Um Beijo De Cinzas
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Um Beijo De Cinzas - Diogo Tavares
DIOGO TAVARES
UM BEIJO DE CINZAS
& UMA TAÇA DE VINHO
1ª Edição
BRASÌLIA
EDIÇÂO DO AUTOR
2018
Agradecimentos
Agradeço especialmente a minha mãe, Claudia, que sempre acreditou em meu potencial e me apoiou em todos os meus projetos e sonhos. Pois, tudo que sou hoje devo em grande parte a ela, que me criou para ser um homem ético, educado, honesto e que luta pelos seus sonhos. Quero agradecer a minha irmã, Tamara, por sempre me apoiar e torcer pelo meu sucesso. Também quero agradecer aos meus amigos: Alan lemos, Andreza Moraes, Catarina Homonnai, Felipe Barreto, Leiliane, Natália Picarelli, Viviane Câmara, Katarina Barros, Lucas Castro, Marcelo Callegaro, Catarina Dias, Henrique Bonafé; por em diversos momentos se mostrarem amigos leais e verdadeiros, que não estão comigo apenas nos momentos tristes, mas também torcem e ficam felizes com meu sucesso.
Agradecimentos especiais também a Fabio Magrani, Thyago Soares, Matheus Póvoa e Patrícia Colmenero. Matheus por ter me apresentado à literatura do escritor Sidney Sheldon, com o qual me identifiquei profundamente. Sou grato ao Fabio, autor de O Farol
, pois me ajudou com o desenvolvimento do livro em diversos momentos. Patrícia foi minha professora na faculdade de Jornalismo, e a primeira pessoa que conheci publicando livros de ficção de forma independente, me inspirando e encorajando bastante. Thyago por acreditar e me apoiar quando nem eu mesmo conseguia admitir meu potencial. Amarei-te para sempre Thyago. Amo do fundo do meu coração todos vocês! Muito da minha motivação e confiança em publicar este livro e me expor de uma forma tão profunda, veio do amor que demonstraram por mim. Gratidão, por tudo!
Um Beijo de Cinzas
& Uma Taça de Vinho
Prólogo
Homens marchavam carregando seu caixão. O céu naquela manhã estava nublado. A brisa fria e melancólica, não me permitia esquecer o quão mórbido era aquele momento. E aos meus olhos tudo em volta estava em preto e branco.
Em minha mente ouvia tambores de guerra, a cada passo dado pelos homens que o carregavam ao túmulo. A batalha só terminou quando finalmente chegamos ao seu local de descanso e pedi que abrissem seu caixão.
O corpo do meu grande amor jazia gélido, esbranquiçado e duro naquele caixão de madeira nobre. Coberto com botões das flores mais raras, numa tentativa desesperada de disfarçar aquela fúnebre ocasião.
Aquela vala agora seria sua nova morada. Muito mais escura e fria do que a cama quente onde nos amávamos. O violinista que contratei tocou o primeiro trecho de Gipsy, utilizado na composição da cantora Lady Gaga que levava o mesmo nome do meu amado, melodia esta que compunha bem toda a melancolia daquele momento. E também foi a música que ele tocou em nossa primeira noite de amor. De um lado do túmulo estava eu e nossa amada Milena em prantos, de mãos dadas, segurando cada um rosa vermelha, simbolizando o amor que sentíamos uns pelos outros. Do outro lado estava João, o homem responsável pela sua morte, vestindo um terno vistoso, soltava um riso irônico. Olhei para ele e com a voz firma falei: - Você venceu, espero que esteja satisfeito. – Ele então retrucou. – Eu nunca perdi! Essa não seria a primeira vez.
Fiz um sinal para que o músico parasse de tocar e então proferi meu discurso de despedida:
- Alejandro, antes de te conhecer, eu dormia num sono profundo, mas ao te encontrar despertei. Continuo acordado, mas agora terei que seguir sem você. Obrigado por me mostrar o que é viver.
Coloquei a rosa vermelha que segurava em seu peito. Milena fez o mesmo e também disse algumas palavras:
- Antes de te conhecer não sabia o que era o amor romântico verdadeiro. Contigo descobri um mundo novo. Passei a ver a vida de outra forma e ainda descobri que não há limites para o amor, mas contigo também descobri a dor da perda da pessoa amada.
Milena, ainda em prantos, me abraçou e olhou para João, seu pai e assassino de Alejandro, com os olhos cheios de ódio. Pedi então que fechassem o caixão. Começaram a descê-lo. A mãe de Milena jogou uma rosa branca sobre o caixão. Ela caiu exatamente em cima do brasão da Ordem do Leão, entalhado sobre ele.
Eu e Milena fomos os únicos a proferir um discurso. A tampa do túmulo foi então colocada. Começando a chover, todos abriram seus guarda-chuvas e partiram em direção aos veículos.
A Mãe de Milena gritou pela filha. – Milena, por favor, volte conosco.
Milena olhou para trás. – Mãe. Não posso, meu pai me deserdou. Adeus mãe. – A mãe de Milena começou a chorar, olhou para João com um olhar estridente e cheio de ódio, e partiu sem ele.
Milena segurou firme em minha mão e fomos para o nosso carro.
Capítulo 1 – Alejandro
Estava com minha família almoçando na varanda do restaurante NAU – Frutos do Mar, muito sofisticado e bem decorado, com lustres em formato de água-viva e outros objetos de decoração que lembram o litoral.
Enquanto apreciava a vista para do lago Paranoá e da Ponte JK saboreava o prato especial da casa, o camarão NAU, misturado com o gosto levemente amargo do drink, Clericot, quando senti uma brisa. Uma brisa fresca, que me fez arrepiar misturada com um perfume amadeirado, com um toque refrescante.
Será que eu estava louco, ou agora a mãe natureza produzia ventos com aroma de perfume francês?! Só existia uma possibilidade: Alguém deveria estar usando aquele perfume perto de mim e a brisa espalhou o cheiro.
Senti uma vibração muito forte logo a minha frente e meu coração disparou. Ao levantar meus olhos me esbarrei com o olhar tão estridente que pareciam olhos de um tigre. Seus olhos eram de um verde vivo, sua pele bronzeada, seu cabelo tinha reflexos impecáveis, levemente ondulado e longo, chegava até a arriscar tocar seu ombro, sua barba perfeitamente aparada, devia ter uns vinte e seis anos. Seu charme era de júpiter e suas intenções aparentemente de Vênus. Eu não consegui esconder que estava hipnotizado por ele e sorri timidamente, meu estômago embrulhou e engasguei com o pedaço de camarão que ainda estava em minha boca. Consegui engolir com o que restava do Clericot na taça. Enquanto tentava me recuperar, o rapaz que mais lembrava uma personificação do deus Apollo de tão belo, uma beleza que só havia visto nos meus sonhos mais íntimos, soltou um riso irônico, olhou para baixo e novamente me encarou realmente como um grande felino preparando-se para dar o bote.
Tentando escapar do ataque dele, pedi licença a minha família e fui até o banheiro. Até lá era decorado, ainda não havia me acostumado com o luxo daquele restaurante, mas estava tão atordoado por aquele rapaz que aparentemente havia fugido do Monte Olimpo, que acabei por deixar de observar a decoração e fui direto a pia lavar meu rosto, numa tentativa desesperada de tentar despertar daquele sonho. Pois não podia ser real. Aquele homem não podia existir. Deveria ser uma miragem o que vi. De repente meu coração disparou novamente, eu senti a aura dele se aproximando. O tigre encontrou novamente sua presa. Procurei disfarçar, mas ele veio direto até mim. Eu tentava esquivar, mas meu corpo não cooperava. Arrepiei-me todo quando ele agarrou meu braço.
Ele gesticulou seus carnudos lábios rosados. Logo após comecei a me preparar psicologicamente e fisicamente para o que iria me dizer.
- Não precisa disfarçar, é recíproco. – Disse ele com uma voz rouca, mas suave e muito sensual enquanto soltava meu braço.
A aura dele era extremamente forte. Tanto que senti que ele sozinho seria capaz de dominar o mundo inteiro. Tinha a presença de um rei e pela forma como agarrou meu braço não tinha apenas o olhar de um tigre, mas a força também. E que perfume era aquele?! Procurei identificar, mas não era nenhum perfume já produzido, novamente me surpreendi: era o aroma natural dele.
Eu ainda sem acreditar que realmente tudo aquilo era real e ainda em êxtase, exclamei. – Quem é você?
- Alejandro Casanova. – Respondeu ele acariciando meu rosto, demonstrando que queria cuidar de mim. Enquanto me encarava fixamente. – E como devo chama-lo? Rapaz com o sorriso mais encantador que já vi.
Encostei-me a parede e ele me cercou com seus braços me encurralando, deixando-me ainda mais nervoso, mas consegui responder – Miguel Martins. Enquanto respondia, ele aproximou seu rosto do meu e suspirou perto da minha boca, senti levemente o toque da sua barba macia, cheguei a fechar meus olhos, pois achei que ele fosse me beijar, mas ele se afastou e andou até a porta, e antes de partir disse. – Acho que esqueceu seu celular na mesa. – E assim ele partiu deixando apenas seu perfume afrodisíaco no ambiente.
Toquei meus bolsos para procurar meu celular, mas quando o tirei do bolso junto havia um pedaço de guardanapo com um número de celular, escrito numa caligrafia impecável. Olhei a parte de trás e tinha a seguinte frase escrita Deixamos muitas oportunidades na vida passarem, mas você deixará essa passar?
.
Eu só conseguia pensar que não podia deixar aquela oportunidade passar. Enxuguei minhas mãos, guardei o guardanapo e o celular no bolso e saí do banheiro.
Procurei minha família e perguntei se eles tinham visto para onde o rapaz que estava na mesa da frente foi e minha irmã respondeu:
- Você esta falando daquele deus grego?
- Sim, este mesmo.
- Ele acabou de ir embora.
Minha mãe começou a ficar irritada. – Você não vai terminar de comer?
- No estado que estou eu não consigo mamãe. Estou sem fôlego.
- Depois de levar uma cantada daquele rapaz, sem dúvida é compreensível. – Ironizou ela, enquanto meu pai fingia que não havia ouvido mamãe confessando que achou Alejandro atraente.
Saí na varanda do restaurante para pegar um ar fresco, mas o perfume dele não saía da minha cabeça. Então decidi ligar para ele. Chamou duas vezes e Alejandro só então atendeu.
- Alô, Alejandro?
- Sim, príncipe, sou eu. Sabia que não ia deixar a oportunidade passar.
- Onde você está? Era muito cedo para nos beijarmos, então decidi partir, mas você pode vir até mim se assim desejar. Agora estou no carro sendo levado pelo meu motorista até minha casa, mas se olhar para sua frente...
- Sim, estou olhando.
- Vê uma mansão enorme na outra margem do Lago?
Passei os olhos pela paisagem, avistei algumas casas muito luxuosas até com deck e iate estacionado. – São muitas Alejandro como saberei qual é a sua?
- A minha se destaca entre as