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O Instrumento De Justiça
O Instrumento De Justiça
O Instrumento De Justiça
E-book157 páginas1 hora

O Instrumento De Justiça

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Sobre este e-book

O Livro foi escrito no ano de 2000, mas o tema permanece, a cada dia, mais atual. É a história de um jovem que, aos dezesseis anos de idade, entregou-se ao vício. A partir daí, sua vida enveredou-se por um caminho tortuoso onde a presença do crime tornou-se constante. Acompanhe a vida desse jovem até a idade adulta, e também o desfecho das vidas de cada uma de suas vítimas, tanto dos encarnados quanto dos desencarnados. Narra de forma simples o desenrolar da história, quando, no final de tudo, vítimas e algoz acabam por se reunir, ainda na presente reencarnação, levados por ação surpreendente, só capaz de ser compreendida no final, deixando-os na condição de aplicarem a orientação de Jesus quanto à necessidade da reconciliação com o adversário enquanto é tempo. O final é surpreende, também, por que elementos novos se juntam ao desfecho da história, demonstrando a ação da espiritualidade na vida das pessoas, entretanto sem tolher o livre arbítrio ou derrogar as sábias leis da natureza. O desenrolar é rico em manifestações mediúnicas, através da mediunidade ostensiva de uma das personagens, passando pela vidência, psicofonia e até um caso de materialização. Os fatos narrados transitam pelos problemas originários da viciação pela droga, sem, no entanto se constituir no foco principal do enredo. É rico em orientações acerca das reuniões mediúnicas, uso consciente e responsável da mediunidade, explicações resumidas acerca dos mecanismos da mediunidade, humor saudável, obsessão, geografia, botânica, causa e efeito, reencarnação, Justiça Divina... Ao final de cada parágrafo, onde é abordada alguma questão doutrinária, há uma nota de rodapé indicando capítulo ou questão da Obra Básica espírita onde o leitor possa buscar a confirmação da informação e ainda aprender mais a respeito.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de set. de 2016
O Instrumento De Justiça

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    O Instrumento De Justiça - Valdomiro Oliveira Filho

    O Instrumento de Justiça

    A

    caro amigo

    Com votos de paz.

    ,em / /

    Rondonópolis, MT

    2011

    O Instrumento de Justiça

    Valdomiro Oliveira Filho

    2

    Rondonópolis, MT

    2011

    O Instrumento de Justiça

    Filho, Val domi ro Oliveira O

    Instrumento de Justiça-Valdomiro Oliveira Filho;

    Rondonópolis-MT, 2011

    146p.; 14,8 x 21

    I. Espiritismo

    II. Título.

    Direitos autorais protegidos pela Lei 9610/98

    É proibida a reprodução de parte ou da

    totalidade dos textos sem autorização prévia do

    autor.

    3

    Rondonópolis, MT

    2011

    O Instrumento de Justiça

    1º edição

    Junho de 2011

    Revisão: Valdomiro Oliveira Filho

    Capa: Fotografia flor da siriguela

    Arte final da capa: Gráfica Postil.

    Diagramação: Valdomiro Oliveira Filho

    Edição do autor:

    Contato: valdomirofilho@r7.com

    4

    Rondonópolis, MT

    2011

    O Instrumento de Justiça

    Dedicatória

    Dedico este livro aos meus filhos

    Marcelo, Cristiane, Matheus e Leonardo, e aos meus

    netos Gabriele, Murilo, Guilherme e Gustavo.

    Tenho orado a Deus todos os dias para

    que lhes conceda proteção, livrando -os de todo e

    qualquer perigo. Tenho convicção de que Deus ouve

    minhas preces, e também a confiança em cada um de

    vocês, que certamente, ao longo de suas vidas,

    envidarão esforços para que se tornem a cada dia

    pessoas melhores.

    Estejam convictos de que só o amor

    exemplificado por Jesus resume as condições

    necessárias para a construção de personalidades

    saudáveis.

    5

    Rondonópolis, MT

    2011

    O Instrumento de Justiça

    SUMÁRIO

    Prefácio

    07

    Capítulo I

    10

    Capítulo II

    12

    Capítulo III

    27

    Capítulo IV

    31

    Capítulo V

    35

    Capítulo VI

    51

    Capítulo VII

    58

    Capítulo VIII

    73

    Capítulo IX

    95

    Final

    125

    6

    Rondonópolis, MT

    2011

    O Instrumento de Justiça

    Prefácio

    Muitos acontecimentos da vida, bastas

    vezes, parecem injustos e, a dor que ataca se mostra

    muito intensa, superior, até mesmo, às forças do

    momento, conduzindo os seres à desesperança e

    revolta, gerando sentimentos que lhe aviltam a alma.

    Entrementes, a espiritualidade sempre se

    faz presente, promovendo amparo, que se materializa

    por meio de um amigo, de um vizinho, de um irmão,

    de um livro...

    A desventura que atinge o próximo

    retorna ao emissor, em verdadeiro movimento

    cíclico, reparando a dívida contraída, juntando os

    seres para que se ajustem e transformem seus

    instintos primários de ódio e violência em amor.

    A narrativa do querido Irmão José traz,

    de forma viva e pungente, os caminhos tortuosos a

    que as drogas conduz, abrindo a porta da violênc ia e

    do crime.

    Pinta,

    ainda,

    com

    vivacidade,

    o

    sofrimento impingido àqueles que são vítimas de

    delitos, desestruturando a organização familiar e,

    consequentemente, constituindo-se em importante

    condutor ao desvirtuamento do espírito, fomentando

    mais barbáries e delitos.

    7

    Rondonópolis, MT

    2011

    O Instrumento de Justiça

    Transmite, porém, a mensagem dos bons

    espíritos, demonstrando que a Justiça Divina existe e

    nunca é olvidada e tudo o que acontece, inclusive as

    aflições mais desesperadoras, são utilizadas para

    reconduzir os seres às verdades do mundo maior ,

    haja vista que por diversas ocasiões, têm a visão

    enublada com o brilho fugaz da matéria, fomentando

    os sentimentos de orgulho, ganância e prepotência,

    que faz com o homem vilipendie seus semelhantes.

    Este, enfim, é o livro que queremos, no

    âmbito dos encarnados, apresentar ao público, como

    mais um bálsamo que venha luarizar as dores d’alma

    que se veem a braços com ocasiões doridas e

    aparentemente sem uma significação compreensível.

    Rondonópolis MT, 19 de abril de 2002

    Dr. Emerson Odilon Sandim, Procurado r Federal,

    autor

    jurídico,

    membro

    do

    clube

    de

    transcomunicação instrumental e Drª. Shirlei

    Mesquita, jurista, autora de matérias jurídicas.

    8

    Rondonópolis, MT

    2011

    O Instrumento de Justiça

    Reconciliação

    Reconciliai-vos o mais depressa possível com o

    vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho,

    para que ele não vos entregue ao juiz, o juiz não vos

    entregue ao ministro da justiça e não sejais metido

    em prisão. – Digo-vos, em verdade, que daí não

    saireis, enquanto não houverdes pago o último ceitil.

    (S. MATEUS, 5:25 e 26.)

    Se, portanto, quando fordes depor vossa oferenda no

    altar, vos lembrardes de que o vosso irmão tem

    qualquer coisa contra vós, – deixai a vossa dádiva

    junto ao altar e ide, antes, reconciliar -vos com o

    vosso irmão; depois, então, voltai a oferecê -la.

    (S. MATEUS, 5:23 e 24.)

    Como é que vedes um argueiro no olho do vosso

    irmão, quando não vedes uma trave no

    vosso olho? – Ou, como é que dizeis ao vosso irmão:

    Deixa-me tirar um argueiro do teu olho, vós que

    tendes no vosso uma trave? – Hipócritas, tirai

    primeiro a trave do vosso olho e depois, então, vede

    como podereis tirar o argueiro do olho do vosso

    irmão.

    (S. MATEUS, 7:3 a 5.)

    9

    Rondonópolis, MT

    2011

    O Instrumento de Justiça

    CAPÍTULO I

    A chuva está forte. Intensa enxurrada

    corre

    pelo

    meio-fio,

    invadindo

    a

    calçada.

    Relâmpagos iluminam a noite, enquanto os trovões

    quebram o silêncio. O vento provoca ruído

    semelhante ao uivo de um lobo, e faz com que os

    fios da rede de energia elétrica balancem

    perigosamente.

    Silveira afasta-se da vidraça embaçada

    massageando ambos os braços, que estão arrepiados

    por causa do frio, e volta para a tosca mesa

    localizada no centro do pequeno quarto de pensão

    onde se hospedara naquela noite.

    É um homem alto e magro, de cabelos

    pretos e revoltos, parecendo estar sempre em

    desalinho. Uma bota de bico fino, calça jeans,

    cinturão de fivela larga e camiseta formam sua

    indumentária. Seu aspecto pode infundir medo, pela

    rudeza de seus traços, mas seus olhos, nesse

    momento, traduzem a natureza dos tormentos de sua

    alma.

    O aposento é simples e limpo. Há uma

    cama de solteiro, coberta com lençol azul claro, uma

    mesinha de madeira e um banquinho de assento

    almofadado e pernas tubulares, a contrastar com o

    resto da mobília.

    10

    Rondonópolis, MT

    2011

    O Instrumento de Justiça

    Arrasta o banquinho e senta-se, fincando

    os cotovelos sobre a mesa. Apoia o rosto entre as

    mãos e olha, fascinado, a arma à sua frente. Como

    um autômato, pega-a e a leva à cabeça, mas nesse

    instante reluta. A deposita sobre a mesa enquanto

    lágrimas que tenta reter teimam em rolar por suas

    faces.

    Fitando-a nela vê desfilarem imagens de

    uma vida. Recorda-se de como tudo começou.

    Lágrimas mais abundantes e quentes agora rolam

    livremente por suas faces sulcadas de rugas precoces.

    Navega nas ondas do tempo e resgata

    dos escaninhos de sua memória lembranças que lhe

    são amargas. Se pudesse apagaria as cenas que

    revivificava, mas elas permanecem fustigando -o,

    tornando cada vez mais evidente a aflitiva sensação

    mesclada de arrependimento e remorso.

    11

    Rondonópolis, MT

    2011

    O Instrumento de Justiça

    CAPÍTULO II

    Navegando no mar encarapinhado de

    suas lembranças, Silveira se vê com dezesseis anos

    de idade em um salão que regurgita.

    O ar está carregado de perfumes, fumaça

    de cigarro e suor. A música é assustadoramente alta,

    e no seu ritmo frenético os corpos se agitam,

    rodopiam

    e

    desenvolvem

    uma

    coreografia

    sincronizada.

    Uma névoa branca irrompe de todos os

    lados ao mesmo tempo em que ecoa estridente sirene

    e um jogo de luzes começa a piscar. Gritos e

    assobios entusiásticos escapam de muitos lábios .

    Depois de permanecer algum tempo

    imerso nesse frevo ele sai do recinto acompanhado

    por Celino e Eleutério, seus melhores amigos.

    Sopra uma brisa leve e fresca e o relógio

    já marca mais de meia noite. Havia caído uma chuva

    fina.

    No vigor de sua juventude os três

    garotos riem e brincam. Caminham pela rua, àquela

    hora deserta. Convergem à esquerda e em uma parte

    mais escura, sob a copada de uma Delonix regia

    popularmente

    conhecida

    como

    Flamboyant,

    considerada uma das árvores mais belas do mundo,

    devido ao colorido intenso de suas flores , param.

    12

    Rondonópolis, MT

    2011

    O Instrumento de Justiça

    Celino retira da meia um embrulho envolto em

    plástico onde há pequena quantidade de substância

    entorpecente. Percorre os olhos em todos os

    sentidos e não constatando a presença de estranhos

    confecciona um cigarro. Acende-o e aspira a fumaça

    com prazer, soltando-a ainda quente dos pulmões.

    Passa o cigarro aos outros dois, mas quando chega a

    vez de Silveira a imagem de seus pais assoma à sua

    mente perturbando-o. Um sentimento de culpa

    começa a se formar, mas diante

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1