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O Diário de uma Shih-tzu
O Diário de uma Shih-tzu
O Diário de uma Shih-tzu
E-book134 páginas1 hora

O Diário de uma Shih-tzu

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Sobre este e-book

De uma maneira bem-humorada, o livro narra a história de uma família que adota uma cachorrinha fêmea, uma Shih-Tzu.
O dia a dia é contado em forma de um diário "escrito" pela cachorrinha que, por sua vez, não economiza ironia e graça ao tecer comentários sobre as atitudes dos seres humanos, sempre expondo sua perspectiva canina, claro!
É uma ótima leitura para todos que amam cachorros, e desejam saber o que talvez se passa na cabecinha desses filhos de quatro patas que conquistam, por inteiro, o coração de quem os adota.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento25 de jul. de 2022
ISBN9786525420349
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    O Diário de uma Shih-tzu - Nelson Paschoa

    O Diário de uma Shih-tzu

    Era para ser um segredo só meu, mas vacilei um pouco e pronto. Meus pais descobriram que sei muito mais coisas do que eles imaginam.

    Descobriram todas as minhas intimidades e pensamentos que tenho sobre a vida e sobre eles. Depois, meu pai veio com aquela conversa de que é raro alguém como eu ter tantas histórias para contar, achando-se no direito de revelar para todo mundo tudo o que escrevi no meu diário!

    Claro que não concordei! Onde já se viu, revelar o diário de uma menina? Isso não se faz! Quer dizer... não concordei no começo. Como sempre, ele foi bastante persuasivo e ainda contou com a ajuda da mamãe e, muitos petiscos depois, acabei aceitando.

    Mas não sem antes impor algumas condições, rum! Está pensando que me convence só com alguns petiscos? Não é bem assim, não! Como dizem: Coloquei as cartas na mesa e disse para o meu papai:

    — Concordo que meus segredos sejam revelados, mas não abro mão de uma condição: Vou te chamar de papai para sempre.

    Sexta-feira, 12 de abril de 2019

    Os humanos nem desconfiam de como nós, Shih-Tzu, somos inteligentes. Apesar de não parecer, aprendemos muita coisa. Só temos dificuldades em seguir ordens.

    Agora, resolvi registrar meus dias neste diário que, na verdade, é um caderno velho que encontrei na minha nova casa. Deixarei minhas memórias caninas bem longe dos olhos dos humanos. Não quero que descubram os segredos dos animais.

    Hoje é minha primeira noite com minha nova família. Minha cama será uma caixa de papelão com um cobertor bem quentinho. Parece ruim, porém, até ontem, dormia numa caixa sem cobertor dentro de uma lavanderia. Pelo menos agora estou dormindo na cozinha, o lugar onde tem comida.

    Chegamos à casa bem tarde, depois de uma longa viagem dentro de um carro, no colo da minha nova mamãe. Estou com muito sono. Amanhã conhecerei melhor meus novos pais. Espero que eles sejam bem legais comigo. Eu mereço.

    Ah, já ia me esquecendo. A minha nova humana disse que meu nome, a partir de agora, será Mel, para combinar com minha cor. Ela disse que eu não sou qualquer Shih-Tzu, pois tenho a cor caramelo que parece com mel. Gostei do nome, combina mesmo comigo.

    Sábado, 13 de abril de 2019

    Agora que já tenho nome, uma família e um lar, posso ficar mais à vontade para me dedicar às minhas memórias.

    Já aprendi muitas coisas nestes meus dois longos meses de vida. Aprendi bastante, mas lembro de pouco.

    Meus pais e irmãos Shih-Tzu tinham a minha cor, só que eram mais claros. Tão lindos... Nem sei mais onde eles estão. Mas vida de cachorro é assim: a gente deixa os pais e se junta a alguma família que tem de nos amar e alimentar.

    Pelo que meus novos humanos disseram, a nossa casa fica em um condomínio em Suzano. Suzano é a cidade, mas ainda não sei o que é condomínio. Apenas os ouvi dizendo que, pelas regras do condomínio, não podem me deixar correndo por aí, e disseram também que esperam que os vizinhos não se incomodem com o meu choro. Como assim? Estão pensando que sou um bebezinho?

    A lavanderia onde eu dormia fica num lugar chamado Guarulhos ou algo do gênero. Não sei onde é isso, deve ficar bem longe.

    Demoramos muito para chegar aqui, me deixando enjoada. Por pouco não vomitei no carro, e ainda consegui segurar a vontade de fazer xixi até chegarmos. Seria uma vergonha se fizesse toda essa sujeira no carro logo no primeiro dia com eles.

    A humana que cuidava de mim até que era bem carinhosa comigo. Contudo, meus novos humanos são mais legais ainda, são a mamãe e o papai, ela disse que agora é assim que devo chamá-los, mas acho que o papai não gosta muito disso, não. Ele nunca teve cachorro antes. Vai dar trabalho para ele me amar.

    Depois de passar o dia com minha humana, agora vou dormir numa casinha de verdade que ganhei dela hoje. Também ganhei um coração de pano, uma bolinha e um ossinho para morder. Ah, ela fala comigo com voz de filhote. Gostei dela.

    Domingo, 14 de abril de 2019

    Agora já sei o que é condomínio! É um lugar onde tem um monte de casas iguais. Pelo menos aqui é assim. Aprendi mais essa, porque me deixaram dar uma voltinha lá fora, e pude ver.

    Eu gostei demais da minha nova casa. Entrando pela frente, do lado esquerdo, tem um sofá fofinho e grandão que fica em frente a uma TV grande.

    Depois, vem a melhor parte da casa, a cozinha, onde guardam e preparam as comidas. Meu cantinho fica no meio destes dois ambientes da casa, perto de toda a comida. Na cozinha, tem uma porta para um quintal com muito espaço para eu correr, quando abrem, claro.

    Meus novos pais dormem na parte de cima da casa, onde fica o canto deles. Lá em um dos quartos, tem uma varanda que dá para ver a rua do condomínio e, no outro quarto, tem uma cama grande onde eles dormem.

    Ainda não consigo subir sozinha no sofá, nem na cama deles. Na verdade, nem consigo chegar na parte de cima da casa, porque não alcanço os degraus da escada.

    No meio da sala, tem um tapete marrom e peludo... Adoro deitar nele. Tanto que fiz xixi nele só para ser todo meu. Mas acho que meus humanos não gostaram de dividir o tapete comigo e me deram bronca.

    Segunda-feira, 15 de abril de 2019

    Eles me abandonaram logo cedo. Fiquei sozinha trancada em casa morrendo de medo. Até chorei. Depois, tentei me distrair com os brinquedos que me deram. Não adiantou e chorei mais. À noite, eles chegaram e eu fiquei tão feliz e emocionada, que fiz xixi neles quando me pegaram no colo. Ai, que vergonha!

    Ganhei brinquedos novos: um dinossauro de pelúcia, bem como uma galinha de plástico amarela, pelada e barulhenta. Gostei do dinossauro que a mamãe denominou Dino, porém, tenho medo da galinha que eles chamam de galinha mesmo.

    Terça-feira, 16 de abril de 2019

    Passei o dia todo sozinha de novo. Que medo! Ainda bem que agora tenho o Dino para me fazer companhia. Ele nem fala e nem se mexe. Entretanto, quando mordo, ele apita. Será que ele sente dor?

    Quinta-feira, 18 de abril de 2019

    Mais um dia sozinha. Continuo com medo, só que agora, já entendi uma coisa: eles saem todos os dias porque têm de trazer as coisas para casa, principalmente minha comida. Sofro com a solidão, mas fica tudo bem à noite. Eles sempre voltam, trazem coisas para mim e brincam comigo.

    Sábado, 20 de abril de 2019.

    O dia foi muito bom. Passei o tempo todo com minha nova mãe. Ela me fez muito carinho, brincou comigo, me deu bastante atenção o tempo todo.

    Quando o papai chegou, no fim do dia, eles ficaram conversando um pouco e me colocaram no carro para sairmos.

    Pensei que seria abandonada ou que trocaria de pais de novo. Já fiquei triste. Contudo, eles me levaram para visitar uma humana barriguda, bem boazinha. Pelo menos eu achei que era boazinha, até a hora em que ela me picou com uma coisa pontuda. Doeu. Ela disse que era para eu não ficar doente.

    Ficar doente não deve ser coisa boa, mas para não ficar doente a gente tem de sentir dor? Ela disse que pode ser que eu tenha um defeito da vacina.

    Prestando atenção nas conversas, fiquei sabendo que a humana é barriguda, porque tem filhotinho humano dentro dela. Soube também que é doutora médica de bichos. Ela cuida dos animais pra eles ficarem bem.

    Pelo jeito, nem sempre ela quer o nosso bem. Acredita que ela disse que eu não posso sair no quintal, nem passear, nem ter contato com outros humanos e bichos por três meses?! Nem sei quanto tempo é três meses, mas se eu tenho dois, quer dizer que três meses é uma vida inteira!

    Domingo, 21 de abril de 2019

    Dia de reflexão: como será que o filhote humano entrou na barriga da doutora médica de bichos? Um dia, vou descobrir.

    Segunda-feira, 22 de abril de 2019

    Não consigo evitar: sempre que os meus pais chegam, na hora que começa a escurecer, eu faço xixi neles.

    Terça-feira, 23 de abril de 2019

    Hoje me deixaram sair no quintal, enquanto minha mãe molhava as flores. Fiquei tão feliz! Saí correndo pela rua e eles correram atrás de mim até me pegar e levar para dentro de novo.

    Também trouxeram um cercadinho para limitar meu espaço. Como sou pequena, passei por baixo. Então, resolveram colocar caixas, fechando a parte de baixo do cercadinho.

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