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E-book130 páginas2 horas

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Sobre este e-book

Marly Ferreira é a mulher negra que eu tanto tenho sonhado. Como homem negro desejo que todas as mulheres negras brasileiras se inspirem em Marly, que encarnou sua própria experiência de vida numa historia que tem como protagonista uma mãe divorciada que soube liderar a educação dos seus filhos aponto de transcender, dando vida a uma eximia escritora. Parabéns Marly, você simboliza o que eu tanto sonho para todas as mulheres negras brasileiras: Respeito, direitos, intelectualidade e participação nas decisões do nosso país. Não conheço Marly pessoalmente, e a sinopses do seu mais recente livro chegou as minhas mãos enviado por ela. Obrigado irmã! Estou ansioso para conhecê-la pessoalmente e o farei tão logo eu pise na “minha terra brasileira” Recordar, trazendo de volta ao coração conta a história de duas mulheres que lutam pela sobrevivência de forma diferente. O livro conta com a beleza de uma trama que se desenrola, na maior parte, da cidade de Volta Redonda, referência de industrialização e modernidade do Brasil na metade do Século XX. Narra, primeiramente, a história de uma família liderada por uma mulher forte e guerreira, que soube dar o exemplo para seus filhos a se portarem na vida também como fortes e guerreiros, como a trajetória de Marly Ferreira, repleta de desafios, milagres e vitórias. Em Recordar, trazendo de volta ao coração, aplica-se a máxima: “Minha vida dá um romance”. O livro aborda vários temas de grande relevância, dentre elas a questão do aborto, a amizade, e os sentimentos de um modo geral. Contudo, a abordagem principal é o amor de Marly por sua mãe. Uma mulher do interior, que deu sua vida para criar seis filhos, mesmo sem seu marido ao lado. Para Marly, a mãe foi uma heroína, uma mulher guerreira, aquela que a socorria em seus momentos de insegurança e medo. O livro de Marly Ferreira chega às livrarias num momento de turbulência social que sem duvidas contribuirá como referencia para reflexão da situação social do nosso país.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de fev. de 2016
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    Recordar - Marly Ferreira

    Recordar, Trazendo de Volta ao Coração

    Marly Ferreira

    Recordar, Trazendo de Volta ao Coração

    Sobre o livro

    Direitos Autorais

    Prefácio

    Sobre  a Autora

    1 - Processo revolucionário

    2 - Direito de nascer

    3 - O bairro de periferia

    4 - A sobrevivência

    5 - Virtudes da natureza

    6 - No topo da montanha

    7 - Alegria de viver

    8 - Manhã de Sol

    9 - Preparar o casamento

    10 - A tempestade passa

    11 - De volta ao lar

    Sobre o livro

                      Marly Ferreira é a mulher negra que eu tanto tenho sonhado. Como homem negro desejo que todas as mulheres negras brasileiras se inspirem em Marly, que encarnou sua própria experiência de vida numa historia que tem como protagonista uma mãe divorciada que soube liderar a educação dos seus filhos aponto de transcender, dando vida a uma eximia escritora. Parabéns Marly, você simboliza o que eu tanto sonho para todas as mulheres negras brasileiras: Respeito, direitos, intelectualidade e participação nas decisões do nosso país. Não conheço Marly pessoalmente, e a sinopses do seu mais recente livro chegou as minhas mãos enviado por ela. Obrigado irmã! Estou ansioso para conhecê-la pessoalmente e o farei tão logo eu pise na minha terra brasileira Recordar, trazendo de volta ao coração conta a história de duas mulheres que lutam pela sobrevivência de forma diferente.

                     O livro conta com a beleza de uma trama que se desenrola, na maior parte, da cidade de Volta Redonda, referência de industrialização e modernidade do Brasil na metade do Século XX. Narra, primeiramente, a história de uma família liderada por uma mulher forte e guerreira, que soube dar o exemplo para seus filhos a se portarem na vida também como fortes e guerreiros, como a trajetória de Marly Ferreira, repleta de desafios, milagres e vitórias.

          Em Recordar, trazendo de volta ao coração, aplica-se a máxima: Minha vida dá um romance. O livro aborda vários temas de grande relevância, dentre elas a questão do aborto, a amizade, e os sentimentos de um modo geral. Contudo, a abordagem principal é o amor de Marly por sua mãe. Uma mulher do interior, que deu sua vida para criar seis filhos, mesmo sem seu marido ao lado. Para Marly, a mãe foi uma heroína, uma mulher guerreira, aquela que a socorria em seus momentos de insegurança e medo. O livro de Marly Ferreira chega às livrarias num momento de turbulência social que sem duvidas contribuirá como referencia para reflexão da situação social do nosso país. Mais uma vez parabéns Marly.

    Copirraite

    Autor

    [Marly Ferreira]

    Editor

    [Confraria de Autores]

    Copirraite © 2016 Marly Ferreira

    Primeira publicação usando Papyrus, 2016

    ISBN : 9788566185195

    • Este livro pode ser adquirido por educação, negócios, vendas ou uso promocional. Edição on-line também está disponível para este título. Para mais informações, contacte o nosso departamento de vendas corporativas / institucionais: (21) 983139224 - (24) 992099915 - Website: www.marlyferreira.com

    • Embora toda precaução tenha sido tomada na preparação deste livro, a editora e os autores não assumem nenhuma responsabilidade por erros ou omissões, ou por danos resultantes da utilização das informações aqui contidas.

    Prefácio

          É grande a alegria que tenho de poder apresentar o livro, o primeiro filhinho literário da Marly, fruto de um grande espírito de observação, de encantamento e aprendizagens da vida. Conheci Marly Ferreira nos tempos áureos de um centro de Teologia e Espiritualidade para leigos, vinculado à PUC-Rio, no final da década de 90. Marly sempre foi muito aplicada, estudiosa e séria. Gosta das coisas bonitas e que tenham vínculo com a vida, com a realidade e espiritualidade. Não é muito comum que as pessoas tenham esse gosto e percepção pelos dois lados da mesma moeda, que é a vida nas suas expressões concretas e a vida na sua dimensão transcendental. Transformar as percepções em texto literário é um outro grande desafio, que muitas pessoas não conseguem fazer, mas, com muita propriedade e estilo,               Marly conseguiu nesse seu primeiro ensaio. A forma de elaboração dos textos é muito sutil e envolve o leitor no desenvolvimento e na evolução do enredo, o que confere beleza e graça ao conjunto todo. Em forma de contos, Marly compôs o seu trabalho de modo muito pessoal, intuitivo e estilístico. 

                Aparentemente, poderiam ser situações corriqueiras da vida, mas é partindo de um destaque especial da vida, como a periferia, alegria de viver, direito de nascer e virtude da natureza que a autora conduz o leitor a pensar, raciocinar e tomar posição diante daquilo que muitas vezes nos anestesia e nos torna indiferentes. 

              Ao ler esses contos, o leitor é provocado a não passar pela realidade da vida sem contemplar, sem perceber e sem se responsabilizar. O universo está em nossas mãos e dentro dele está o sagrado que é nossa vida e a dos nossos irmãos. 

                 Somos todos responsáveis, somos todos cúmplices e também senhores. Poderíamos ser todos mais felizes se entendêssemos que somos todos filhos de um mesmo Pai celeste e de uma mãe natureza. O amor nos permitiria regenerar a vida num utópico paraíso terrestre onde o direito de nascer e a alegria de viver palpitasse em cada coração. 

    Rio de Janeiro, 12 de outubro de 2013, dia de todas as crianças, alegria do universo.

    Prof. Dr. Frei Isidoro Mazzarolo

    Sobre  a Autora

                      Marly Ferreira, nasceu em 26 de abril 1957, em Volta Redonda, Estado do Rio de Janeiro. É casada com José Antonio desde 1978 e mãe de cinco filhos. Cresceu lendo romances e aprendeu a amar a leitura quando ainda era criança. Concluiu seus estudos em Ciências Físicas e Biológicas, com muita dificuldade visual e financeira. Depois de formada trabalhou por algum tempo como professora de Ciências e Biologia em sua cidade natal e em Brasília DF. Concluiu o curso de Teologia pela Faculdade do Seminário Unido, tornando-se especialista em Ciências da Religião pela Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro.

                    Sempre sonhou em escrever suas próprias histórias, o que veio acontecer após ver seus filhos criados e encaminhados na vida. A autora tem por objetivo acompanhar os grandes mestres literários e embrenhar-se pela literatura moderna e criativa. Escreve com o coração e seu maior desejo é incentivar o leitor a amar a leitura. A autora afirma que a despeito das mudanças recente na constituição e do novo modelo de família, na legalização de aborto, nas privatizações que dão margens à exploração de recursos naturais deve-se buscar alternativas de consumo reciclado e priorizar a vida.  

                  Organizou grupos de apoio as mulheres, com o intuito de buscar o enfrentamento do cotidiano de uma forma mais racional. Ao iniciar a carreira como escritora, pretendia escrever sobre a excepcional família, mãe de cinco filhos, e  casada com José Antonio Medeiro da Silva desde 1979, e avó vários netos. Mas ao findar o primeiro livro lhe veio à memória uma infinidade de momentos que precisavam ser eternizados e com certeza se empenhará em colocá-los no próximo livro.

    1 - Processo revolucionário

         A profunda insatisfação popular oriunda da crise econômica e política fazia parte do cenário nacional. No final de 1929 já havia quase dois milhões de desempregados por todo o país, e a aguda crise mundial deflagrada pela quebra da bolsa de Nova Iorque atingiu duramente a economia brasileira. Fábricas fechavam, ocorriam demissões em massa e os salários despencavam. 

          As cotações do café no mercado internacional estavam em declive. Principal produto das exportações brasileiras, o café permanecia estocado, o pânico se alastrava entre os fazendeiros, a fome e o desemprego assombravam o povo. As alternâncias de governo, esquema chamado de café com leite, já estava abalado e fragilizado pela supremacia dos interesses pessoais. Decorrido alguns anos na década de 50, nascia ao Sul do Estado do Rio de Janeiro a cidade de Volta Redonda, às margens do rio Paraíba do Sul, recebendo este nome devido à curva do rio que percorre a sua extensão territorial, posição esta privilegiada, por estar bem abastecida pelas águas, proporcionando a facilidade de escoamento de matérias-primas e industrializados, e também por ser uma cidade estrategicamente localizada entre o eixo Rio–São Paulo e Minas Gerais. Todos podiam prescindir o forte potencial deste vilarejo, que diariamente se transformava em um centro urbano. Muitos barracões eram construídos, famílias vinham de fora e outras recebiam seus conterrâneos que souberam da notícia de prosperidade e fartura da boa terra. 

          Pessoas empilhando-se em cômodos improvisados por toda parte, isto era o habitual do papa-goiaba. A cidadepadrão estava sendo construída por mineiros, na sua maioria ex-lavradores que deixavam as roças de plantações de café para se aventurarem em um novo ramo de empreendimento. A Companhia Siderúrgica Nacional se erguia como símbolo da nova visão progressista, o pacto industrial de Getúlio Vargas. Homens e mulheres de todo o país e do exterior eram atraídos para cá, mas, principalmente, os das Minas Gerais, que outrora fora o esplendor do país, em sua fase áurea; agora, no momento totalmente decadente, exportava mãos de obra baratas e desqualificadas para todas as partes do Brasil e do mundo. Da janela de casa, José Hipólito acompanha com o olhar as duas mulheres que chegam apressadas do armazém. 

          A grávida era sua esposa e a outra, franzina e sorridente, sua irmã mais nova, que lhe acompanhara de Ponte Nova para ganhar a vida na cidade ainda embrionária. Ele estava preocupado com a demora das mulheres, que não podiam andar sozinhas pelo acampamento, pois osarigós — assim eram chamados os empregados que vieram para a construção da cidade — costumavam incomodar principalmente as mulheres que andavam desacompanhadas. Sentia seus cabelos arrepiarem só de pensar na barbaridade que acontecera a certa mocinha que saíra de casa ao anoitecer. Precisava cuidar muito bem de sua irmã, que ficara órfã tão cedo; mas dentro de pouco tempo tudo estaria resolvido. Pensou: Ormezinda,sua irmã caçula, arrumará um bom casamento e não precisará lavar roupas para os peões. Maria Corrêa,

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