Ética para Escreventes: roteiro de conduta para funcionários das delegações extrajudiciais
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Sobre este e-book
A síntese do comportamento ético proposto aos escreventes é muito útil para quem já está na carreira extrajudicial e também para os candidatos a nela ingressar, submetendo-se aos concursos regularmente realizados pelos Tribunais de Justiça dos Estados, para outorga de delegações e para as remoções entre as várias categorias.
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Ética para Escreventes - José Renato Nalini
Sumário
1. ÉTICA SERVE PARA QUE?
Todos os problemas do Brasil – e do mundo – convergem para uma só causa: a falta de ética.
Essa a matéria-prima de que a humanidade se ressente, a despeito de tantas conquistas científicas e tecnológicas.
Não é que a palavra ética tenha sido excluída do dicionário. Ela continua muito citada. Está em todos os discursos, aparece em livros, ensaios, doutrinas e teses. A política é o terreno em que mais se pronuncia o verbete ética. Mas é, também, um dos espaços em que ela é menos praticada.
Portar-se eticamente é procurar o bem, sem prejudicar ninguém. Deveria ser a preocupação de todos. Mas o progresso material da sociedade humana caminha por vias próprias. Nem sempre coincidem os propósitos e as práticas. O egoísmo faz com que as pessoas se preocupem exclusivamente com seus próprios problemas e com a busca individual da felicidade, alienando-se de partilhar os sofrimentos dos outros. Cada qual já tem sua carga de aflições e ela parece suficiente. Dizia-se há algum tempo: "você, para mim, é problema exclusivamente seu". Traduz o sentimento predominante na maior parte da convivência.
Entretanto, um pouco de reflexão – e mais do que isso, de vivência – ética seria suficiente para tornar o mundo melhor. Se eu não tenho condições de transformar todo o planeta, é certo que detenho a prerrogativa de converter aquele espaço em que vivo e convivo, num ambiente mais ameno, cordial e acolhedor. Por que prosseguir nesta aparente guerra de todos contra todos
? Por que rivalizar, competir, criticar, maldizer, ofender? Não somos capazes de um comportamento melhor?
Toda revolução tem início na consciência. Um ser humano convencido de que fazer o bem é compensador e que se afaste da turba de inclinação contrária, – aquela que prefere a senda do mal – representa um ganho incomensurável na elevação do grau civilizatório da humanidade.
Para isso serve a ética: para realimentar a nossa consciência. E o que é a consciência: ela "corresponde exatamente ao poder de escolha de que o ser vivo dispõe; é coextensiva à franja de ação possível que cerca a ação real; consciência é sinônimo de invenção e de liberdade"¹.
As reflexões que seguem se propõem exatamente a isso: revisitar nossa consciência, verificar se temos contas a acertar com ela, se nossos parâmetros ainda valem ou devem ser recalibrados. É um exercício que independe de qualquer pressuposto e de qualquer condição, a não ser a própria vontade.
Pode ser que surjam dúvidas. É possível fazer alguma diferença a partir de uma só pessoa? Vai mudar algo no mundo? O que fazer?
À indagação O que fazer
, responda-se:
"Alguém pode argumentar que não está ao nosso alcance, simples cidadãos do povo, a possibilidade de redigir normas, tomar as medidas que acabem com a situação pública que nos engolfa; não está ao nosso alcance pôr fim à falta de honradez demonstrada por alguns personagens... Isto quer dizer que não podemos fazer nada? É claro que podemos fazer, e muito. Temos que começar a transformar a nós mesmos, a trabalhar em prol da nossa melhora pessoal; se fizermos isto a sociedade irá se modificando, porque nós somos a sociedade...²"
Todos conhecemos exemplos de pessoas que, a despeito do mal-estar geral, desta sensação de desconforto que nossos tempos nos propiciam, continuam a fazer o bem. Isso as torna oásis humanos e bússolas morais, nas quais podemos nos inspirar.
1 BERGSON, Henri, A evolução criadora.
2 TIERNO, Bernabé, autor espanhol, citado por Emiliano Gómez, no livro Liderança Ética, Um desafio do nosso tempo.
2. CONCEITO DE ÉTICA PARA ESCREVENTE
Conceitua-se ética de múltiplas formas. É a ciência moral do homem vivendo em sociedade. É parte da filosofia, tanto que também chamada filosofia moral. Ela é uma dimensão essencial da existência humana.
Todos possuem alguma espécie de moral espontânea, um conjunto de ideias e critérios de acordo com os quais os indivíduos tomam determinadas decisões relativas ao seu comportamento concreto e à direção que pretendam imprimir à sua vida.
"Que tipo de pessoa quero ser?, é algo que nos vem à mente, em todas as fases da vida. Mas, principalmente, nos albores da maturidade. Qual a criança que não ouviu a inafastável pergunta:
O que você vai ser quando crescer?".
Se excluirmos a patologia, nenhuma delas responderá: "Quero ser bandido!". A intenção das pessoas normais é serem bem-sucedidas. O anseio humano é ser afetivamente acolhido. Reconhecido, amado, integrante de um grupo que o considere e ao qual ele também considere e