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Crônicas Do Cotidiano
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Crônicas Do Cotidiano
E-book96 páginas1 hora

Crônicas Do Cotidiano

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Sobre este e-book

O livro Crônicas do Cotidiano de Rockson Pessoa reflete um olhar de um jovem que se atém aos simples, mas não pequenos, significados da vida. Fugindo de certas naturalizações de nossas relações sociais, trata-se de um livro que desperta o interesse no leitor e convida-nos a refletir sobre as nossas práticas cotidianas, dos momentos de solidão, lembranças de nossa infância, amizades, e os rumos da vida de alguém de pouca idade mas tão sentinte. A pretensão do autor neste livro é simplesmente compartilhar seus pensamentos, suas angustias, seus afetos e desafetos que tanto colaboram para nos tornar humanos em demasia.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de ago. de 2016
Crônicas Do Cotidiano

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    Crônicas Do Cotidiano - Rockson Costa Pessoa

    Crônicas do Cotidiano

    Singular ponto de vista

    Rockson Costa Pessoa

    © 2016 by Rockson Costa Pessoa.

    All rights reserved.

    2. ed. 2016; 1. Impressão

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte dessa publicação

    poderá ser reproduzida de qualquer modo ou por qualquer outro

    meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou

    qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de

    informação, sem prévia autorização, por escrito, do Autor.

    Ficha catalográfica

    Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os

    dados fornecidos pelo (a) autor (a).

    Pessoa, Rockson Costa.

    Crônicas do Cotidiano: Singular ponto de vista. 2a Edição /

    Rockson Costa Pessoa., 2016.

    127 p. ; 21 cm

    1.Cotidiano. 2. Percepções 3. relatos. 4. Vivências. 5. Teste-

    munho.

    I. Pessoa, Rockson. I. Título

    2016

    Direitos exclusivos para a língua portuguesa de Rockson Costa Pessoa

    rockson_pessoa@hotmail.com

    Sumário

    Quando a terra engole o sol....................................................11

    Porque o mal não está lá fora.................................................14

    Nossos pais já sabiam…........................................................16

    Definições, chicletes e apego.................................................18

    Lobos, monstros e realidade..................................................20

    Queimar etapas......................................................................23

    Essencialidades......................................................................25

    Páscoa e embalagens descartáveis.........................................28

    Vida de cão.............................................................................31

    Por favor, nos devolvam os monstros....................................33

    Sementes e eternas confabulações.........................................37

    Dos mesmos ciclos.................................................................40

    A face oculta da lua................................................................43

    Para falar de flores..................................................................45

    Seres humânicos.....................................................................48

    Falar de estrelas......................................................................52

    Tributo ao fusquinha 81.........................................................55

    Conversas virtuais..................................................................59

    Porque palhaços também choram.........................................61

    Anônimo tempo......................................................................64

    Como nascem os sonhos........................................................66

    O centro de tudo.....................................................................69

    Quando os navios têm de retornar.........................................72

    Amenidades, conversas e amizade........................................75

    Seres plásticos........................................................................78

    Por que crescemos?................................................................83

    O louco, o cachorro e a rua....................................................85

    Mais um sonho para sonhar...................................................87

    Falando de amor.....................................................................90

    Amor no meu ponto de vista..................................................93

    Porque no fim queremos amar..............................................96

    Enquanto o amor não chega..................................................99

    Entre o amar e o perder........................................................101

    Náufrago...............................................................................105

    Ferro e carne.........................................................................107

    Felicidade Parasitária...........................................................110

    Quando será que acaba o amor............................................112

    É mais uma história de amor................................................115

    Teoremas, definições e uma pitada de alho.........................119

    Barcos e amarras: falando sobre sociopatia.........................121

    Tragédia de realengo – o que se pode dizer?.......................127

    Fantasia, praias e tartarugas marinhas.................................131

    Sobre o que não se pode prever............................................133

    Sob o olhar de espelhos inconsequentes..............................136

    Está faltando gente...............................................................140

    Dedicatória............................................................................143

    Para Klicyane e Bernardo.

    Preâmbulo

    O melhor drama está no espectador e não no palco

    (Machado de Assis)

    Apresentação

    Esta é a segunda edição do livro Crônicas do Cotidiano:

    singular ponto de vista, tendo o seu primeiro lançamento

    ocorrido no ano de 2012. Ele reúne uma série de textos que

    foram elaborados ao longo de quase 6 anos (2006 – 2012),

    com esta reimpressão facilmente chegamos a uma década de

    reflexões.

    Ao longo destas 150 páginas vocês observaram um estilo de

    escrita que foi se desenvolvendo ao longo do já citado período.

    É um registro de percepções, testemunhos, reflexões… São

    escritos e registros de minha residência em Manaus, de minha

    permanência em Porto Alegre (talvez o período em que mais foi

    fecundo e protetivo escrever).

    As palavras não envelhecem! Eu particularmente acredito

    nisso, mas nossas percepções modificam-se, e isso é na

    maioria das vezes esplêndido. Muito do que escrevi e do que

    narrei nestes textos representam um meu testemunho de tudo

    que observei e ponderei sobre as coisas e pessoas.

    Ao reimprimir esta obra espero tão simplesmente

    compartilhar meus registros iniciais - permitir que você possa

    ver fenômenos tão nossos pelo meu ponto de vista. Longe de

    querer deter a razão e a verdade, quero apenas dar conta de

    meu testemunho, do nosso tão íntimo e particular cotidiano.

    Rockson Costa Pessoa

    Quando a terra engole o sol

    É quando a terra engole o sol que noto o tempo se esvaindo

    em sua elegância típica. Percebo ainda que não aproveitei ao

    máximo as primeiras horas do dia e que mais uma promessa do

    gênero: hoje eu termino isso! não se concretizou.

    Quando o sol começa a descer as escadas, os pássaros

    fazem suas serenatas ao infinito, como preces desesperadas

    para o dia que ainda irá morrer. É engraçado, enquanto os

    pássaros cantam seu canto triste os homens andam com seus

    carros barulhentos brindando o astrocídio. É não há mais

    respeito pelas perdas das pessoas, tampouco pelas perdas dos

    pássaros.

    E quando a terra engole o sol, os sujeitos bem vestidos se

    colocam nas esquinas a espreita de jovens que desejam ser

    descolados, e assim nasce mais um oprimido. É nessa hora

    também, que algumas moças jovens e bonitas deixam seus

    lares e buscam um ponto para conseguir uma aventura,

    diversão ou apenas uma forma de sobreviver.

    Quando a terra devora o sol, tira de nós o respeito e o amor

    pela vida, pois é geralmente depois que o sol morre que

    algumas dúzias de jovens aparecem crivadas de balas e na

    carteira, nem uma carta de adeus... Neste momento que tudo

    silencia menos as ruas, que se agitam com seus carros,

    disputando pedaços de asfalto. Surgem com seus sons

    barulhentos e suas buzinas. E no céu, fica aquele cheiro

    enjoativo de fumaça – luxo da modernidade.

    É quando a terra engole o sol, que as pessoas se aglomeram

    nas mesas e afogam as mágoas de mais um dia atribulado. É

    nessa hora os amantes desfrutam o silêncio das coisas, e

    parece que o tempo para. E as nuvens demoram em seguir

    seu rumo... Como se parte de nós fosse morrendo. E morre

    mesmo! Penso que nessa hora vamos perdendo um pouco de

    fôlego.

    Quando a terra começa a mastigar os primeiros pedaços do

    sol, as sombras de tudo que há, parecem suplicar… Penduram-

    se em nós e se prendem nas coisas, em um desespero

    silencioso… Formam os retalhos de um adeus pacífico e

    necessário.

    Tudo isso ocorre quando a terra vai engolindo o sol, sem

    pressa e sem culpa. Uma areia movediça impiedosa que rouba

    a luz, para dar lugar à noite que sempre chega mais cedo do

    que queremos. E nesse espetáculo mãos se encontram e

    corações esperam pela a lua que vem brindar o amor. Nessa

    hora os homens passeiam com seus cachorros e alguns outros

    correm pelas praças com seus fones de ouvidos que fazem mal

    a saúde.

    Quando a terra engole o sol, percebo que a vida é uma

    dádiva e que deve ser aproveitada com tudo que temos e

    somos. A verdade é que não há necessidade de chorar, pois só

    se pode nascer quando se está em parte morto. E assim o sol

    segue em sua odisseia infinita de morrer para nascer mais uma

    vez.

    Porque o mal não está lá fora

    Recordo-me da minha infância. Nas tardes corríamos como

    loucos e comumente chegávamos em casa com alguns

    arranhões: era a prova das peripécias de uma infância sadia.

    Eram tantas brincadeiras e tanta aventura, que o tempo era

    curto para nós de pouca idade.

    Quando o sol já se escondia, e os sons eram orquestrados

    com maestria - tudo silenciava. Nossos pais ficavam no portão

    e nos chamavam, na verdade berravam, e ai de quem se

    fizesse repetir. Era o fim de mais um dia e término de mais

    uma brincadeira de rua.

    Eu achava que o mal morava na rua pela parte da noite...

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