Quando as Folhas Caem
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Quando as Folhas Caem - Ana Claudia Soriano
Table of Contents
Capa
Folha de Rosto
Folha Color
Dedicatória
Prefácio
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Agradecimentos
Landmarks
Capa
tipografiafolhadecreditoscolor1color2Ao meu pai Airton, que me permitiu crescer ouvindo a história que redesenhei quando adulta; e à minha filha Mylena, que sempre me impulsionou a fazer, deste sonho, algo possível.
prefacioEm Quando as Folhas Caem, amor e guerra são duas faces de uma mesma moeda que atravessa a vida de Heloísa e Vicente. Os dois, apesar de diferentes, apaixonam-se e vivem um amor.
Neste romance, Ana Claudia Soriano cria personagens fortes e cativantes, além de narrar com leveza a história de amor e desafios que ambos enfrentam para ficar juntos durante a Segunda Guerra Mundial, deixando o leitor em suspense e, muitas vezes, sem fôlego.
Os diálogos fazem rir, chorar e transportam o leitor para um cenário longínquo, que, embora muitas vezes inóspito, também é capaz de fazer brotar o amor. Uma narrativa permeada pela música, pelos gestos e pelas simbologias ao longo da história.
Vale a pena ler o romance de estreia de Ana Claudia Soriano, que se inscreve como um nome promissor para a literatura contemporânea feita por mulheres, merecendo a devida atenção no cenário dos romances de época.
Vanessa Passos
Escritora e professora de escrita criativa.
1Capítulo Um
Rio de Janeiro, 1930
— Eh, menino, venha já para junto de sua mãe!
— Já vou, mamãe! — respondeu Vicente de imediato.
— Você não pode largar da minha mão e sair correndo no meio desse mundão de gente assim não, garoto! Como é que dou conta para o seu pai depois? — A mãe, preocupada, chamou-lhe a atenção. Vicente parecia enfeitiçado.
— Menino, você não está me ouvindo, hein? O que foi que combinamos em casa? — Com a mão pequenina e pretensiosa, desta vez atada à de sua progenitora, puxou-a pelo braço sem dizer nada. Ela, sem compreender, o acompanhava, persistindo a indagá-lo:
— Para onde você está me levando, moleque? Dinheiro já aviso que não temos! Deixe só a gente chegar em casa para você ver se não vou contar desta sua travessura! Ora, se vou… — Enquanto a mãe tagarelava sem parar, ele ia se desviando de pessoas de todo o tipo; de súbito, por fim, a interrompeu:
— Eu quero uma!
— O quê? — surpreendeu-se Dona Amália.
Na barraca, um senhor dispunha de diversos instrumentos feitos de bambu, e tocava uma flauta em perfeito compasso, num som alegre e harmonioso. Em um sutil movimento dos lábios, com os olhos reluzentes, Vicente repetiu a imperatividade inocente da frase que dissera anteriormente:
— Eu quero uma!
Dona Amália jamais vira o filho tão empolgado! Vicente era reservado. Os fedelhos que o chamavam para brincar de futebol, de campeonatos de tampinhas ou de bolas de gude, com frequência obtinham recusas como respostas.
— Compra, mãe!
— Que é isso, garoto? Já não te disse que não temos dinheiro? Só passei pela feira para cortar caminho e chegarmos mais rápido até a casa da patroa. Ande logo que preciso entregar esta trouxa de roupas até o meio-dia, moleque! Vamos, ande!
— Mas, mãe!
— Vicente! Nós conversamos e você parece que nunca me ouve! Isso deve custar caro, não é, moço? — perguntou ao dono da barraca que, ao notar a empolgação da criança por ter uma daquelas, ignorava-a, tocando com ainda mais excitação. — Hein, moço! Não tá me ouvindo também, oras? — exaltava-se Dona Amália, com o filho a puxar-lhe pela saia em tom de súplica, até que, enfim, o homem respondeu:
— Poucos cruzeiros, senhora!
— Vai, mãe, por favor!
— Que vai, mãe, por favor, o quê, garoto! — contestou impaciente, meio sem saber o que fazer em uma situação de tamanho constrangimento, até que ofereceu ao filho uma contraproposta:
— Tenho o suficiente para comprar-lhe uma maçã na volta, o que acha? — A resposta do filho foi um olhar cabisbaixo. Em seguida Vicente limpou o rosto, marcando-o da poeira, misturada ao suor e a lágrima que acabara escorrendo de sua face. Tentava compreender a atitude da mãe, comportando-se conforme haviam combinado antes de saírem de casa
, como ela gostava de lembrá-lo.
Pela postura firme da mulher, o homem da venda percebeu que dali não obteria ganho, pois ela pegara na mão da criança, que tentava acompanhar seus passos apressados de quem tinha hora para entregar sua encomenda. Vicente olhava para trás e, tropeçando em passos atrapalhados pela afobação de Amália, mesmo com o sol a tentar ofuscar-lhe a visão, via que o vendedor voltava a tocar aquele pedaço de bambu cheio de furos e que emitia um som mágico. S Sem que notasse, sua mãe, a passadas aceleradas, pôs a mão no bolso da saia para verificar as moedas que restavam… eram centavos, apenas.
Na volta, em silêncio absoluto, uma surpresa. Tocada pelo interesse incalculado de Vicente por aquele objeto esquisito que emitia um som um tanto grave, Amália moveu-se em direção ao homem:
— Quanto é que custa mesmo? — perguntou sem muita conversa.
— Alguns cruzeiros, senhora! — respondeu o vendedor com animação.
— Tenho isso, dá para pagar? — Mostrou certa quantia que retirou do bolso, mas o senhor moveu a cabeça de um lado para o outro, em tom de negação. — E agora? — Com feição de insatisfação, Amália pegou uma bolsinha de tecido que estava no outro bolso e indicou ao homem. Sorrindo e avaliando, ele recolheu algumas moedas e notas e entregou, enfim, à Vicente, o que lhe apresentou como flauta. O garoto, contente,