega - Paburidoki

    ║Início║ Lua Lua

    Nanaaaaaa!

    O garoto sorri, sem dó de mostrar os dentes perfeitamente brancos - ainda sem nenhuma presa - em uma expressão de inegável contentamento. Era sempre assim. Sempre que Jeno o chamava.

    Não demorou para pegar sua bicicleta e ir encontrar o amigo que o esperava na frente de sua casa, como todas as manhãs. Nunca se cansava daquela parte da rotina que mantinham desde que se entendiam por gente. E nunca deixava de ficar ridiculamente ansioso, nervoso e todos os sinônimos em fazê-lo, desde que Jeno se mostrara um alfa. Um alfa! Pela Mãe Lua!!

    Por mais que o pensamento lhe parecesse estranho em alguns momentos, entendia o porquê do gênero secundário do Lee. Ele era adorável? Sim. Meigo? Com certeza. Um amorzinho de pessoa? Definitivamente. Mas se fosse feita a clássica pergunta do não machucaria nem uma mosca?, bom... sabia que teria que discordar. E era ali que a dualidade de Jeno Lee o intrigava.

    Eram amigos a tanto tempo e se tornaram tão próximos que o Na conhecia o outro bem o suficiente para saber que Jeno conseguia sim se irritar o suficiente para partir para agressão. Ele já tinha visto. Só ele tinha visto.

    Lembrava-se de quando tinha sido ameaçado em um assalto de rua - algo que não era nem de longe bom, mas que também não era particularmente aterrorizante. Ele teria simplesmente entregado o celular e a carteira e ido embora. Se não estivesse com Jeno.

    Porque, mesmo sem saber se transformar em seu lobo, mesmo sem nenhuma das habilidades adquiridas depois que se descobria com seu gênero secundário - força, agilidade, destreza -, o Lee se pôs na sua frente pronto para lutar. Tendo nada além de seus punhos, o rapaz tinha partido para cima do assaltante que apontava uma faca para Jaemin.

    E foi ali, no dia que precisou arrancar o amigo de uma briga, que Jaemin soube duas coisas.

    A primeira: que Jeno tinha o potencial para ser mais do que um ômega ou beta, pelo fato de ter realmente conseguido lutar contra um beta adulto e sair ileso.

    A segunda (aquela que seu cérebro repetia que não devia dar tanta importância, mas que seu coração insistia em repetir todos os dias): o significado de ter sido protegido instintivamente. Jeno se importava demais consigo.

    Como se já não fosse completamente cativado pelo garoto - ele era, até demais. ai papai, era muito! -, o Lee ainda fazia aqueles milhões de pequenos e grandes gestos que mostravam o quanto ele também gostava de si.

    O problema (O Problema, em maiúsculo, O Problema, era o nome do filme trash adolescente protagonizado, assistido e interpretado apenas por Na Jaemin) era nunca ter coragem de perguntar se era apenas amizade.

    O Na tinha decidido, então, esperar até que ele próprio soubesse seu gênero secundário para conversar sobre o assunto. Porque 1) precisava de uma desculpa para se dar tempo de reunir a força de vontade de fazê-lo, e 2) porque aquilo poderia mudar muita coisa.

    Era muito, muito raro um relacionamento entre alfas dar certo. E ele tinha medo de se tornar um.

    Era um tanto ridículo, considerando que absolutamente todos gostariam de ter esse gênero secundário. Alfas conseguiam os melhores poderes, os melhores sentidos, as melhores oportunidades e o maior prestígio. Era uma vida fácil e segura. E Jaemin era filho de um alfa, assim como Jeno.

    Se fosse um beta... bom, teria uma vida normal, como a grande maioria da população. E a grande maioria dos casais tinha um beta, pelo mesmo motivo de ser o gênero mais comum. Não teria grandes obstáculos na vida profissional, apesar de ter que entender sua categoria inferior aos alfas.

    Mas o ponto (O Ponto, que não devia estar em maiúsculo, mas fazer o que? Era o coração de Jaemin que mandava no seu cérebro, aparentemente): se fosse um beta, não teria nenhum empecilho para namorar Jeno.

    Por fim, a pior e melhor opção era ser um ômega. Pior, porque te tornava vulnerável, visto como fraco e emotivo por todos e muitas vezes como um objeto para as classes superiores. E melhor, porque ômegas podiam ser marcados por alfas. E um ômega marcado sim, era respeitado por conta de ser tomado, de ter um dono. Talvez por isso que alfas tinham a tendência de sempre preferir ficar com ômegas, quando conseguiam. Havia algo de mais profundo, instintivo e primal de ter o parceiro com uma marca de posse.

    Por conta da dúvida que parecia nunca ter fim - porque Jaemin era azarado e ainda não tinha tido a revelação de seu gênero secundário -, todos os dias seu estômago parecia um zoológico inteiro quando acordava, pensando se seria naquele dia que descobriria se poderia ser compatível ou não com Jeno.

    E, todo dia, o nervosismo, a ansiedade e todos os sinônimos vinham ao ver os olhinhos perfeitos sumindo em luas crescentes quando o Lee lhe dirigia um sorriso de bom dia.

    Ei, Nono - cumprimentou, com o mesmo sorriso brilhante que tinha desde que ouvira sua voz. Caidinho demais.

    Imaginava se ficaria pior - mais bobo, se é que possível - quando além da voz pudesse também sentir o cheiro de Jeno toda vez que este se aproximasse. Chenle dizia que ele tinha cheiro de iogurte de morango, mas o Na suspeitava que era mentira do chinês só para lhe irritar.

    A pior parte era saber que, mesmo se fosse verdade, provavelmente passaria a amar iogurte de morango. Muito caidinho mesmo.

    Subiram nas bicicletas, seguindo para a casa de Donghyuck, como faziam todas as manhãs. Bom, todas desde que Mark tinha se mudado para o Canadá - uma vez que antes era o mais velho quem acompanhava o menor para a escola todos os dias.

    Ansioso pro primeiro dia? - Jeno lhe pergunta, brincando de chegar perto demais da sua bicicleta só para fazer o Na lhe empurrar para longe a fim de não caírem os dois.

    Eu não. Pra mim vai ser tudo como sempre. - deu de ombros - Você que devia estar! Todo mundo vai reparar no novo alfa - disse simplesmente, sabendo que seria uma comoção quando entrassem pelos portões, pois só quem convivera com o Lee durante as férias de verão sabia da notícia.

    Meus ouvidos já tão doendo com o tanto que o Xuxi vai gritar - Jeno respondeu com uma risada - aquela risada, fofa demais para ser verdade.

    Jaemin teve que concordar, mas logo parou a conversa para gritar o nome de Haechan, ao chegarem na frente da casa deste. Como sempre, o garoto saiu um tanto agitado de dentro da casa - um tanto atrasado também. E, como sempre, escolheu sentar-se na garupa do Na e se abraçar ao amigo.

    Não queria admitir (porque soaria como algo besta demais e hyuck não o deixaria viver em paz), mas o fato de o menino ainda ficar consigo na bicicleta, mesmo oficialmente Jeno sendo agora o mais forte e, por isso, a opção mais óbvia para lhe carregar, deixava o peito do Na quentinho. Adorava também como o amigo o abraçava e descansava o rostinho em suas costas.

    Suspeitava que Donghyuck poderia vir a ser um ômega, por conta de sua fofura natural e por gostar tanto de contato físico. Mas, a menos que estivesse com vontade de apanhar, nunca diria nada assim para o menino de pele e cabelos de sol, pelo simples motivo de o garoto achar, pela sua personalidade audaciosa, atrevida e esperta, que seria um alfa.

    Foi com Donghyuck que ficou quando chegaram no colégio, porque todos pareciam interessados em cumprimentar Jeno, perguntar-lhe como foi a descoberta e como estava sendo a experiência de alfa. Uma agitação só, igual toda vez que um cheiro novo aparecia na escola. E, tá, talvez Jaemin estivesse achando aquilo um saco. Talvez.

    Deixaram o alfa para trás enquanto se dirigiam aos seus armários - que tinham conseguido deixar um ao lado do outro a dois anos atrás, quando o hyuck conseguiu trocar com o antigo dono.

    "Para com essa cara. É normal" - Jaemin chamou a atenção do menor enquanto andavam pelo corredor. Via o modo que Haechan olhava com uma mistura de inveja e raiva para o aglomerado de pessoas em torno de Jeno, e sabia que era porque - assim como ele próprio - o garoto se importava (muito) com o fato de não saber ainda seu gênero secundário.

    uma merda" - Donghyuck respondeu, quase num rosnado (quase, pois ainda não conseguia rosnar).

    Daqui a pouco é a gente - o Na afirmou, como se tentasse convencer a si mesmo.

    Seu tom fofinho tá me dando vontade de te bater, Nana - o menor disse, sarcástico e azedo.

    De que adianta se irritar? Não faz diferença - suspirou longamente. O jeito que o Na disse as palavras deixou escapar a melancolia que sentia. Haechan olhou para Jeno, que estava perdido em meio a vários alfas que o cumprimentavam, como que lhe dando boas-vindas ao grupo.

    Tsc - Donghyuck desdenhou daquela bagunça - É. Daqui a pouco vai ser a gente.

    O Na o olhou, mas não disse nada, se concentrando em encontrar seu armário e colocar os milhares de cadernos que tinha trago para deixar ali. Haechan fez o mesmo, não olhando para o amigo, como que assegurando que havia se acalmado e não iria mais falar sobre o assunto.

    A calmaria durou pouco, entretanto, pois Jaemin viu o modo estranho que o corpo de Haechan tremeu e se enrijeceu quando uma voz conhecida soou próxima.

    Donghyuckie?

    Haechan não viu, mas o Na virou para onde tinha escutado a voz, perto bem perto de Donghyuck.

    J-jaeminni? - Haechan chamou, e o preocupou com o tom assustado.

    Os olhos do menino estavam fechados com força, e o peito subia e descia com rapidez enquanto apoiava a cabeça no armário e repetia jaemin? numa lamúria que parecia de dor.

    Sem nem olhar para o outro garoto, que tinha chamado um hyuckie? confuso, o Na simplesmente se aproximou de Haechan, preocupado com o jeito que suor rapidamente surgiu na nuca do menino e ele teve uma pequena convulsão.

    Porém, antes de conseguir tocá-lo, seu próprio corpo deu um espasmo. Seu ar se perdeu por um segundo, e ele se viu parando no lugar para não cair. Sentia as pernas fracas, sentia-se fraco.

    Precisava chegar à Donghyuck, a dois passos de distância, mas a visão ficava cada vez mais nublada.

    Pensou ter gritado quando viu o amigo começar a cair no chão, mas não tinha certeza se sua garganta lhe obedecera.

    Só conseguiu ficar aliviado ao ver que outro corpo embaçado tinha o segurado.

    E então ele próprio caiu.

    ║Mudança║ Lua Lua

    Nana?

    O apelido foi repetido mais algumas vezes enquanto Jeno ia assistindo o amigo acordar de pouco em pouco, até abrir completamente os olhos.

    Como você tá? - questionou apreensivo, os olhinhos arregalados e uma mão indo para a testa do mais novo.

    Argh - o Na resmungou, sem respondê-lo de fato. Resmungou mais uma vez segurando a cabeça, como que indicando que sentia dor.

    Jaemin estava um tanto desnorteado, e tentou se lembrar o que ocorrera antes de ir parar ali, no sofá de sua sala, sozinho com Jeno.

    Lembrou-se então de ter sentido seu corpo inteiro queimar, esfriar, derreter e endurecer, totalmente fora de seu controle. Não precisou pensar tanto sobre o motivo, contudo, pois conseguia sentir o porquê.

    Era seu lobo que tinha tomado o controle.

    Piscou os olhos cansados algumas vezes, encarando o Lee à sua frente. O alfa estava tentando manter a calma, mas nos seus orbes negros Jaemin viu seu próprio reflexo.

    Viu seus olhos dourados.

    Entreabriu a boca, puxando o ar com força pelo choque, então cobriu-a com uma das mãos para não gritar pela surpresa.

    Alfas não tinham olhos dourados. Alfas tinham olhos vermelhos.

    Diferente de si, Jeno pareceu achar a situação engraçada, pois começou com aquela risada boba e terrivelmente adorável.

    Você é um beta, Nana! - contou animado, segurando-lhe pelos ombros e brincando de sacudi-lo naquele sofá.

    Jaemin continuou calado, boquiaberto, olhos arregalados, sem acreditar no que estava acontecendo.

    Quis chorar.

    E chorou.

    Lágrimas de alívio, por não ser um alfa.

    Lágrimas de angústia, por saber que logo teria que abrir seu coração de uma vez, mesmo sem estar preparado.

    Lágrimas de tanta coisa que tinha guardada no peito.

    Lágrimas, também, de seus novos sentimentos e hormônios que seu lobo injetava em seu corpo, agora fazendo parte de si.

    Ei, ei, não chora - o melhor amigo chamou, atencioso, enquanto passava a lhe fazer um carinho suave. - Ser um beta não é ruim, Nana! Você vai ser ótimo, vai ser ótimo.

    Mais uma lágrima solitária que ele não queria ter derramado, pois era uma lágrima de tristeza.

    Nunca poderia ser marcado ou marcar alguém. Nunca poderia compartilhar isso com Jeno.

    Eu sei que agora parece horrível - o Lee prosseguiu falando em tom manso, o que - talvez pela influência do magnetismo de alfa - realmente o fez se sentir querido e seguro, pronto para abaixar a guarda para que o outro cuidasse de si. - No primeiro dia é assim mesmo. Mas olha o lado bom, você é um beta, então deve passar daqui a pouco! Não vai ficar mal por muito tempo.

    Foi então que Jaemin arregalou os olhos, lembrando de mais um pequeno grande detalhe.

    E o Haechannie?!? - ergueu o tronco em um gesto brusco, querendo xingar a si mesmo por ter esquecido que o que desencadeou toda aquela reação em si, para começo de conversa, tinha sido o seu amigo.

    Jeno abriu um sorriso estranho, se afastando de si em seguida.

    Então... ele também... hãm... a mãe dele explicou que a passagem dele é que deve ter causado a sua, sabe? Quando pessoas são muito próximas assim, passam muito tempo juntas, às vezes os hormônios de uma afetam a outra... e talvez o cheiro dele é que fez esse efeito de repente em você... - foi tagarelando baixo, claramente desviando do ponto principal.

    E ele é o que? - Jaemin perguntou, quase desesperado, precisando saber se seu amigo precisava de sua ajuda. Tinha um pressentimento horrível, que lhe dava a sensação de um bloco de gelo se instalando em seu estômago.

    E os olhos de Jeno revelaram a verdade, antes mesmo que sua boca o fizesse.

    Ômega.

    Em um segundo o Na havia se levantado e corrido - numa velocidade até então desconhecida por si mesmo - até a porta, querendo ir atrás de Haechan. Porém, foi barrado pelas mãos fortes de Jeno o erguendo.

    E, num ato totalmente impensado, rosnou. Presas à mostra e lobo agitado, lutou contra o abraço que estava o impedindo de sair.

    Para de se remexer, Nana!! - o Lee reclamava, lutando duplamente - primeiro com Jaemin, que tentava bater em si, e depois com seu próprio alfa, que não levava bem a ideia de apanhar de um beta.

    Você ainda nem sabe se controlar! Não pode ficar perto do Haechan! - como um tiro de anestesia, as palavras fizeram o mais novo parar.

    Devagar, a respiração foi se acalmando, e Jaemin se permitiu ser carregado nos ombros do amigo até estar sendo posto no sofá mais uma vez, como uma criança.

    Wow. - o Na sussurrou, olhando para as próprias mãos antes de encarar o alfa. Estava atônito com a velocidade que tudo acontecera - Me desculpa, Nono, eu te machuquei?

    O Lee riu, dando-lhe mais um de seus sorrisos infinitos.

    Pra mim nem fez cosquinha - brincou de se mostrar, do jeitinho convencido que Jaemin e Donghyuck costumavam chamar de 'alfa idiota' (adicionando o revirar de olhos).

    Mesmo assim... - o Na suspirou, ainda surpreso consigo mesmo por ter de fato rosnado para Jeno. E só então seu coração começou a bater mais forte, quando a realização da realidade o atingiu como um tapa.

    Tinha rosnado para um alfa. E saiu completamente ileso.

    Sabia que, durante as férias, Jeno tinha passado muito tempo afastado dizendo estar tendo aulas sobre como controlar seu lobo. Lembrava de ter precisado ficar a primeira semana inteira sem poder vê-lo, 'por segurança', mas estava de fato impressionado.

    Impressionado por não ter sido obrigado a mostrar submissão depois de tê-lo atacado.

    Seus olhos ainda tão dourados… - o Lee sussurrou, tão suave, e ainda assim capaz de fazer o sangue bombear mais rápido pelo corpo de Jaemin, sentindo-o bater forte nas têmporas. Seus sentidos pareciam todos aguçados, e o garoto engoliu em seco antes de encarar o amigo.

    É normal no começo... eu acho... deve passar… eu não tô fazendo de propósito. - se explicou, vendo o outro murmurar um 'uhum' baixo, aproximando o rosto do seu.

    Por Deus, Jeno não sabia o que tanta proximidade estava fazendo consigo?

    Foi então que fez mais uma descoberta de sua nova vida. E essa fez um sorriso tomar conta de seu rosto sem permissão.

    Eu não acredito! - deu uma risadinha, ainda sem coragem de desviar o olhar do amigo, que fazia o mesmo consigo.

    Jeno estava intenso, e mais atraente do que nunca. O resquício de vermelho que passou por seus olhos foi tão, mas tão breve, que Jaemin culpou seu próprio lobo cheio de desejos e decidiu não pensar que o alfa poderia estar querendo exigir sua submissão ali. Porque submissão era um sinal muito maior do que simplesmente abaixar a cabeça, oh, muito mais.

    Se o Lee um dia lançasse os olhos vermelhos para si, pedindo que se tornasse dele, pedindo que aceitasse se tornar parte da sua alcateia - ou, no caso, da sua família - ele definitivamente diria sim. Era o máximo sinal de confiança, de entrega, de companheirismo. E, por isso, sabia que estava ou em um futuro distante ou apenas nas projeções de sua mente.

    Não acredita no que? - Jeno chamou, convidando-o a retornar à conversa. A voz do garoto parecia atingi-lo de modo diferente, e finalmente sentiu na pele o motivo de tantos olhares e suspiros direcionados à alfas. O magnetismo era realmente impressionante.

    Jaemin sorriu num suspiro.

    Você tem mesmo um pouquinho de cheiro de morango! - disse, num sorriso impossível de segurar.

    Meus pais disseram que não era igual o de iogurte, pelo menos - o Lee sorriu de volta, se afastando apenas alguns centímetros - Então... você pode gostar.

    Não é artificial. É como morango ainda no pé, com um pouco de madeira e verde, eu acho... - o beta começou a relatar, agora ele próprio se inclinando para frente.

    Em seus anos de amizade, proximidade nunca foi algo com duplo

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1