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Um Elo com o Passado: A Rússia de Putin e o Espaço Pós-Soviético
Um Elo com o Passado: A Rússia de Putin e o Espaço Pós-Soviético
Um Elo com o Passado: A Rússia de Putin e o Espaço Pós-Soviético
E-book287 páginas3 horas

Um Elo com o Passado: A Rússia de Putin e o Espaço Pós-Soviético

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Sobre este e-book

A Rússia de Putin tem sido palco de fenômenos que remetem a diferentes períodos de seu passado, fazendo do país um verdadeiro amalgama das eras imperial (czarista) e soviética. Temas como a centralização do Estado na economia, a imposição de obstáculos a opositores políticos, o aperto do controle pessoal sobre o poder, o retorno da religião como fator de identidade nacional, a negação aos princípios liberais como modelo social, a afirmação da especificidade 'civilizacional' russa... são apenas alguns exemplos de como a Rússia dos anos 2000 se reformatou domesticamente.
No plano internacional, presenciou-se a volta de discursos acerca de uma iminente ameaça externa ao país (representada sobretudo pela OTAN), a defesa da posição tradicional da Rússia como Grande Potência "fundamental" do sistema, o retorno de projetos de integração econômica regional no espaço pós-soviético, assim como a retomada das intervenções militares em países vizinhos (e mesmo no Oriente Médio) em defesa de seus interesses nacionais, geopolíticos e de segurança.
'Um Elo com o Passado': A Rússia de Putin e o Espaço Pós-Soviético visa lançar luz a todos esses processos com base na experiência histórica russa, além de contar com relatos da vivência pessoal do autor no país em três cidades diferentes: Pskov, São Petersburgo e Moscou. Trata-se de um livro sobre grandes temas, mas também sobre pessoas comuns, algo típico das obras de escritores como Dostoievski e Tolstói, e cuja combinação objetiva apresentar ao leitor um quadro ao mesmo tempo analítico e intimista a respeito da Rússia durante a era Putin.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento18 de mai. de 2023
ISBN9786525044613
Um Elo com o Passado: A Rússia de Putin e o Espaço Pós-Soviético

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    Pré-visualização do livro

    Um Elo com o Passado - Valdir da Silva Bezerra

    capa.jpg

    Sumário

    CAPA
    INTRODUÇÃO
    POLÍTICA DOMÉSTICA
    NOSTALGIA E AFIRMAÇÃO OS ANOS 1990 NA RÚSSIA E A CHEGADA DE VLADIMIR PUTIN AO PODER
    MUDANÇA E CONTINUIDADE ELEIÇÕES E A DEMOCRACIA ESPECIAL NA RÚSSIA DE PUTIN
    BONANÇA E DEPENDÊNCIAA ECONOMIA RUSSA NA ERA PUTIN
    DOR E GLÓRIAO LEGADO DE STÁLIN E SEUS REFLEXOS PARA A RÚSSIA DE PUTIN
    O CZAR E O PATRIARCAO RETORNO DA RELIGIÃO COMO FATOR DE IDENTIDADE NACIONAL
    POLÍTICA EXTERNA
    CHOQUE E CIVILIZAÇÕESNOVOS PARADIGMAS DA POLÍTICA EXTERNA RUSSA
    PROTEÇÃO E AMEAÇAMOSCOU E A RELAÇÃO COM O EXTERIOR PRÓXIMO
    ARMAS E MUROS:O DESPERTAR DE UMA NOVA GUERRA FRIA
    EUROPEIA E ASIÁTICAO CONCEITO DE EURÁSIA E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A RÚSSIA
    O URSO E O DRAGÃOASPECTOS DO DIÁLOGO POLÍTICO ENTRE RÚSSIA E CHINA
    ORGULHO E PRECONCEITOA RELAÇÃO DA RÚSSIA COM A EUROPA
    CRIME E CASTIGORÚSSIA E UCRÂNIA - DA CRISE À GUERRA
    VIDA E RECORDAÇÃOUMA LEITURA FINAL DA RÚSSIA NA ERA PUTIN
    REFERÊNCIAS
    SOBRE O AUTOR
    CONTRACAPA

    Um elo com o passado

    a Rússia de Putin e o espaço pós-soviético

    Editora Appris Ltda.

    1.ª Edição - Copyright© 2023 dos autores

    Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

    Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98. Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores. Foi realizado o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nos 10.994, de 14/12/2004, e 12.192, de 14/01/2010.

    Catalogação na Fonte

    Elaborado por: Josefina A. S. Guedes

    Bibliotecária CRB 9/870

    Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT

    Editora e Livraria Appris Ltda.

    Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês

    Curitiba/PR – CEP: 80810-002

    Tel. (41) 3156 - 4731

    www.editoraappris.com.br

    Printed in Brazil

    Impresso no Brasil

    Valdir da Silva Bezerra

    Um elo com o passado

    a Rússia de Putin e o espaço pós-soviético

    Em memória de Ginaldi Alves da Silva,

    Obrigado por tudo.

    Sinal da Cruz

    (Prece Católica)

    Pelo sinal da santa Cruz,

    livrai-nos Deus, nosso Senhor, dos nossos inimigos.

    Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém

    Foi com essa oração que ela partiu.

    AGRADECIMENTOS

    Agradeço de coração a todos os meus professores (sem exceção!).

    Se não fosse por vocês eu nunca poderia ter ido tão longe, nem sequer atingido os objetivos que atingi. Permitam-me, contudo, fazer um destaque especial para os seguintes nomes:

    Angela Tsatlogiannis, Daniela Casagrande, Fernando Santini, Gilbert Isidore Levy, Guilherme Casarões, Gunther Rudzit, José Maria De Souza Júnior, Luiz Antonio Gabriel, Maciel Queiroz, Onofre Portella, Osmar Visibelli, Paola Prado, Paulo Roberto de Camargo, Peterson Ferreira da Silva, Rogerio Buccelli.

    Às minhas professoras de russo no Brasil entre os anos de 2015 e 2017:

    Anna Prosyuk, Nadia Konina e Snizhana Maznova

    Aos meus professores e às minhas professoras na Rússia entre os anos de 2017 e 2020:

    Andrey Pavlov, Denis Golubev, Dmitri Lanko, Grigory Yarygin, Lyubov’ Golovina, Natalia Zaslavskaia, Natalia Tsvetkova, Natalia Molchanova, Natalia Pitirimova, Tatiana Kornileva

    Em ainda mais especial forma, quero agradecer a:

    Alexandre Uehara, por ter aberto as portas para mim no começo da minha carreira acadêmica e por ter contribuído gentilmente com o Prefácio desse livro. Seu papel foi fundamental para meu crescimento! Marilia Carolina de Souza Pimenta, por ter sempre me apoiado durante o período da graduação e mesmo depois de seu término. Fico feliz pelas colaborações acadêmicas que desenvolvemos juntos. Maria Lagutina, por ter sido minha orientadora na Universidade Estatal de São Petersburgo, tornando-se depois uma amiga pessoal. Sua paciência e competência me inspiraram enormemente. Pedro Costa Junior, por ter estado em minha banca de avaliação de TCC (em 2017) e que depois, por um feliz desenrolar do destino, tornou-se um estimado amigo e camarada. Que eu possa um dia retribuir-lhe à altura pela sua amizade. Sergio Gil, por ter sido meu orientador durante a graduação e pelas críticas à primeira versão dessa obra. Suas excelentes observações foram determinantes para o aprimoramento do meu trabalho. Muito obrigado por tudo o que fez por mim!

    PREFÁCIO

    Neste livro o autor Valdir da Silva Bezerra analisa a Rússia nas duas primeiras décadas do século XXI, período que coincide com a presença do presidente Vladimir Putin no poder, ou seja, desde sua ascensão à posição de Primeiro-Ministro do presidente Boris Yeltsin em 1999 até o ano de 2022, neste último ano, incluindo a Guerra Rússia-Ucrânia. E faz um trabalho interessante em que consegue incorporar fatos históricos, análises das relações internacionais russas e depoimentos de sua experiência como pesquisador brasileiro, que tem vivido, ao longo dos últimos anos, uma ponte aérea entre São Paulo e São Petersburgo.

    Um dos primeiros aspectos a ser ressaltado neste trabalho é a sua relevância por se tratar de uma discussão sobre a Rússia, um país tradicionalmente importante aos estudos das relações internacionais, mas que nem sempre no Brasil tem recebido a devida atenção. A Rússia é um importante país euroasiático, que não pode e não se deixa ser esquecido, e pelo menos dois fatores ressaltam a proeminência russa nas relações internacionais contemporâneas. O primeiro aspecto está relacionando ao país em si, dado pelas características de sua localização, dimensões geográficas, recursos naturais, que associados à sua economia e desenvolvimento tecnológico ressaltam seu peso geopolítico.

    Bezerra relembra que a importância russa para as relações internacionais já se sentia de forma incontestável no início do século XIX, após a derrota da França Napoleônica e quando o Império Russo ocupava a segunda posição em termos de produção manufatureira mundial, atrás apenas do Império Britânico. Ao longo do século XIX, contudo, os russos vão perder importância relativa, mas no início do século XX, após a Revolução Russa de 1917 (que culminou no estabelecimento da União Soviética) e sobretudo depois da crise de 1929, fortalecem novamente sua posição no sistema internacional ao triplicar sua produção nacional e ao ampliar o poder do Estado. Ademais, também não é possível negar seu papel de protagonismo internacional durante a Segunda Guerra Mundial e mesmo no decorrer de toda a Guerra Fria.

    Todavia, ao longo da segunda metade do século XX, novamente há uma perda de importância relativa no âmbito global ao ponto de conduzir à dissolução da União Soviética, que ocorreu em 26 de dezembro de 1991, com o descerramento da bandeira vermelha com a foice e o martelo no Kremlin em Moscou. Mas, nas primeiras duas décadas deste século houve novamente um aumento da importância internacional da Rússia, favorecida pela sua grande participação no fornecimento de commodities na área de energia, gás e petróleo, que tiveram elevação dos seus preços no mercado global.

    O segundo ponto é o elemento humano, em particular o desejo e a busca pela liderança política, que tem sido um destaque ao longo da história russa. Esse aspecto tem gerado tensões desde o passado, enfrentando oposições no lado ocidental, por países europeus e, principalmente depois da Segunda Guerra Mundial, pelos Estados Unidos. A disputa por influência entre a Rússia e os países ocidentais, aponta-se no livro, contemporaneamente se reflete na invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022. Bezerra aponta que a guerra pode ser interpretada – sem deixar de levar em conta a existência de outros fatores relevantes - como uma iniciativa russa para evitar a incorporação da Ucrânia na Organização do Tratado de Atlântico Norte (OTAN), fato que se concretizado violaria os interesses russos no espaço pós-soviético. Esse entendimento trata-se de uma crença importante por parte do atual presidente da Rússia, Vladimir Putin, defensor da ideia de que a Rússia e a Ucrânia não podem ficar separados.

    Essa posição defendida pelo presidente russo é fundamentada na tese de que existe uma só grande nação russa, e que, portanto, a anexação da Criméia em 2014 foi uma espécie de correção histórica. Contudo, essa abordagem contraria diretamente a posição apontada na Constituição da Ucrânia em 2019, que afirmou a identidade europeia do povo ucraniano e a irreversibilidade do curso europeu e euro-atlântico do país.

    Além desses fatores que sinalizam a relevância da obra, ressalta-se também que o livro apresenta uma boa amplitude de temas de política doméstica e externa russa, envolvendo: economia, sociedade, religião e a formação da identidade nacional, que por serem abordados em capítulos curtos, tornam a leitura fácil e objetiva, permitindo ao leitor conhecer e entender diversos aspectos da inserção internacional russa nestas duas últimas décadas.

    Outro aspecto importante focado e analisado no livro são as influências e intervenções do presidente Vladimir Putin, demonstrando que além dos interesses do Estado há também um forte componente pessoal a impactar as atitudes do país no âmbito das relações internacionais. No âmbito doméstico, a alta popularidade de Putin ao longo do seu governo tem lhe permitido uma concentração de poder e centralização do Estado, apontado no livro como uma especificidade da própria história política russa. Um exemplo apresentado no livro trata-se do período de Josef Stalin, que detinha profunda admiração do povo russo, permitindo que ele governasse inconteste o país de 1924 a 1953, totalizando 29 anos no poder.

    No começo do século XXI surge então o presidente Putin, que assume o posto em 2000, vem se mantendo no governo desde então e já completou mais de 23 anos no poder. Isso significa que, depois do último Czar russo, Nicolas II, que governou de 1894 a 1917 (também 23 anos), somente Stalin esteve no poder por mais tempo que o atual governante. Com efeito, a Rússia é marcada pela presença frequente de líderes com longos períodos de permanência no poder, com governos, nas palavras do autor, fortemente personalistas e autocráticos, características essas que estiveram presentes tanto no período do Império Russo quanto na União Soviética. No livro há dados mostrando que desde o século XV dos 23 líderes listados, 14 estiveram mais de 21 anos na liderança do país.

    Por fim, a presença de Putin nesse longo período à frente da Rússia refletiu em iniciativas para recolocar o país em uma posição de prestígio no cenário internacional, após um dos momentos de mais baixa relevância internacional em toda a sua história, que foi o período representado pela década de 1990. Putin tem mantido como objetivo desde que chegou ao poder o restabelecimento da influência e do status da Rússia no mundo, buscando uma (re)inserção internacional que faça com que o país seja tratado como um ‘igual’ entre as Grandes Potências do sistema. Tais iniciativas são bem-vistas pela população e contribuíram em grande medida para o fortalecimento da sua popularidade no país.

    Assim sendo, o texto conduz o leitor em uma viagem no tempo ao longo das primeiras décadas do século XXI e fazendo alusões sobre a experiência política da Rússia em suas eras imperial e soviética, fornecendo informações valiosas sobre o país e sua condução nas relações internacionais. Além disso, destaca como poucos a importância do papel do indivíduo na história de um Estado.

    Alexandre Uehara

    Coordenador e professor do Curso de Relações Internacionais da ESPM/São Paulo. Membro do Corpo Docente do Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Cultura Japonesa (FFLCH/USP); Membro do Grupo de Análise da Conjuntura Internacional/USP; Coordenador do Grupo de Estudos sobre Ásia (GEASIA) do Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais/USP.

    APRESENTAÇÃO

    Quando este livro for lançado já terá feito mais de um ano do início da guerra na Ucrânia. Logo, entendo perfeitamente que alguns leitores possam imaginar que a presente obra seja especialmente focada em analisar as ações e os motivos que levaram à conflagração do conflito que acompanhamos hoje. Entretanto, sinto em desapontá-los. Por mais que o tema sobre as razões que levaram à guerra esteja sim presente neste livro (sobretudo em seu último capítulo), a abordagem aqui retratada visou discorrer sobre diversos temas relacionados à política doméstica e externa na era Putin.

    Ao mesmo tempo, por conta dessa amplitude de assuntos é bem verdade que este meu esforço possa também desapontar a quem buscava por uma linha narrativa mais coerente, em que cada capítulo se amarra ao anterior e assim sucessivamente, mas não foi assim que eu procedi¹. Em minha defesa, contudo, acredito que o leque de temas aqui proposto será capaz de propiciar ao leitor uma visão satisfatoriamente ampla de aspectos importantes da política russa durante os anos Putin.

    Com efeito, a estrutura desta obra apresenta-se como uma antologia de diferentes pesquisas e estudos que realizei ao longo de mais de 5 anos. Muito do que o leitor encontrará neste livro reflete (ao menos parcialmente) conteúdo que publiquei no passado na forma de artigos científicos ou em conferências tanto no Brasil como na Rússia. No âmbito de construção do presente manuscrito eu acabei por revisá-los e até mesmo reescreve-los em parte, no intuito de adapta-lo – na medida do possível – para um público mais amplo. No mais, voltando à estrutura dediquei os primeiros 5 capítulos do livro a questões referentes à política doméstica russa, enquanto os 7 capítulos subsequentes abordarão aspectos da política externa do país. Apesar dessa divisão, cada capítulo pode ser considerado de forma independente, podendo ser lido inclusive de forma isolada sem prejuízo ao entendimento de seu conteúdo.

    Por fim, embora este seja um livro com características mais próximas à de um trabalho acadêmico, resolvi ainda assim tomar a liberdade (arriscada confesso) de inserir nele trechos mais pessoais, referentes às minhas memórias, conversas, convívio e experiências na Rússia. Tais trechos serão identificados no decorrer do livro pela formatação itálica. Provavelmente há quem possa considerar que essa mistura de linguagens (que trafega entre o analítico e o íntimo) prejudique a pretensão acadêmica do meu texto em alguns pontos, justamente pelo peso da subjetividade que imprimi nessas minhas confissões pessoais.

    Entendo tais objeções e aceito o risco da crítica, mas a meu ver se essas memórias não estivessem presentes, eu também não estaria presente neste livro. No mais, é nítido que seria impossível abordar de forma completa os temas que considerei ‘relevantes’ para a formação dessa obra, que pretende abordar nada mais nada menos do que o maior país do mundo - a Rússia. Por que eu digo isso? Alguém se perguntaria. Prefiro responder com a seguinte estrofe do poeta russo Fiódor Tiútchev...


    ¹ Essa foi justamente a crítica levantada por meu antigo orientador, Professor Sergio Gil, ao ler o primeiro rascunho dessa obra. Sou muito grato por suas observações.

    INTRODUÇÃO

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