O Último Evangelho
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O Último Evangelho - Jansey Franca
jansey
O último EVANGELHO
© 2019 – Private Publisher
Tulio Jansey Coelho de Franca – Jansey Franca
Todos os direitos reservados.
ISBN – 978-1070763729
à minha esposa, minha melhor amiga:
Eluenia Franca, obrigado por sempre me apoiar.
Maria
Novamente o Egito em nossas vidas. O Egito parece que sempre esteve em nós. Não é apenas escravidão, mas purificação. Fugir para o Egito não é uma simples sentença contra nossas transgressões, mas um caminho para apagá-las. É como se tudo de ruim ficasse no Egito, e tudo de bom escapasse dali. De todo modo, as vezes é assim em qualquer lugar: queremos apenas escapar do que nos aconteceu. Enterrar distante dos nossos jardins o que nos traz vergonha.
Uns poucos meses e todo esse quadro era impensável. Escapar para o Egito? Jamais, pois ainda hoje simboliza em todos nós um regresso aos grilhões dos quais escapamos para experimentar o sabor da independência. Mas o Egito simboliza uma certa libertação, sem o qual não teríamos Moisés e a lei, mesmo que nada disto represente verdadeira liberdade, meros subterfúgios para uma existência suportável. Na prática trocamos as correntes egípcias para nos amarrarmos às cordas da lei. De onde se olhe nossos passos são sempre controlados, nossos sonhos são frustrados.
A liberdade que tanto perseguimos é uma ilusão. Nunca somos realmente independentes. É como este cenário que parecia estar traçado desde sempre. Quanto à mim, jamais me senti verdadeiramente livre. Pode ser estranho, porém me lembro muito bem de tudo, e eu sou apenas um milagre abandonado. Nunca entendi porque pais, que não podiam ter filhos, fazem jejum e promessa para havê-los e, logo em seguida, abandoná-los. Eu acredito que os cuidados de Deus começam no meio em que nascemos. Os filhos não devem crescer sem seus pais, especialmente uma filha, que precisa ser ensinada em tudo por sua mãe, aprender a ser mulher.
Acredito que seja ali, onde nem sempre as coisas se assemelham à uma verdadeira família, que a seu modo Deus nos comece a ensinar da vida. Nem sempre a família é aquilo que esperávamos, e quase nunca é. Tudo depende se estamos dispostos a aprender a lição que nos estão ensinando. As imperfeições de nossos pais nos ajudam a sermos pais melhores. As nossas provações deveriam apenas nos transformar em pessoas melhores e mais esperançosas. Porém, as vezes, algumas provações nos arrancam toda fé e esperança que havíamos. E as piores feridas são aquelas abertas pelas pessoas que amamos. Estas nunca cicatrizam.
Eu cresci ouvindo que aquela escolha tinha sido o melhor para mim. E eu a odiei desde o primeiro momento. Tudo poderia ser inteiramente diferente se meus pais me tivessem crescido. Não é que eu me sinta injustiçada. Na vida, nem tudo é uma questão de justo ou injusto, de certo e errado. O que eu provava era apenas o sentimento de uma filha que atravessou situações que poderiam ser evitadas. As nossas estórias de fé nos ensinam vivamente que nem sempre tudo vai bem apenas porque estamos perto de Deus. Quando estamos debaixo da luz é sempre mais fácil observar o que antes não havíamos percebido.
É, portanto, que ser educada por sacerdotes não me privou das tristezas que enfrentei, nem de ter minha beleza e minha inocência roubadas. Em um mundo machista a beleza de uma mulher é mercadoria de prazer pessoal, a hipocrisia de abnegação é falsa pobreza, a separação sacerdotal é hedonismo oculto. No final, todos se contaminam porque a impureza não está fora do homem, mas como parte de sua natureza. Na verdade, vergonhosamente aprendemos que Deus é um mero conceito na boca de seus representantes, e não um modo de vida. Aprendemos, como aprendi, que não existe santidade, mas apenas o mundano sob vestes religiosas.
Naquele ambiente eu deveria me consagrar e aprender mais de Deus, porém fui repetidamente abusada. Eu tive a alma violentada pela discriminação, a fé estuprada pela falta de testemunho, a minha feminilidade comercializada. Tudo porque aos olhos da lei eu não era frágil, eu era apenas inferior. É a lei que te priva do direito de escolha. A mesma lei que nos ensina de Deus, induz a menosprezarmos quem não é aparentemente perfeito. No final a lei não corrige, apenas julga, e o tribunal que a observa sofre de uma parcialidade completamente imperfeita.
O meu coração era revoltado. Conheci o inferno de ser uma mulher judia e os demônios