Samanta

De Joseany De Oliveira Ferreira

A jovem Samanta tinha uma vida chata , que resumia-se nas idas à escola e às aulas de piano com a maluca, Sra Margot. Quando conhece Keven, um rapaz estranhamente pálido e com um aspecto nada saudável, Samanta acredita ter encontrado o seu primeiro amor e o responsável pelo seu coração bater mais acelerado. Contudo, o seu mundo desaba com a morte repentina do rapaz. Mas, talvez, nada esteja perdido e o amor dos dois, tenha sido sim, maior que a própria morte.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 1 de nov. de 2018

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Joseany de Oliveira Ferreira

E se tudo acabasse antes mesmo de começar?

Samanta

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Dedicatória

Dedico este livro à minha avó: Irene Sampaio que já não se

encontra entre nós.

" Sonhei com ela...

Sua voz ainda era a mesma

Rouca, alta... Mas, doce!

Falava-me coisas lindas...

Que bom se assim ainda fosse... "

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Agradecimento

Agradeço primeiramente a Deus por ter me presenteado com

o maravilhoso dom da escrita; em seguida à pessoa mais

preciosa da minha vida: Suzana Sampaio, minha mãe que

sempre fez o que estava ao seu alcance para contribuir em

minha educação acadêmica.

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Samanta

Os sapatos pretos apertavam - lhes os pés pequenos e

delicados. As meias brancas na altura dos joelhos, faziam com

que a menina transpirasse com mais intensidade. A mochila

da jovem Samanta pesava pela quantidade de livros que ela

carregava, porém o que a irritava não era o peso nas costas e

sim a mesmice daquele e de todos os outros dias que tão

iguais se seguiam. Nas manhãs de sábado a menina

costumava ter aulas de piano com a simpática senhora

Margot. Aos domingos frequentava as missas do Padre

Tenório. No resto da semana tinha aulas no colégio Mulheres

de Deus da irmã Clotilde. Tratava-se de um prédio enorme

onde só estudavam garotas de todas as idades. O colégio era

repleto de mocinhas com saias compridas e meias brancas.

Elas conversavam e sorriam pelos longos corredores do

prédio. Irmã Clotilde, a dona do lugar, enchia a vista vendo-as

pelos corredores; tinha cada uma como filha e as respeitava.

As meninas também, assim o faziam.

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II

No caminho da escola para casa Samanta caminhava e

observava as coisas ao seu redor. O céu estava muito azul

naquele dia; os pássaros cantavam insaciavelmente e

borboletas coloridas pousavam de leve nos arbustos de uma

aconchegante pracinha que sabiamente tinha o nome de Praça

do Aconchego. Nela, Samanta descansava todas as tardes

quando voltava do Colégio. Mas naquele dia outro fato levou

a menina até a praça: estava sentindo-se sozinha e queria

pensar.

- Falta alguma coisa...

Sussurrou. E de fato faltava-lhe. Talvez um amor, uma

paixão, quem sabe... Qualquer coisa que fizesse o seu coração

bater acelerado, como batiam os corações de todas as outras

moças da sua idade.

Voltou o