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Trabalho E Assédio Moral
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E-book100 páginas2 horas

Trabalho E Assédio Moral

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Sobre este e-book

O livro faz uma reflexão sobre as transformações no trabalho e o surgimento do assédio moral
IdiomaPortuguês
Data de lançamento17 de jun. de 2015
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    Trabalho E Assédio Moral - Max Geissel Ferreira Romani

    TRABALHO

    E

    ASSÉDIO MORAL

    Max Geissel Ferreira Romani

    Max Geissel Ferreira Romani

    TRABALHO

    E

    ASSÉDIO MORAL:

    Reflexões sobre o trabalho e assédio moral

    1ª. Edição

    São Paulo

    Edição do autor

    2015

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    Romani, Max Geissel Ferreira,1965-2015

    Trabalho e assédio moral: reflexões sobre o trabalho e assédio moral-1ª. Edição, São Paulo: Edição do autor, 2015

    ISBN 978-85-919413-0-8

    Administração 2.Sociologia 3.Trabalho 4. Assédio moral

    PREFÁCIO

    Falar sobre o assédio moral em organizações significa situarmo-nos em um contexto de desenvolvimento das teorias administrativas conhecido como Estudos críticos em Administração (ECA), uma subdisciplina, originada da rearticulação original entre os termos crítica e administração, a partir da década de 1990.

    Isso não significa que tal crítica dentro do desenvolvimento da administração e o questionamento do controle da força de trabalho sejam problemáticas recentes. Ao contrário, ao longo do século XX vários autores exploraram e discutiram o aumento do poder social da administração, por exemplo.

    Mas é somente a partir de 1990 que se passou a reunir tal tipo de análise sob o brasão dos Estudos críticos em administração.

    Segundo Eduardo Davel e Rafael Alcadipani ( Revista de Administração de empresas, volume 43, nr. 4 ), esses estudos aparecem com o objetivo de expor as faces ocultas, as estruturas de controle e de dominação e as desigualdades nas organizações, questionando permanentemente a racionalidade das teorias tradicionais e mostrando que as coisas não são necessariamente aquilo que aparentam no âmbito da gestão.

    Eles referem-se a uma forma de atuação que favorece a reflexão, o questionamento e a renovação de situações e estruturas que impedem o desenvolvimento progressivo da autonomia e da responsabilidade social das pessoas.

    Esses estudos não são contra a gestão e as organizações capitalistas, não operam uma crítica generalizada e universalizante e não buscam um estado predeterminado de libertação do ser humano.

    Busca-se, ao contrário, uma crítica parcial, temporária e localizada no âmbito de práticas, teorias e discursos que emergem no cotidiano das organizações.

    São mais propensos a tornarem-se um recurso indispensável para os participantes da vida organizacional, inspirando a reflexão, o questionamento e a renovação de processos, estruturas e teorias, servindo, também, de contraponto aos imperativos organizacionais tradicionalmente conhecidos. Além disso, podem oferecer formas de viabilização do exercício da cidadania corporativa e de ações que promovam a melhoria da qualidade de vida e de trabalho e que tenham como objetivo a construção de relações mais democráticas e justas que acabem com ou minorem as desigualdades e diferenças entre as pessoas.

    Esses estudos são caracterizados por uma visão desnaturalizada da administração, por uma intenção desvinculada da performance e pela intenção emancipatória.

    Assim, se por um lado, temos o processo de naturalização em que a formação social é abstraída do contexto histórico e conflituoso de origem e os arranjos organizacionais, nesse processo, não são vistos como escolhas, mas como naturais e evidentes por si próprios, ajudando na construção de uma realidade organizacional ornamentada com racionalidade, cientificidade e naturalização, os estudos críticos questionam sistematicamente esse edifício teórico, considerando que a organização é uma construção sócio-histórica, tornando-se importante compreender como elas são formadas, consolidadas e transformadas no interior e exterior.

    Porém, tais estudos não buscam desenvolver conhecimentos que contribuam para a maximização de outputs contra um mínimo de imputs, ou seja, que melhorem o desempenho econômico das organizações.

    Tem como foco, a tentativa de emancipar as pessoas dos mecanismos da opressão, tendo, como fundamento, o humano, não o econômico. Procuram enfatizar, nutrir e promover o potencial da consciência humana para refletir de maneira crítica sobre as práticas opressivas, facilitando a expansão dos níveis de autonomia e responsabilidade das pessoas que trabalham em organizações.

    Essa abordagem dos estudos críticos da administração nos leva a falar sobre o assédio moral.

    O fenômeno do assédio moral não é novo, contudo, sua discussão e denúncia, principalmente no mundo das organizações, aumentou muito nos últimos anos.

    O assédio moral está ligado a um esforço repetitivo de desqualificação de uma pessoa por outra, podendo ou não, conduzir ao assédio sexual.

    Em 1996 surgiu um primeiro estudo sobre o assunto, desenvolvido pelo sueco Heinz Leymann, pesquisador em Psicologia do Trabalho. Tal pesquisa envolveu diferentes categorias profissionais durante vários anos e levou à identificação de um certo tipo de comportamento violento, denominado psicoterror.

    Hoje, em vários países, médicos do trabalho, assistentes sociais de empresas, diretores de recursos humanos, comitês de higiene, segurança e condições de trabalho, sindicatos e justiça convivem com o assunto, além de tomarem providências em relação ao fenômeno.

    Em 1998, a psiquiatra, psicanalista e psicoterapeuta familiar, Marie France Hirigoyen lançou, na França, o livro Lê harcelement moral: la violence perverse au quotidien, traduzido para o português em 2001, que se tornou um best-seller rapidamente e abriu, definitivamente, o espaço para um grande debate, seja no mundo da família, seja no mundo do trabalho, a respeito do tema.

    O livro tem como proposta, discutir as transformações ocorridas no mundo do trabalho, inicialmente, e depois, definir, caracterizar e propôr alternativas para o combate do assédio moral, principalmente nas organizações.

    Espero que com esse livro, eu possa contribuir com o debate e a informação sobre um fenômeno que tem crescido assustadoramente nos últimos anos e tem demandado dos envolvidos, providências enérgicas de combate e eliminação do assédio moral da pauta das organizações e principalmente da sociedade.

    Junho de 2015

    Max G. F. Romani

    ÍNDICE

    Prefácio

    CAPÍTULO 1 - O MUNDO DO TRABALHO

    Introdução

    A origem da palavra trabalho

    Pequeno histórico do trabalho

    CAPÍTULO 2 - O ASSÉDIO MORAL NAS ORGANIZAÇÕES

    Definição

    Importância do tem a

    Os vários tipos do fenômeno

    Como se dá o assédio moral

    Deturpações do termo assédio moral

    O que favorece o assédio moral

    O que não é assédio moral

    O perfil da vítima

    O (s) assediador (es)

    Repercussões sobre a saúde do assediado

    Os métodos do assédio moral

    Alguns números sobre o fenômeno

    Subjetividade e assédio moral

    CAPÍTULO 3 - PREVENÇÃO

    Prevenção e gerenciamento do assédio moral

    O que o assediado pode fazer

    A prevenção no nível da empresa

    Os interventores na situação de assédio

    Leis e projetos sobre o assédio moral

    CAPÍTULO 4

    Considerações finais

    Bibliografia

    CAPÍTULO 1

    O MUNDO DO TRABALHO

    Introdução

    O trabalho confunde-se com a história da humanidade, pois a necessidade

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