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Personas
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E-book336 páginas1 hora

Personas

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Sobre este e-book

Personas é uma cidade em que todos amigos de um grupo na web, estariam para conviver e sonhar... Baseado em fatos reais, esse livro torna-se contagiante... Embora, uma utopia de dias amenos e felizes. Na cidade, dramas se desenrolam e amores se solidificam, pessoas se ajudam mutuamente. Personas é a virtualidade, saída da realidade.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento30 de jan. de 2017
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    Personas - Fátima Abreu

    Personas

    Por Fátima Abreu Fatuquinha

    1

    Introdução:

    O projeto Personas foi idealizado por mim, como dinâmica em meu grupo de

    whatsapp:

    Imaginação Poética.

    Convidei os membros que tenho como uma família virtual, para que contassem um

    pouco de suas vidas.

    Desse contexto real, criaria o livro, tendo como base seus relatos...

    Aqui uso da criatividade aliada ao material fornecido por eles.

    É gratificante saber que posso contar com o apoio do grupo.

    Agradeço de coração.

    Fátima Abreu Fatuquinha

    2

    Índice:

    1- FIONA & CLARISSE

    2- DRA LAURA

    3- DARIO

    4- NATHALY

    5- AMORINHA

    6- PANDORA

    7- FELÍCIA & GILSON

    8- AZIMOV

    9- JUAN

    10- PLÍNIO & BRENDON

    11- FIONA

    12- A CIDADE DE PERSONAS E O CHURRASCO FESTIVO

    3

    CAPT 1

    A cidade estava escura. Era assim, sempre que tinha uma tempestade.

    Os habitantes de Personas, estavam acostumados: Chuva e ventos fortes faziam a

    energia elétrica parar na região.

    Nem todos tinham fobia de tempestade. Entretanto, para todos a falta de luz era muito prejudicial!

    Apenas na casa 64, da Rua das Gardênias, duas pessoas tremiam com o ruído dos

    trovões e os raios que rasgavam teimosamente os céus:

    Fiona e sua filha Clarisse.

    Todos na cidade, tinham seus dramas internos, medos e fobias...

    Mas, nessa pequena família, residente há oito anos, caminhando para nove, era esse o principal: Tempestades!

    Foi quase um ano atrás, quando tudo começou...

    O dia era 29 de fevereiro de 2016.

    A cidade passava por uma chuva incessante, desde as 15 horas. Parecia uma chuva

    típica de final de verão:

    A manhã quente e consequentemente chuva do meio para o fim da tarde... Era o que se esperava, mas, não foi o que aconteceu.

    Fiona fez o lanche da tarde para ela e a filha. Estavam no quarto, papeando sobre a possibilidade de Clarisse ser chamada para seu primeiro emprego.

    Não tinham noção do que vinha a seguir:

    A chuva tomou proporção maior do que supunham.

    Fiona trazia a bandeja do quarto para a cozinha quando percebeu a água que começava a entrar por baixo da porta.

    4

    Clarisse assustada, mas, tentando se acalmar internamente, disse para a mãe:

    - Calma, mãe... Já entrou água antes. Toda vez que chove forte, vem água da varanda para a cozinha...

    - Sim, mas, olha a quantidade dessa vez! E ainda está entrando...

    Fiona disse isso, já abrindo a porta da cozinha, num ímpeto de saber a real situação lá fora...

    Para espanto das duas, a água entrou, subindo rapidamente!

    O pânico foi instalado! Elas se entreolhavam sem saber como agir... Colocaram o que puderam para cima da pia, e depois, pegaram uma muda de roupa, os celulares e

    gritavam ajuda para os vizinhos do sobrado. Eles estavam com o ar condicionado ligado e dormindo. Não haviam percebido o que ocorria, e que a chuva havia tomado uma

    proporção alarmante, o bairro todo já se achava alagado!

    Mas, o pai dessa família, acordou e escutou os pedidos de ajuda de Fiona. Acordou a esposa e ambos vieram ajudar.

    Levaram mãe e filha para o sobrado que era o que podia ser feito.

    O bote da Defesa Civil, chegou por volta da meia noite, gritando pelo megafone, se havia alguém em situação de risco...

    Aquela madrugada demorou a passar... E na varanda do sobrado, a família vizinha e Fiona com Clarisse, fotografavam pelos celulares, a água subindo...

    Certa hora, todos forma deitar, aguardando que a manhã chegasse, e com ela, a água já estivesse escorrido de todo o bairro.

    O estrago fora feito em toda cidade, não se restringindo apenas aquele bairro: Famílias inteiras ficaram desabrigadas, perderam tudo que tinham, e o desespero fora grande...

    Em alguns locais, pessoas foram resgatadas de bote, noutros (presos no segundo piso das casas), pelas escadas altas dos bombeiros.

    Fiona e Clarisse estavam dentre as pessoas que perderam praticamente tudo. Foi o primeiro grande choque.

    Foram precisos meses para restituírem alguma coisa, com a ajuda de pessoas amigas e mais um dos muitos empréstimos que Fiona fizera no banco.

    A casa em que moravam de aluguel, ficou com mofo nas paredes tala umidade da

    enchente naquele dia terrível... Fiona e a filha, que já tinham alergias de alguns tipos, desenvolveram outras tantas...

    Fiona tornou-se asmática e Clarisse desenvolveu uma rinite forte, a deixava vários dias com um quadro parecido com uma gripe que não ia embora...

    5

    A vida se complicou, e o médico alergologista de Fiona, lhe disse que se não saísse daquela casa, ela poderia morrer dormindo...

    Assim, cinco meses depois, mãe e filha se mudavam para outra casa de vila, no mesmo bairro, mas, que não tinha mofos e infiltrações (em local que a vizinhança dizia não ter enchido no dia 29 de fevereiro).

    O segundo choque, veio no mês de outubro de 2016, dia 27, uma quinta-feira: Quando da passagem de um ciclone extratropical, no litoral do Rio de Janeiro:

    Fiona e Clarisse retornavam do dentista lá pelas19: 00hs, quando a tempestade as pegou ainda dentro do ônibus...

    Ficaram apreensivas... Mas, o pior veio depois que saíram do coletivo, pois teriam que atravessar a rodovia pela passarela de cimento armado, que se estendia à frente.

    Os ventos do ciclone em alto mar, eram terríveis, sentidos ali, e quase as levava...

    A sensação do vento fortíssimo, jogando a água da chuva em seus rostos, era de

    afogamento, não conseguiam respirar, e os relâmpagos rasgavam o céu, parecendo que o mundo (delas) acabaria naquela noite...

    Clarisse em choque, não tinha coragem de continuar o percurso, Fiona a encorajou dizendo que faltava pouco e que Deus cuidaria delas...

    Continuavam a luta contra a água jogada no rosto com força (quase as afogando sem estar no mar), até que finalmente chegaram do outro lado da passarela.

    Umas pessoas haviam se abrigado em uma loja grande, que estava fechada, e vieram ao encontro de mãe e filha, as saudando pela coragem demonstrada. Eles haviam

    acompanhado tudo, torcendo para que elas terminassem a travessia...

    Porém, Clarisse estava em pânico, e ainda se tremia, mas, Fiona que gerava mais

    cuidados naquele momento: Numa crise terrível de asma!

    Anjos estão pela Terra, e no momento que mais se precisa, aparecem com certeza!

    Fiona foi socorrida pelo grupo, que a amparou colocando-a no chão, para os cuidados iniciais. Dentre as pessoas que ali estavam, havia o anjo, em forma de uma enfermeira...

    Clarisse disse ao grupo:

    - Minha mãe tem asma!

    A mulher que já segurava Fiona, respondeu:

    - Sou enfermeira, peguem minha bolsa ali (apontou para um amigo, o local aonde

    estava), para que eu a ajude...

    6

    Fiona, quase sem respirar, estava também tonta e desfalecendo... As mãos e braços dormentes. Ela somente dizia:

    - Não consigo respirar direito...

    A enfermeira verificou a pressão arterial e caía: 70 x 50.

    Não era à toa, que ela desfalecia, com o ataque de asma e a pressão caindo!

    Clarisse estava apavorada com medo de perder a mãe ali, daquele jeito...

    Até se culpava um pouco, pois naquele dia, que fora acalorado (não se sentia um mexer de folha), a mãe havia dito que da tarde para noite, teria temporal...

    Mesmo assim, com uma única consulta mensal, marcada no ortodontista de Clarisse, ela não podia perder... E como sempre, pedia que a mãe lhe acompanhasse...

    Com todo susto e a quase partida de Fiona, o anjo enviado por Deus, fez seu trabalho lhe salvando, e acalmando assim, também Clarisse...

    O grupo levou mãe e filha quase até a entrada da vila aonde moravam. Fiona disse que não precisava ir até lá, na esquina já estava bom, pois já tinham feito muito lhe prestando socorro... Abraçou um por um, agradecendo e pedindo que Deus os

    abençoasse.

    Fiona e Clarisse depois disso, ficaram com fobia de tempestades: Bastava o céu

    escurecer, roncando trovoada e ventar, que elas começavam a clamar aos céus, para que nada lhes acontecesse...

    Tinham tremores até dentro do ônibus, quando havia a chuva forte repentina, no trajeto da volta, porque a imagem daquela noite, vinha à tona...

    Elas precisavam de ajuda psicológica.

    7

    CAPT 2

    Personas era uma cidadezinha litorânea bem pacata. Pessoas de toda parte pareciam que tinham procurado a cidade para viver, como refúgio...

    Sim, as belas paisagens atraíam. Mais que isso: A certeza de um novo recomeço para cada família ou mesmo pessoas sozinhas que tentavam buscar ali a serenidade que

    precisavam...

    A cidade tinha praias, cachoeiras, lagoas, sítios pequenos de produção agrícola, e até fazendas com cabeças de gado, que eram levadas à corte no abate do frigorífico local.

    Claro, como toda cidade, tinha supermercados, farmácias, clínicas, óticas, lojas, correios, bombeiros e polícia.

    Não havia feiras em Personas.

    Mas o comércio em barraquinhas, tanto de artesanato como de alimentos, se estendia por toda cidade.

    A advogada recém chegada de Porto Alegre (RS), olhava pela janela de sua casa,

    preocupada se a chuva forte não passaria tão cedo...

    Precisava de energia elétrica! Afinal, eram os primeiros processos e causas, que pegava na cidade. Dependiam dela, seus primeiros clientes! Tinha que olhar em seu

    computador, os arquivos novos, sublinhar e acrescentar palavras de impacto para cada caso...

    Dra Laura era morena, olhos castanho escuros, de altura mediana, bonita de sorriso largo.

    Quando chegou à Personas, fez amizade de imediato com Fiona e uma de suas filhas adotivas: Amorinha. Seu nome começava com M, mas ninguém sabia ao certo qual era... Desde quando ela se lembrava, era conhecida pelo apelido, e dessa forma, se apresentava aos demais.

    Nascida em 16 de fevereiro de 1976, numa família de quatro irmãos (antes dela),

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