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A Magia do Amor: Família O'Neal
A Magia do Amor: Família O'Neal
A Magia do Amor: Família O'Neal
E-book121 páginas1 hora

A Magia do Amor: Família O'Neal

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Sobre este e-book

Robert O'Neal, um chef de cozinha com um restaurante italiano, solteiro, cria sua filha Isabell de 6 anos, desde que ela foi deixada ainda bebê em sua casa.Malina Silva, professora alfabetizadora, divorciada e sem filhos, luta contra a depressão e contra a balança.Num sábado, em que está correndo no parque, Malina conhece Robert e Isabell.Eles começam uma amizade, mas segredos, vinganças e outros obstáculos quase estragam uma história de amor, cheia de magia. A magia do Amor.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento9 de mar. de 2022
ISBN9781526035554
A Magia do Amor: Família O'Neal

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    A Magia do Amor - Milena Esteves Silva Fryer

    A MAGIA DO AMOR

    Prólogo

    Houve um tempo em que eu queria apagar uma parte de minha vida. Foi o tempo em que fiz escolhas que trouxeram consequências em minha vida. Me tornei depressiva e vivi numa nuvem de escuridão e não queria mais viver.

    Isso foi tudo culpa do meu ex-marido. Quando nosso casamento acabou ele não foi nada gentil comigo. Me disse coisas que eu não diria nunca nem ao meu pior inimigo. Eu não tinha culpa de não poder dar filhos a ele. Eu não tinha pedido isso. Mas ele não pensou duas vezes em me ofender e dizer que eu não era mulher por não poder ter filhos.

    Por isso entrei em depressão e, por essa razão, quase quis me matar. Minha família foi fundamental nesse período. Minha melhor amiga, Lúcia, também. Eles me fizeram acordar e perceber que o que passei serviria de lição em minha vida. Foi aí que decidi fazer uma dieta e começar a correr no parque próximo à minha casa.

    Mesmo querendo melhorar, tanto emocionalmente quanto fisicamente, eu sentia que o amor não era pra mim. Eu preferia ficar sozinha a ter que passar por tudo novamente. Não queria ter meu coração destruído de novo. Só queria continuar sendo do jeito que eu era. Com meus desafios, minha profissão, minha família e nada mais.

    Mas o destino, às vezes, nos prega peças e nos coloca em situações que queremos fugir e, ao mesmo tempo, arriscar.

    Como disse, comecei a correr e isso estava me deixando feliz e realizada.

    E foi justamente nessas corridas no parque que eu conheci Isabell e Robert. E desse encontro surgiu essa história e toda a magia dela. A magia do amor.


    Capítulo 1

    Malina

    ― Socorro! Socorro!

    Foi o que ouvi enquanto dava a terceira volta no parque em que corro todas as manhãs.

    Pensando que fosse algo da minha  cabeça, e continuei a correr. Essa era minha rotina. E por estar com muitas coisas na cabeça, pensei ter ouvido alguém pedindo por socorro. Continuei a correr. Ia entrar em minha quarta volta, mas parei de repente ao ouvir, novamente, aquela voz infantil clamando por socorro.

    Firmei a vista e olhei para os lados, procurando de onde vinha aquele som. Foi quando os vi. Ele era enorme e claramente estava arrastando a pequena garotinha que gritava por socorro.

    Não pensei duas vezes. Isso não podia estar acontecendo. Certamente aquele homem faria alguma coisa com a menininha. Corri até eles e comecei a socar o gigante nas costas que, assustado, não esboçou nenhuma reação. Nem mesmo se virou para ver quem o estava atacando. Só parei de socá-lo quando ouvi, ao longe, uma vozinha suplicando:

    ― Pare de bater no meu daddy ! (papai)

    Parei imediatamente e me abaixei ficando da altura da menina que parecia uma verdadeira princesa. Ela era loirinha e tinha os olhos tão azuis como o imenso mar. Fiquei encantada com sua beleza. Ela realmente parecia uma princesa.

    Me acalmando, respirei fundo e então lhe perguntei:

    ― Minha pequena, por que você estava gritando por socorro sendo arrastada por seu pai?

    Ela piscou várias vezes, como que procurando as palavras certas para falar, e com sua vozinha linda e delicada disse:

    ― Não estar sendo arrastada por meu daddy . Eu estar puxando ele porque meu balão está preso naquela árvore ali.

    E apontou com suas pequeninas mãos para um balão preso na árvore mais alta do parque.

    Ao ouvir sua explicação e seu sotaque americano, entendi o seu engano. Ela não estava pedindo por socorro e sim por ajuda. Ela queria que seu pai a ajudasse a recuperar o balão perdido e gritava por isso. Fiquei envergonhada com minha atitude e meu prejulgamento e, mal olhando o homem à minha frente, sussurrei:

    ― Me desculpe por meu comportamento!

    Foi quando ele se virou para mim. Olhei para ele e vi o quanto ele era bonito, e meu coração disparou ao ouvir sua voz grave e rouca me desculpando pelo mal-entendido. Fiquei realmente sem graça e precisava consertar essa primeira impressão que causei a eles.

    Olhando ao redor para ver como poderia ajudar a pequena princesa, avistei um vendedor de balões. Chamei por ele e perguntei à pequena qual modelo ela queria.

    Ela escolheu um com desenho da Minnie, igual ao que havia perdido.

    Abaixei novamente, na altura dela, e lhe entreguei o balão. Aproveitei e perguntei:

    ― Qual é o seu nome, pequena?

    ― Me chamo Isabell Hope. E qual é o nome da senhorita?

    ― Me chamo Malina Silva. E é um prazer conhecer você, Isabell.

    Isabell então me abraça e agradece pelo balão que comprei para ela, totalmente esquecida do episódio em que bati no seu pai. Levantei e já ia me despedindo da Princesinha e de seu pai. Foi então que ele disse:

    ― Muito obrigado por seu carinho com minha princesa, senhorita Silva. Foi um gesto muito bonito, dadas as circunstâncias. Gostaria de convidá-la para um jantar conosco amanhã, como forma de agradecimento.

    ― Eu realmente agradeço pelo convite, Senhor…

    ― Robert O’Neal.

    ― Como dizia, Sr. O’Neal, agradeço realmente pelo convite, mas não acho necessário. Eu ainda devo-lhe desculpas por tê-lo socado mais cedo. Estou extremamente envergonhada pela minha atitude e meu prejulgamento.

    ― Não se preocupe sobre isso. Foi apenas um mal entendido e um pequeno engano da minha princesa com as duas línguas. Mas ainda insisto sobre o jantar, e não aceito um não como resposta.

    Fiquei olhando para ele e pensando sobre o convite. Até que olhei para Isabell e ela também me olhava com olhos pidões, implorando para que aceitasse o convite de seu pai.

    ― Tudo bem, Sr. O’Neal. Eu aceito jantar com vocês. Você tem algum lugar para anotar meu número?

    ― Sim, pode me passar seu número. Assim posso enviar uma mensagem de onde iremos jantar.

    Passei meu número e anotei o dele também. Assim eu poderia salvar em meu celular, para podermos nos comunicar.

    Nos despedimos e continuei minha corrida, pensando no encontro com Robert e a pequena Isabell Hope.

    Um encontro meio inusitado, mas gostei, afinal, se eu estava buscando fazer coisas diferentes, por que não poderia me abrir para conhecer pessoas diferentes também?

    Isabell é tão fofinha e delicada. E sua confusão com as línguas realmente me encantou. E Robert? O que posso dizer sobre ele? Lindo e com aquela voz rouca e grave. Não posso negar, mexeu comigo. Agora vamos ver como será esse jantar amanhã.

    Não sou muito de fazer essas loucuras, de sair com quem eu mal conheço, mas me senti tão bem com os dois, que aceitei. Senti que isso pode ser bom para mim.

    Minha família sempre tem me falado que preciso sair mais, conhecer pessoas novas, esquecer o passado e voltar a ser feliz. É o que vou arriscar amanhã.


    Capítulo 2

    Robert

    Estava dormindo quando fui despertado por minha princesa. Ela fazia isso todos os dias.

    Como hoje é sábado, ficamos um pouco mais na cama e então Isabell me pediu para irmos ao parque. Eu já vinha prometendo esse passeio a ela há algum tempo, mas sempre surgia alguma coisa. Hoje não tinha desculpa.

    Levantamos, nos trocamos, tomamos nosso café da manhã e saímos para o parque próximo de nossa casa. Mal sabia eu que encontraria uma pessoa que abalaria meu coração e me faria pensar sobre mudanças em minha vida.

    Isabell estava muito feliz com nosso passeio. Brincou bastante com algumas crianças que estavam no parque, pois a manhã estava linda pra se aproveitar num passeio em família.

    Depois de muito brincar, Isabell viu um vendedor de balões e logo quis um balão em formato de Minnie. Ela é fã dos personagens e, principalmente, da Minnie. Comprei e ela estava muito feliz brincando com o balão.

    De repente um vento muito forte fez com que o balão dela voasse para a árvore mais alta no parque e minha pequena gritasse:

    ― Socorro! Socorro!

    Tentei levar Isabell dali, para podermos comprar outro balão, mas minha princesa me puxou e novamente pediu socorro. Fiquei preocupado. O que as pessoas pensariam de uma menininha pedindo por socorro junto com um homenzarrão? Enquanto pensava isso, senti pequenos socos em minhas costas. Não entendi nada. Fiquei sem reação e nem mesmo me virei para ver quem estava fazendo isso. Os socos só pararam quando minha pequena disse:

    ― Pare de bater no meu daddy !

    Eu quis rir da confusão de línguas da minha filha, mas vi uma mulher linda se abaixar na altura de minha filha e conversar com ela.

    Ela perguntou:

    ― Minha pequena, por que você estava gritando por socorro sendo arrastada por seu pai?

    Fiquei encantado com esse gesto simples daquela beldade, conversando com minha filha, na altura de seus olhos. Muitos adultos não se preocupam com isso e esse gesto realmente me encantou.

    Isabell foi deixada em minha porta ainda um bebê e nunca consegui descobrir quem era sua mãe. Isso foi há 6 anos, e agora, ela é meu tudo. Minha Hope . Minha esperança.

    Continuei a observar a interação daquela mulher com minha Hope,  que disse:

    ― Não estar sendo arrastada por meu daddy . Eu estar puxando ele porque meu balão está preso naquela árvore ali. ― apontando para a árvore onde seu balão estava preso. Senti que a mulher ficou corada e então ela se levantou e timidamente sussurrou um pedido de desculpas pelo mal entendido.

    Quando finalmente ela me olhou, pude confirmar

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