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Quero Ser Tua!
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Quero Ser Tua!
E-book641 páginas4 horas

Quero Ser Tua!

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Sobre este e-book

Um homem Sedutor, bonito, e elegante. Aos seus pés, a mulher que desejar. Em seu coração: amargura, medo e ressentimentos. Uma Mulher simples, educada, e romântica. Frente aos seus olhos, o homem dos sonhos. Em seu coração, o desejo de ser dele. Ele parou frente a ela, o copo de whisky entre os dedos; e na mente, os mais ousados pecados. Seus lábios entreabriram-se e sua língua fez o contorno de cada lábio, molhando-os, deixando-os ainda mais irresistíveis. Ali, com aquele simples gesto, foi o fim para a doce Mulher. Ela queria ser dele. Queria que ele a fizesse sua. Desejos escondidos, uma luxuria sem medidas. Um homem capaz de tudo para ter a mulher que quer; Uma Mulher que simplesmente busca a felicidade e amor verdadeiro. Juntos, entre a perdição e a ousadia, seres tão distint
IdiomaPortuguês
Data de lançamento14 de jul. de 2015
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    Pré-visualização do livro

    Quero Ser Tua! - Ana Costa

    DEDICATÓRIA

    Agradeço a Deus primeiramente pelo dom da escrita e

    dedico este livro para as pessoas que me incentivaram e

    até as pessoas que fizeram críticas ruins sobre o mesmo.

    Não foi fácil escrevê-lo, passei noites em claros formando

    palavra por palavras, mas eu consegui chegar ao

    término... Obrigada ao meu agente Jefferson de Campos

    que me ajudou a realizar meu sonho, por me dar ânimo e

    força para chegar até o fim! Esse livro foi escrito com

    muito amor para todos os meus leitores e quero que

    desfrutem do Mundo do Homem das Trevas e da sua

    princesa do mundo encantado.

    Gosto de saber que meus livros estão em suas mãos.

    De sua Escritora querida Ana Costa.

    Capítulo 1

    QUERO SER TUA – ANA COSTA

    Não era de hoje meu encantamento por ele. Bem, faz um

    bom tempo.

    Não sei seu nome, nem idade... Sei pouco sobre ele; Exceto,

    -exceto- que ele anda com mulheres belas e sofisticadas. –

    algumas um tanto ousadas.

    Há algumas semanas atrás, o encontrei em um dos corredores

    do hotel. Estava em meu horário de trabalho, usando meu

    uniforme e carregando algumas pilhas de lençóis. Aquele

    sorriso belo que apenas ele era capaz de lançar voou para mim

    e quase amontoei-me ao chão com ele. Seus dedos correram

    pelo terno impecável, ajustando melhor a gravata. Quando

    pensei não piorar, - ou melhorar?- seus olhos negros

    queimaram meu rosto e ele trancou a respiração, passando por

    mim em silêncio. Aquela cena repetia-se todos os dias, á

    precisos 28 longos giros da Terra.

    Eu não sabia o que esse homem era capaz de fazer sobre

    mim, mas minha vontade de esquecer o mundo, e entregar-me

    a ele para coisas desconhecidas, crescia em mim toda vez que

    ele se aproxima. Mas com tantas mulheres belas e refinadas

    aos seus pés, o que ele iria querer com uma simples

    camareira?

    Após tentar controlar minha respiração, balancei minha cabeça

    mandando o pensamento dele embora, mas infelizmente, - ou

    felizmente? –ele ficou ali, em minha mente.

    Caminhei exato dois passos, e quando pensei em abrir a porta

    frente à suíte dele, ouvi a maçaneta do quarto onde ele estava

    girar. O som ecoou pelo longo corredor, minhas mãos

    perderam a sensibilidade, e a pilha de lençóis que eu levava

    em meus braços, foi ao chão.

    – Olhe o que está fazendo! –bufou ela passando o cartão pelo

    local magnético. –Limpe antes essa suíte, o Senhor com

    [ 3 ]

    QUERO SER TUA – ANA COSTA

    certeza não vai querer ela imunda quando voltar. –disse ela em

    um tom debochado, olhando-me dos pés a cabeça. Por um

    momento me senti indefesa, aquela mulher tão refinada, e com

    classe, havia saído do quarto dele. Eu pareci ter ficado

    surpresa com tal atitude, mas isso se repetia a cada dois dias:

    Uma mulher diferente, sempre. Meu momento indefesa, foi

    para os infernos quando ela passou em minha frente e

    pisoteou com seu salto vermelho os lençóis brancos de seda

    puríssima que eu a pouco tempo carregava. Olhei para o chão,

    e meu trabalho da manhã inteira tinha ido pro espaço. Eu não

    podia demorar, ainda tinha duas suítes para organizar e deixar

    impecável. Juntei os lençóis-amarrotados e com marcas de

    sapato. –do chão, e os toquei dentro do meu carrinho. Desci o

    elevador dos funcionários as pressas, e logo tratei de por

    aqueles lençóis pra lavar e pegar outros limpos.

    Algum tempo depois, eu já estava exausta. Subi para o ultimo

    andar do hotel e corri para a porta da suíte presidencial. Passei

    meu cartão no encaixe magnético, e logo a luz vermelha

    acendeu. Os Hóspedes ainda estavam no quarto. Juntei outra

    pilha de lençóis e caminhei até a porta da outra suíte. Passei o

    cartão e logo o tilintar da porta ecoou. Eu sabia que ele não

    estava graças a Deus.

    Sorri quando abri a porta e o cheiro daquele homem tomou

    conta do meu olfato aguçado. Fui até as cortinas e as abri,

    deixando o sol da meia manhã adentrar por ali. Quando me

    virei frente à cama, senti meu coração acelerar e logo ecoar

    em minha cabeça. As roupas que ele estava na noite anterior

    estavam jogadas pelo chão de mármore claríssimo juntamente

    com seus sapatos e cinto de couro.

    Não sei por que motivo, mas meu corpo parecia mandar em

    todos meus sentidos, e seguindo-o, caminhei até o banheiro.

    [ 4 ]

    QUERO SER TUA – ANA COSTA

    Sobre o box de vidro e prataria, estava uma tolha azul marinha

    com o letreiro do hotel. Seguindo as coisas que meu corpo

    pedia, fui até ela agarrando-a entre meus dedos. Toquei-a

    levemente, e aquele perfume que tanto me deixava

    embriagada espalhou-se pelo ambiente com suavidade.

    Respirei profundamente, inalando aquele cheiro como se

    necessitasse dele para minha sobrevivência. Um sorriso bobo

    brotou em meus lábios, e sem me dar conta, ri agarrando a

    toalha de pano ainda úmida.

    Minha vontade naquele instante foi jogar-me naquela cama dos

    sonhos, agarrada aquele tecido e adormecer sentindo seu

    cheiro. Mas não, eu precisava trabalhar, e graças a mulher com

    quem ele passou a noite, eu terei de fazer tudo por aqui as

    pressas.

    Com aquele sorriso bobo em meus lábios já destruído,

    caminhei até o interior do quarto. Eu tinha exatas 1hr30min, pra

    deixar tudo em perfeita ordem, e –lembrando- eu já estava

    atrasada.

    Minhas pernas quase desfaleceram quando meu olhar correu o

    quarto e chocou-se com o belo homem parado frente a janela

    longa de vidro. Gelei em meu interior, mas logo fui tomada por

    uma chama descontrolada, deixando-me perdida entre o mar

    da calmaria e da perdição. Seu olhar virou-se para mim,

    fazendo aqueles raios de sol brilharem ainda mais contra sua

    pele morena.

    – Não se preocupe, não irei atrapalhá-la. –disse ele olhando-

    me, e logo, levando o copo –que eu não tinha notado- até os

    lábios. Um pequeno gole da bebida escura adentrou sua boca,

    e logo ele virou-se para mirar outra vez a janela. Eu

    permanecia ali, colada ao chão, com as pernas trêmulas, meu

    [ 5 ]

    QUERO SER TUA – ANA COSTA

    interior em migalhas, enquanto o homem dos sonhos –

    literalmente- estava frente a mim.

    Juntando todas as forças que havia em mim, tentei esquecer

    sua presença ali. Caminhei a passos largos para próximo da

    cama dele. Abaixei-me ficando apoiada aos calcanhares, e logo

    me dediquei a recolher cada peça de roupa sua do chão. Juntei

    as que estavam próximas de mim, e quando vi sua camisa um

    pouco mais longe, sem pensar, estiquei-me um pouco,

    apoiando uma das mãos ao chão frio. As pontas de meus

    dedos seguraram a ponta da camisa e a puxei, trazendo-a

    junto a mim.

    Sem saber o motivo, meu olhar correu pelo chão do quarto, e

    logo vi um belo par de sapatos lustrados frente a mim. Corri

    meu olhar lentamente mais para cima, seguindo a extensão

    daquelas pernas máscula, onde no bolso da calça ele

    descansava uma das mãos. Meu olhar chocou-se com o terno

    aberto e vi, que Aquele desconhecido, havia afrouxado a

    gravata. Próximo ao peito, ele ainda segurava entre os dedos o

    copo. Seu cabelo estava levemente bagunçado, parecia ter

    passado as mãos nele inúmeras vezes. Em seu olhar, a

    escuridão permanecia. Meu olhar fixou-se ao dele, e logo

    fizeram o desenho de cada curva de seu rosto tão bem

    desenhado. Acho que nunca tive tanto tempo para admirá-lo.

    Meu Deus, eu realmente... Eu não tinha como explicar. Aquele

    olhar, suas curvas faceais, seu cheiro... Parecia enfeitiçar-me.

    Algo fazia-me querer coisas com este homem que nunca

    imaginei querer. Se ele tocasse meus lábios apenas uma vez,

    e pedisse o mundo a mim, eu o daria.

    Meu mundo desabou quando ele sorriu para mim, esboçando

    aquele sorriso de canto, que era capaz de fazer as borboletas

    de qualquer estômago levantarem. Com o meu, não foi

    [ 6 ]

    QUERO SER TUA – ANA COSTA

    diferente. Permaneci imóvel, sem perceber, ajoelhada frente a

    ele com suas roupas em meus braços. Meu olhar colado a

    cada movimento dele, tentava guardar cada traço daquele

    homem... Pelo menos tentando guardar.

    Sua cabeça ergue-se para frente, e logo ele a virou mirando o

    horizonte frente às janelas. Permaneci frente a ele, - ainda sem

    mover-me um segundo. - e ali, vi que não tinha mais saída.

    Corri meu olhar pelo desenho de sua barba que começava a

    aparecer, logo, a mandíbula perfeita, e em seguida, mirei o

    conjunto completo. Simplesmente duas palavras: Oh Deus.

    Aquele homem colocou seu olhar novamente de encontro a

    mim, deslizando-o por meu corpo e logo minha face. Seus

    lábios entreabriram-se e sua língua fez o contorno de todos os

    lábios, molhando-os, deixando-os ainda mais irresistíveis.

    Ali, com aquele simples gesto, exatamente ali, foi meu fim. Eu

    queria ser dele. Queria que ele me fizesse sua.

    [ 7 ]

    QUERO SER TUA – ANA COSTA

    Capítulo 2

    Minhas mãos agarraram-se as roupas dele que estavam em

    meus braços, talvez como uma maneira de proteção. Ele

    colocou seu olhar de encontro ao meu gesto, observando meu

    nervosismo. Seu rosto contorceu-se em um sorriso brincalhão

    e ele balançou a cabeça como se mandasse algum

    pensamento bobo embora. O som se seu riso, leve e

    descontraído, ecoou no quarto. Minhas entranhas se

    remoeram, e eu nem ao menos sabia o motivo. Sua mão que

    estava no bolso moveu-se e correu pelas madeixas negras,

    bagunçando-as. Senti meus músculos do abdômen contrair-se

    em uma dor, uma dor que não doía, apenas era carregada de

    um prazer desconhecido. Meu olhar baixou-se, colado em

    minhas mãos que agarravam firme o tecido, e mentalmente me

    recriminei pelo poder que aquele homem tinha sobre mim.

    – Faz tempo que trabalhas aqui? –sussurrou ele afastando-se

    de mim, caminhando até a cama desarrumada.

    Meu olhar ergueu-se até ele, e o vi largar sobre o criado mudo

    o copo de whisky vazio. Ele sentou-se a cama ainda com o

    olhar fixo a mim?

    – Estás com vergonha de mim? –sussurrou para mim,

    apoiando os cotovelos sobre os joelhos, deixando as pernas

    um tanto afastadas. Suas mãos enlaçaram-se uma a outra, e

    por um mísero milésimo de segundo, desejei estar entre seus

    dedos.

    Levantei-me as pressas do chão, ainda um pouco tonta pelas

    ondas de calor que dominavam meu interior. Juntei as meias

    dele que estavam perdidas frente a mim, e quando fui erguer

    meu olhar novamente, ouvi o som da de seus sapatos sobre o

    [ 8 ]

    QUERO SER TUA – ANA COSTA

    piso. Seu corpo parou frente a mim, agarrando as roupas de

    meus braços, jogando-as sobre a cama. Meus pés congelaram

    no lugar e pude ouvir dentro de minha mente o som de minhas

    batidas cardíacas ecoando. Minha boca abriu-se lentamente

    tentando fazer algum som, mas nada dali saiu. Forcei-a dizer

    algo, mas minhas cordas vocais estavam estilhaçadas dentro

    de mim, simplesmente pela proximidade.

    – Não creio que estas com vergonha mesmo... Uma moça tão

    bela...

    Meu olhar chocou-se com o dele após a última frase e senti

    uma enorme onda de calor percorrer meu ventre... O que ele

    estava fazendo comigo? Meus olhos se fecharam lentamente e

    tentei não expressar som algum. Não sei o que ele podia fazer

    comigo dentro daquele quarto.

    – Bela e tímida... Me encantas. –murmurou lentamente, e pude

    sentir em seu tom de voz, a elevação grave, carregada de

    luxúria.

    Por um instante minhas pernas quase não se sustentaram.. ele

    estava, -sim estava- falando aquelas coisas pra mim? Meus

    pensamentos foram interrompidos quando ele se afastou de

    mim e caminhou até o bar. Eu apenas o seguia com meus

    olhos, buscando alguma saída. O Vi abrir uma garrafa com um

    líquido vermelho, e logo, serviu uma pequena taça... O que era

    aquilo? Martini?

    Ele sorriu para mim, e em seguida fez o caminho de volta,

    parando um minha frente. Sua mão levantou-se até mim,

    erguendo a taça.

    – Beba.

    Sua voz grossa, um tanto ameaçadora, dominou meu corpo, e

    não consegui mover nada além de meus olhos para ele. Seu

    sorriso tinha desaparecido, e estampado em sua face, estava

    [ 9 ]

    QUERO SER TUA – ANA COSTA

    um homem dominador... Oh Meu Deus.

    Minha mente gritou alto, e a única coisa que consegui dizer, foi

    à pura verdade.

    – Eu não bebo. –murmurei com a voz um tanto descontrolada,

    deixando –sem querer- minhas sensações nas palavras.

    Em um movimento rápido, sua mão agarrou firme minha nuca,

    puxando o pregador, desfazendo meu cabelo preso. Seu corpo

    colou ao meu, e entre nós a pequena taça ficou presa. Meu

    corpo ficou totalmente rígido com seu toque forte. Seu olhar

    negro mirava minha íris, e parecia ver meus pensamentos.

    Meus olhos se fecharam e o senti puxar meu corpo ainda mais

    contra ele. Ele deu um passo à frente colando nossos corpos, e

    entre nós, a pequena taça balançou, derramando uma

    pequena miligrama do liquido colorido sobre sua camisa

    branca e meu uniforme. Minhas entranhas moeram-se mais

    ainda quando senti o líquido tocar minha pele. Engoli um

    gemido e tentei controlar-me. Mas foi quase em vão, parecia

    realmente que ele conhecia meu interior. Sua testa tocou a

    minha, e daquela maneira, eu senti seu corpo totalmente de

    encontro ao meu. Com sua respiração ofegante tocando minha

    pele, senti meu corpo arrepiar, e ele não deixou aquela

    sensação passar despercebida. Seu nariz roçou o meu, e senti

    o movimento se seu peito que tocava o meu respirar

    profundamente. Cerrando os dentes, ele soltou o ar, e apenas

    uma palavra, me fez perder a noção de tudo.

    – Beba.

    Sem mais questionar, corri minha mão –completamente

    trêmula- por entre nós dois. Senti a pele de seu peito separada

    de meus dedos por um fino tecido. Com certo receio, agarrei a

    pequena taça e dei um passo atrás, tomando distância. Mirei-o

    nos olhos, e ergui a taça até meus lábios, e afastando-os,

    [ 10 ]

    QUERO SER TUA – ANA COSTA

    deixei que o líquido descesse por minha garganta.

    O liquido rosado/avermelhado desceu por minha garganta

    como brasa, ouriçando-me ainda mais. Em meus lábios o gosto

    doce permaneceu um gosto muito agradável. Ainda encarando-

    o, sem me dar conta, passei a língua nos lábios e em seguida

    estiquei meu braço até ele, tocando a borda da taça ao seu

    peito.

    O homem belo sorriu para mim, e em seguida agarrou a taça

    com sutileza. Seu olhar mirou a taça vazia, e o sorriso

    aumentou de proporção.

    – Boa garota.

    Ouvi sua voz grave e logo em seguida o vi atirar a taça de

    encontro ao vidro das longas janelas. Som do cristal se

    quebrando atiçou-se e no fundo de meu peito senti certo medo.

    Mas ele não me assustava, e eu não podia me mover... Não sei

    o porquê, mas não podia.

    Seu sorriso desapareceu e em um piscar de olhos, ele cerrou

    os dentes e parou frente a mim. Sua mão de dedos longos

    agarrou meus pulsos com certa força. Sua mão livre envolveu

    minha cintura e me puxou, chocando nossos corpos. Engoli

    outro gemido, e em seguida fechei meus olhos, fugindo de seu

    olhar.

    O que eu estava fazendo? Eu não podia fazer aquilo! –mesmo

    desejando-eu não podia. Minha mente gritou, mas ele não me

    deu tempo. Seu corpo empurrou-me contra a parede lisa e

    prendeu-me ali, entre o frio da superfície e o calor de sua pele.

    – Eres um tanto... Ousada. –sussurrou pressionando seu corpo

    ao meu ainda mais.

    – Solte-me. - murmurei quando senti seu joelho afastar minhas

    pernas, parando entre mim.

    [ 11 ]

    QUERO SER TUA – ANA COSTA

    – Sei que andas me observando. Sei que queres que eu te leve

    pra cama... Posso sentir sua vontade. Sinto-a em todo seu

    corpo.

    Minhas pernas falharam, e se não tivesse com meu corpo entre

    preso entre ele e a parede, eu teria caído. Eu estava sendo tão

    obvia assim? Santo Deus, esse homem tem a mulher que ele

    quiser. Eu não podia continuar com ele apenas em meus

    sonhos?

    – Depois que você estiver nua em minha cama, nunca mais

    esquecerá de mim. –sussurrou roçando seu nariz e logo seus

    lábios pelo contorno de minha mandíbula.

    [ 12 ]

    QUERO SER TUA – ANA COSTA

    Capítulo 3

    – Minha Camisa sujou com um pouco de Licor. Poderia me

    ajudar a tirá-la?

    Todo meu ser congelou naquele instante. Minhas pernas não

    se moviam, meu coração batia acelerado, ecoando em minha

    mente junto às palavras dele. Tenho certeza que em minha

    face o espanto foi visível. O Homem deitado sobre a cama

    franziu o cenho, em busca de uma resposta apenas em meu

    olhar. Tentei dizer alguma palavra, mas minha mente estava

    conturbada demais, e as sílabas não conseguiam se formar.

    Meus lábios se abriram tentando fazer algum som, mas nada

    apareceu. O Belo homem continuava a mirar-me, mas agora,

    sua testa não estava mais franzida, e em seu olhar eu podia

    ver o calor e a necessidade de posse completamente visível.

    Não tenho ideia do que ainda fazia naquele quarto, mas não

    conseguia sair dele.

    Minha Falecida Mãe, que Deus a tenha, sempre dizia que eu

    deveria entregar-me a um homem apenas se o amasse

    verdadeiramente. Sempre tive isso como um conceito de minha

    vida, e talvez por isso, não tenha me entregado ao meu ex

    noivo. Hoje, depois de tantos sofrimentos, percebo que não o

    amava de verdade, e que se tivesse entregado minha

    inocência a ele, teria me arrependido.

    Meus Devaneios foram interrompidos quando vi o belo homem

    mover-se na cama. Ainda não sei se foi minha mente ou se foi

    verdade, mas ele pareceu levantar daquele móvel em câmera

    lenta, algo... Como uma manhã de sol no alto do inverno,

    completamente atraente. Seu corpo parou frente ao meu,

    enquanto minhas entranhas remoíam-se e as borboletas –

    [ 13 ]

    QUERO SER TUA – ANA COSTA

    infernais- bailavam sem dó de mim. Ele baixou sua cabeça,

    apenas o suficiente para ficarmos olho com olho. Meu olhar

    mergulhou no seu, deixando-me ainda mais confusa com todas

    as sensações desconhecidas a qual eu estava sendo tomada

    por inteira. Vi-o dar um passo a frente e seu corpo ficou a

    poucos centímetros de distância do meu. Sem que eu pudesse

    controlar minha respiração dedicou-se a acelerar, me fazendo

    perder o controle do meu corpo. Minha boca secou

    imediatamente quando o vi deslizar os dedos por sobre seus

    lábios, como se esperasse que eu fizesse algo por ele. Outra

    vez meus lábios se abriram tentando falar algo, mas outra vez

    falhei.

    O belo homem moveu-se frente a mim, e quase desmoronei

    rumo ao cão quando suas mãos tocaram meus ombros, quase

    se apoiando ali. Minhas pernas viraram geléias junto com todo

    meu interior. Minha mente tentava dominar meu corpo, mas era

    impossível. Suas mãos moldaram-se as minhas formas, e gemi

    baixinho, sem querer quando ele apertou suas mãos a mim.

    Em minha frente, o vi piscar lentamente e quando seus olhos

    outra vez se abriram, eles queimavam de uma forma negra e

    obscura. Seus dedos deslizaram pelos meus braços, enviando

    milhões de ondas de calor a todo meu ser. Sua pele deslizava

    sobe a minha como se em algum momento, já a conhecesse.

    Com posse, seus dedos apertaram-se em torno de meus

    pulsos, algo firme, um tanto doloroso. Meus olhos se cerraram,

    quando senti que se ele continuasse, minha circulação seria

    interrompida. Acho que ele acabou ouvindo meus

    pensamentos. Seus dedos abriram-se e aliviaram a pressão

    sobre meu punho. Meu sangue voltou a circular mais quente

    ainda, deixando-me em ruínas. O Desconhecido encaixou sua

    mão sob as costas das minhas, e logo as segurou com

    [ 14 ]

    QUERO SER TUA – ANA COSTA

    delicadeza. Tremi em antecipação, eu sabia o que ele iria fazer,

    e não sabia como dizer a ele que não queria tocá-lo.

    Na verdade, eu queria tocá-lo. Mas não devia. Em Mil anos, eu

    não devia. Nunca imaginei me sentir atraída por um homem da

    forma que eu era por ele. Todo meu ser clamava por conhecê-

    lo e queria que ele me conhecesse da mesma forma. O único

    problema em nossa equação era que eu nem sabia quem ele

    era, e que depois que ele conseguisse o que queria, me

    deixaria destruída. Eu o desejava, mas não era homem pra

    mim.

    Antes que eu pudesse protestar, -eu tive mil oportunidades e

    não o fiz- suas mãos guiaram as minhas em direção ao seu

    corpo. Com uma delicadeza que jamais imaginei existir nele,

    -apenas em meus sonhos- ele depositou minhas mãos sobre

    seu peito. Oh Deus, o que eu estava fazendo? Não posso!

    Minhas mãos rapidamente se afastaram da pele dele. Meu

    olhar que mirava cada botão de sua camisa se fechou, e

    quando dei um passo atrás, o senti agarrar meus punhos com

    força, com a mesma pressão anterior, cortando minha

    circulação. Meus olhos se abriram com um susto e chocou-se

    com olhar dele. Aquele estranho homem puxou meus punhos

    com

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