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Janela Da Fantasia
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E-book75 páginas55 minutos

Janela Da Fantasia

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Sobre este e-book

E ai, Iago é real ou fantasia? Apesar de essa ser a grande questão desse romance há outros pontos que nos faz ficar assim... meio que segurando o fôlego para saber tudo o que aconteceu com Lúcia, a jovem trancafiada em seu quarto por sua mãe enlouquecidamente superprotetora. A triste menina que reinventa na sua vida personagens fictício para se sentir menos só se torna vítima de sua própria fantasia. Quando ela conhece Iago, a princípio somente alguém reproduzido de sua imaginação, a vida dela muda. Lúcia já não é mais prisioneira de sempre e começa a sair escondida de casa com o novo amigo. O mundo, pra ela, é algo novo que conhecia muito pouco e sentindo um pouco da sua liberdade se rende à paixão do que parece ser fantasia, Iago. Iago que muitas vezes nos parece real pode não passar de criação. Com isso vamos da aflição ao deslumbre e visse versa, vendo a falsa ou verdadeira (?) alegria da menina. Iago é uma pessoa de verdade?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de out. de 2021
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    Janela Da Fantasia - Thiago Spíndola

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    Todos os direitos desta edição são reservados ao autor. Reprodução proibida. A obra é de inteira responsabilidade do autor.

    thiagospindola@gmail.com

    Revisão

    Vanessa dos Anjos Vieira

    Alexandre Victor dos Santos Bernardo

    Fauzer Costa

    Design

    Thiago Spíndola

    Projeto gráfico

    Gisele dos Anjos

    Diagramação

    Thiago Spíndola

    Impressão

    Clube de Autores|clubedeautores.com.br SPÍNDOLA, Thiago

    Janela da Fantasia/ Thiago Spíndola– Brasília: Cor Edição, 2021.

    ISBN: 978-65-00-26522-4

    1- LITERATURA

    DIREITOS RESERVADOS

    É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma por qualquer meio, sem a autorização prévia por escrito do autor. A violação dos Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.

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    1- Fantasia(?)

    Tudo pode ser recriado, basta uma combinação perfeita, num dia perfeito, mas a perfeição nem sempre tem que ser positiva.

    A fantasia me dominou por certo tempo e, apesar dos riscos, vivi algo fora do comum. Na verdade, sobrevivi, mas nem todos tiveram essa sorte.

    Eu ainda era pequena, menor que o comum quando comecei a andar. Claro que meus pais não achavam aquilo normal.

    – Vamos levar ao médico!

    6

    – O médico estava errado! Tenho certeza de que isso não é normal!

    – Ah! O médico de nada sabe.

    E assim tudo começou.

    Como eu, criança tão pequena e frágil, já andava? Para que a pergunta? Eu andava e pronto, ponto.

    Tão pequenininha e já andando! Até meus pais me impedirem de andar tão cedo. Colocaram-me amarrada num sofá e de lá só me tiravam para me amarrar na cama. Pararam quando pensaram que eu já tinha tamanho e idade para andar. Aos dois anos.

    Para falar, demorei:

    – Vamos levar ao médico!

    – O médico estava errado! Tenho certeza de que isso não é normal!

    – Ah! O médico de nada sabe.

    De sopa quente a tapas nas costas, ganhei tudo que eu precisava para colocar meia dúzia de palavras para fora. Não que eu não conseguisse, não falava pois não queria!

    7

    Eu já lia os gibis escondida para não criarem outro caso. Era sempre assim, era só criarem um caso para quem se dar mal? Eu mesma, claro!

    Ah! Prazer, sou a contadora dessa história! Tenho certeza de que não estou pronta para contá-la, mas...

    8

    - XXV -

    O momento era de ficar presa no quarto sem TV...

    – Você é muito nova para esses programas matinais da TV aberta, não assista!

    Eram apenas desenhos animados e programas infantis! Mesmo assim eu insisti em assistir, era só minha mãe virar as costas para eu ligar novamente a TV! A solução da minha mãe era me trancar no quarto sem a TV. Ali eu ficava por horas. Eu não tinha brinquedos, afinal, era…

    – Isso é potencialmente perigoso para uma criança tão novinha!

    O quarto tinha minha cama, que era rosa, meu guarda-roupa que era rosa e a porta do quarto também era rosa. Ah, eu sempre odiei rosa, não gostava mesmo daquela cor! O chão era de madeira, combinava com a casa velha. Tinha uma janela logo atrás da cabeceira da cama, a cabeceira era rosa, a janela era grande. O quarto era no alto, no 9

    primeiro andar, não dava para pular e ir embora procurar o que fazer, pelo menos eu nunca tinha tentado.

    Tudo era tedioso! Eu só podia mesmo era ficar sentada ou deitada na minha cama de fronha rosa, em cima do meu travesseiro rosa ou...

    ... ou, eu podia criar!

    A minha imaginação, meu único recurso que não era privado.

    Comecei criando alguém, com a companhia era mais fácil o tempo passar!

    No começo foi fácil, o difícil era acreditar posteriormente que aquilo poderia ser real. Eu tinha certeza de que não era real, mas eu queria uma companhia. Então como ter uma companhia que não era real sem acreditar? Eu era mesmo obrigada a acreditar. Eu tinha que acreditar. Assim ia começando tudo.

    Toda manhã eu queria mesmo recriar alguém para ficar perfeito.

    Criei uma amiga humana, posteriormente um animal humanizado, um cachorrinho, um gatinho, um ursinho... Nenhum me satisfazia na amizade. Faltava algo, faltava mais realidade, alguém que 10

    conversasse além do que eu poderia prever, que eu não soubesse o que falaria, nem onde iria, nem desaparecesse com minha raiva dele, que discordasse, tivesse raiva de mim às vezes, reclamasse. Eu queria alguém menos eu e mais si próprio. Demorou, mas eu consegui me aperfeiçoar.

    Certa vez apareceu um menino, um garoto da minha idade. Ele falou que

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