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Força Vampira
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E-book134 páginas1 hora

Força Vampira

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Sobre este e-book

Eduardo é um renomado técnico em informática, que foi transformado em vampiro durante suas férias. Agora, ele tem que aprender a conviver com suas novas habilidades e limitações se quiser retomar sua vida normal. Paulo é um policial federal que cometeu um erro no passado que quase custou seu emprego. Agora, vê a chance de se redimir perante a Polícia, solucionando o mesmo caso que quase custou sua carreira. O caminho desta dupla irá se cruzar ao perceberem que estão perseguindo um alvo em comum: um vampiro cruel e sanguinário, que fará tudo a seu alcance para ser esquecido, e voltar a sua vida de atrocidades no submundo da fronteira Brasil-Paraguai. Para derrotar esse vampiro, Paulo e Edu deverão colocar suas divergências de lado, e formar uma das mais estranhas parcerias já vistas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento8 de dez. de 2010
Força Vampira

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    Pré-visualização do livro

    Força Vampira - Roberto De Luca

    Introdução

    Merda! Eu sou um vampiro!. Esse foi o primeiro pensamento que passou na cabeça de Edu, após sugar o sangue de uma linda mulata no cais do porto. O segundo pensamento foi o que fazer com o corpo. Com uma clareza e frieza sem precedentes, Edu olhou para os lados, certificando-se que o píer estava vazio, e arremessou com incrível facilidade o corpo da mulher pela amurada dentro do mar escuro.

    Uma rápida corrida e Edu achou um dos portões de um galpão aberto e entrou. Ele sabia que estava escuro, pois não havia nenhuma luz acesa e já eram mais de três e meia da madrugada, mas mesmo assim conseguia enxergar com total clareza o interior do imenso galpão vazio. Fechou a porta com um só golpe e foi para um canto, sentando no chão enquanto sua mente revivia os últimos minutos antes de cometer sua primeira morte. Minha primeira morte – a ficha só caiu quando esse pensamento surgiu. Será que é a primeira de muitas? O que me tornei? O que eu faço agora?

    E como uma criança, colocou a cabeça entre os joelhos e chorou copiosamente.

    Antes

    Eduardo era um cara tranquilo, de bem com a vida. Carioca de 32 anos, Edu, ou Duda, como era conhecido pelos amigos, era um cara inteligente, responsável, bem sucedido profissionalmente, de bem com a vida, separado (bobeiras da juventude como diria), e um rato tecnológico: seu hobby desde pequeno era informática, gadgets e coisas de tecnologia (como diria Dona Arlinda, sua mãe).

    Essa paixão de infância tornou-se não só o seu hobby quando adulto, mas também sua profissão: Edu era um dos mais respeitáveis técnicos de segurança da informação do Rio de Janeiro. Ele se auto-intitulava um "contra-hacker. Quando adolescente, descobriu e fez muita coisa não exatamente legal" relacionada à informática. Criou um nome de respeito no submundo digital, mas conforme vinha ficando mais velho, vinha sentindo a pressão das autoridades chegando mais perto. Resolveu que, para manter sua sanidade e sua liberdade, trocaria de lado antes de ser preso (ou coisa parecida), abandonando as atividades ilícitas, e decidiu trabalhar como consultor de segurança de informática para empresas. Montou sua própria empresa e rapidamente fez sucesso e dinheiro, pois como conhecia a maioria dos truques e subterfúgios utilizados pelos hackers, conseguia prever o que faziam, e evitar danos aos seus clientes.

    Essa profissão tem um lado ruim: Muitas vezes não há horário certo para trabalho. Ao menor sinal de uma invasão ou problemas, dependendo do nível de complexidade ou relevância do cliente, ele era acionado, mesmo sendo o dono da empresa (que atualmente tinha 36 funcionários), e não era difícil gastar 10 a 12 horas seguidas para solucionar um problema. Edu tem a característica de ser obstinado, principalmente quanto encontra um desafio aos seus conhecimentos. Talvez tenha sido por isso que meu casamento foi por água a baixo costumava a comentar.

    Aline era uma mulher bonita, dois anos mais nova que Edu. Bancária, Aline conheceu Edu quanto ele abria a conta da empresa. No dia seguinte jantaram juntos. Em 3 meses foram morar juntos. Um ano e meio depois se separaram. As inseguranças da juventude afetaram o casal. Edu, com 25 anos na época da separação, era ciumento e inseguro, principalmente quando a sua bonita mulher atendia jovens empresários no banco. Eu sei o que eles querem: o mesmo que eu queria na época, falava para Aline nas discussões. Ela, por sua vez, não aguentava os telefonemas de madrugada ou durante uma festa, que faziam com que Edu sacasse seu notebook e se desconectasse da realidade por horas a fio resolvendo algum problema. Ela algumas vezes se achava desprestigiada, trocada por uma obsessão. Ambos não souberam como lidar com seus medos, e veio a separação. Sem grandes traumas ou brigas. Ameaçaram umas recaídas algumas vezes, mas nada mais sério. Ambos dizem estar bem desta maneira.

    As coisas estavam tranquilas nos últimos tempos, tanto que Edu estava podendo se dar ao luxo de pensar em férias. Um dos funcionários da empresa tinha recentemente passado uns dias em Foz do Iguaçu, e que tinha colocado as fotos da viagem na rede da empresa, e deram água na boca em Edu. Ecoturismo, lugar perto e barato – Vou para lá. Se tivesse o dom de ler o futuro, Edu nunca teria pensado nessa viagem.

    Foz

    Foz do Iguaçu é um lugar maravilhoso. As cataratas são impressionantes. Os parques, tanto do lado brasileiro quanto do lado argentino são ótimos para quem aprecia o ecoturismo, mas o passeio de barco do Macuco e o vôo de helicóptero sobre a Garganta do Diabo foram as coisas preferidas de Edu.

    Na sua última noite na cidade, Edu resolveu aproveitar uma cortesia do hotel, que levava seus hóspedes para jogar em um cassino no Paraguai. Como era baixa temporada, somente Edu e um senhor bem idoso estavam na van que saía do hotel.

    Edu já tinha tido sorte nas roletas argentinas alguns dias antes, mas gastou o pouco do que ganhou nas lojas do Paraguai com drives de estado sólido e uma placa de vídeo recém lançada no mercado, entre outras coisas. Estava ansioso para voltar ao Rio e instalar seus brinquedinhos novos em seu computador.

    O cassino no Paraguai era bom, surpreendendo Edu positivamente, que tinha uma imagem do país formada com base em Ciudad del Este, cidade suja, que era destino de quase todos os muambeiros brasileiros. No cassino, o ambiente era requintado e de muito bom gosto. Estava sentado na roleta quanto seu celular tocou. Quando foi atender, o homem que estava ao seu lado falou: É melhor você não atender, porque os seguranças são mal-educados e não gostam que se usem eletrônicos no salão

    Não? disse Edu, olhando para os lados ainda com o telefone na mão, vibrando. Percebeu que um dos seguranças já estava olhando para ele, começando a andar em sua direção, com a cara séria. Viu de quem era a ligação, apertou o botão de recusar e guardou o celular de volta no bolso, parando com isso a vinda do segurança mal encarado.

    Obrigado pela dica, amigo agradeceu Edu ao homem ao seu lado. Não estou habituado a frequentar cassinos, entende?

    O homem deu um sorriso e comentou: Sei como é. Desculpe se me meti, mas já frequento lugares com este há muitos anos, e aqui tem o problema dos seguranças não são muito educados falou o homem. Eu me chamo Carlos, falou o homem estendendo a mão.

    Eduardo. Mais uma vez, obrigado pela dica respondeu Edu.

    Esquece. Mas, me desculpe estar sendo enxerido, mas notei que seu celular é um dos novos Iphones, não? perguntou Carlos.

    É sim. Por que? respondeu Edu.

    Fica até estranho falar isso, mas também comprei um desses recentemente para minha esposa, porém estou tendo dificuldades em sincronizar o calendário com minha conta no Google. Você já conseguiu fazer isso? falou Carlos. Sim, não é difícil respondeu Edu.

    É que esse aparelho é um presente de aniversário de casamento, sabe? E eu queria já entregar para ela pronto para uso, todo configurado explicou Carlos.

    Edu deu um pequeno sorriso Isso é tranquilo. Coisa de dois minutos.

    Você se incomodaria de me ajudar com isso? falou Carlos É claro, só se realmente não houver problemas para você.

    Claro. Não tem problema nenhum disse Edu. Pena que o aparelho não está aí, senão eu configurava agora mesmo.

    Realmente disse Carlos Mas eu estou hospedado no hotel aqui em frente. Se não for abusar da sua boa vontade, eu poderia ir lá, pegar o telefone e encontrar com você no lado de fora do cassino, onde ficam os fumantes, em 10 minutos no máximo. A gente teria que ir lá fora para fazer isso, porque os seguranças não deixam mexer em eletrônicos aqui.

    Ok disse Edu Pressinto que daqui a alguns minutos terei que parar mesmo, pois a roleta não está ajudando muito as minhas finanças e sorriu.

    Carlos sorriu também. Também não fui feliz hoje – mas a noite ainda é uma criança. De repente você ainda consegue recuperar o que perdeu.

    Tomara, falou Edu.

    Carlos se levantou e disse Vou lá buscar o aparelho, ok?.

    Ok, Sem pressa.

    Assim que Carlos saiu, Edu olhou para suas fichas e para a roleta. Num gesto impulsivo, colocou todas no preto. Teste final pensou. Se eu ganhar, beleza. Se perder vou para casa no zero a zero.

    Deu vermelho. Merda! Não é minha noite mesmo. Não sabia como estava certo sobre isso.

    Após uma passada rápida pelo banheiro, Edu já estava pronto para voltar para o hotel, só faltava configurar o Iphone de Carlos. Como é que pode ter gente assim? pensou Edu. É só ler o que está escrito na tela do telefone para configurar a porra do aparelho. Bom, pelo menos faço minha boa ação do dia sem muito trabalho.

    Edu saiu do cassino um pouco depois da uma da manhã, e procurou por Carlos. Viu o vulto de alguém, possivelmente Carlos, vindo do hotel que ficava no outro lado da rua, quase em frente ao cassino. Bom, pelo menos ele é pontual pensou Edu. Caminhou em direção a pessoa e, a pouco menos de 20 metros sentiu seus cabelos da nuca se arrepiar, sem motivo. Antes que pudesse pensar sobre o caso, Carlos estava a meio metro de Edu. Ele levou um pequeno susto com a proximidade dele, mas o susto maior foi olhar para o rosto de Carlos.

    Sua feição estava mudada. Os olhos estavam fixos em Edu. Sua boca entreaberta parecia salivar um pouco. Sua musculatura estava tensa. Edu ficou petrificado com a imagem selvagem de Carlos. Parecia um bicho pronto para dar o bote. O instinto de preservação de Edu gritou, mas Carlos foi mais rápido: um soco na boca do estômago fez com que Edu perdesse o ar momentaneamente. Nem conseguiu se curvar com a dor, e já sentiu a mão de Carlos o agarrando pelo ombro, como se fosse uma garra de ferro. Em menos

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