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Aquele Amor
Aquele Amor
Aquele Amor
E-book311 páginas4 horas

Aquele Amor

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Sobre este e-book

Esta é mais uma história de amor como muitas outras, porém como muitas outras com um enredo diferente. Uma história contada sem regras e sem pudor. Uma mulher ou um homem pode pensar que é imutável, mas existe um fator que não pede licença, ele chega e dita suas próprias regras. Do encontro casual e perturbador nasce uma atração irresistível que vai fazer os dois descobrirem o que há de melhor na vida. Marta descobrirá o quão profunda e intensa sua vida sexual pode ser e começará a perceber que o seu corpo não foi feito para o que é comum. Jônata e Marta irão descobrir que a vida é construída com grandes amores e muitos amores, mas existe somente um que nos transforma e nos completa, eu estou falando DAQUELE AMOR.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de out. de 2016
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    Aquele Amor - A P Canuto

    CAPÍTULO UM

    – Droga! Droga! Droga!

    Minhas pernas se mexiam como se eu não pudesse coordená-las, mas pelo menos eu estava dando uma direção. Muito bem, tudo ok! Eu só tenho que entrar na sala de embarque e pronto. Isso! pare de correr, respire e siga em frente, você consegue. ok. Isto eu sempre dizia a mim mesma, era uma forma de ter alguém me controlando, e como eu não confiava em mais ninguém para essa tarefa...

    Tudo bem Marta, você conseguiu!, eu falava para mais um obstáculo passado. Bem, eu já estava dentro do avião, então... Não achem que sou louca, só tenho que repassar fatos em minha mente e checar se cada etapa em minha vida está sendo feita com organização, em sequência e com objetivo, por isso falo como se estivesse colocando um sinal de check. Tudo bem, eu sou um pouco louca, mas acredito que tenho a vida mais organizada e direcionada de todos. Sempre fui de programar tudo, desde criança, lembro-me de fazer isso até com minhas bonecas, por isso demoraram tanto tempo sobre a terra. Isso foi um pouquinho insano para uma criança, e nem posso dizer que seja por causa da minha criação. Meus pais sempre foram muito sossegados e sempre me diziam que tudo acontece na ordem que a vida quiser, nós somos apenas seres levados pela vida e temos que esperá-la fazer isso, coisa que nunca aceitei, então não é algo hereditário, deve ser um dom, sempre que penso nisso começo a rir de mim mesmo. Minha vida, como eu falei, é exatamente como eu programo. Tudo que está nela está exatamente onde eu coloquei, e ai de quem ao menos tentar tirar algo do lugar.

    Uma senhora estava bem no corredor, na minha frente, provavelmente procurando sua poltrona e a minha paciência já estava a 100ºC. Eu estava entrando em ebulição, mas me contive, ela era apenas uma senhora. Ahan! Uma senhora que acabara de pisar em meu pé. Marta, Marta, tudo vai ficar bem, você passa por ela e senta na sua poltrona, e tudo vai ficar bem!, com mais 100°C em meu cérebro falei vagarosamente.

    – Senhora...

    Uma mulher muito simpática e com grande sorriso no rosto se virou rapidamente para mim, me fazendo sentir a culpa e a vergonha ao mesmo tempo.

    – Minha querida, me desculpe, eu estou procurando a minha cadeira, mas estou demorando a encontrá-la.

    Ela falava com o papel na mão. Então para me sentir melhor pedi o papel.

    – Eu poderia dar uma olhada?

    – Claro minha filha, muito obrigada pela ajuda, são pessoas assim que o mundo precisa.

    Ela não tirava aquele sorriso do rosto, mas era confortável olhar em seus olhos, lembrava muito minha querida vovó Ana. Olhei o número da sua poltrona, ficava no lado direito do corredor bem ao lado de onde eu iria ficar. Olhei em direção ao local e vi.

    – Pronto! Achei. A senhora me acompanha, fica perto da minha.

    – Ah, que bom, filha!

    Graças a Deus que a senhora andou mais rápido, e eu pude mover meus pés. Chegamos a sua poltrona, ajudei a simpática senhora acomodando suas bagagens de mão e a ajudei a sentar.

    – Filha, Deus a abençoe muito e te dê aquilo que você mais deseja.

    E o sorriso ainda estava lá.

    Eu retribuí com um sorriso todas as suas palavras, e com algo que contagia me virei para o meu lugar ainda com o mesmo sorriso, mas de repente aquele sorriso genuíno desapareceu. Primeiro, deixe-me contar a minha historia com os aviões. Desde pequena sempre adorei andar de avião, e sempre tive o meu lugar cativo. Lembro-me de que meu pai sempre reservava este lugar pra mim e dizia: tá vendo? você está nas nuvens. Eu sempre sorria para ele como se ele estivesse me dando algo extraordinário. Como eu falava, desde criança sempre sento no lugar onde eu possa ver as nuvens e tudo mais que tenho direito, eu sei, pode ser criancice, mas ninguém faz ideia, eu nunca sentei em outro lugar que não fosse a janela, é bobo? Muito bem, vou explicar melhor, eu já cancelei viagens por não ter Janelas disponíveis.

    Eu ainda estava parada em frente a minha poltrona, e já sentia a cabeça a uns 500° C, mas mesmo assim eu sabia me controlar.

    – Senhor.

    Um homem com um jornal na mão, com óculos escuros e uma seriedade que aprovei de cara olhou para mim subitamente, sorri mostrando ser amigável para o que iria dizer-lhe.

    – Acho que o senhor sentou na cadeira errada.

    O homem olhou para mim e rapidamente checou seu bilhete.

    – Não. Acho que não. Estou no lugar certo.

    Disse com um sorriso hesitante. Ok Marta, controle-se, ele parece ser um homem calmo e educado, se você conversar ele te dará a cadeira.

    – Senhor, eu sempre sento na Janela. Sempre reservo com antecedências para não acontecer isso que está acontecendo agora. Sei que deve ter havido um engano e colocaram o mesmo número para nós dois.

    O homem olhava para mim, agora em compreensão.

    – Então acho que devemos chamar a aeromoça e ela nos dirá algo.

    Ele ficou em pé. nossa que homem alto e elegante. Chamou a aeromoça que veio de prontidão e começou a explicar toda a situação. Eu o fitava enquanto ouvia sua explanação. Ele falava educadamente e num tom somente audível para nós e sua voz era de uma rouquidão eloquente. Enquanto falava tirava seus óculos, e pude ver seus olhos verdes e hipnotizantes. Ele falava enquanto eu estava no mundo em que eu controlava e checava cada coisa ao redor. Esse era meu mundo. Eu o olhava com atenção. olhos verdes. check. boca e sorriso maravilhoso. check. Cabelos macios. check. Corpo escultural. check.

    – Senhora, senhora...

    – Sim! – falei saindo do meu transe.

    – Então, eu acho que houve um erro mesmo. – ele falou em um sorriso.

    – Ah, eu sabia! Bem, agora que resolvemos, vamos nos acomodar, o senhor pode me dá licença e faremos uma ótima viagem. – falei com uma simpatia nos lábios.

    – Não entendi. – o homem franziu a testa.

    – Vamos nos sentar. Estou pedindo sua licença para que eu possa me sentar no meu lugar e possamos seguir viagem, obrigada.

    – Não, isso eu entendi, o que eu não entendi senhora, foi o fato de o bilhete está errado e a senhora deduzir com isso que o errado seria o meu. - o homem falou passando a mão no cabelo e sorrindo educadamente de lado.

    – Bem, eu deduzi porque sempre compro com antecedência, e sempre sento na Janela então... – falei com uma voz já em baixo tom, agora hesitante na minha educação.

    – Senhora... – ele disse dando uma risada perturbante. – Eu também reservei.

    Olhei para ele sem sorriso algum em meu rosto. Depois olhei para a aeromoça que o fitava como se estivesse olhando para o manjar do céu.

    – O que eu sei senhor é que comprei minha passagem para a Janela e parece que não há mais nenhuma Janela vaga, pelo que vejo. – olhei o avião por inteiro. - Somente esta aqui, aonde me sentarei. – certo, sei que fui muito arrogante. A aeromoça olhou para mim com preocupação.

    – Senhora, como vê não temos outra Janela, é melhor se sentar na poltrona ao lado, tenho certeza que também será confortável.

    – Isso mesmo, será uma viagem confortável. – o homem falou, me fazendo tremer de raiva. eu não acredito que eu não ia sentar na Janela, eu simplesmente não viajaria, mas eu tinha que está à noite em Porto Madeira, eu e minha mãe havíamos combinado tudo, eu chegaria pra fazer a surpresa.

    – Senhora apesar de ter sido um erro, e peço desculpas por esse transtorno, vejo que ele chegou primeiro. – o que?! Ela estava defendendo o homem?! Claro, claro que estava. Ela estava hipnotizada por aquele homem gostoso. Tá! Eu não tiro a razão dela, mas é a Janela em jogo, e eu lutaria por ela até a morte.

    Eu olhava para a aeromoça em busca de uma solução enquanto ela sorria para o homem a nossa frente.

    – Então quer dizer que eu vou ficar no prejuízo?! Olha aqui! Eu vou processar essa empresa e nunca mais viajarei nela!

    – Senhora, fique calma, infelizmente não temos o que fazer. Como a senhora vê, não temos mais...

    – EU JÁ SEI QUE NÃO TEM MAIS JANELA! QUE DROGA! – eu gritei e todos olharam para mim. A aeromoça estava de olhos arregalados e o homem continuava sorrindo como se nada tivesse acontecido.

    – Senhora...

    – O que?!

    – Minha criança, não faça nada, ela não tem culpa. Fique calma. Sei que é uma jovem educada e sentará ao lado desse jovem rapaz, que por sinal é muito lindo, sorte sua.

    Não acredito! revirei os olhos e olhei para a senhora que estava observando tudo. E até ela estava encantada por aquele babaca. Isso mesmo, ele não me dava à cadeira, portanto era um babaca. Ele sorriu em agradecimento. Olhei para ela e sorri forçadamente. Ela piscou para mim como se estivesse me dando conselhos e eu me senti vencida. Todos estavam contra mim. A aeromoça, o babaca e a velha. Eu estava só e tudo porque ele era aquilo.

    – Certo. Desculpe-me. – eu falei para a aeromoça.

    – Não se preocupe senhora. - Ela disse com um sorriso de volte sempre, depois olhou para o homem com um sorriso mais aberto.

    – Se o senhor precisar de mais alguma coisa é só chamar.

    – Certo. Obrigado. – ele falou e foi sentar na minha Janela. Minha saudosa Janela.

    A aeromoça saiu. Olhando para frente me sentei na cadeira ao lado e eu senti o homem me olhar com aquele sorriso esboçado nos lábios. o que era agora?! Ele estava rindo da minha cara?! me segurei mais uma vez naquele avião e olhei para ele bem devagar.

    – Por que simplesmente não pede? – ele falou com um sorriso triunfante no canto dos lábios.

    Ok! Ok! Acho que era hora de morfar.

    – Como?! – falei com indignação.

    – Por que não pede? Se a senhora tivesse feito isso antes, talvez eu tivesse saído.

    – Eu não pedi, porque a cadeira era minha, já que eu paguei por ela, e mesmo pedindo o senhor disse que só talvez me devolvesse. – falei sem olhá-lo.

    – Também paguei pela cadeira e...

    – Olha senhor, já está tudo resolvido, não quero mais falar sobre isso, então, por favor, fique sentadinho e curta sua Janela.

    O homem levantou as mãos em sinal de rendição e se calou. O avião decolou e eu comecei a pior viagem de minha vida. Nem mesmo quando vomitaram em mim foi pior, eu estava na Janela. Estávamos em cima há cinco minutos e eu me esticava para ver a paisagem. Balançava minhas pernas sem controle. Isso acontecia toda vez que algo não estava como eu planejava. Sabe aquele negócio de organização, sequência e objetivo? Pois bem, tudo estava fora do lugar. Eh! Tudo isso por causa de uma Janela. Droga! Eu não aguentava mais. Será que se eu o pedisse ele sairia? Ai Deus! E lá vem a humilhação. Olhei para ele que agora lia o jornal novamente. Hesitei, mas a minha doença era maior.

    – Senhor. Sei que fui muito grossa com o senhor, e sei que devo mil desculpas, então desculpa, o senhor não teve culpa do que aconteceu. Eu acho que fiquei alterada e deu nisso, mas desculpe-me.

    – Não há problema, eu a compreendo. - o homem falou com um sorriso amigável.

    Certo, essa era à hora de agir.

    – Por favor, sei que estou sendo inoportuna mais uma vez, mas realmente preciso sentar na Janela, então... O senhor poderia me deixar sentar, por favor.

    Essa foi a frase mais implorativa do mundo.

    – Você tem TOC? – Ele perguntou com aquele sorriso de lado.

    Ok, eu tentei, eu tentei.

    – Não, não tenho TOC, apenas gosto da Janela, se o senhor não quer dá...

    – Calma senh... aliás, como se chama? – ah tá bom! Agora queria saber meu nome.

    – Marta Linhares. – falei e olhei para frente.

    – Marta, eu sou Jônata Maia, e não fique nervosa, é que nunca vi alguém brigar tanto por uma Janela, a não ser crianças.

    Certo, ele sempre vinha com palavras que me tiravam do sério, mas apenas sorri ironicamente e ele continuou.

    – Ok, tome sua Janela. – falou tirando seu cinto e ficando em pé.

    Eu não acredito! A Janela era minha. Ah... Obrigada Deus! Eu estava tendo um orgasmo naquele momento. Olhei para o homem que esperava que eu passasse para a cadeira e me levantei com um sorriso estampado. Esperei que ele sentasse primeiro para poder passar. Ele sentou, e quando eu estava indo pra o meu lugar de direito, o avião em uma turbulência das grandes, daquelas que parece que tá caindo, jogou-me em cima do homem. Minha cabeça bateu na dele e a minha mão, oh Deus! A minha mão, onde estava minha mão?! certo Marta Linhares, respire e tire já sua mão daí. A minha mão estava agarrada entre as pernas do homem. Olhei para minha mão e depois olhei para o rosto do homem que estava de olhos fechados e fazendo careta de dor.

    CAPÍTULO DOIS

    – Desculpe senhor Jônata, não queria machucá-lo, eu vi que...

    – Ok senhora, pode soltar então, o perigo já passou. – ele falou em um sussurro forçado. Percebi então que ainda segurava o local com muita força.

    – Ah, desculpe, claro.

    Nunca estive tão sem graça em toda minha vida. Sentei rapidamente e coloquei o cinto sem olhar para o homem que agora respirava pesadamente. Sentia o sangue todo em minha cabeça, e olhei para a senhora que mais uma vez nos observava, e ela piscou mais uma vez para mim, dando o seu grande sorriso. ah, mas que velha safada! Sorri sem graça para ela e olhei para a Jaqueline. Com o passar de mais um minuto olhei para o homem e ele estava com sua mão sobre o local como se ainda estivesse com dor.

    – O senhor está bem? – falei hesitante.

    – Estou melhor agora, a dor passou mais, a senhora agarra bem.

    Olhei rapidamente para a Janela e senti mais uma vez o sangue esquentar minha cabeça. Vi-o de relance soltando um sorriso.

    – Me descul...

    – Não precisa pedir mais desculpas, sei que não foi sua culpa. – ele me cortou.

    Consegui sorrir pra ele, era o mínimo que poderia fazer depois de tudo que fiz aquele homem. Eu estava olhando para a Janela, já havia passado meia hora depois de meu grande constrangimento. Olhei para o homem que estava dormindo e vi que ele pendia para o meu lado. Ele deslizou até que deitou sua cabeça no meu ombro. Eu nunca deixaria isso acontecer, mas no caso dele, fiquei com vergonha de acordá-lo e tira-lo mais alguma coisa naquele avião. Olhei para a senhora e ela também dormia, aliás, parece que todos estavam dormindo, menos eu. Eu nunca dormiria, afinal tinha minha Janela. Decidi que não acordaria aquele homem. Apenas virei minha cabeça para a Janela. ok Marta, tudo ficará bem, tudo deu certo, você tem sua Janela, e daqui a 2 horas e meia você estará com seus pais. Jônata se mexeu colocando sua mão sobre minhas pernas. oh Deus. Olhei assustada para sua mão, mas não fiz nada. certo, ele está dormindo, não fará nada. Ele levantou seu rosto de encontro ao meu, e pude vê-lo mais próximo. Senti seu cheiro. Tá bem, que cheiro é esse? oh Deus! Eu não estou sentindo isto entre minhas pernas. Exatamente, ele tinha um cheiro de homem que me inebriava, e das narinas o cheiro desceu adivinha pra onde. Ele afastou mais uma vez sua mão e roçou sobre o tecido da minha saia. Eu ofeguei com o contato. Ele parou sua mão bem em cima da minha sensibilidade. Por que esse homem se mexia tanto quando dormia? Ele não percebe que está num avião? isso era irônico. E eu! Estava me excitando dentro de um avião por que um homem desconhecido apenas tinha me tocado bem de leve e eu estava drogada pelo seu cheiro. Marta, o que você é? Um animal? Você não é assim! Você não sai por aí se excitando com homens desconhecidos e principalmente se este homem nem acordado está, ainda mais dentro de um avião. Olhe para sua Janela e seja feliz.

    Eu estava ofegante. Coloquei minha mão no nariz para não sentir aquele cheiro. Mesmo com tanto esforço para limpar minha mente comecei a lembrar da hora em que cai sobre ele agarrando o seu membro sem querer. Não pensei nada na hora porque estava muito constrangida, mas agora com todo esse silencio, com o seu rosto próximo ao meu, com essa pulsação entre minhas pernas, e principalmente a sua mão ainda sobre o meu colo, estava difícil não lembrar tudo aquilo que minha mão experimentou. Eu vi que ele era muito bem dotado. E lembrar isso me deixou um pouco molhada. Eu não acredito que eu estou assim, eu devo estar louca.

    Olhei para sua mão mais uma vez. Olhei ao meu redor, ninguém via nada. Coloquei minha mão sobre a dele de leve e pressionei em minha sensibilidade, gemi de súbito e olhei assustada para o homem que ainda dormia. Oh Deus o que estou fazendo? Esse homem nem sabe o que estou fazendo com ele. Ele poderia até me processar. Eu briguei com ele de cara e agora estou me aproveitando enquanto ele está inconsciente. O desejo falou mais alto apesar da mente pesada, e pressionei mais uma vez sua mão em mim, soltando mais um gemido entre os lábios, fechando levemente os olhos e respirando com dificuldade. Foi nesse momento que senti a mão pressionar mais forte sobre mim. Ofegante, abri meus olhos e olhei rapidamente pra a mão que fazia movimentos suaves.

    – Por que nunca pede o que quer senhora Marta?

    Olhei para seu rosto onde estava um sorriso malicioso e perturbador. Senti meu corpo inteiro esquentar como se tivesse sido jogada no fogo e ao invés de ser consumida por ele, somente comecei a fazer parte dele.

    – Me desculpe senhor Jôna... – não terminei a frase. Ele colocou um dedo em meus lábios me calando.

    – Shiiiii... Sempre pede desculpas por tudo? – ele perguntou com uma voz sussurrante e ainda mais provocante.

    Sua mão ainda estava sobre meu colo. Agora ele mantinha seu polegar pressionado sobre meu sexo, mas não havia movimentos, só pressão.

    – Eu não quis fazer isso senhor, eu estava tentando tirar sua mão de mim e...

    – Por duas vezes tentou fazer isso e não conseguiu? Pareceu-me que minha mão estava sendo colocada, e não tirada. – ele falou levantando uma sobrancelha e passando a língua nos lábios. oh Deus, esse não é o homem sério que estava aqui, esse era outro, ah tah! Mais uma vez eu estava sendo hipócrita.

    – Desculpe se pareceu dessa forma para o senhor, mas realmente eu tentava tirar sua mão de mim. – eu disse e baixei meus olhos para sua mão. – Agora que o senhor está acordado, pode tirá-la.

    – É isso que quer? – ele falou pressionando mais o polegar, mas dessa vez ele foi diretamente ao CPF (centro de prazer feminino).

    Eu fechei os olhos e solucei de surpresa com o toque tão preciso. Abri os olhos e ele me olhava com um rosto sério, mas dotado de um riso matador.

    – Senhor, estamos em um avião, não podemos fazer isso aqui, alguém pode vir a qualquer momento. – falei suplicante.

    – Todos dormem Marta. – ele falou ainda com aquele olhar faminto.

    Não acredito que ele falou meu nome desse jeito. Meu sexo palpitou, eu não tinha mais coração no peito, ele tinha descido.

    – Você só tem que dizer o que devo fazer. Se quiser eu paro, se quiser continuo.

    Certo, não sei quem mandou aquele homem para me fazer ficar assim, mas eu iria procurar no inferno só para mata-lo, se fosse possível. Esse homem simplesmente me desorganizou e me deixou sem objetivos, ou apenas com um. Mas a razão me fugiu no momento que fui pressionada mais uma vez.

    – Como faremos isso aqui? – perguntei perturbada.

    Ele olhou para mim com um sorriso triunfante.

    – Espere um minuto. – se levantou e saiu. Fiquei desnorteada. O que

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