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James Boot E Os Segredos De Frestingorn
James Boot E Os Segredos De Frestingorn
James Boot E Os Segredos De Frestingorn
E-book216 páginas2 horas

James Boot E Os Segredos De Frestingorn

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Sobre este e-book

James Boot é um garoto de quatorze anos que descobre possuir poderes e pertencer a outro mundo, chamado Frestingorn. Nesse incrível mundo medieval, ele aprende como coordenar seus poderes para controlar algum elemento da natureza. Com a ajuda de sua amiga Alexis e de um conselheiro um tanto inusitado, o garoto desbrava desafios e perigos para voltar a salvo para sua casa todos os fins de semana, pois passa a ficar em sua nova escola de segunda a sexta-feira, sem nenhum contato físico com seus familiares.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de set. de 2020
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    James Boot E Os Segredos De Frestingorn - Allison Roque

    ※ CAPÍTULO UM ※

    O encontro com o conselheiro

    James Boot era um pequeno garoto de quatorze anos, que não se importava com nada, a não ser estudar. Com uma altura mediana para sua idade, tinha pele clara e cabelos escuros sempre desmantelados. Ele estava muito feliz por ir aquele ano para Tortyng Pool, a melhor escola da cidade onde morava, lugar onde seu avô paterno estudou.

    Os seus pais, Sr. e Sra. Boot, tinham uma vida sossegada com o filho. Orgulhavam-se por James ser bom em tudo na escola. Ele seria a última pessoa no mundo que se meteria em encrencas, e era o orgulho de seus pais. Porém, havia algo que preocupava toda a família. A morte da mãe da Sra. Boot, Tina Taylor. A avó de James sumira um ano atrás e depois de um tempo foi dada por morta, mas ninguém, nem mesmo sua filha, sabia como ela havia desaparecido.

    James Boot tinha tudo o que qualquer garoto de sua idade queria ter, só lhe faltava uma coisa, a presença de seu pai em sua vida. O nome dele era Jack Boot, ele era oficial da Marinha dos Estados Unidos e viajava muito, por isso não tinha tanto tempo com seu filho. Já fazia quatro meses desde a última vez que estivera em casa, e iria demorar mais quatro para que voltasse, pois estava numa missão por alguns países. Ele era um homem alto, forte, de feição séria e bruta, mas ele sentia muita falta de sua família, e medo, de um dia não chegar vivo até eles. Sua mulher, Lisa Taylor Boot, também tinha o mesmo medo. Ela por sua vez, era uma loira linda, de cabelos ondulados e olhos castanhos. Era de altura mediana, pequena para o Sr. Boot, que tinha quase dois metros de altura. Ela trabalhava meio período como arquiteta e conseguia passar muito tempo em casa com seu filho.

    Eles moravam na cidade de Norfolk, Rua Kowlinhap, nº17, e lá, naquela mesma rua, havia uma garota chamada Alexis, uma jovem de treze anos, loira e muito bela e meiga e seus olhos azuis a deixavam com um charme ainda maior. Ela era a melhor amiga de James, porém James gostava muito dela, não apenas como amigo, mas ele nunca teve coragem de se declarar. Ele nem se quer fazia ideia de que ela também gostava dele.

    Mas tudo começou numa bela manhã de verão. James acordou às sete horas, levantou e foi até o calendário que ficava atrás da porta de seu quarto. Era 26 de junho de 2010, ele acabara de entrar de férias e a partir daquele momento ele poderia se divertir o dia todo com seus amigos.

    Era um dia de sábado. Ele desceu a escada e foi à mesa para tomar café.

    A Sra. Boot estava em casa, para ter certeza de que estaria tudo limpo até o meio-dia, pois suas duas irmãs do Sul logo chegariam e a faxineira teria que limpar a casa rápido. A empregada era uma senhora que tinha por volta dos quarenta anos. Ela ia todo sábado faxinar a casa dos Boot.

    Após o café, James escovou os dentes e saiu para a casa de Alexis.

    — Mãe, eu estou saindo para a casa da Sra. Miller — gritou James ao abrir a porta.

    — Certo, mas lembre-se que suas tias do Sul chegam hoje — disse sua mãe. — Lembre-se de vir cedo.

    Ele, então, saiu até a residência de sua amiga.

    Ao chegar, James tocou a campainha, mas quem o atendeu não foi Alexis, mas sim a mãe dela, a Sra. Deann Miller. Ela disse que sua filha estava em seu quarto e pediu para que James subisse. Ao chegar lá, James viu que Alexis estava lendo um livro. Ela gostava muito de ler, adorava, apesar de ele não saber disso.

    — Eu não sabia que você gostava tanto de ler — falou James. Alexis estava tão concentrada na leitura que ficou surpresa ao vê-lo em seu quarto e levou um susto. — Desculpe-me pelo susto. Sua mãe me mandou subir.

    — Ah, oi, entre, sente. Como você está? — perguntou a garota, nervosa.

    — Bem. Mas eu vim aqui para te chamar para brincarmos, você pode?

    — Posso! Só me deixa terminar este capítulo que estou lendo. Por enquanto, senta um pouco.

    Atendendo ao convite da amiga, James sentou-se esperando-a terminar a leitura e acabou por perceber que a quantidade de livros no quarto de Alexis havia aumentado consideravelmente desde sua última visita ao quarto da garota.

    Ao acabar de ler, Alexis pediu à mãe permissão para brincar do lado de fora com James. Ela deixou.

    Assim, saíram para brincar. Estavam pedalando no pátio de um parque da rua, quando um cachorro começou a latir e eles, com medo, pedalaram mais rápido para o despistarem. Depois que perderam o animal de vista, voltaram a brincar, deixando-o para trás.

    Já era mais de doze horas da tarde quando James e Alexis entraram para almoçar.

    O garoto almoçou na casa da amiga e disse que depois do almoço queria lhe mostrar os novos carrinhos que ganhara de sua mãe. Ele sempre ganhava carros de sua mãe. Assim que era lançada uma nova coleção dos seus modelos, a sua mãe os comprava.

    Após terminarem de almoçar, foram até a residência de James. Lisa perguntou se eles já haviam almoçado e Alexis respondeu com a cabeça dizendo que sim.

    — Sua tia Darlene ligou, falou que elas só estarão aqui por volta das quinze horas — disse a Sra. Boot.

    James disse a sua mãe que havia ido a casa para mostrar a Alexis a coleção de carrinhos novos que ganhara. E então subiram a escada e seguiram para o segundo quarto de James, esse quarto que era só de seus brinquedos e coleções.

    Ao passarem pelo cômodo que James dormia, Alexis viu novamente o quão grande ele era comparado ao seu. Era quase três vezes maior. Em um lugar no canto da parede havia uma pequena estante para livros suspensa, essa sendo bem menor que a que continha no quarto de Alexis.

    O segundo quarto de James era ao lado do primeiro. Era um cômodo grande também. Numa estante enorme estava sua coleção de carrinhos, e ao lado várias pistas para carrinhos. Do outro lado do quarto havia vários brinquedos, que já não serviam mais, já que James havia crescido e só queria usar sua bicicleta e skate.

    Logo após terem visto os carrinhos, saíram para brincar novamente do lado de fora, desta vez foram andar de skate no parque próximo à floresta. Enquanto se divertiam, puderam ver que o cachorro que correra atrás deles estava se aproximando mais uma vez.

    James e Alexis, com medo, desceram dos seus skates e correram. Eles foram para tão longe do animal ao ponto de não perceberem que estavam entrando na floresta na qual os seus pais sempre os proibiram de entrar. Quando notaram já estavam por entre aquelas gigantescas árvores e não sabiam como sair dali.

    Então o cachorro apareceu novamente. Ele era marrom e grande, parecia um labrador. Era um belo animal, mas seus pêlos desmantelados e dentes enormes assustavam. Os jovens decidiram não correr mais, não queriam se perder ainda mais, assim, ficaram encarando o cão. Estavam com medo, mas o encararam.

    O animal estava parado sem fazer nada, até que os dois pegaram uns gravetos e pedras que estavam no chão e jogaram nele.

    — Xô, xô... — gritou James para o cachorro. Logo após, ouviram uma voz e não sabiam de onde vinha.

    — Ui, doeu! — os dois ficaram impressionadíssimos ao perceberem que foi o cachorro quem falou. — Já estou cansado de ir atrás de vocês e vocês sempre fugindo.

    — Você sabe falar? — perguntou Alexis.

    — Sim, mas nem todos da minha espécie conseguem falar quando estão na forma animal. Permita-me me apresentar. Meu nome é Aranifo, sou um transmorfo, mas não precisam ter medo de mim, não vou lhes morder, quero apenas conversar.

    — Transmorfo? O que é um isso? — perguntou James.

    — Sinceramente garoto, você não lê? — respondeu a garota. — Transmorfo é uma criatura que pode se transformar em qualquer tipo de animal e até na forma humana. Mas sua verdadeira forma pode ser apenas uma.

    — Correto. Minha verdadeira forma, por exemplo, é essa mesma, de cachorro. Portanto, tenho mais controle em me transformar em outros animais da espécie canina. Facilmente me torno um lobo, ou coiote.

    — Mas eu achei que essas coisas não existiam — falou a garota. — Certamente existem. Existem coisas no Universo que você nem imagina — respondeu Aranifo.

    — Mas porque você estava atrás de nós? — perguntou James, já ficando nervoso. — Sobre o que você quer conversar?

    — Sobre você James. Você definitivamente, não sabe, mas você pertence a outro mundo, em outra dimensão — falou Aranifo. — Outro mundo? Do que você está falando? E como é que você sabe meu nome?

    — Se você se acalmar eu posso explicar — continuou. — Eu também sou desse outro mundo e fui designado para lhe vigiar enquanto você crescia. E agora chegou o momento de você saber de toda a verdade. — Então, ele olhou para Alexis, mas falando a James. — Conheço sua amiguinha aqui também, e ela tem que prometer não contar nada a ninguém.

    — Prometo! — falou a garota. — Mas se alguém descobrir, o que acontece?

    — Nada demais, apenas temos que apagar a memória da pessoa — explicou Aranifo, sentando-se como um cão.

    — Mas como podemos confiar em você? — perguntou James. — Simples. Qual o outro cachorro que vocês conhecem que fala?

    Ficaram calados, pois realmente não conheciam um cachorro se quer que falasse.

    — Esse mundo é chamado de Frestingorn. Para chegar até ele é preciso passar por um portal — explicou o animal. — Em cada cidade do mundo existe um único portal. O desta cidade se encontra aqui na floresta, onde só pode passar por ele aquele que pertence a Frestingorn. Quem não pertence ainda pode passar se, e somente se, estiver em contato com alguém que pertença durante a passagem. A passagem é bem rápida, creio que não dura um segundo. É como passar por uma porta.

    — Lembrei que tenho de estar em casa daqui a pouco, porque minhas tias irão chegar do Sul e tenho que chegar cedo, se não minha mãe me mata.

    Sabendo disso, Aranifo combinou de os dois se encontrarem com ele na entrada da floresta, onde tinham se assustado com o mesmo.

    — Mas Aranifo, nós não sabemos como sair desta floresta — lembrou Alexis.

    — Ah, não se preocupem, eu guio vocês até o parque. Só não corram. Já corri demais por hoje, estou cansado.

    Quando James entrou em casa foi direto para o banho, sem acreditar no que acabara de acontecer. Ele conhecera um cachorro que fala e o cachorro lhe dissera que ele pertencia a outro mundo. Será que estava sonhando? Não. Aquilo era mesmo verdade e, mesmo sem saber, ele era muito poderoso.

    Mas não era todo dia que a pessoa recebia uma notícia daquela.

    Após tomar banho, James sentou-se no sofá e ficou esperando suas tias chegarem, para que ele pudesse logo sair e encontrar-se com Alexis e Aranifo.

    Enquanto isso Alexis estava em sua casa lendo um de seus livros novamente. Porém sentia que estava sem muita vontade de ler. Isso era realmente inacreditável. Estava tão ansiosa pelo novo mundo que ouvira falar, que não conseguia se concentrar na leitura. Era como se ela estivesse dentro de um dos seus livros, numa daquelas histórias fictícias que lia.

    As tias de James chegaram faltando quatro minutos para as quinze horas. James as cumprimentou e logo pediu a sua mãe para ir à casa de Alexis. A Sra. Boot estava tão alegre com a presença de suas irmãs que nem se importou com o que ele disse e o deixou sair.

    Alexis já estava esperando James na porta de casa quando ele chegou. Foram direto para o parque. E, ao chegarem, Aranifo já estava lá, esperando-os.

    — James, chegou cedo! Isso é bom, assim teremos mais tempo até o escurecer.

    — É, e estou ansioso para saber sobre tudo. Mas onde esse portal fica mesmo? — perguntou James.

    — Fica exatamente no centro da floresta. Calma, vou dizer-lhe tudo no caminho.

    — Sério? Então, o que estamos esperando?

    Eles saíram andando até a floresta e lá andaram mais para encontrar o portal. Depois de cerca de vinte minutos caminhando, Alexis disse que já estava cansada e pararam um pouco. Depois de descansarem, voltaram a caminhar até que Alexis falou:

    — Não sei por que nossos pais nos proíbem de vir à floresta.

    Mas a resposta disto veio logo. Estivera bem na frente deles, mas saiu correndo assim que os viu. Um Centauro. E logo atrás dele passou mais dois também correndo. Eram enormes. Todos como nas histórias que Alexis lia: metade homem, metade cavalo.

    — Isso responde à sua pergunta? — indagou Aranifo. — Mesmo não conhecendo nosso mundo nem sabendo que coisas assim existem, seus pais pensam seriamente sobre o que poderiam encontrar aqui. Eu já passei por aqui várias vezes e muitas das coisas que têm nesta floresta são terríveis. Os centauros não são de atacar, mas, se alguém do seu mundo os visse, poderia jogar algo, pelo susto, do mesmo jeito que vocês me jogaram pedras ao me verem, e eles com certeza iriam ficar muito furiosos se isso acontecesse, eles não são tão pacientes. E pode ter certeza de que você não iria querer ver um centauro furioso.

    Depois de andarem um pouco mais por entre as enormes árvores da floresta, pararam em frente a duas árvores do mesmo tamanho e da mesma espessura.

    — Logicamente é aqui! — disse Alexis para si mesma, porém, alto o bastante para os outros dois ouvirem.

    — Você está certa, é aqui. O portal para o meu mundo, e também para o de James.

    Aranifo, porém, não foi até o portal, ao invés disso ele sentou-se em uma rocha defronte. Foi quando começou a falar tudo que teria de dizer para James, ou pelo menos o que poderia contar até aquele momento.

    — James, eu já devia ter lhe contado o porquê de você pertencer a Frestingorn. Você tem poderes, James. A sua avó é uma das mais poderosas de sua espécie. E você também será.

    — Minha avó? Mas ela morreu no ano passado, como pode estar nesse outro mundo? E como tenho poderes?

    — Não, ela não morreu, apenas foi viver em Frestingorn definitivamente. E, como eu estava falando, você tem poderes como a sua avó. Portanto, assim como ela, você é um Elementari.

    Alexis, que estava calada há muito tempo, considerando que ela fala demais, perguntou:

    — O que faz um elementari?

    — Sinceramente garota, você não lê? — implicou James. O que fez Alexis o olhar com uma feição de raiva.

    — Elementari é a espécie de James — respondeu o transmorfo. — Cada ser dessa espécie

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