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E-book72 páginas53 minutos

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Sobre este e-book

Em primeira pessoa, o garoto João conta sua história falando de seus sonhos de consumo e de como eles se transformam em pesadelos na vida real. Com texto descontraído, Manuel Filho aborda o consumismo e o consumo sustentável, além de mostrar como esses assuntos estão presentes no cotidiano do leitor, que é levado a identificar-se com as situações e a refletir sobre sua responsabilidade enquanto consumidor.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento23 de fev. de 2017
ISBN9788534945516
Compra pra mim
Autor

Manuel Filho

Quando eu tinha oito anos, meu nome e endereço foram publicados na seção ‘Amizade Selada’ da revista Cebolinha 54, da editora Abril, e, em razão disso, recebi cartinhas e postais de vários cantinhos do Brasil. Construí várias amizades e desejei conhecer lugares tão incríveis como os que eu descobria ainda na infância. E fiz mesmo diversas viagens: reais e imaginárias. Comecei a inventar as minhas histórias, publiquei mais de 60 livros, ganhei prêmios literários, como o Jabuti, e participo de encontros literários o ano inteiro.Também sou ator, cantor e adoro pisar nos palcos por aí.Quando o Mauricio me deixa brincar com a Turma da Mônica, eu volto a momentos inesquecíveis da minha infância. É mágico colocar palavras nas bocas destes personagens tão amados! Espero que tenha curtido esta aventura, com medinho, claro.

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    Compra pra mim - Manuel Filho

    Rosto

    Sumário

    Comprar tudo o que quero

    Tenho mesmo que ver isso de novo?

    Missão: ganhar um ZENON-FIVE

    Meu pai não cresceu!

    O mundo é feito de perguntas e respostas

    Minha casa virou um canto da escola

    Os perigos do vampiro

    O novo astro da casa

    Preciso de muita sorte

    Problemas e perigos no mundo todo

    Negociando, trocando, doando

    Ninguém nunca avisa o que não lhe interessa

    Alguém se divertiu, afinal de contas

    Ele venceu!

    De que lado você está?

    Ficha Catalográfica

    Para

    Cristina Lemos

    comprar tudo o que quero

    Como seria sua vida se você tivesse tudo o que deseja? Uma maravilha? Uma chatice?

    A resposta pode variar de pessoa para pessoa, mas uma coisa é certa, se todo mundo pudesse comprar tudo o que quer, o planeta não suportaria... não haveria matéria-prima suficiente para tantos produtos, o meio ambiente ficaria mais e mais comprometido e a sobrevivência humana estaria ameaçada.

    Comprar envolve responsabilidade, mas, infelizmente, quase nunca nos lembramos disso no nosso dia a dia.

    Refletir sobre a compra, se ela é necessária ou não, escolher atentamente o que levar, buscar informações sobre o fabricante são atitudes de um consumidor consciente, que sabe o que quer, defende os seus direitos e o mundo em que vivemos.

    Alguma vez você já parou para pensar que: quando compra um biscoito embalado em porções individuais, contribui para juntar mais lixo e aumentar a poluição? Quando escolhe um produto pirata, pode estar cola-borando com o trabalho escravo ou até com o roubo de mercadorias? Quando consome, pode optar entre uma empresa que se preocupa com a qualidade de vida das pessoas e outra que se importa apenas com os lucros? Se você nunca pensou em nada disso, está na hora de ler esse livro e decidir de que lado você está...

    tenho mesmo que ver isso de novo?

    Meu irmão, o Serginho, participou de uma propaganda que passa toda hora na televisão e está achan do que é o cara mais famoso do mundo! Tudo começou porque a tal da agência de publicidade que fez o comercial queria jovens que nunca tivessem trabalhado como atores, jovens de verdade, como eles falaram.

    Vou resumir rapidamente essa história porque ela me interessa muito pouco. Foi assim: algumas pessoas visitaram a escola dele, que é a mesma onde estudo; entraram em sua sala, próxima à minha; disseram que estavam procurando um garoto para estrelar uma propaganda e iam fazer alguns testes com quem quisesse participar. Eu queria!

    Acontece que a minha professora avisou que a gente não ia fazer parte de nada daquilo. Eu perguntei a razão e ela me respondeu que nós não tínhamos o perfil desejado para o mercado consumidor em questão. Essa última frase ela leu em um pedaço de papel, provavelmente alguma ordem da diretoria.

    É claro que eu não entendi nada daquilo. Perguntei de novo, ela releu o comunicado e, quando olhou para a minha cara, percebeu que ainda teria de explicar melhor.

    – Eles estão procurando meninos mais velhos para comer esse biscoito aqui – ela então tirou de um saco plástico um pacotinho de uma marca bem conhecida. Havia um montão, cada aluno recebeu um de brinde.

    – Mas, EU COMO essa bolacha – reclamei. – Quem foi que disse que tem de ser mais velho para comer isso aí?

    – O pessoal que está fazendo a propaganda! – respondeu ela encerrando a conversa. Catei o meu pacote e comi rapidamente. Aposto que, se eles tivessem me visto, iriam perceber que eu era um excelente devorador de bolacha.

    Resultado, que eu fiquei sabendo muito depois, quando o meu querido irmãozinho me contou tudo:

    – Eu só tive de abrir o pacote, comer uma bolacha e dizer que estava gostosa – fiquei roxo de raiva! Aquilo eu sabia fazer e até muito melhor do que ele. – Aí eles disseram que eu ia aparecer na propaganda e...

    Já ouvi essa história um milhão de vezes e meia, sempre do mesmo jeito. Chegava uma visita em casa: tia, tio, avó, papagaio, cachorro e o que mais aparecesse, meu pai corria para a sala, ligava a TV e passava o comercial, que ele havia gravado. Todos já tinham decorado a propaganda, que era bem fácil, até uma iguana faria aquilo melhor do que o meu irmão. Quando acabava, todo mundo olhava para o astro de cinema e

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