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Caderno De Desilusão
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E-book157 páginas1 hora

Caderno De Desilusão

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Sobre este e-book

O Caderno de Desilusão de Jansey é uma coletânea com seus principais poemas, anteriormente publicados em fóruns de discussão, revistas e jornais, ao longo de 25 anos. São poemas de amor, saudade, mas, sobretudo, tristeza, afinal Jansey sempre foi conhecido como o poeta da tristeza. Enfim, é uma leitura formidável e intensa, um patrimônio da cultura brasileira.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento19 de jun. de 2019
Caderno De Desilusão

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    Caderno De Desilusão - Jansey Franca

    JANSEY

    Caderno de desilusão

    Antologia poética

    © 2019 – Private Publisher 

    Tulio Jansey Coelho de Franca – Jansey Franca

    Todos os direitos reservados.

    ISBN – 9781794590991

    À minha esposa, Eluenia:

    É você meu único e verdadeiro amor.

    Apresentação

    Enfim, encontrei tempo para reunir as principais poesias que escrevi durante minha vida. Depois de haver trabalhado Perto ou Distante e Estudos, ambos já publicados, faltava revisar minhas poesias, as quais escrevo desde meus 09 anos. As principais, porém, surgiram no período do Cantinho do Poeta. O ambiente proporcionava um grande impulso criativo e eu, que era o menor entre eles, me esforçava para acompanhar tanta criatividade. Talvez, por causa disto, destruí tantos poemas anteriores àquele período, simplesmente porque não estavam ao nível de meus célebres amigos, e não poderiam jamais fazer parte de uma coletânea que, direta ou indiretamente, nos correlaciona. Aqui eu reuni os poemas que julguei melhores. Penso, porém, que os poemas depressivos e angustiantes me representem melhor, afinal eu era chamado de o poeta da tristeza, e espero que a leitura seja uma verdadeira descoberta, pois é minha alma em cada página, a minha essência, textos que representam não minha capacidade literária, mas quem realmente sou.

    Jansey Franca.

    Itália, janeiro de 2019.

    VOCê

    Leia com calma, pois aqui, próprio nestas linhas,

    entrego minha vida, me desaproprio de mim.

    E não lhe digo o que penso, o que quero,

    mas te apresento quem sou e o que sinto.

    é irrelevante onde hoje nos achamos.

    Com você, eu regressaria ao princípio,

    eu desceria até ao inferno, iria a qualquer lugar,

    suportaria qualquer coisa, venceria qualquer um…

    me bastava segurar tua mão.

    Aqui, se você me ama ou não é supérfluo.

    Eu te amo o bastante por nós dois.

    Tantas vezes você me disse que, ao teu lado,

    eu não era feliz, eu não tinha sorriso.

    Eu nunca soube o que dizer a respeito,

    pois a verdade é que eu prefiro

    qualquer e toda infelicidade ao teu lado,

    que uma felicidade com tua ausência.

    Inexiste um eu sem você.

    Eu sei que não sou prioridade para você,

    e que você não pensa naquilo que sinto,

    em como me sinto, nem naquilo que me faz feliz.

    Eu não sou teu mundo, nem tua vida,

    nem a pessoa mais importante pra você.

    Eu sei o quanto sofri e tenho sofrido,

    as mágoas que trago no peito.

    Amar você é essa contradição, mas

    não sou mais capaz de amar um outro alguém.

    As vezes, você me acusa de ser passional,

    diz que estou doente, que sou emotivo,

    é porque é fácil dizer tudo isso quando

    você sabe onde estou, que sou teu dependente,

    conhece cada passo meu, cada pensamento,

    sabe que é você meu hobby, meu vício,

    minha alegria e minha tristeza…

    que descobri quem sou apenas quando

    me tornei uma parte tua.

    Com você eu envelheci alguns anos,

    embranqueci os cabelos, prejudiquei-me,

    mas, já nem conto os dias,

    já não passo as horas, não olho relógio…

    o tempo não tem mais importância desde

    que seja vivido ao teu lado,

    pois é você a encarnação de meus versos,

    a concretização de minhas promessas,

    você é minha casa, minha prisão.

    Que mal você me pode fazer?

    Tudo teu é mágico, é único,

    a silhueta do teu corpo, teu sorriso,

    o calor dos teus braços,

    o aperto de tuas pernas,

    o suave perfume do teu rosto…

    eu não sei viver sem tudo isso,

    é, portanto, que o teu maior mal

    seria me obrigar a viver sem você.

    Eu te amei desde que ouvi falar de você,

    e me decidi em realizar teus sonhos,

    planejando apenas que eu fosse o bastante

    para preencer teus espaços e caber no teu peito.

    Quando te encontrei, já era teu,

    você já era minha, eu não queria mais nada,

    e me fiz forte, suportei o tudo, fui além,

    removi meus limites, e te segurei firme:

    éramos dois contra o mundo.

    Apesar de tudo, você sempre me repetiu

    que jamais foi doente ou obcecada por mim,

    mas eu perco a fome, o brilho, o riso e

    a vontade de existir quando não te vejo.

    E mesmo não vivendo, sendo apenas

    este corpo vazio ainda com vida,

    devo existir pra cuidar de você,

    para estar ali quando se fizer noite,

    quando todos forem embora.

    Este amor é decisão.

    Cada pedrada tua, cada grito, cada afronta,

    transformei em degraus que me elevaram

    até chegar perto de você.

    Hoje, quando não te encontro,

    quando minhas mãos não te alcançam,

    não somos dois inteiros separados,

    somos as metades distantes de um só,

    duas faces incompletas.

    Eu dei à você minha vida,

    cada parte e centímetro de mim.

    De alma toda, de peito aberto, sem segredos,

    sem maquiagem, sem enfeites,

    para ser possuído por você,

    para me esquecer de mim.

    Pois eu te amo, como amante,

    amigo, marido, na cama,

    na vida, na alma, nos olhos,

    aqui e no porvir, agora e amanhã.

    O meu tudo é você, sempre amei

    e amarei unicamente você.

    Apenas por você tenho cobiça,

    apenas de você tenho ciúmes.

    O teu corpo é meu templo, te amar

    é um profundo e infinito sentimento.

    Você é doce, bela, suave, perfeita pra mim,

    eu amo apenas você.

    PROFUNDAMENTE ANGUSTIADO

    Não sou bom com as letras,

    Nem sempre me dizem o que quero,

    Sinto-me traído por dias

    E me arrependo de versos que fiz,

    Nem sempre escolho os olhos que falam

    E, por muito, me deixo esquecer

    Entre as palavras que escapam,

    Entre as sentenças que não quis dizer,

    De vez em quando orgulho-me,

    Não que tenha sido perfeito ou feliz,

    Mas que toquei e fui tocado

    E me sinto completo, perfeito,

    Porém, na maior parte dos meses,

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